A vida saudável é muito barata. É barato alimentar-se bem. É barato dar atenção à família. É barato praticar um esporte.
O problema é não perceber o quanto uma vida assim pode ser boa: o sujeito começa a achar ser necessário comer em restaurante caro, dirigir uma BMW para passar na frente de um bar lotado, colecionar aventuras sexuais que só vão distanciá-lo da família, viajar para lugares exóticos somente para postar selfies no instagram e receber curtidas de pessoas que não estão nem aí para ele.
É caro condicionar a felicidade à aprovação alheia. É caro ter hábitos sustentados na aparência. É o que leva o sujeito a pagar R$ 500 reais em uma calça por causa da sua etiqueta.
Esse padrão comportamental de querer impressionar gera um conjunto de hábitos que destroem a habilidade de perceber a beleza de uma vida simples.
Esquecer a opinião do mundo e viver concentrado em cuidar do que realmente tem valor nos permite perceber que não há razão para ter pressa ou prazo. Daí a viver com 80% do que se ganha e investir 20% se torna um caminho não apenas sustentável, mas provavelmente muito mais feliz.
Tomar um cafezinho em família, dar bom dia sorrindo no trabalho, uma corridinha no parque… O dinheiro vai acabar sobrando. E a natureza, diante de uma semente bem lançada, finalmente poderá agir.