Pós carreira
comentada em 06/03/2017 18:39

Minha vai ser viajando pelo Brasil ou mundo (caso tenha dinheiro)..kkk Fala grande Radix !! Que a força esteja contigo !

ja ta no grupo correto fala ai para a gente entender direito

ainda estou longe disso... Mas eu penso na possibilidade de aposentar-me, mas de forma alguma penso em inatividade. Caso eu possa parar de trabalhar um dia, vou me envolver com alguma outra coisa completamente diferente, potencialmente trabalho voluntário. Tenho uma vontade danada de passar alguns meses na África, por exemplo, naqueles projetos do MSF... A experiência de uma campanha de vacinação contra malária no Congo, por exemplo, em que você conhece a geografia, fauna, flora e cultura locais, deve ser algo surreal (ainda mais para quem, como eu, por vezes reclama até de coisas estupidamente banais). Na vedade, se não tivesse filhos, eu já teria me candidatado a algo assim... Mas, estou divagando: meu ponto é que, ao aposentar, o pior que alguém pode fazer é sentar-se no sofá de cada com o controle remoto na mão, ou na varanda pra ver a vida passar. Vivet assim é mais vevenoso do que a maioria pode supor

Concordo plenamente. Tenho colegas médicos que já fizeram esse tipo de viagem, alguns pelo MSF outros por outras entidades. De qualquer maneira a pessoa volta com uma bagagem e visão de mundo completamente diferentes e normalmente desejam fazer mais. Acredito que um dos pilares para se ter uma velhice saudável é continuar se sentindo útil.

Depois que parar de trabalhar ... a ideia é por ano: viajar dentro do Brasil, fazer uma viajar para fora do Brasil, ja no dia dia praticar esportes, ler livros, assistir séries e filmes, jogar vídeo game :). Quem saiba faça outra graduação ou começar a dar em aula em faculdade 1 ou 2 dia na semana.

O problema é que quanto mais a idade avança menores ficam as opções de atividades. Nosso corpo não aguenta atividades que requer esforço físico extenuante, o mercado de trabalho fica cada vez mais restrito, nossos conhecimentos vão ficando obsoletos, a sociedade é preconceituosa com pessoas de idade avançada, ficamos cada vez mais refratários a mudanças, etc. Então, procuro me motivar a cada dia na minha profissão atual e tentar estendê-la ao máximo, sem deixar de ir acumulando capital para o dia em que eu resolver chutar o balde.

Isso é meio de cada um vizinho meu se aposentou faz 1,5 ano o cara é louco por futebol, o cara montou uma escolinha de futebol ja levou o time para o Uruguai já, O cara da aula de segunda a sexta está 1000% mais feliz e realizado segundo ele mesmo.

nao gosto de nada com data marcada para depois q sei la o que a vida ta correndo agora, aproveitem e depois sei la pq vc nao sabe se vai chegar la e como vai chegar

Também pretendo fazer algo no voluntariado Mas não é preciso ir para a África,tem muita miséria aqui mesmo

O primeiro requisito para ir trabalha rna África é ter uma saúde muito boa, ou seja, ser jovem é meio caminho andando. Malária numa pessoa de 60 anos é bem grave, se sobreviver terá provavelmente sequelas. Não há vacina contra a malária. O processo de seleção do MSF é bastante concorrido e difícil. Seu bastante suspeito para falar dessas ONGs, pois não tive boa experiência com nenhuma, mas deve ter alguma boa por aí. Trabalhar numa ONG dessas, num lugar remoto, não é necessariamente uma experiência agradável. Tem que ter muita vocação...

junior eu pensei febre amarela e disse malária. De fato, as vacinas contra malaria são experimentais. Por favor, conte a respeito de suas experiências com estas ONGs

muito boa ideia de um grupo pra isso @Radix longe dessa fase eu quero logo entrar numa fase de meia-carreira, trabalhar meio período, ou algo do tipo acho muito válido essa discussao. ja sobre o que o @darlancsg falou, eu nao concordo, claro que atividades radicais nao sao proprias para a maioria dos idosos, mas vejo muitos que cognitivamente são fera, continuam viajando e tendem a buscar se inteirar das novidades tecnologicas

Gosto da ideia de manter-me ativo no mercado de trabalho, mas com carga horaria flexibilizada. 1 a 3 dias na semana ou 10 a 20 h de trabalho. E no mais tentar viver o hoje, pois nao sabemos como estaremos amanha, como o Bastter falou.

@LUZ Excelente comentário. Nada de Angelina Jolie. Para qualquer brasileiro que queira ser voluntário e ajudar um miserável, nem precisa sair da cidade dele. Basta ir à periferia e pronto. Vai ter muito o que fazer.

@Fernando1982 A vacina contra malária está longe ainda e não há vacina experimental, somente testes e estudos. Malária é coisa séria, principalmente para expatriados.vi muitas mortes ou casos de sequelas graves. Conheci gente que pegou 3 vezes e se curou, vida normal. Outros pegaram uma vez e morreram... a malária afeta de maneira irreversível o fígado e dizem que o preço dessa doença, para os que se curam, vem com a idade. Para os africanos adultos parece gripe, tem uma vez por ano e saram sozinhos, pois o organismo já se acostumou. Sobre ONGs: a maioria contrata jovem estrangeiros pagando uma merreca, ou mesmo voluntários que pagam para trabalhar. Contratam tb muitos locais. Enquanto isso os diretores ficam em hotéis 5 estrelas, moram em mansões na África e viajam de primeira classe, e ganham salários astronômicos. Vá num hotel 5 estrelas na África que vc encontrará muitos carros de ONGs , não necessariamente a trabalho. Recentemente vi um ônibus escolar de uma ONG transportando a seleção local... Pra encerrar: outro dia resolvi entrar no site do MSF e procurar uma prestação de contas lá. Se não me engano o gasto administrativo chegava a 30%. Percentual altíssimo tb em marketing. Gasto com salários dava quase 80%. Até 2010 havia relatórios bem detalhados, depois disso passaram a publicar uma planilha bem resumida. No ano passado arrecadaram mais 1,5 bi de dólares e conseguiram "investir" somente 800 milhões (números deles). Pergunta que não quer calar: se nem conseguem gastar o que arrecadam, porque ainda gastam tanto em propaganda pedindo mais dinheiro? Enfim, já vi de perto muita coisa estranha. As penso que o melhor para a África é o mínimo de interferências externa possível.

Estou fora do mercado de trabalho desde nov de 2013,e aposentado desde fev 2014, fiquei uns tempos a toa, até que resolvi fazer concurso para a polícia civil, até passei mas longe de ser chamado, ai resolvi fazer o ENEN, fui mais ou menos só que não passei em nada, fiz de novo e passei em matemática e letras na federal, escolhi letras. Penso em dar aulas particulares de inglês daqui alguns semestres. Não sinto falta de trabalho, sinto um pouco de falta do dinheiro que ele me dava.

@Junior80 entendi seu ponto. Sou doador do MSF há algum tempo e acompanho os relatórios deles. Por incrível que pareça, das ONGs que consultei, eles têm um dos menores custos com publicidade, por exemplo (não sei se devo considerar o gasto com pessoal: embora sempre existam voluntários, não dá pra negar que muita gente deve receber pelo que faz)... Então imagine outras ONGs que chegam a gastar 75% do arrecadado em publicidade... existe um site nos USA, salvo engano chama-se Giving Well, que faz um ranking dentre diversas ONGs, avaliando, inclusive, transparência na divulgação de dados, eficiência no uso do recurso na atividade fim, etc. Quem tem interesse pode ler a respeito. Caso você tenha alguma sugestão de ONG mais eficiente que atinja os objetivos de forma mais adequada, sou todo ouvidos a sugestões. @LUZ e @Ron68 não tem nada disso... Eu nunca disse que você deve ajudar APENAS instituições com atuação na África. Eu contribuo com a MSF, mas não apenas isto. A proposta aqui é discutir o que fazer após a aposentadoria, e então eu mencionei a África. Pra ajudar quem vive perto a gente não precisa esperar parar de trabalhar. Isso a gente já pode fazer hoje... Esse foi meu ponto.

Niemeyer foi arquiteto até os 104 anos. Othake foi artista plástica até os 101. Não existe isso de pós carreira. É outra ilusão que querem fazer com que acreditemos. Tem de continuar com os princípios basterianos, trabalhar, estudar etc sempre.

@Junior80 cara, depois que li o que você disse fui olhar o relatório que recebo do MSF... Os dados que você falou simplesmente não tem relação com o que consta dos relatórios. Você poderia, por gentileza, mostrar-me onde viu isso de despesas com pessoal chegando a 80% da arrecadação? Gostaria de ver onde está esta informação... Por que isso não bate com a informação do relatório auditado, a menos que tenha passado ao largo de minhas avaliações

Não é assunto do post, mas achei descabido o que o Junior80 disse sobre o MSF, esses números que ele passou não estão nos relatórios rs sobre o tópico, penso em manter trabalhando na área que estou hoje mas aos 70/80 numa batida mais suave mas sem ócio, viajando mais vezes do que hoje e curtindo a netada

Muito interessante mesmo ler o ponto de vista de todos voces. Ontem fui visitar um tio meu de 94 anos. Fantástico! Conversamos 9 horas seguidas, sem exagero. Me levou almoçar num tal de Badará, no Shopping Morumbi. Insisti para irmos na minha Forester. Não aceitou, brincando que não confiava em mim na direção. Fomos no Uno dele, ele manejava aquele câmbio, com duplas embreagens, oscambau, mas tudo a 40 ou menos. Rs. Comeu um prato de medalhões com um risoto de linguiça, igual ao meu. Voltamos. Ele me mostrou sua marcenaria improvisada e as peças que ele estava se dedicando, seu hobby diário. Depois entramos e conversamos muito, aprendi muito. Me recitou uma poesia de beleza e sabedoria extrema. Me contou muitos casos, do que ele sabe, do que ele viu, do que ele aprendeu. Com sua esposa, uma lady, nota-se claramente que está muito feliz. Tem 4 filhos e 8 netos, vindo logo um bisneto, todos muito unidos, a pizza de domingo sagrada, bem como o diário café pão e manteiga as 16:30. Não, filosofia e questões existenciais não são pura besteira.

Já hoje marquei um café com o Gavih no Franz de Alfaville, onde ele mora. Nos conhecemos a muito tempo mas temos nos aproximado muito ultimamente, nos tornando amigos. Ele se aposentou já faz mais tempo que eu, um ano a mais. Conversamos 5 horas! Muitos assuntos, em parte, ele vem me antecipando as fases desse pós carreira pelas quais talvez eu também passe, embora nossos objetivos, meios e problemas sejam diferentes, mas a sabedoria muitas vezes é uma só.

De minha parte tô a vagabundagem, ou melhor, não ter obrigações, ficar planejando minha viagem para a Costa Amalfitana, escutando jazz, lendo muito, indo ao cinema, fazendo pequenas viagens, planejando outras maiores, um pouco de musculação e aeróbica na academia aqui perto, sem pressa e em hora fora de pico, tanta coisa... Penso em cursos tambem. Obs: acho o MSF muito legal, porque eles vão aonde a coisa tá pegando mesmo. Sou contribuinte com uma pequena quantia mensal, que dá pra comprar alguns litros de leite. AS PESSOAS ESTÃO MORRENDO DE FOME NA SOMÁLIA E SUDÃO DO SUL!!!. Olhei as contas deles e gostei. Não bate com uns dados negativos citados aí em cima. Alguem falou em Café Photo?

@shidu @Fernando1982 dei uma rapida olhada no relatório de 2015 disponível na internet. Olhei no site americano. Talvez anteriormente tenha olhado no site de outro país que não tinha tudo detalhado. Parece bem detalhado mesmo... shidu, eu falei da realidade de ONG`s que vi pessoalmente. Nunca trabalhei diretamente com MSF, mas de uma forma geral minha percepção sobre ong`s na áfrica não foi boa. Fernando, não saberia indicar nenhuma ONG. sobre os número do MSF (numeros em bilhoes de dolares) - em 2015 gastaram 1,2 - arrecadaram 1,44 - headquearters, management e "other expenses" - USD 0,421 (421 milhões de dolares!!!) - nao estou com tempo agora para olhar detalhadamente, mas eles listam uma série de países e programas de gastos em cada país. a questão que coloquei é que o dispêndio em cada país, na maioria dos casos, o maior valor (60 a 80%) é com salários das pessoas que trabalham nesses programas e com combustíveis, carros, casas, etc. Eles consideram os custos indiretos locais (salários locais, despesas administrativas locais, alugueis locais) com o custos diretos aplicados como investimentos. Então fica a impressão, quando se olha rapidamente, é que quando reportam o investimento de X milhões em determinado país, parece que ficou algo de concreto no país, ou foi compra de remédios, por exemplo. Mas o grande gasto é a própria administração local. O que não está de todo errado, pois para se dar assistência, gasta-se muito com carros, ambulâncias, médicos, enfermeiros, etc. Mas foi somente um dado que me chamou a atenção. Repito, nada contra MSF. Cada um sabe o que faz com seu dinheiro e quem sou eu para julgar? Só coloquei minha percepção. 100% do meu contato próximo com ONG`s ou atividades do tipo, na África ou no Brasil, não foram boas. Mas como disse, deve haver alguma boa por aí, e talvez o MSF seja algo bom, não tenho capacidade de julgar pois não conheço de perto.

Na pós carreira, acho que temos que envolver em coisa em que já temos experiência acumulada. Parece óbvio, mas conheço muita gente que quer "abrir um Subway" sem experiência com comércio e se lasca. Quanto às ONGs já cabe uma discussão aqui de como saber se ela é idônea ou não. Pela minha área sempre fiquei bolado nesse aqui: Bridges to Prosperity - Home Mas como saber sobre ela? Como se financiam? Eles tem ligação com que governo? aliás o que é uma ONG?

cara, não pretendo mudar sua forma de pensar nem impor nada. Mas acho que você tá fazendo a leitura equivocada da coisa... Veja bem, muitas vacinas custam valores irrisórios, coisa de poucos centavos, quando compradas em grandes quantidades. Mas e daí, a questão não é quanto custa a vacina; a questão é levá-la até um vilarejo isolado no meio do nada, onde sequer tem asfalto, luz elétrica pra manter a vacina refrigerada, zonas de conflito e miséria... Obviamente que o custo com pessoal e transporte vai superar em muito o custo do "medicamento". Mas sem o pessoal e o transporte, a vacina nunca chegaria lá. Outro ponto: você vai montar um hospital de campanha pra atender pessoal expulso de suas terras pelo EI. Que medicamentos você usa? Gaze, suturas, antibióticos simples, nada caro. O que custa é levar pessoal até lá, montar hospital de campanha, etc... Então dizer que o gasto com medicamento é pequeno é uma base meio fora de lógica, a meu ver... Não basta o medicamento, tem que levá-lo até quem precisa... Ah, sim, pra remeter à questão que você mencionou anteriormente, o MSF tem uma "rubrica" específica em seus balanços relativa a "hospedagem"... Dá uma olhada nos valores lá... Não vi nada que saltasse aos olhos Pra finalizar minha participação, vou citar ainda o ActionAid, que tem forte atuação em áreas de miséria no Brasil. O foco deles é bem diferente do MSF (que tem um viés medicinal); o foco deles é levar conhecimento e desenvolvimento a comunidades carentes (ensinar moradores do sertão técnicas pra agricultura e construção de irrigação, por exemplo). Também acompanho o trabalho deles e também recomendo a atuação deles, pra quem tem interesse "nacionalista"

Fernando, Vc escreveu o mesmo que eu... concordo com tudo, Morei 5 anos na África, em países diferentes, cada um mais pobre que o outro. Minha impressão das ONGs é péssima, mas o MSF, como disse, nunca tive contato. Mas deve ter alguém sim que faça trabalho bom. Sobre o transporte: gasta-se muito mesmo com transporte e combustível, inclusive eu era responsável por isso na minha empresa. A diferença era os carros que eu comprava e os que as ONGs usavam.... hahaha os deles eram, digamos, exagerados... mas do MSF não tive muito contato e nem sei que carro usam. No Brasil tive pouco contato com ONGs, e essa citada não conheço. Ma sua figimos totalmente do tópico inicia, melhorar parar por aqui.