Vi um post logo abaixo sobre posição de custódia no grupo de iniciantes
Quem for iniciante melhor ignorar essa minha mensagem completamente e nem pensar nessas coisas. Quem já tiver um tempão em bolsa e tiver alguma curiosidade sobre controle de risco em relação a eventuais fraudes (não simples falências) em corretoras talvez queira ler.
Nas posições acionárias do Brasil, há a alternativa de transferir (parcial ou integralmente) sua custódia da B3(ex-CBLC) para o banco custodiante. Na prática, ficaria com um tanto da carteira no Itaú e outro tanto no Bradesco (já que são os 2 lideres de market share em escrituração e custódia de empresas/fundos de capital aberto no Brasil). Os eventos corporativos e o crédito em conta dos dividendos seria realizado diretamente por eles ao invés da corretora.
Nas posições nos EUA dá pra transferir a custódia da DTC para o transfer agent de cada empresa. Uma grande parte dos transfer agents inclusive tem programa de reinvestimento automático de dividendos. O transfer agent ficaria responsável por tratar diretamente seus corporate actions. Nos dividendos, quando o conselho de administração de cada empresa aberta delibera dividendos ela transfere o volume global para o transfer agent que, por sua vez, credita em cada corretora o dividendo agregado dos acionistas daquela corretora e essa por último distribui esse agregado entre seus clientes na proporção da posição de cada um. Nesse caso o seu iria direto para você sem passar pela corretora.
Como tudo na vida a segurança maior tem um trade-off: seja no Brasil ou EUA, o que for custodiar diretamente não vai ter liquidez imediata. No caso de querer vender teria que esperar umas semanas pois primeiro as ações teriam que voltar para alguma corretora. A não ser que seja uma doação/herança ou algum outro tipo de transferência que você não queira fazer via bolsa de valores.
No caso do Brasil, como itaú e bradesco possuem corretoras, simplesmente utilizar elas seria uma forma similar de transferir todo ou parte do risco para o mesmo grupo econômico que faria a custódia direta. Não sei ao certo em que medida o conglomerado é responsável por eventual fraude na subsidiária mas acho que não importa pois por se tratar de bancos na prática teriam que assumir pra preservar a credibilidade da marca do grupo.