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Fundo de recebíveis terá cotas na bolsa 11/06/2014
Primeiro fundo de recebíveis (Fidc) que investe em debêntures e títulos de renda fixa destinados a financiar projetos de infraestrutura, o BB Votorantim Highland Infraestrutura registrou captação de R$ 300 milhões.
A maior parte das cotas foi vendida a pessoas físicas, que possuem isenção de imposto de renda no investimento.
O fundo possui prazo de doze anos e, durante esse prazo, ficará fechado para resgates.
Mas o investidor que desejar liquidez poderá negociar as cotas em bolsa a qualquer momento, a exemplo do que ocorre com os fundos imobiliários.
O início dos negócios está previsto para sexta-feira.
Foram captados R$ 268,5 milhões em cotas seniores, as mais protegidas contra perdas em caso de problemas com o fundo.
A meta de rentabilidade será equivalente à inflação medida pelo IPCA mais 5,5% ao ano.
Os demais R$ 31,5 milhões foram captados com a emissão de cotas mezanino, que possuem maior risco e renderão IPCA mais 8% ao ano.
O Fidc conta ainda com cotas juniores, as mais expostas a eventuais perdas, no valor de R$ 15 milhões.
As cotas não foram vendidas e ficaram com Banco do Brasil, Votorantim e com a gestora Highland, responsáveis pelo fundo.
"A estrutura de diferentes classes de cotas no Fidc traz maior conforto para o investidor pessoa física no longo prazo", afirma Reinaldo Lacerda, diretor da Votorantim Asset Management.
Pelas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a aplicação em fundos de recebíveis é restrita a investidores qualificados, que possuem pelo menos R$ 300 mil.
Mesmo assim, a captação contou com a participação de quase 2.700 pessoas.
Os fundos de recebíveis inicialmente não constavam entre os beneficiados pelo incentivo fiscal, mas foram incluídos pelo governo a pedido de entidades que representam o mercado de capitais.
Além da proteção das cotas junior e mezanino, o investimento em debêntures incentivadas via fundo conta com a vantagem da diversificação, diz Lacerda.
O prazo de investimento é de dois anos, mas o fundo já conta com papéis na carteira, segundo o executivo.
Apesar do benefício fiscal, o mercado de debêntures de infraestrutura custa a decolar.
Até o momento, as emissões somam apenas R$ 7,9 bilhões.
O número pequeno de emissões de debêntures de infraestrutura não preocupa.
"As operações realizadas até o momento e as próximas serão suficientes para compor a base do fundo", afirma.
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