Bancos digitais
comentada em 12/01/2018 16:34

Não faz a mínima diferença. Continue sendo sócio enquanto os balanços forem bons e pare de tentar adivinhar o futuro.

Há motivos para se preocupar com as mudanças? Com certeza. Só que essa é uma preocupação para os gestores, não para os minoritários.

SE agências virtuais forem o futuro e SE os bancões não se adaptarem, pode ter certeza que o impacto será refletido nos balanços. E então SE as empresas não atenderem mais aos seus critérios, é só sair e fim de papo. Não precisa ficar tentando acertar cenário.

Bancão lucra cada vez mais com serviço digital, gerentes imploram pra baixar app e nunca mais aparecer por lá.
Faz anos que não piso em um bancão e só vejo o lucro deles aumentar

Também não acho necessário nos que somos minoritários nos preocuparmos com isso, se a empresa for boa mesmo ela se adapta, não esquenta com isso, por isso gosto da metodologia do Bastter, diversificar e viver numa boa!

@ramonserrano

O futuro não nos pertence. Eu não sei o que vai acontecer com os bancos em 20 anos. Mas eu sei que se os bancos continuarem existindo mesmo que apenas virtualmente, a chance de um banco bem gerido como os bancões atuais estarem à frente desse processo é maior do que de outro player novo no mercado.


Se ficar se preocupando com o futuro e com o que pode acontecer, não vai investir em nenhuma empresa pois todas estão sujeitas à evolução. Normal, por isso é renda variável e por isso que a gente DIVERSIFICA.

Foque em ser sócio de bons investimentos com valor e diversificar, que isso nunca vai ser um grande problema para você

@ramonserrano Tudo pode acontecer.

Mas se for para "chutar", diria que em termos de "grande investimento em tecnologia" esses bancos não terão nenhum problema, visto que são enormes e possuem muitos recursos para investir.

Eu colocaria como risco:

1) Se apegar ao passado, ou seja, demorar a migrar
2) Concorrência maior, pois quando todos forem digitais, qual será a diferença prática entre um Itau e um Banquinho? Será só em volume financeiro...(edit: e em "nome no mercado, obviamente, mas nada que propaganda em massa não resolva"

De qualquer forma, não há como adivinhar o que virá. O que salva é diversificar, assim você se expõe a tudo, mas sempre pouco.

Se algum investimento der mesbla,não vai ter problema pois os outros terão dado certo.

Eu trabalho em banco e a tendência é cada vez mais digitalizar as operações. Investimento em tecnologia já vem sendo feito, inclusive foram os bancos antigamente que ajudaram no desenvolvimento de tecnologias que usamos hoje. Pode ficar tranquilo, tudo está sendo direcionado para esse cenário e é uma coisa inevitável.

Por fim, como colocaram nos comentários acima, qualquer mudança vai refletir no balanço e você vai poder tomar as decisões que preferir.

Se minha memória não falha, a torre onde fica a TI do Itaú já era a área com mais funcionários e considerado o coração da operação a mais de 10 anos atrás.

Se medir em R$ bilhões, os bancos brasileiros provavelmente investem mais em TI, se somados, que as empresas da bolsa de TI.

E os bancos brasileiros são referência mundial nisso, junto com os da Coréia do Sul e outros países.

Os bancos grandes são mais lentos, sim. Mas podem reagir muito bem, tudo que as startups/fintechs fizerem eles podem copiar com um estalar de dedos, e já estão fazendo isso (melhoraram MUITO os apps de CC desde que veio o Nubank). A startup fica 1 ano desenvolvendo algo com 20 neguinho, o banco grande tem milhares de cabeças só na TI, é só decidir fazer que ta pronto rápido o que quiser: novo app, novo produto de sei la o que, banco digital paralelo com outra marca, só a diretoria decidir que os coders fazem.

O mais difícil de imitar é bom serviço que algumas das novas empresas estão trazendo, enquanto os bancões ainda dão bastante dor de cabeça, principalmente em qualquer coisa que envolva a parte "legacy" de banco com agência. Mas se atendimento for necessário para sobreviver, vão melhorar também. Até por que se estiver tudo digital e automático vai sobrar mais gente e mais tempo pra mandar coraçãozinho no chat de atendimento (ou o Bot de atendimento vai ser fofinho).

Bitcoin?

"Itaú Bitcoin, a sua conta grátis em Bitcoin, abra também com Ethereum e Ripple". Ou você acha que a FEBRABAN vai deixar todo mundo quebrar se um dia as pessoas abandonarem o real pelas criptos? Ou vão juntar toda força política (gigantesca) e dobrar o governo pra autorizar isso?

No final o mais importante é uma boa gestão e governança na empresa. Tecnologias veem e vão. E se a gestão for incapaz de reagir, vai aparecer nos balanços e você decide depois, como já falaram. É muito raro uma empresa ótima como o Itaú ficar ruim da noite pro dia, o processo dura anos, vai ter tempo pra decidir com calma.

Essa daí tem que perguntar pro Walter Mercado. Ligue djá!

Sou concursado em um banco público federal. A tecnologia vai entrar e esta entrando forte em todos os ramos, principalmente nos bancos. Os bancos investem bilhões por ano em tecnologia e fazem parceria, vide BB + BRADESCO etc. Mas depois de trabalhar como caixa em uma Agência no Interior SP (Sumaré) e atendendo o povão PF na Capital SP, é mais fácil colonizar Marte do que os bancões sumirem ou as Fintechs darem dor de cabeça para os bancões. Sem contar que mais de 50% da população não tem cartão de crédito e co ta em banco..só 10% da população tem seguro de vida..tem muito mercado para os bancões e fintechs explorarem. Por sinal, tem uma boa reportagem sobre o que vem por aí para o setor financeiro.

Abertura de dados de clientes impõe desafio a bancos | Valor Econômico

Bancão x Fintech

*BB terá parceria com fintech para consignado*

Pioneiro entre os grandes bancos na adoção de sistemas com plataforma aberta, o Banco do Brasil pretende anunciar em fevereiro uma nova parceria, desta vez para o negócio de crédito consignado, afirmou Marco Mastroeni, diretor de negócios digitais da instituição.

Ele não revela o nome da empresa de tecnologia financeira (fintech) com a qual o banco fechou a parceria, mas diz que a ideia é tornar o processo de aprovação das linhas de financiamento com desconto em folha de pagamento totalmente digital. As fintechs que atuam em consignado operam com um modelo no qual oferecem opções de crédito de vários bancos, mas o processo de aprovação e liberação dos recursos ainda envolve o preenchimento de documentos em papel.

Para Mastroeni, o open banking pode representar uma ameaça para os bancos que não fizerem nada ou esperarem uma eventual regulação para se posicionar. Mas que no caso do BB a tecnologia é tratada como uma oportunidade de ampliação da escala dos negócios para além dos canais diretos de atendimento, como agências e celular.

Ele diz que esse ganho já é percebido na primeira parceria realizada pelo banco, com a ContaAzul, fintech que oferece uma plataforma de gestão integrada ao fluxo das contas bancárias para micro e pequenas empresas. A integração com o BB permitiu ao sistema acessar os dados dos clientes de forma mais segura. Não há a necessidade, por exemplo, de o usuário fornecer a senha da conta para o aplicativo, como acontece com os demais bancos. "Vários clientes da ContaAzul têm optado por trabalhar com o BB por conta da facilidade", diz.

Dentro das iniciativas de open banking, o banco lançou no ano passado um portal do desenvolvedor e duas APIs - aplicações que permitem o compartilhamento de dados - disponíveis para empresas interessadas em oferecer produtos a correntistas. A ideia é lançar ao longo deste ano mais três novas aplicações, para os segmentos de agronegócio e boletos, além de uma solução em pagamentos mais ampla do que a disponível hoje.

Uma das críticas feitas por especialistas às APIs do BB é que elas não são totalmente abertas. Ou seja, a empresa que deseja ter acesso a elas precisa ser autorizada pelo banco. Questionado, Mastroeni afirma que a instituição pretende trabalhar com vários modelos, mas que as aplicações que lidam com informações individuais de clientes devem continuar restritas a parceiros previamente aprovados.

Fonte: Valor Econômico

Concordo com tudo do seu post @celtiberian, menos esse trecho:
"A startup fica 1 ano desenvolvendo algo com 20 neguinho, o banco grande tem milhares de cabeças só na TI, é só decidir fazer que ta pronto rápido o que quiser: novo app, novo produto de sei la o que, banco digital paralelo com outra marca, só a diretoria decidir que os coders fazem."

Não é tão simples assim.

Soou como se o Bancão colocasse 50 neguinhos e fizesse a mesma coisa na metade do tempo que uma startup fez. Tem um ótimo livro da área de Engenharia de Software chamado "The Mythical Man-Month" que diz: 9 Women Can’t Make a Baby in a Month
Sem contar o fator time to market.

Isso mesmo @brunodias20. Outra informação importante é que qualquer equipe de TI que passe de 7 pessoas passa a ter desafios de gestão. Quanto maior, melhor terá que ser a gestão pois os problemas vão crescendo exponencialmente.

É por isso que grandes ideias costumam surgir de empresas pequenas.

@brunodias20

Sei que não é tão simples. Eu apenas simplifiquei para lembrar a todos que a maioria das coisas é uma questão de recursos, e a maioria das startups daqui não terão uma vantagem competitiva durável que não seja questão do concorrente aplicar recursos. Talvez a que está começando a ter algo é o Nubank no valor da marca (todo o resto é imitável, salvo se a IA de crédito for amplamente superior em predizer inadimplência - e chuto que se estão usando redes neurais, o mesmo aplicado em bancão vai ser mais eficiente out-of-the-box pela massa maior de dados para o aprendizado da máquina). Tempo é um dos recursos, e pode ser comprimido até um certo limite, gastando outros recursos naquilo (mas como você mesmo falou, tem um limite).

Assim como a melhoria/cópia/desenvolvimento de algo no bancão vai ter uma certa inércia para começar e lead time para acabar, o mercado também vai em seus movimentos, ainda mais em um setor que envolve algo tão crítico quanto dinheiro. Isso dá plenas condições para os bancões irem se transformando com o tempo (como já estão fazendo a algum tempo).

Para simplificar ainda mais a discussão, antes que comece a entrar em aspectos ainda mais técnicos: a sobrevivência dos bancões com alta lucratividade depende da competência estratégica e tática deles mesmos. Eles possuem recursos quase "ilimitados" quando comparados às fintechs, e competência técnica de sobra. Possuem todas as ferramentas nas mãos, seja para lançar novos produtos para as marcas existentes, novas marcas inovadoras, novas marcas copycats ou simplesmente comprar as próprias fintechs em setores específicos que desejem ter presença ou se defender.

Exemplo bem clássico: a Kodak não morreu por causa da tecnologia, ela tinha a câmera digital mais avançada. Ela morreu por decisão interna de não ir forte nesse mercado. Pelo menos no mercado bancário esse risco não é mais tão grande: é muito claro no nível de diretoria a visão do futuro como digital (algo que você não vê nas agências, até por que temem pelos seus empregos).

"como isso poderia impactar as atividades dos bancos como Itau e Bradesco?"

Entrando no assunto do ponto de vista estritamente de operação bancária: a ameaça está em perder o funding de "baixo custo" proporcionado pelo varejo altamente capilarizado que os bancões possuem. Lending é consequencia de capturar o funding, você pode não emprestar mesmo tendo depósitos de clientes, mas não pode emprestar sem ter depósitos (assumindo alavancagem constante em um nível aceitável).

Para quem quiser acompanhar algo, talvez o indicador seja % de depósitos à vista e à prazo de CPFs nos maiores bancos.

Acredito ser possível monitorar no site do bacen.

Para fins de comparação:

Depósitos totais Itaú: R$400 bilhões (isso mesmo, quatrocentos bilhões de reais)

O mais badalado banco digital já aberto (Nubank ainda não tem CC) é o Inter.

Depósitos totais Banco Intermedium: R$1,5 bilhões.

Só o Itaú é 260x maior que o maior banco digital.

fonte: IF.data

Não estou afirmando nada, só colando os dados. É claro que os bancos digitais são uma ameaça na medida em que contornam uma grande barreira de entrada que existia: necessidade de presença física. Mas nada pode ser feito agora além de olhar os balanços. Por enquanto é tudo hipótese, e olhando por cima me parece mais fácil, hoje, o banco que tem R$400 bi de depósitos se digitalizar do que o banco digital que é 200x menor chegar nos 400.

O que vejo acontecendo no médio prazo é achatamento das tarifas de serviços (até zero, inclusive), mas que vai ser compensado com a redução de despesas de estrutura e pessoal (menor necessidade de agências).

Continuo concordando com tudo. Só fiz aquela observação mesmo. Não acredito de forma alguma que os grandes bancos vão se acabar por causa das fintechs que estão surgindo, vão se adaptar e vão coexistir. O mercado tem muito espaço pra todos esses players.

Mas chega de futurologia. o/

A galera q acha q fintechs representam ameaça ao Itau é a mesma q acha q as cervejarias artesanais representam ameaça à Ambev? [uhmm][uhmm][uhmm]

Tenho uma parcela da carteira em Itau e Bradesco e zero preocupação quanto a isso. Na pior das hipóteses, os bancões COMPRAM as porras das fintechs e "integram as sinergias."

Daqui a pouco o @Bastter manda voadora via telegrama.

Brasileiros sem conta em banco movimentam R$ 665 bilhões

Brasileiros sem conta em banco movimentam R$ 665 bilhões — CartaCapital

Reportagem de 2013 da Carta Capital..rs
Dá pra tirar uma conclusão de quanto ainda vai render ITUB e BBDC quando bancarizar esse povo né?!

@pixuleko

Carta capital ? eu tomo mto cuidado com quaisquer dados de mercado informado por ele. Por ideologia, eles odeiam tudo relacionado ao mercado financeiro, e costumam inflar os dados de acordo com seus interesses.

@bmoraes2000

Esquece Carta Capital.
Foca em quase R$ 1 Trilhão que não passa pelos bancos.
Abs