EMPRESAS QUE FAZEM AQUISICAO GERAM MAIS RETORNO
comentada em 09/09/2017 21:58

eu acho q empresas boas geram mais retorno
foque em ser socio de empresas boas
estes estudos sao sempre feitos depois
e um monte de aquisiçao da errado

isso termina igual aquela busca de empresas q pagam mais dividendos
e termina em ELPL e OIBR

empresa boa

- boa governança
- boa produtividade (geração de caixa e lucros)
- caixa e divida equilibrados
- ON com liquidez

pronto

se ela faz aquisiçao ou nao, tanto faz

Empresas cujas aquisições DÃO CERTO geram retorno.
Existem várias empresas que fizeram um monte de aquisições e mesmo assim não dão retorno ao acionista.

Até porque empresas que fazem aquisições são um pouco mais agressivas (leia-se: Maior risco) do que aquelas que crescem apenas organicamente.

Mas como o Bastter disse o foco tem que ser em ser sócio de empresas boas. Se uma empresa é boa, o retorno ao acionista é consequência, sendo ela de crescimento orgânico e conservador (exemplo: GRND ) ou através de aquisições ( UGPA )

Estudo interessante, embora eu não deixe de gostar mais de crescimento orgânico por causa disso :)
Note que quando a métrica é retorno global aos acionistas o resultado foi muito próximo. E esse estudo tem uma cara muito forte de viés de seleção.

Curioso que mesmo em um país com juros muito altos a alavancagem continua a dar retorno.

exato
viés de seleção

acho q o acionista minoritario nao deve focar nisso

Se as aquisições derem certo, vão aparecer nos balanços. Se derem errado, também. Então olha só os balanços.

Acho interessante no máximo tomar ciência de aquisições maiores, pois geralmente implicam em dívida, etc. Basta acompanhar pra ver se o breakeven é atingido no prazo, geralmente a empresa deixa isso bem claro.

Sobre isso de alavancagem e taxas, as empresas maiores muitas vezes captam dívida no exterior, com taxas bem menores. Ou então vão explorar dinheiro público do BNDES, também com taxas ínfimas.

Tem uma de proteína animal que fez uma dezena de aquisições. Olha no que deu.

Parei dois minutos aqui e já lembrei de uma dez que saíram adquirindo tudo e não trouxeram nenhum retorno ao acionista.

Não necessariamente.
Quando uma empresa compra outra ela ta fazendo juros compostos com o lucro dela. Ela pode fazer isso comprando outra, ou pode usar seu lucro ampliando suas instalações, produção, fábricas, etc..... Da na mesma, se o investimento for bem feito. Aliás, existem estatisticas e dados que dizem que a maioria das M&A dão errado.

Ou a empresa pode distribuir o lucro pro sócio e quem faz lucro composto é ele comprando mais. Dá na mesma, a análise deve ser se a empresa é boa ou não, se for, vai ter retorno, senão, não vai.

Olhar sobre essa ótica não acrescenta em nada.

Em um livro de Valuation da Mckinsey o que eles dizem é que geralmente poucos M&A dão resultado positivo, isso porque o custo de aquisição na maioria dos casos é muito alto e dificilmente é recuperado depois. Claro que há casos e casos, quando bem feitas podem dar retorno interessante.

É o viés da seleção mesmo, eles olharam as empresas que fizeram aquisição E deu certo e compararam com empresas que não fizeram aquisições, assim fica fácil.

É o mesmo que pegar as pessoas que jogaram na loteria e ganharam e comparar com quem não jogou, vai parecer que jogar na Loto é um tremendo negocião.

Um exemplo bacana para olhar isso é a Alpargatas. A Grendene tinha a grana para adquirir a Alpargatas, mas achou que a sinergia não seria tão boa além de comprometer as margens da companhia. Aí veio a Itaúsa, fez sua análise e fez a aquisição.

2 boas empresas olharam a compra de uma terceira, para uma pareceu vantagem para outra não, ambos fizeram estudos.

Então, o segredo é pegar as boas empresas, umas vão crescer organicamente, outras vão comprar empresas para crescer. Quem acha ruim a Abev sair comprando tudo quanto é cervejaria? Os caras sabem o que fazem.

Cada empresa tem seu perfil.

Empresas que tomam boas decisões de caixa geram mais retorno.

Essas decisões podem ser investir na operação, comprar concorrentes, distribuir dividendo, quitar dívidas etc. Em cada momento vai ter uma decisão "ótima".

Comprar concorrentes não é necessariamente sempre a decisão ótima. Então mais importante do que olhar se ela realiza F&A, é olhar se ela toma boas decisões para o caixa.

Vários estudos mundiais com muito mais empresas deram o resultado que a maioria das fusões e aquisições acaba destruindo valor. Além do que consta no livro da McKinsey já citado aqui, tem também os livros do Chris Zook, da Bain & Company, que trazem estudos que chegam na mesma conclusão.

Eu não sei se tem viés de seleção não. Pelo que conheço da BCG eles são sérios, não fariam um estudo mal feito ou torto. Pode ser que o resultado histórico no BR seja esse mesmo, por N motivos. O ideal nesse estudo da BCG que foi postado era separar por setor. Um setor altamente oligopolizado graças a regulações estatais vai ter em M&A um driver interessante de crescimento, como nos bancos: já é difícil entrar e os grandes ainda compram 1 concorrente por ano.

Algo que fala ali no estudo e que outros estudos também colocam: compradores em série tem muito mais chance de sucesso e mais retorno. Quem compra empresas significativamente menores que a sua, também. Já quem nunca compra ninguém e de repente resolve dar uma tacada grande costuma quebrar a cara. Exemplo atual de aquisição de alto risco: Natura.

Melhor ser comprado que comprar:


Em fusões e aquisições, muitas geram muito valor, muitas destroem muito valor. A média, a expectativa matemática, é negativa:


Maioria das fusões e aquisições destrói valor em todas regiões:

Esse possível viés q está sendo discutido TB pode ser chamado de viés do sobrevivente
Survivorship bias - Wikipedia

Parece que, pelos estudos, em países onde a concorrência é maior, as aquisições e fusões podem destruir valor, por isso, a grande discrepância na América do Norte. Em países como o Brasil, onde a concorrência é mínima em boa parte dos setores, as aquisições e fusões parecem ser mais benéficas, até porque é mais difícil empreender por causa do custo Brasil, incluindo aí os juros altíssimos. Reduzir a concorrência é uma forma de se consolidar no setor e cobrar preços mais altos. Dificilmente nos EUA isso funcionaria a longo prazo, há sempre alguém querendo empreender, pela facilidade e pelos juros baixíssimos.

o q vc ta falando faz sentido
mas nao prova q o argumento seja verdade
no fim o ideal eh ser socio de empresas boas e pronto
isso nao faz muita diferença na hora de escolher empresas para ser socio

Só para lembrar @celtiberian, essa não é a primeira aquisição da Natura,a experiência internacional de aquisição começou de forma muito bem sucedida pela Emeis,dona da Aesop há 5 anos(muito bem sucedida por sinal) e o chairman dela,que tive a oportunidade de conhecer,foi um dos principais articuladores da operação de incorporação que foi concluída na quinta feira e é parte de um processo.

Começaram com uma operação menor e aprenderam muito,capturaram muito bem as sinergias possíveis e hoje a Aesop dentro da Natura é muito maior do que era antes.

O plano de integrar a The Body Shop é muito interessante e é uma oportunidade interessante de juntar 3 marcas com valores parecidos ,multicanal e um grupo com forte presença global,sem dúvida,um desafio e tanto de integração operacional,mas,um potencial de geração de valor bastante expressivo. Um case a ser observado e acompanhado.