alavancagem
comentada em 27/03/2018 13:23

faz muita divida

obrigado

Usa muito capital de terceiros para fazer investimento.

[ok]

@HenriqueSobrinho52

No balanço patrimonial o ativo total é todas aplicações de dinheiro da empresa. Onde foi aplicado cada real: caixa no banco, estoque de mercadorias, contas a pagar de clientes, máquinas e equipamentos, investimentos financeiros, etc.

Do outro lado do balanço estão as fontes, ou seja, de onde veio o dinheiro. Uma parte é próprio (patrimônio líquido) e outra parte de terceiros (passivo).

Se diz que uma empresa está alavancada quanto tem um ativo financiado com muita grana de terceiros (passivo) em relação ao que é financiado por grana própria (patrimônio líquido).

Você pode analisar a alavancagem dividindo o ativo total pelo patrimônio líquido. Empresas conservadoras tem esse número baixo. Empresas alavancadas tem ele alto. E bancos tem mais alto ainda pois operam com muita grana de terceiros.

o @celtiberian tá de sacanagem com essas respostas [huhu]

ele n responde
ele humilha hahaha

@celtiberian obrigado pela aula. Kkkkkkk

@Giovanni faz um FAQ ai de Alavancagem com esta resposta do Celti

Seria legal colocar uns exemplos @celtiberian

Ficou muito bem explicado. Atualizei meu cérebro com esta melhor definição.

@celtiberian a forma como você falou da alavancagem não fica muito claro.

é melhor pegar ((PC + PNC)/PT)*100 dessa forma da em %.
onde:
PC = passivo circulante
PNC = passivo não circulante
PT = passivo total

se você quiser saber a relação monetária da alavancagem faz diferente.

dividir o PC + PNC pelo PL = quantos reais a empresa tem de terceiros pra cada Real próprio.

Olha, eu acho que a forma que falei fica claro e fácil.

É a alavancagem no conceito da árvore de ROE (ROE=ROA x Alavancagem).

A alavancagem maximiza o ROE ("alavanca" o ROE) para um mesmo ROA, em troca de risco maior.



Além de encaixar na árvore de ROE, também mantém o mesmo conceito na análise de bancos.

Alavancagem é um termo genérico. A pergunta do forista é no geral quando se fala que uma empresa está alavancada. Tem N formas de calcular. E a forma mais simples de ver isso, no meu ver, é ativo total sobre patrimônio (chamam tanto de "levarage" quanto de "equity multiplier" lá fora). Traz basicamente quantos reais de aplicação para cada real de fonte própria.

Eu gosto dessa fórmula por se encaixar na árvore do ROE, e pelo fato dessa árvore atender à boa prática de análise chamada MECE: Mutualmente Excludente, Complementarmente Exaustiva. Ou seja, explica o ROE completamente, só há duas fontes de ROE: retorno sobre ativo ou alavancagem.

@deniro

Seguem exemplos de ROE = ROA x Alavancagem. Valores arredondados.

EMPRESAS NORMAIS

Grendene:
ROE 21% = ROA 19% x Alavancagem 1,1

Ou seja, o alto ROE da Grenende vem de um alto retorno sobre o ativo, e a empresa tem baixíssima alavancagem.

JBS:
ROE 6,8% = ROA 1,58% x Alvancagem 4,3

Ou seja, o pouco ROE que a JBS tem vem mais da sua alavancagem do que da boa utilização dos ativos.

PS: não sei por qual motivo o ROA está com EBIT para empresas normais, mas a melhor fórmula de calcular é com LL mesmo, eu usei acima ROA = LL/PL. Até por que o ativo total inclui ativo financeiro, não dá pra dividir EBIT por ativo total, teria que fazer a reclassificação do balanço para calcular um "ROE operacional" excluindo ativos financeiros. JBS peguei dados em outras fontes além do site, é só didático.




BANCOS

Itaú:
ROE 16% = ROA 1,7% x Alavancagem 9,70

BB:
ROE 12% = ROA 0,79% x Alavancagem 15,46


No comparativo Itaú x BB, note que o ROE do BB não é ruim, mas a origem dele é péssima: retorno sobre ativo abaixo de 1% mas alavancagem lá em cima (e ano passado estava pior, conseguiram reduzir agora).

Observe também como a alavancagem de bancos é muito maior que empresas normais, pois trabalham com muito dinheiro de terceiros (seu trabalho é intermediar dinheiro entre terceiros emprestadores e tomadores). O "risco natural" de um banco é maior que o de uma empresa tradicional. Pelo fenômeno das reservas fracionárias os bancos comerciais modernos são "inerentemente insolventes", ou seja, se todos tentarem sacar seus saldos o banco quebra. Isso explica por que bancos costumam ter múltiplos menores.