Observo que sempre postam estudos comparando a rentabilidade das ações.
Não sou matemático nem estatístico, mas acredito que há um "erro" nestes estudos, pois levam em conta as cotações históricas ex-proventos, e estas cotações são ajustadas por uma fórmula logarítimica.
A rentabilidade real, em valores absolutos, é bem maior que a rentabilidade calculada sobre a cotação histórica ajustada pelos proventos.
Por exemplo:
1) Numa data X papel fechou cotado a R$ 10,00 e foi encarteirado por alguém pelos R$ 10,00
2) Numa data Y papel fechou cotado a R$ 20,00 e pagou R$ 0,20 de dividendos, ou seja, 1% de Yield.
3) A Bolsa vai ajustar descontando 1% de todo o histórico. Então data X fica 9,90 e data Y 19,80.
4) Vejam que o histórico na data X ajustou em 1%, mas pra quem comprou o papel a R$ 10 e recebeu $0,20 de proventos, deu 2% e não 1%. O preço histórico no gráfico é R$ 9,90, mas o preço médio real na carteira é de R$ 9,80.
5) Comparando a rentabilidade do período, pelo gráfico histórico dá 100% (19,80/9,90), mas na prática a rentabilidade foi de 102% (19,80/9,80).
Vejam que deu uma diferença de 2% para um único pagamento de proventos.
Agora imaginem o reflexo que isso vai dar no longo prazo em função dos juros compostos e também pela capitalização contínua, pois várias boas empresas pagam dividendos trimestrais.
Então:
1) no longo prazo o histórico do gráfico tende a zero, pois é logarítimico.
2) mas o Preço Médio em valores absolutos da carteira tende ao negativo.
Alguém já comentou por aqui que recebia de proventos anuais da CRUZ3 mais do que tinha pago pelas ações 10 anos atrás.
Então pra essas comparações ficarem corretas, não basta pegar o preço no gráfico. Tem que levar em conta todo o histórico de proventos.