Um dia combinamos de nos encontrar.
A Cissa, à época, era casada com um japonês, depois me disse estar muito feliz com um bastteriano.
Encontramo-nos num café, na Praça da Espanha de Curitiba, que até hoje sempre que quero um bom encontro é lá que marco - representa-me momentos felizes.
Por duas ou três vezes eu a vi. Nesta época eu era um futuro investidor em indústria de chocolates. Sete milhões de euros me separaram do meu sonho. Ela experimentou o meu produto final e adorou! - "eu vou comprar"!
Tempos depois apresentei minha família. Carregou meu filho no colo, e pela altura dela, ele pediu, "quero ir pro chão". Até hoje lembra daquela amiga do papai "bem alta que dava risada todo o tempo".
E nunca mais vi a Cissa.
Minha sobrinha escolheu a mesma especialidade médica dela, é otorrinolaringologista, "pior é ortopedia que as pessoas se quebram aos finais-de-semana" - diz minha sobrinha, ótimo, a Cissa marcou encontro tranquilos aos finais-de-semana.
A Cissa é culta (óbvio), educada (mais óbvio ainda) e querida (sorte de quem priva dela). Disse-me que carnaval eram dias para ir ao supermercado comprar com tranquilidade.
A bolsa ou o bastter é o que nos aproxima e nos transforma em amigos de toda uma vida.
Eu sou assim, amigos são sempre amigos, nada mais, sem fim.
O que me importa é não aceitar os amigos com seus defeitos, é que ter a certeza que os amigos percebam as minhas virtudes.
A Cissa se refira a mim como se eu fosse o máximo!
Quer mulher! Que alguém a tenha!