O isótopo do Hélio He3 é um átomo não radiotivo produzido pelo Sol. A fornalha no núcleo do Sol obtem sua energia transformando o Hidrogênio em Hélio há bilhões de anos. Acontece que parte do Hélio derivado apresenta-se como o isótopo He3 e é liberado em rajadas pelo Sol, espalhando-se por todo o sistema solar.
O planeta Terra, no entanto, não retém o He3 liberado pelo Sol por causa de sua atmosfera, que impede o gás de chegar ao solo. O mesmo não ocorre com a Lua, que, estima-se, tem bilhões de toneladas de He3 armazenados em suas rochas mais profundas.
Acontece que o He3 permite seu processamento nuclear em plantas não radioativas e sem risco ambiental de forma a fornecer a energia necessária à humanidade por pelo menos 10.000 anos, considerando-se aí o incremento natural da necessidade energêtica em escala exponencial, no fator de potenciação ao quadrado a cada século.
Para isso será necessária a exploração do subsolo lunar. O principais países do mundo já sabem disso e estão tomando medidas para esse objetivo.
O mais atrasado nessa exploração são os EEUU, vindo a Rússia em segundo lugar no desenvolvimento da tecnologia necessária.
O país mais adiantado nesse campo é a China, que em 2014 alunizou uma nave chamada Chang E3 que perscrutou a superficie lunar em local pré determinado. Os resultados foram animadores a tal ponto que há semanas a China lançou em direção à Lua a nave Chang E5-1, que no momento orbita o satélite e vai alunizar nos próximos dias. O objetivo dessa nave é trazer para a Terra amostras do He3 obtidas na Lua.
Participa também da corrida a India, que mantém a sonda orbital da Lua Chandrayan 1 pesquisando as principais jazidas de He3.
Essa corrida espacial não equivale à propaganda pelo primeito homem no espaço ou à conquista da Lua, que teve fins quase que totalmente políticos. Agora é pra valer e, mesmo que a ONU ainda não tenha regulado a exploração do espaço, criando regras e tudo o mais, todos estão excessivamente exaltados com a alta probabilidade de êxito. É fato notável que não se trata de planos ou especulações para o futuro, os principais países do mundo já estão lá, tentando trazer a maior quantidade possível de He3.
Qual é a razão? Uma mudança econômica e geopolítica de tal ordem que transformará a humanidade para sempre.
