Excesso de shoppings deixa lojas vazias e prejudica comerciantes
comentada em 05/08/2014 00:31

Acho que depende da região e do tipo de empreendimento.

Aqui em Florianópolis e São José(cidade vizinha)temos nada menos que 6 shopping centers Alguns ficam vazios e outros cheios. Eu acho que 04 seria um numero bom mas 06 aqui eu acho que é até d+

O que vejo aqui em BH e em outros estados que tenho amigos é isso mesmo. Muitos empreendimentos, começam a laçar lojistas quando está próximo da inauguração, adiam em muitos casos a inauguração. O shopping inaugura com poucas ou pouquíssimas lojas e acaba que o shopping é bancado pelo lojista até o shopping maturar (min 1 a 2 anos). Aconteceu que juntou tudo: boom de consumo em 2010, boom imobiliário esses anos, empolgação total. Lançamento de muitos empreendimentos, queda geral do consumo. Aí fica assim, muita loja, pouco lojista e menos consumo ainda.

Acho que depende da região, más creio que em cada cidade, tem os shoppings mais tradicionais e antigos que são mais visitados.

A quantidade de shoppings vinha crescendo num ritmo muito forte. Agora teremos uma acomodação: por um tempo os shopping existentes ficam meio vazios, depois enchem, depois voltam a construir outros...

São ciclos. O vai diferenciá-los é a localização, a capacidade de atrair mais clientes e a qualidade da administração. Aqui em SP tem shoppings que ficam lotados e tb tem aqueles que vão +ou-.

tem shopping em boa regiao que mica mesmo se as pessoas nao vao, fica vazio, fica com mah fama e ai que ninguem vai mesmo parece que tem que ter sorte as vezes

sorte nada, @capivarao. estudando empresas do setor você vê como tem MUITO trabalho. grandes empresas como a MULT não só constroem o shopping como desenvolvem todo o bairro ao redor. é um planejamento absurdo.

Olha, acredito que são coisas separadas. "Excesso de shoppings" de vacância prejudicar os comerciantes... dentro do shopping. Shopping inaugurar meio vazio é a coisa normal. Mas do ponto de vista financeiro um shopping com alta vacância é a coisa mais sinistra do mundo, em qualquer estágio de maturação. Então é uma situação que não pode continuar por muito tempo. Duro que início de shopping pode ter condomínio mais alto que o normal, mais as luvas: combinação que não ajuda a diminuir a vacância de imediato. Pior ainda com movimento menor por conta do próprio começo e da vacância. Junte tudo isso e daí é mais fácil de ver como lojista satélite em shopping tem tão pouca sobrevivência no início, o mix de lojas evoluindo bem rápido nos primeiros anos (a tal maturação, 3 a 5 anos). E isso no caso de sucesso. Se o shopping não "pega", daí é para o lado da catástrofe mesmo. Condomínio e fundo de participação diminuem drasticamente até encontrar um ponto de equilíbrio que diminua a vacância e a rotação. Porém o ambiente vai perdendo o jeitão de "shopping", tanto em aparência como em composição, caminhando na direção de um grande galeria. Shopping começar com baixa vacância (metade das satélites contratadas) é case de sucesso. Shopping começar com 100% das satélites vazias é algo comum, e ainda assim sinistro pra caramba.

Bom, passo falar do lado do ocupante de lojas satélites: Tem empreendedor que não cobra luvas no inicio da operação do shopping e ainda dá descontos regressivos nos primeiros anos de contrato. Mesmo assim, o custo de operação em shopping é muito ALTO. Então, para a operação dar lucro tem que vender mais por m² de loja do que a mesma operação na rua. Um shopping que começa vazio, sem cinema, sem polos atratores de tráfego(faculdade, lojas ancoras, torres comerciais...) significa fazer um investimento equivalente a de uma loja de rua em um bom ponto(mesmo sem luvas e ter custos de operação maiores, logo o break-even e ponto de faturamento para gerar retorno é bem mais alto. Quando o shopping pega ou está maturado tem a contrapartida: poucos pontos de rua são equivalentes em faturamento ´para o lojista. No meu caso, a loja no shopping vende em média 25% a mais do q as de rua. Claro, sempre existem exceções em todos os ramos. Eu acho expansões menos arriscadas para o lojista, apesar, de gerarem custos de investimento maiores. E fica a dica: O aluguel propriamente dito representa menos de 50% do boleto fechado que eu pago no shopping, o resto é: condomínio, energia(isso mesmo, a maioria dos lojistas compram do shopping), fundo de propaganda, água, telecom e ar condicionado do corredor. Então shopping com vacância alta é FRIA pra todo mundo.