Conta de energia será dividida por União, empresas e consumidores
Por Leandra Peres, Daniel Ritner, Eduardo Campos e Rafael Bitencourt | Valor
BRASÍLIA - Na tarde desta quinta-feira, 13, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um pacote de medidas para socorrer o setor elétrico, que vive crise de desabastecimento por conta da escassez de chuvas neste início de ano. Segundo o ministro, o ônus com os gastos, bilionários, com o acionamento das usinas térmicas e com a exposição involuntária das distribuidoras de energia será dividido entre a União, o sistema elétrico e os consumidores.
Mantega disse que as medidas estão sendo adotadas para “equacionar a elevação temporária” dos custos. “Vamos dividir o ônus entre o Tesouro, os consumidores e o próprio setor”, afirmou o ministro.
De acordo com ele, o Tesouro fará um aporte de R$ 4 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Na segunda medida, o governo autorizará a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a contratar um financiamento de R$ 8 bilhões para pagar as contas das distribuidoras mensalmente – uma operação inédita.
Mantega anunciou ainda um leilão especial de energia “existente”, que tentará cobrir — pelo menos parcialmente — a diferença entre o que as distribuidoras já conseguiram contratar e o que precisam oferecer a seus consumidores.