Perguntamos com frequência sobre a Petrobras, mas será que vale a pena comprá-la agora?
Entendo que o termo adequado não seja comprar - muito vinculado a preço, cotação, quando o investidor inteligente percebe que o que importa é associar-se a boas empresas e querer pagar cada vez mais caro por elas.
Hoje a Petrobras mostra sinais de recuperação (melhoras no fluxo de caixa, vem pagando dívida, produz uma enormidade), mas isso tudo pode não ser suficiente, já que não é possível saber se essa política continuará. É uma empresa com alto grau de desconfiança - o que normalmente acontece quando há mão de governo corrupto na gestão.
“Mas ela está barata!”. Que importa? Nós, amadores, não vamos ficar ricos comprando a R$ 15 e vendendo a R$ 40. O enriquecimento vem no longo prazo com aportes regulares, quando o retorno, acompanhando os fundamentos, é exponencial.
Por isso que para responder à pergunta, é preciso avaliar: a Petrobras está boa para o acionista? Hoje ela não cresce e praticamente não paga dividendos, porque vem se reequilibrando quitando dívidas.
Por isso que talvez a abordagem mais saudável seja ter cautela e esperar que ela volte a ter consistência nos indicadores que caracterizam uma boa empresa.
“Acertar o momento da reversão” não é coisa para nós, idiotas. E ser idiota paciente parece fazer muito bem ao bolso.