Economia
comentada em 04/09/2014 12:02

Fora o fato de que agrava o problema da mobilidade urbana. Posso estar falando besteira, mas creio que a estratégia de estimular o consumo de veículos é para fazer toda uma cadeia produtiva se movimentar. Aumenta o consumo de combustível, de autopeças, de metal, de tinta, de ferramentas e máquinas (fabricação e manutenção dos carros), de detergente (pessoas lavando carros), de energia (para as fábricas), etc. O problema é quando a demanda chega ao limite e os estoques ficam parados.

"O problema é quando a demanda chega ao limite e os estoques ficam parados." Ai as fábricas de papel higiênico pira! :)

Inteligente seria priorizar o transporte público. Minimizaria muito o problema do caótico e violento trânsito e o efeito da cadeia produtiva seria ainda maior.

Concordo, @GUIDU. Mas também temos de levar em consideração que para boa parte dos brasileiros carro próprio é sinônimo de status social. Então era uma solução bem rápida e evidente para aquecer a economia quando foi implementada (aumento de crédito + baixa de preços de veículos por incentivos fiscais). Em políticas públicas não se dá ponto sem nó, tem muita sociologia envolvida. Abaixar o IPI dos eletrodomésticos era outra forma óbvia de aquecer a economia: além das pessoas consumirem mais eletrodomésticos, alguns produtos fazem com que o comprador tenha mais tempo livre para se dedicar ao estudo ou ao mercado de trabalho (máquinas de lavar e fornos de microondas, por exemplo, possuem esse efeito). E em breve será aquecido o mercado de peças de reposição e de serviços de reparos, porque em algum momento esses aparelhos irão quebrar. Mas, aparentemente, o efeito se esgotou ou começou a reduzir.