Basta ser mais dinâmico e se livrar de preconceitos.
Enquanto diversos países, incluindo os Estados Unidos e membros da União Europeia, buscavam estreitar laços e fortalecer o relacionamento bilateral com a China, o Brasil parecia remar contra a maré. A potência asiática chegou a incluir o Brasil no mecanismo denominado Diálogo Estratégico, espaço no qual a China tratava sobre assuntos diversos com parceiros considerados importantes. Brasília, no entanto, pouco acionou o canal.
Países como México, Estados Unidos, Japão, África do Sul, Índia, Austrália e Alemanha utilizaram o mecanismo para negociar questões comerciais, investimentos externos e temas de ordem política. Os Estados Unidos são um dos países que mais usam e se beneficiam deste espaço de negociações, cujas reuniões são frequentes e muitas vezes lideradas pelos chefes de Estado de ambos os países.
Deixemos de lado por um instante acusações de violação de direitos humanos, degradação do meio ambiente e utilização de práticas ilegais de comércio. Estes aspectos são importantes, mas se considerados desproporcionalmente no âmbito do comércio exterior, teríamos acordos com pouquíssimos países no mundo.
Analisando os dados, vê-se que as principais importações da China são de insumos à indústria e não “quinquilharias”, como afirmado erroneamente por muitos. Ou seja, bens que contribuem para inovação tecnológica e que aumentam a competitividade de nossos produtos no mercado doméstico e exterior.
Brasil desperdiça oportunidades econômicas com a China