Preço da ação tende a zero no longo prazo
comentada em 16/01/2018 23:14

Bom dia @geovanetorres , pega uma empresa boa olha pelo retrovisor e veja q o preço médio tende a zero pelos dividendos , amortizações . Pega uma empresa ruim e veja q seu dinheiro tende a zero . Por isso, preço de compra a longo prazo não interessa , mas se a empresa tem valor .
Vários tópicos sobre este é só pesquisar . Também tem vídeo. Vale a pena ver . Procura ali no pesquisar .

[popcorn]

Obrigado @Aliberman, só queria ter certeza que a amortização dos dividendos no preço médio da ação é realmente um pensamento correto. Ou seja, se a empresa é boa, o investimento nela se paga ao longo prazo com dividendos, e se ganha mais reinvestindo esses dividendos (onde entra o juro composto).

Vou pesquisar mais aqui no site. Abraço.

Split, bonificação tb

É que uma boa prática de governança, é manter a liquidez das ações, para isso (por causa dos lotes). O Ideal é tentar manter a cotação entre 20~30 reais, para o lote custar 2~3 mil. Se deixar ir para 100, 200 reais a ação o lote vai ficar 10k, 20k, o que reduz a liquidez (para o pequeno investidor).

Os bancos fazem muito isso, se a ação sobe muito eles fazem uma bonificação de 10~20% para baixar o preço. A weg/ABEV e várias outras que a cotação subiu um monte fez split para manter a cotação.

Se você pegar o gráfico (não descontado) dos bancos a cotação fica sempre nesse limbo de 20 a 30 reais.
Mas o acionista vai ganhando bonificação e dividendos. Por isso no gráfico DESCONTADO, que é feito para ""simular"" esse ganho ela tende a zero.

Uma empresa que não faz isso (não faz split, nem paga DY) por exemplo a Berkshire Hataway o gráfico descontado não tende a zero. Mas a ação foi de 5 mil dólares para 315 mil U$S.

Muito bom @Henrique59, mais uma que aprendi!!! Obrigado

Exato
Por isso que na fase de acúmulo de patrimônio é fundamental reaplicar sempre os proventos

Senão você está diminuindo o efeito dos juros compostos no longo prazo

Preço médio só importa para a Receita. Ou melhor, o que importa para a Receita é o custo de aquisição e o eventual ganho de capital dado pela diferença do valor de venda com esse custo de aquisição. Mas o preço médio é uma forma conveniente de registrar o preço médio, principalmente se houver venda parcial posteriormente.

Pois bem, para a Receita o preço médio não é reduzido pelos dividendos. Além disso, em caso de bonificação, geralmente as ações extras devem ser declaradas como compradas a um valor X informado pela empresa antes de ocorrer a bonificação. Mesmo que o investidor não tenha desembolsado nada a mais para adquirir essas ações bonificadas.

Logo, para o que importa, o PM não tem relação com os dividendos.

Agora, o PM para fins não tributários de fato é reduzido pelos dividendos. Mas não é uma redução em valores absolutos, é uma redução percentual. Por exemplo, se você receber 2 reais de dividendos por ação e a ação estiver valendo 20 reais no dia, todo o gráfico histórico é reduzido em 10% (2/20).

Dessa forma, o PM nunca chega a zero, mas, no limite, quando o tempo tender a infinito, o PM tende a zero. Isso para uma empresa boa, claro. Para uma empresa ruim, o que tende a zero é o preço dela.

Vale lembrar que quando se fala tender a zero no longo prazo, é um prazo BEM LONGO mesmo.

Estamos falando de um horizonte de 30 anos.

Alem do preço médio que você faz comprando variavelmente, você estatisticamente acaba pegando algumas "minimas", adicionado com as bonificações e a reaplicação dos dividendos, em 30 anos o seu preço médio pode estar próximo a 0, tendo acumulado milhares de ações.

Mas caso a empresa não distribuir dividendos/bonificação/JCP, vai acontecer igual o @Henrique59 mencionou, o seu preço médio com certeza vai estar abaixo do valor da ação atual pois você veio comprando ela no período de 30 anos e ela vai estar valando uma fortuna individualmente.

De qualquer jeito você ganha, a questão é escolher/FICAR em empresas boas, SAIR das que deixar de ser, ter sangue frio para ignorar o apocalipse zumbi e manter seu foco e objetivo.

No livro Investindo em Ações no Longo Prazo de Jeremy Siegel ele faz um estudo muito interessante com relação aos riscos, justamente relacionado a esse fato do preço médio tender a zero.

Vou deixar o estudo anexado nesse post.

O estudo foi feito pegando base das cotações de 1802 a até 2012.

Perceba que em 1 ano investindo em ação o seu risco é extremamente alto com relação a outros investimento, mas conforme for passando o tempo e seu preço médio caindo as ações vão representando baixo risco chegando em 20 anos ser menor do que os título e letras.

Isso acontece pois você tendo um preço médio tendendo a zero, vamos supor de R$4,50 e a ação está sendo cotada por R$30.
Mesmo que ela despenque por causa de algum movimento doido do mercado, você ainda está com o risco baixo pois fez um preço médio tendendo a zero nela. E como historicamente sabemos, no longo prazo a cotação segue os lucros.

Percebi agora que cometi um erro no texto ali em cima. Onde se lê:

"Mas o preço médio é uma forma conveniente de registrar o preço médio, principalmente se houver venda parcial posteriormente."

leia-se:

"Mas o preço médio é uma forma conveniente de registrar o custo de aquisição, principalmente se houver venda parcial posteriormente."

Não confunda esse preço médio com o que você declara para a receita.

Pessoal, agora lendo todos os posts novamente, fiquei confuso.

Preço médio é aquele que usamos quando fazemos a declaração de imposto de renda, numa eventual venda, que precisa computar a média ponderada de aquisição de todas as ações para apurar se tivemos lucro ou prejuízo, correto?

Bem, agora vocês estão falando de um "outro" preço médio, que seria o preço médio individual da ação efetivamente, ao longo de sua existência, com os respectivos descontos das bonificações e reduções por distribuição de dividendos. É isso?

@jbrunswick

O preço médio que importa pro pequeno investidor é esse da Receita. É apenas uma forma de auxiliar na declaração de IRPF, pra apurar ganho de capital na venda de ações. Esse PM não desconta dividendos.

O que ocorre é que a definição correta de PM leva em conta os dividendos. Faz um desconto dos dividendos em termos percentuais à cotação da ação no dia ex dividendo no gráfico histórico. Essa é a definição mais correta pra quem quer calcular rentabilidade.

Como aqui não se calcula rentabilidade, o PM que consta no BS é o da Receita, que é o único que o pequeno investidor precisa saber. Esse outro PM, mais preciso, melhor nem calcular pra não se desesperar na queda das ações. Além de dar um trabalho grande de calcular.

Só se preocupe com esse preço médio que você usa para Imposto de Renda
O resto esqueça

Colocando as compras aqui no Bastter System, ele calcula tudo pra você
Aí fica bem fácil na hora de colocar da Declaração

Ufa, ok, obrigado pessoal. Então continuo como sempre fiz e não muda nada.

Valeu!

@Tiago e pessoal. Pois essa é uma dúvida que perguntei esses dias em outro link, acerca do BS. Partindo do pressuposto que a pessoa invista integralmente os dividendos, JCP, etc de determinada empresa, tais valores não deveriam ser descontados do preço médio vigente da ação que temos. E, dessa forma, esse PM iria reduzindo sempre?
Não teria como o BS aplicar isso automaticamente pra nós? Seria errado fazermos manualmente? Por exemplo: Hoje, meu preço médio para ABEV no BS está 13,36. No dia 22/02, recebo dividendo de 0,07 por ação. Seria errado editar o ativo e diminuir este valor recebido do preço médio?
O mesmo princípio não valeria para os FIIs?

@gustpol
o preço médio só importa para a receita federal

e o preço médio é sempre de aquisição, independente dos proventos

para você tanto faz o patrimônio, é seu independente do preço médio
se alterar no BS, vai alterar para o único propósito dele: declaração de imposto de renda anual

@Giovanni sim, entendo que o preço médio serve somente para o IR. Entretanto, o que é mais difícil de compreender é o seguinte.
1. Investimos em empresas com valor, lucros consistentes.
2. No longo termo, as cotações seguem os lucros, ou seja, em empresas boas, como as que investimos, a cotação vai subir.
3. Se o Lucro cresce, a cotação cresce, a tendência é comprarmos a ação da empresa cada vez mais cara, o que sabemos que não faz a menor diferença se a empresa é boa.
4. Se compramos aquela empresa por preços cada vez maiores, como o seu preço tende a zero?? Somente se a cada provento formos descontando... não?

@gustpol

De uma maneira BEEEEM siplificada:


Se você pagou 70 reais na ação e recebeu 65 reais ao longo de 25 anos, SEU preço
médio tende a zero

Obviamente a preços atualizados sua ação não vai estar custando 5 reais, mas sim o preço normal
a diferença é que seu retorno nela foi bom e por isso seu PM tenderia a zero
mas isso não é algo a se ficar olhando, basta seguir VALOR e fundamentos nas empresas que no longo prazo isso acontece

Para fins tributários, preço médio de aquisição é o preço de aquisição da ação somados os encargos. Se determinada ação foi comprada em mais de uma oportunidade faz a média entre os preços que a mesma foi adquirida.
Não faz sentido descontar os dividendos, JCP do preço médio de aquisição, pois se obtivermos lucro em determinada venda teríamos que pagar mais imposto de renda sobre o ganho de capital. Por isso para declaração do IR não desconta os dividendos e JCP do preço médio.

O valor de mercado da ação representa tudo da empresa: caixa, ativos tangíveis e intangíveis e, entre outras coisas, expectativa futura de lucros.

Se você comprou uma ação por R$ 30,00 em 2007, este valor representava esta expectativa. Ao receber DIV de R$ 0,10 você está recebendo parte da expectativa representada pelos R$ 30,00. Por isso, os R$ 0,10 são descontados do preço da ação, passando assim para R$ 29,90 (isso não vale para o IR).

Acontece que estes R$ 0,10 representam a "expectativa" de quem comprou a mesma ação em 2002 por R$ 14,00. É este o motivo de descontar de todo o histórico.