CALOTE NO TESOURO-DISCUSSAO
comentada em 17/10/2014 10:40

Que tal falarmos sobre o fim do brasil? Pois se ouver calote no tesouro com certeza todo o resto da economia ja vai ter ido para o vinagre, poupança, LCA/LCI, empresas...

se der calote pego num rifle e vou em brasília levar alguns comigo...

Eu acho que calote é calote. Se uma pessoa (ou país) não tem condições de pagar, é tchau e bença. Veja o caso da argh!gentina: quem tinha títulos deles teve que aceitar o que eles podiam pagar. Deram um desconto animal, se não me engano de 70% no valor do título. Quem não aceitou entrou na justiça, mas é aquele negócio... ainda assim, vai ter que esperar a boa vontade do governo para receber.

Só a diversificação salva !!!

O último calote (default) foi em 1987, salvo engano. Na época do maracreano Sarney Brasileiros e Brasileiras. Entretanto, confesso que não me recordo se foi apenas referente à externa, à interna ou ambas. Agora, se isso vier a acontecer de novo... GAME OVER!

neste tópico isto foi discutido e se não me engano, descreve os calotes que o governo brasileiro já aplicou; Bastter.com - Grupos - Forum Finanças Pessoais - O risco é a Renda Fixa!!!!

Nem gosto de pensar nisso.

por isso q vc tem de diversificar, investir em voce e ter uma reserva de valor mas o Brasil ta MUITO longe disso apesar do histerismo atual

Por isso a minha fase 1, reserva de 6 meses, já está concluída e já posso renovar minhas cuecas!

Calote em moeda local é bem improvável. Mais fácil imprimir moeda e gerar inflação.

quem tinha titulo publico da argentina teve que aceitar (ou não) o desconto de 70%....ja quem tinha $$$$ em fundo ou poupanca de banco gringo em Buenos Aires nada mudou..Viva a diversificação!!!!!

Basta ver na campanha presidencial a quantidade de partidos falando do absurdo dos juros altos. Coloque um deles no poder e verás o resultado.E nem precisa o país quebrar.

Dinheiro em banco não é tão seguro assim em relação a título público federal. Bancos as vezes falham "sozinhos" e quase necessariamente falham quando dá crise em governo (em especial, mexidas em TPF). O confisco de cash, poupança e investimento do Collor, os 200 e tantos bancos que falharam nos EUA, os haircuts dos bancos europeus mais recentes... Hun... hora de dar uma relida em Oito Séculos.

Não sei se já disseram acima, se sim, desculpe a reepetição, mas o detalhe é que os bancos de um modo geral aplicam no TD, quando alguém faz um VGBL ou investe em algum fundo de Renda Fixa em algum banco, o banco está apenas comprando títulos do TD e cobrando taxas de adm. para o cliente. Portanto se o TD der calote, os bancos tb vão pra cucuia.

Para esclarecimento transcrevo essa parte do texto escrita por Alexandre Ferreira do site “Vou Investir na Bolsa” Alguns dos principais riscos que existem na compra de títulos públicos são os seguintes: Risco de Crédito O risco de crédito representa a possibilidade de o governo dar um calote na dívida interna, ou seja , nos títulos públicos comprados através do Tesouro Direto. Na situação atual, apesar da dívida brasileira ser elevada , a possibilidade de calote da dívida é considerada pequena e o Tesouro Nacional vem tornando mais transparente e profissional o modo de gerenciar a dívida pública brasileira. Um calote causaria um sério abalo no sistema financeiro do país afetando, bancos, fundos de previdência, todos os milhares de aplicadores do Tesouro Direto, todas pessoas que tem aplicações em fundos com parcela em renda fixa etc. e dificilmente algum governante teria coragem de assumir uma posição tão radical. O governo, antes de chegar ao extremo de um calote, tem algumas alternativas como , imprimir mais dinheiro , apesar que isto possa gerar inflação, ou tirar mais dinheiro da população cobrando mais impostos com finalidade de pagar a dívida pública. Outro fator além do calote simples seria quebra de contratos ou mudanças na legislação que afete os investidores em títulos públicos, por exemplo, mudando índice de correção do títulos corrigidos pela inflação, alterar de forma abusiva a cobrança do imposto de renda etc. No site do Banco Central há um artigo , Dívida Pública e Prêmio de Risco dos Títulos Públicos no Brasil, onde cita as várias ocasiões , pré-plano real, os sucessivos choques econômicos e quebras de contrato com investidores em títulos públicos e outros ativos financeiros. A situação hoje é outra, mas é sempre bom conhecer um pouco da história passada. Abaixo segue algumas passagens do artigo: "Entretanto, após a maxidesvalorização, o governo editou o Decreto-Lei 2.014/ 83, que tributava em 45 % os rendimentos provenientes das ORTNs cambiais que excedessem a correção monetária, frustrando, novamente, a expectativa de ganho das instituições. Ainda em 1983, houve nova alteração no índice de correção monetária, que passou a ser o IGP-DI, com reajuste trimestral e expurgo nos efeitos dos choques de oferta." "Em 1985, o critério de cálculo da correção monetária foi alterado três vezes." "O início de 1986 foi a edição do Plano Cruzado, que envolveu a extinção da correção monetária, o congelamento de preços e uma escala móvel para os salários. (Novamente, o critério de cálculo do índice oficial de inflação foi alterado várias vezes ao longo do ano, assim como a forma de tributação dos ativos no mercado financeiro.)" "Em junho de 1987, foi lançado o terceiro plano econômico do governo Sarney, o Plano Bresser, que promoveu novo congelamento de preços e aplicou um deflator sobre as operações financeiras." "Plano Collor, em março de 1990, governo confiscou 80% dos haveres financeiros, que ficaram congelados no Banco Central, rendendo BTN mais 6% a.a. (aplicação compulsória nos recém-criados BTNEs)"

... e o subtítulo de Oito Séculos, para variar, se aplica perfeitamente a esse texto.

Será que alguém dos PSTUs da vida estaria preocupado com o rebu que seria tocado no sistema financeiro ?

"O governo, antes de chegar ao extremo de um calote, tem algumas alternativas como, imprimir mais dinheiro , apesar que isto possa gerar inflação, ou tirar mais dinheiro da população cobrando mais impostos com finalidade de pagar a dívida pública." Entre outras alternativas, na minha humilde opinião, a que é mais coerente e profissional é o Estado zerar seu déficit e diminuir seus gastos (não confundir gasto com investimento), cumprindo regiamente o superávit primário projetado/estabelecido. Dá-se a famosa "cajadada única com efeito duplo": combate-se a inflação e diminui o risco de default/calote na dívida. Não li este livro, mas o autor deveria mencioná-la ao abordar tal tema e não citar, tão somente, as que são mais inconsequentes e/ou impopulares.

realmente um calote desencadearia ou seria consequencia de um efeito dominó na economia, indo bancos, bolsas , investidores, tudo pro brejo.

Calote no TD? Se for ficar com medo disso, fuja para as montanhas. Ou pague horrores de custos e impostos para aplicar no exterior.