Boa tarde, segue uma matéria que saiu hoje no Jornal Valor Econômico falando um pouco do Cenesp ativo que pertence também ao fundo imobiliário BRCR11 (BC Fund). Abraço.
Aos 40 anos, sócios rejuvenescem o Cenesp
Valor Econômico |
A Panamby Empreendimentos e Participações - da família do ex-governador Orestes Quércia - e demais proprietários do Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp) estão na reta final da conclusão de aportes de R$ 100 milhões no complexo imobiliário. A conclusão dos investimentos ocorre em momento em que a taxa de vacância chega a 28% do total de 150 mil metros quadrados de lajes corporativas, e o preço médio de locação pedido é de R$ 48 por metro quadrado.
Quando as melhorias começaram a ser realizadas, em setembro de 2014, o Cenesp - localizado na zona Sul da cidade de São Paulo - tinha apenas vacância técnica, e o valor pedido por metro quadrado ficava entre R$ 55 a R$ 60. Os investimentos destinaram-se, principalmente, ao retrofit (reforma) das fachadas das seis torres do complexo de alto padrão.
O preço de locação pedido no submercado Morumbi - Jardim São Luís (região em que o Cenesp está localizado) é de R$ 72,82 para prédios dos padrões A+/A, R$ 49,41 para edifícios B+/B e R$ 46,11 para prédios B, de acordo com a consultoria Engebanc.
O Cenesp, que possui também bloco central e shopping center de 15 mil metros quadrados, completa 40 anos em 2017 e é o maior centro de escritórios do país. São 50 lajes corporativas de 2.880 metros quadrados cada.
Nos últimos anos, diante do excesso de oferta de escritórios comerciais e da redução do tamanho das empresas ocupantes de áreas, proprietários precisaram reduzir preços de locação na disputa por inquilinos.
Segundo o presidente do grupo SolPanamby, Duilio Calciolari, a modernização é uma das iniciativas consideradas necessárias pelos proprietários do Cenesp para atrair novos inquilinos e manter o empreendimento ocupado a taxa de remuneração competitiva, evitando a depreciação dos edifícios. O foco dos investimentos é o longo prazo.
"É preciso proteger o ativo o tempo todo: ou você investe ou muda de posição", afirma Calciolari. Na prática, proprietários têm de modernizar os empreendimentos ou reciclar o portfólio com a venda de ativos. A comercialização dos prédios é feita também quando determinado preço é atingido. "O momento é de comprar portfólio", diz.
Os proprietários têm concedido descontos e prazos de carência de seis a oito meses - há dois anos, a carência era de três meses - para início do pagamento do aluguel pelas empresas ocupantes, mas não "allowance" (subsídios aos inquilinos para despesas com mudança e adaptação do imóvel).
Calciolari conta que o período de 2010 a 2014 foi muito favorável a proprietários de prédios comerciais e que os donos do Cenesp aproveitaram para se capitalizar para modernizá-lo.
A Panamby tem cerca de um terço de participação do Cenesp e é responsável pela administração. O empreendimento tem 30 proprietários. Entre os demais, estão o fundo de investimento imobiliário (FII) Cenesp - administrado pelo BTG Pactual -, a Mapfre Seguros Gerais, a Marsh Corretora de Seguros, a Fundação Bunge, o CSHG Real Estate, a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), a Funcesp (Fundação Cesp) e o Citi Brasil Comércio e Participações.
O empreendimento possui ainda 185 mil metros quadrados de áreas verdes.
Para a Panamby, o Cenesp representa 20% do negócio imobiliário. No setor, a empresa faz também desenvolvimento imobiliário de loteamentos, galpões e residencial. O Valor Geral de Vendas (VGV) potencial do banco de terrenos não é divulgado. Recentemente, a Panamby lançou projeto residencial com VGV de R$ 20 milhões em Campinas. Outro empreendimento residencial tinha sido apresentado ao mercado em 2008.