Olha isso @Junior80
Indo na sua onda.
Em 1988 resolvi sair do "apertamento" e comprar uma casa. Tinha que ser em determinada região da cidade por exigência da minha esposa.
Achamos uma que precisava de reforma. O proprietário devia à Caixa Econômica Estadual e não tinha dinheiro para quitar a dívida.
Negociado o preço, contrato registrado no Cartório de Notas, ficou acertado que eu somente pagaria no dia em que a MinasCaixa liberasse a documentação (eu pagaria o saldo devedor para liberar o imóvel e ele ficaria com o que sobrasse).
Isso em abril. Expectativa de um ou dois meses para resolver tudo.
Mudei-me para a casa e fiquei acompanhando o ex-proprietário nas idas e vindas à agência bancária. Deu junho e nada. Inflação comendo solta, fiquei com dó do velhinho, comprei um título ao portador pagando juros+inflação, guardei em casa e continuamos na batalha com a MinasCaixa (sempre precisava de um novo documento ou uma via mais nova de algum documento já apresentado).
E a inflação deitando e rolando, o velhinho desesperado porque o valor combinado não daria para quitar a dívida. E eu calado.
Finalmente em dezembro, liberação !!
Resgatei o título, paguei à MinasCaixa, peguei a diferença e entreguei na mão dele.
Imaginem a alegria dele e a minha satisfação interna.
Até hoje me vêm lágrimas aos olhos quando lembro disso.