"(...) - O que poderia nos aconselhar para que também nos tornemos ricos? - perguntou o amigo - Os anos passaram, não somos mais jovens e não guardamos nada.
- Aconselho-os a fazer uso da sabedoria de Algamish (...) Uma parte de tudo que eu ganhar pertence a mim.'
Impregnem-se com a ideia. Ocupem toda a alma com esse pensamento. Separem não menos de um décimo e economizem. Façam todas as despesas necessárias, mas poupem primeiro essa pequena cota. Quanto mais esse tesouro crescer, mais se verão estimulados
Assegurem uma renda para o futuro. Para isso, invistam seu tesouro com toda a cautela do mundo. Taxas usurárias de retorno são sereias enganosas, que cantam, naturalmente, mas para lançar os incautos contra as rochas do desperdício e do remorso. É sempre possível garantir tal proteção com pequenos pagamentos a intervalos regulares. Por isso, o homem previdente não perde tempo esperando que apareça uma grande soma, a fim de utilizá-la em tão prudente propósito.
Busquem o conselho dos homens sábios; procurem informar-se com pessoas cujo trabalho cotidiano é o manuseio do dinheiro.
Aproveitem a vida enquanto estiverem aqui. Não exagerem nem tentem economizar demais. Se um décimo de tudo que ganharem é o que vocês podem confortavelmente poupar, contentem-se com essa porção. Por outro lado, vivam de acordo com suas rendas e não sejam sovinas nem temerosos ao gastar. A vida é boa e rica com coisas que valham a pena e causam prazer.
(O homem mais rico da Babilônia, George S. Clason, 1926).