Investir em você - relação com superiores
comentada em 31/08/2016 21:04

so péssimo para te aconselhar detesto tanto ser humano q arrumei um trabalho q não interajo com nenhum

Um mestrado? Em que área? Como isso iria ajudar? Você continuaria tendo um superior: seu orientador. Se for bolsista, acrescente uma instituição de fomento no seu cangote. Acrescente a tensão de trabalhar com prazos. A não ser que você deseje fazer um mestrado sobre relações de trabalho (sociologia? antropologia? psicologia?), não vejo como isso te ajudaria. E te ajudaria só num nível acadêmico. No nível pessoal, seria outro tipo de aprendizado.

Não entendi como o mestrado ajudaria, a não ser que você mudasse de carreira. Mudanças de comportamento e de atitude começam aos poucos. Não é porque você não consegue hoje que nunca vai conseguir. Como voce disse, a terapia pode ajudar. Um passo de cada vez...

Esse seu dilema não é novo, e por isso há muito tempo foi criado o conceito da carreira em Y (veja a imagem). Esse conceito rompe com o paradigma de que para que você possa ascender em sua profissão, necessariamente tenha que sair da área técnica para assumir algum cargo de gestão. Eu não tenho toda essa dificuldade, mas também não tenho a menor paciência com pessoas, fazer politicagem e etc, então chegou um momento da minha carreira em que eu passei um cargo de liderança para um funcionário que eu mesmo havia contratado (e que é meu amigo), sabendo que ele faria muito melhor a minha função, e fui no caminho de me tornar um tipo de super especialista no que faço. Tem dado certo.

Invista na sua cabeça. Você tem um hobby para desopilar? Tiro, bike, moto, jipe, qualquer coisa? Isso já é um bom começo. Uma cabeça tranquila que desopilou bem no final de semana chega bem na segunda para trabalhar, tratar com todas pessoas, etc.

Caro @Tiago15 Já passei por situação semelhante. Assumi um cargo de liderança muito cedo (aos 26 anos de idade) e tive que lidar com gestão de equipe/pessoas e despachar direto com uma diretoria muito experiente onde eu me sentia uma sardinha em um tanque de tubarões. Nesse tipo de situação é natural a gente querer fugir do problema, tentar mudar de área, trocar de emprego, etc. Mas não acho que seja o caminho. Acredite que se vc foi selecionado é pq pessoas com boa visão enxergaram em vc um potencial que talvez nem vc conhece. Invista nisso. Faça cursos de relacionamento interpessoal (tem um da DALE Carnegie que é até bonzinho), leia bastante, e tente ser o melhor gestor do mundo. Se após todas essas tentativas vc chegar a conclusão que não tem aptidão para o assunto, vire a página. Vá em busca de outra atividade, outros objetivos mas não deixe chance para vc olhar para trás e lamentar ou se arrepender pelas oportunidades que pode ter perdido com uma decisão precipitada. No meu caso, hoje com 5 anos de gestor, me sinto mais seguro e confiante que desempenho um bom papel (faço o meu melhor). Consigo conviver com o desafio que é lidar com gente, mesmo tendo a sensação que tmb não gosto tanto assim de gente. Mas, assim como o Bastter, é o meio que encontrei para poder chegar em um momento da minha carreira onde eu possa decidir se continuo ou não nessa empreitada como uma opção e não por obrigação. Boa sorte ae pra vc. Grande abraço!!!

Eu acho que nada ensina gestão melhor do que a prática. Procure orientações de pessoas experientes, mas acima de tudo você precisa experimentar a situação inúmeras vezes. Com o passar do tempo, ou você aprende e passa a gostar, ou você aprende mas vê que não gosta mesmo. Quando chegar nesse ponto, você toma a decisão de continuar nessa ou não. @Bastter, como alguém que detesta gente se forma em medicina? Foi depois de exercer que você descobriu que não gosta? Sei que você não exerce mais...como foi isso? Demorou para achar o trabalho certo? Já sabia qual era de cara, ou foi experimentando um monte de coisa até encontrar? Eu me vejo mais ou menos assim hoje, a angústia é enorme =/

A insegurança e medo são normais no início de uma nova função. Você precisa adquirir confiança no seu próprio trabalho. Normalmente, quando temos dificuldade em argumentar ou explicar sobre um assunto, significa que estamos inseguros a respeito da solução que temos explicar. A ajuda psicológica é boa para tranquilizar a cabeça, mas não resolve a questão da insegurança. Prepare-se bastante antes das reuniões. Faça um exercício mental antes de uma reunião importante, mantendo a concentração no que é importante. Quando eu era iniciante, tinha muito contato com um diretor muito duro, muito questionador. Antes das reuniões eu tentava antecipar as perguntas que ele faria, para tentar me preparar melhor. Com o tempo fui antecipando cada vez mais. Às vezes, nestas reuniões mais duras, o mais importante não é a resposta, mas a atitude. Tipo: "não sei agora mas vou verificar"; "pode deixar que vou revisar",; "não havia pensado nisso antes". Duas dicas: nunca minta e nunca abaixe a cabeça. Assuma seus erros com confiança. Pense o seguinte: você não tem nada a perder. O máximo que acontecerá é uma demissão e emprego a gente arruma outro. Portanto, arrisque! Perca o medo, estude bastante.

@Tiago15, sei que muitos tem um certo preconceito com auto-ajuda, mas as reflexões do Eckhart Tolle e outros "mestres" do auto-conhecimento me ajudaram muito quando também tive crises de ansiedade e depressão. Recomendo que assista alguns vídeos do "Eckhart Tolle" no Youtube e a leitura deste livro: O Poder do Agora Como o @celtiberian falou, uma cabeça mais tranquila e mais "presente" saberá lidar melhor com as pessoas e essas pressões profissionais. Abraço!

@WLNC O problema da carreira em Y é que as duas perninhas da bifurcação não tem a mesma altura, nas implantações práticas. Geralmente o lado técnico vai trazer menos oportunidades e salário. Na minha ex-empresa o topo da carreira (sócio) no modelo Y tem uns 30 do lado de negócios e uns 3 do lado técnico (advisors), que aposto que ganham um pouco menos ainda.

Com certeza cara, essa escolha não sai de graça. Não tem como pensar que você vai chegar até diretor e etc, por isso é uma escolha que tem muito a ver com o tipo de vida que a pessoa quer levar.

@cmweber O lance do mestrado seria mudar o rumo da carreira (como @offshore captou) - recomeçar. Faria na minha área mesmo, mas isso não resolveria meu problema e até enfrentaria a tensão de trabalhar com prazos como você citou mais o atual trabalho que não poderei sair. É algo a médio prazo e não posso apostar emocionalmente todas as fichas como solução definitiva. Mesma coisa de estudar para um concurso, passar e lidar com ambiente de trabalho pior :)

@WLNC perfeita essa imagem. Inteligente escolha que você fez, parabéns. Acabei indo para o lado de superviso sem ter opção, tipo um caminho natural. Agora é abraçar e melhorar o que falta. @celtiberian teve um tempo que me fechei para isso, me cobrava demais em casa e no trabalho e isso só fazia piorar. Meu trabalho é embarcado (12 dias x 12 horas a 14/dia) e durante esse período que é mais difícil encontrar algo pra desopilar devido as limitações físicas do ambiente, mas ainda sim dá para fazer alguma coisa. Vale sua sugestão para todos com ctz!!!. Na folga é só alegria rsrs bike, programações com a dona onça e filhos e variadas atividades.

@guilherme1 Excelente, obrigado. Vou seguir teus conselhos. Que bom que conseguiu superar as dificuldades! Abraço! @gpaiva Acho que o lance é não desistir fácil, venho tentando há um tempo ou tenho fugido esse tempo. Fugindo no sentido de estar presente nas situações mas não encarar como deveria como forma de crescimento e amadurecimento. Acho que reconhecer isso já é um começo... Isso leva a agrader o @Junior80 e por em prática as dicas. Valeu! Outro pensamento que tinha que o Baster pode dar voadora: Alcançar 2 anos de gastos mensais pra poder arriscar mais, ser mais "agressivo", dizer mais não. :) Esses dias cheguei a conclusão que seu for demitido: foda-se. Corto todos os gastos que não posso manter sem emprego (entrego AP financiado, escola particular de filhos, etc) e me mudo pra uma cidadezinha que tenho um teto meu pra morar. E dali pra frente penso como será recomeçar. Tirei um peso das costas em me imaginar desempregado.

@Andre66 @André66 Anotado suas dicas, pra mim pareceram super valiosas! Obrigado.

@Tiago15 Entendi. Vida acadêmica seria uma reviravolta na sua vida então. Só tem uns detalhes... Esqueça concursos públicos nos próximos 20 anos se o governo Temer emplacar a PEC 241. Ela literalmente propõe não aumentar gasto nenhum com pessoal por esse período. Então, o investimento em educação no país para expansão será virtualmente zero. Aliás, eu sugiro pensar nisso a bem longo prazo, porque a tendência é não ter muitos concursos em qualquer lugar ou esfera. Isso deve gerar um exército de reserva e as privadas podem jogar o salário de professor lá embaixo já que vai haver mais oferta que demanda de profissionais. Com o corte em educação atingindo o FIES aí que carreira acadêmica vai pro brejo de vez no setor privado. Sem concurso nas públicas, e o financiamento para as privadas, cai o salário nas privadas. Isso só pegando o lado financeiro. O lado pessoal é complicado. Tanto no público ou privado é um setor que manda quem pode e obedece quem tem juízo. Um mestrado não significa nada. É preciso um doutorado pra começar a pensar em ser alguém. Coloque aí na conta seis anos de estudos pra chegar na titulação necessária se você completar essas duas fases no tempo mínimo. Não conte com bolsas nesse período e concursos. Ou seja, você vai ter de estudar e trabalhar. Todo mundo que vem me perguntar sobre carreira acadêmica eu digo a mesma coisa: "até quem gosta sofre, se estressa e tem vontade de mandar tudo às favas de vez em quando". É um ramo onde quem é novo tem de baixar a cabeça e com uns 20 anos de carreira é que você vai poder dizer que é alguém. Não quero te desencorajar, mas pensa MUITO nessa escolha. É uma carreira que demanda muito, você vai trabalhar mais de 40h fácil em certos períodos do ano, o reconhecimento da sociedade não é muito reconfortante. Ah... e você vai ter de dar aulas nesse meio tempo rsrs A relação professor/aluno também perpassa por relações de autoridade. E nas privadas o aluno muitas vezes é quem é a autoridade (o pensamento do "eu tô te pagando")

Como tudo na vida, com treinamento, tempo e dedicação tudo melhora. Vai precisar empenho. Se tiver medo, vai com medo mesmo assim, não o deixe limitá-lo e boa sorte.