Bom dia, pessoal.
Quero iniciar uma discussão sobre esse tema.
Levando-se em conta que, na literatura escrita sobre a filosofia de B&H, como base nos livros "Warren Buffet e a Análise de Balanços" e "Monte uma Carteira Vencedora", em ambos, os autores ressaltam a necessidade de se escolher empresas com alguma vantagem competitiva (no caso do Buffet) e fosso econômico (no caso do Mizrahi), a fim de levá-la na carteira para o longo prazo, de modo que uma das maneiras de se identificar se a empresa detém ou não vantagem competitiva é através das Margens Líquidas. Sendo assim, listo algumas empresas abaixo de margens altas (em relação ao setor), consideradas excelentes, e exponho, na minha opinião, as suas vantagens competitivas:
BVMF3 - (Margem Líquida: 62,4%; Vantagem Competitiva: Monopólio);
CIEL3 - (Margem Líquida: 38%; Vantagem Competitiva: Marca Superior e Qualidade do Produto);
MULT3 - (Margem Líquida: 34%; Vantagem Competitiva: Marca Dominante e Resiliência do Negócio);
ABEV3 - (Margem Líquida: 30%; Vantagem Competitiva: Monopólio e Marca Superior);
GRND3 - (Margem Líquida: 24%; Vantagem Competitiva: Marca Superior e Qualidade do Produto)
Porém, observando-se duas empresas que o pessoal considera topo de pirâmide (RADL3 e UGPA3), percebemos as seguintes margens, ocasionadas pelo setor de atuação:
RADL3 - (Margem Líquida: 3%)
UGPA3 - (Margem Líquida 2%)
Obs: Os dados da margem líquida são uma média simples dos últimos 5 anos (excluindo-se os não-recorrentes).
Assim, na opinião de vocês, como identificar vantagem competitiva em empresas de margem baixa? Aliás, há vantagem competitiva nessas empresas, mesmo atuando em setores tão concorridos? Vocês consideram a presença de vantagem competitiva um fator de corte para escolher empresas topo de pirâmide pra ser sócio?