Minha fisioterapeuta me pediu um conselho na última semana.
No caminho para casa, por volta das 23:30, um ônibus intermunicipal tentou ir para a faixa em que ela estava dirigindo, na rodovia, e quebrou seu retrovisor direito.
O motorista continuou viagem, ignorando o dano causado.
Foi ai que essa senhora, de quase 60 anos entrou em modo predador e começou a perseguir e businar para que o ônibus parasse. Ignorando os seguidos avisos, ela invadiu o acostamento, acelerou ao máximo e fechou o ônibus, que se viu obrigado a parar para não bater no carro.
Ao sair do carro, ela passou a ofender o motorista "Só não chamei a mãe dele de santa".
O motorista desceu do ônibus, disse que ela era a culpada, falou para que ela ligasse para a empresa se quisesse levar o caso à justiça, voltou para o ônibus e seguiu viagem.
Passada a adrenalina da situação a doutora começou a pensar na loucura que havia feito. E foi o motivo de ter me perguntado o que deveria ser feito na situação em que se encontrava.
O que eu disse sobre os riscos:
1 - não se sabe o que está passando na cabeça do motorista. Se ele seguiu viagem, o certo seria pegar os dados do ônibus e entrar em contato com a empresa depois.
2 - A atitude tomada poderia ter causado outro acidente, mais danos aos carros, à ela e a passageiros do ônibus.
3 - Ao ofender o motorista ela arriscou ser agredida ou pior. Mencionei o seguinte caso ocorrido no último mês:
Cobrador mata passageira a facadas após discussão em ônibus em São Paulo - 05/06/2018 - Cotidiano - FolhaPor fim, perguntei o valor do reparo do retrovisor e calculei de cabeca que com +/- 3 horas de trabalho ela restauraria o mesmo. Falei que até ir atrás da empresa para ser reembolsada gastaria mais tempo e consequentemente dinheiro do que simplesmente deixar para lá, consertar por conta e esquecer o ocorrido.
Ela já havia notado muito do que eu disse, mas precisava de alguém para reforçar o pensamento.