Impressionante a resistência da indústria do tabaco
comentada em 01/08/2018 23:25

Vício vende... e a demografia ajuda, tenho  lido que os chineses fumam muito, até os que vivem em Nova York

Se a liberação da cannabis vingar vai ter um "folego extra" ainda hehehe, malz o trocadilho, mas vício dá muito lucro... sem nem entrar na questão do tráfico ainda, se não vai longe...

Ao contrário do que se esperaria, muitas empresas grandes do tabaco são contra liberação da maconha, fazem lobby nesse sentido. Aparentemente, exige outra expertise no cigarro e atrapalha o oligopolio delas.

outra coisa que funcionou no Brasil: educação anti-tabagismo.

Fuma-se muito pouco no Brasil, comparado com a Europa, por exemplo.

Na Europa e Ásia é difícil encontrar alguém que não fume. É impressionante. E fuma-se em todo lugar. Inclusive em restaurantes. Teoricamente não se pode fumar em lugar fechado, mas eles colocam as meses na porta. Só esquecem de avisar à fumaça para que lado ela deve ir...

É um contrassenso a politica de combate ao tabagismo e os movimentos de liberação da maconha. Tudo é droga. 

Maconha, cigarro e alcool são tudo droga, concordo!

Mas educação anti-tagabismo é uma coisa. Proibir o cigarro é outra!!!!! Quer fumar e se matar, problema de cada um. Alias, nesse aspecto o cigarro é até mais seguro, pois ninguem fuma um maço de cigarro e sai dirigindo igual um louco no rua; colocando em risco a vida de outros.

Mesma coisa com a Maconha, deveria liberar logo.

A maneira mais fácil de você disseminar qualquer coisa, de criar mercado paralelo, de encher o bolso de bandidos; é proibir algo! Vide o histórico de proibição da alccol nos EUA.

Até os EUA, que disseminaram essa política maluca de combate as drogas, estão revendo esse pensamento e liberando o uso recreacional e medicamentoso da maconha.

É uma política deliberada, martins10. A substituição do cigarro pela maconha (e outras drogas) foi coisa pensada, muito bem planejada e melhor ainda executada, pelo menos no Ocidente. Para entender isso, basta pensar um pouco fora da caixinha.

@martins10

cada um so faz o q enche seu bolso com mais $$$.
e dificil um politico (ou alguem influente para mudar o mundo) q se importe com "bem estar" dos outros.

É praticamente impossível achar políticos preocupado com os outros. Eles basicamente pensam em aumentar seus poderes. Por isso, a evolução individual é tão necessária para mudar esse jogo. Enquanto estivermos no coletivismo, vamos ser apenas massa de manobra. Essa guerra contra o tráfico é mesmo insana. Milhares já morreram, outros tantos vão morrer e o poder dos traficantes continua forte. As pessoas não vão parar de se drogar, isso está comprovado. A única tentativa que ainda não foi feita é a liberação (apenas alguns testes, principalmente com a maconha). Resta saber qual modelo para isso.

@martins10

Uma coisa é fazer campanha expondo os malefícios de determinado hábito, outra é legislar para limitar a liberdade individual.

Cigarro, droga, álcool, gordura, açúcar, sedentarismo.. nada disso deveria ser proibido por lei, mas sem qualquer prejuízo de campanha contra o tabagismo, divulgação do número de mortes por cirrose, vias fechadas em finais de semana para incentivar uma vida saudável.

Não tem contradição nenhuma. Pelo contrário, conselho cada um pode dar o que quiser, inclusive o governo (através de políticas e campanhas), não pode é obrigar o indivíduo a aceitar o conselho dado.

Em tempo, é óbvio que existe alguma limitação na liberdade individual quando interfere na liberdade dos demais, como a livre escolha para fumar, mas com a proibição de fumar em ambiente fechado (que a meu ver deveria ser apenas para ambiente público e acho excessivo controlar o ambiente privado, mas aí já extrapola muito desta discussão, rs).

Não é porque o homicídio existe, mesmo sendo tipificado como crime nos códigos penais, que ele deva ser liberado e legalizado. Na minha opinião, o combate ao tráfico de drogas deve continuar, com ênfase no caráter preventivo, por meio da educação. Se conseguiram combater um vício multimilenar e multicultural, como o cigarro, porque não combateriam o uso de drogas por meio de propaganda massiva, como fizeram com o fumo? O que falta é boa vontade. Tem é que educar o povo a respeito dos males que a droga causa e não liberar essa porcaria. Droga destrói vidas. Destrói famílias. Legalizar o consumo disso é se render ao poder do tráfico.

Eu humildemente discordo @RonaldReagan

Anos e anos e anos de combate ostensivo às drogas. O que o mundo viu??

Aumento do consumo, aumento da violência, aumento do poder dos bandidos!

Legalizar vai combater 100% o uso: obvio que não.

Mas as experiencias em países que liberaram são extremamente positivas.
Portugal, EUA, uruguai, holanda..... São vários os exemplos.

Voce mesmo chegou à essa conclusão no seu post

Se conseguiram combater um vício multimilenar e multicultural, como o cigarro, porque não combateriam o uso de drogas por meio de propaganda massiva, como fizeram com o fumo?''

Vale lembrar que o cigarro é legalizado........

E vale lembrar que a droga que mais destroi famílias é o Alcool!!! É so ligar aTV, todo dia tem um bebado que atropela e mata na rua.

@RonaldReagan

Homicídio tem consequência para o outro e usar droga para si. Claro que, se o uso de drogas (ou qualquer outro hábito do indivíduo) afetar terceiro, que responda pela ofensa à liberdade do outro, tal qual ocorre no homicídio ou roubo ou agressão, mas não pelo simples uso de droga.

E uma coisa é legalizar, outra é "legalizar a proibição". Não acho que deveria ter uma lei incentivando ou ditando que as pessoas devem usar droga, só não deveria ter uma proibindo.

Eu nunca usei droga (no sentido dado: maconha, cocaína etc), mas não abro mão da minha cerveja sexta-feira. O fato de milhares de famílias terem sido destruídas pelo alcoolismo (talvez mais do que por maconha) autoriza o governo (ou qualquer outra pessoa) a me proibir de tomar minha cerveja?

E se começar nessa de o governo cuidar do indivíduo.. Todo feriado tem centenas de mortes causadas por acidentes de trânsito, é válido proibir as pessoas de dirigir em feriados? Vamos proibir pessoas de ficar na praia entre 11 e 13 para prevenir câncer de pele? Não tem limite o nível de intromissão que uma pessoa está sujeita "no seu próprio interesse".

Que se faça campanha ou política incentivando bons hábitos, mas sem o governo decidir pelo indivíduo e impor.

Creio que a indústria das drogas ainda terá forte respaldo no mundo todo por um bom tempo. A embriaguez da sociedade ainda é muito grande.

sem apoiar ou ser contra:

na espanha nao vejo NENHUM problema maior c drogas leves.
maconha e liberada geral e nao tem mais acidentes e nenhum "carte" ou aumento de armamento ou violencia por isso.

se as pessoas tem menos saude e outro problemas, mas diretamente o q me afetava MUITO no rio era a guerra do trafico.
ISSO sim era horrivel para mim, q sendo liberado nao havera mais.

Se fosse assim, nem haveria necessidade de controle, por exemplo, de remédios que causam dependência. Qualquer farmácia poderia vender livremente rivotril, amitriptilina e tuti quanti. O indivíduo que decida se vai usar ou não.
Eu, sinceramente, não gosto de drogas. Quanto mais longe isso estiver de mim, da minha família e das pessoas que me rodeiam, melhor. Duvido que o consumo vá diminuir porque liberou o uso. Duvido muito. Mas cada um com sua opinião. Quanto maior a facilidade de acesso a determinado produto viciante, maior o consumo. Se o indivíduo conseguisse se controlar para não consumir drogas, não haveria lei seca, nem receituário controlando remédio que causa dependência.

Houve no longo prazo redução do consumo de drogas pesadas em TODOS os paises aue legalizaram.

Nao sou eu que estou falando isso

Goste ou nao, concorde ou nao, sao as estatísticas

Se sendo proibido, com risco de prisão, a pessoa já se arrisca e consome porque é viciada e precisa do produto (pelo menos era assim). Se não é proibido e tem no mercado da esquina, então o consumo de um produto viciante é menor. Acredito muito.  Mas cada um acredita no que quiser.

@RonaldReagan se o consumo aumenta ou diminui eu nao me importo, nao dou a minima
cada um faz o q quiser com sua vida

se a liberação diminui a violencia urbana eu sou a favor
senao, nao sou

a questao para mim eh essa

consumir ou nao, eu nao to nem ai

eu nao quero eh morrer pq os outros consumem

Entendi. Se diminui ou não a violência, não sei. É engraçado como o mundo mudou... O pessoal defendendo a liberalização de drogas... Há quarenta anos atrás, quando começou a campanha antitabagista, poucos imaginavam que iria dar nisso. Para falar a verdade, apenas uma pessoa me alertou sobre isso na época. 

eu tb nao sei
mas se diminui eu sou a favor
senao sou contra

Acho que, pelo menos na questão imediata de domínio amplo do tráfico, daria uma diminuída na violência, sim. Os caras poderiam circular na normalidade. Sei lá. 

Diminui a violencia pelos mesmos motivos que vc falou Ronald.

O cara que usa droga , usa de qualquer maneira, legalizado ou nao.

Legalizado: ele compra na farmacia , loja.
Não legalizado: ele compra na favela e na biqueira de bandidos.

Qual a chance maior de dar merda?

@RonaldReagan, nao acredito q seja uma "defesa a liberação das drogas", na verdade entendo q a droga é um problema infinitamente menor do q a violencia, neste caso, estamos defendendo a nós mesmos reduzindo a violencia, como o próprio @Bastter falou, usa quem quer, se a violencia diminui, libera e pronto.

Do ponto de vista do traficante, ele não ia precisar andar armado porque ia ser liberado o comércio, em compensação o lucro ia diminuir porque ia ter que pagar imposto, ia ter folha de pagamento, obrigações trabalhistas e o escambau.
O governo podia até ganhar com imposto.
Do ponto de vista do viciado ia facilitar o acesso por um lado, o que poderia talvez até aumentar a base de viciados devido à facilidade de acesso e à propaganda (aí mora o perigo com nossa família e filhos).
Também do ponto de vista do viciado a vida poderia continuar indo para o buraco já que vício é vício. Se ele não tiver dinheiro? Poderia ser um "incentivo" para o roubo e o crime para adquirir drogas. Pode ser que a violência não baixasse tanto assim. Questão complexa...[uhmm]

O documentário DEEP WEB fala disso, vale a pena assintir no netflix

Maconha pra mim é simples.. Libera que cada um possa cultivar a sua própria em casa. Que mal há cultivar um vaso com uma muda de maconha e você fumar ela. Assim deixa o problema para cada um cuidar de si e dos seus filhos ;Comercializar deve continuar proibido, porque aumentaria o consumo.

Não é o tráfico que dominaria as vendas, mas empresas privadas pacíficas.

Mesma coisa quando foi liberada novamente venda de álcool nos EUA. A máfia não criou nenhum negócio de alcool depois do fim da lei seca. Simplesmente não valia a pena, não tinha mais as altíssimas margens. E as competências da máfia (extorsões, subornos, violência, conexões, favores, etc) eram melhor utilizadas em outros campos, eles intensificaram atuação em prostituição e alguns grupos entraram nas drogas.

Um traficante não vai vender maconha legalizada da mesma forma que ele hoje não vende detergente ou cerveja: margens apertadas, concorrência demais, etc.

Se vai diminuir ou não a violência não vejo como relevante. O principal é que o corpo humano é propriedade privada e ninguém tem direito de decidir o que o "ceromano" faz com ele.

E virão por aí drogas muito piores que as atuais: realidade virtual, principalmente quando se atingir a interface homem-máquina. Será recompensa instantânea e será vista sem tabu, será vista como "sem riscos", apesar dos graves riscos que implicará no cérebro humano (que não é feito para gratificação instantânea ao alcance de um comprimido ou um botão, é feito para a difícil luta pela sobrevivência paleolítica, gratificação/realização/prazer instantâneos em VR entregando qualquer coisa que você queira ver ou sentir vão tornar o cérebro anestesiado a estímulos do mundo real, os zumbis do crack vão ser os zumbis da VR).

ok, mas não precisa liberar a produção de em larga escala como  um business e comercializa-la em cada botequim da esquina..que cada um plante a sua, caso queira consumir. imagine liberar a produção de qualquer droga em larga escala utilizando esse argumento da liberdade individual, Isso aqui viraria uma fábrica de zumbis tal e qual a china na época do ópio liberado. 

Eu já fui contra, a favor, agora para falar a verdade, não sei mais.

Mas o que me intriga nessa discussão, é a quem interessa a discriminalização e/ou legalização das drogas.

Porque o argumento usado por quem é liberal, como o @celtiberian colocou é que o corpo é privado. Ou seja, o argumento é que o Estado não deveria interferir nisso.

Mas o que eu acho estranho é que a esquerda defende isso. Ela abraçou isso, da mesma forma e argumentos que abraçou o aborto. E eles são totalmente a favor do Estado legislar tudo o que for possível. Não acredito que eles são simplesmente inconsistentes nesse ponto.

Tem coisa por trás dessa defesa que os liberais não estão vendo.

@Masamune

Não há nenhuma evidência de que "aumentaria o número de viciados em drogas pesadas".

As drogas eram TOTALMENTE liberadas no mundo todo por milênios, não havia nada de diferente que não tenhamos hoje. Você comprava qualquer droga na farmácia da esquina. 15 cents, balinha de cocaína. Nada aconteceu, pelo contrário, a sociedade era provavelmente menos maluca que a atual.



Outro exemplo muito claro: a salvia divinorum é uma das drogas mais pesadas que existem, é legal na maioria dos países, era legal no Brasil até 2012, e não ocorreu nenhuma epidemia de "cada vez mais pessoas viciadas". Geralmente o conjunto de pessoas viciadas em algo em uma sociedade não é função da disponibilidade de drogas, é mera função da saúde mental geral da população - mesmo que não existissem drogas, os viciados em drogas procurariam outras fugas.

A proibição é uma experiência falida, tal qual a lei seca americana, a diferença é a proibição a drogas estar se arrastando por 120 anos.

A restrição a drogas deve ser igual a de qualquer comportamento danoso: uma questão de família e propriedade privada (você é livre para proibir nas regras da sua propriedade).

Se você for evocar "interesses difusos" para proibir drogas, é possível montar um argumento ainda mais convincente (sobretudo do ponto de vista matemático/econômico/biológico) para banir certas comidas, proibir totalmente o álcool e implantar exercícios obrigatórios, algo que só imaginamos na mais bizarra tirania (mas por mera tradição, por termos sido criados nesse ambiente, falhamos em ver como a proibição de certas substâncias em nada difere disso: é apenas uma bizarra tirania). Álcool está ligado a mais mortes em eventos violentos que qualquer outra droga, obesidade e suas consequencias (diabetes, coração) mata mais que qualquer outra droga, etc.

Vou além: os efeitos econômicos e sociais da proibição são, provavelmente, muito piores que os da liberação. Você está suprimindo a existência de toda uma indústria de produtos e jogando todo esse faturamento para os criminosos. Além disso está fazendo com que pessoas que desejam usar aqueles produtos tenham que lidar com criminosos, sejam elas mesmas tratadas como criminosas muitas vezes, e tenham que pagar muito caro por produtos muito ruins, com enorme custo social de saúde. Na época da proibição quem era rico comprava whisky contrabandeado, quem era pobre não conseguia, bebia bebidas caseiras horríveis e MORTAIS, tal qual as drogas atuais misturadas com um monte de porcarias para render mais, algo que nenhuma empresa privada de drogas recreativas ou farmacêuticas forneceria aos seus clientes. Sem falar nos custos da violência: repressão caríssima mobilizando um monte de recursos que poderiam ser usados contra crimes, fluxo bizarro de dinheiro para traficantes, guerras de facções por pontos de droga (como estão à margem da lei não concorrem com qualidade ou preço, concorrem com chumbo), etc.

Por fim, entram as questões éticas, que tornam tudo que foi discutido basicamente irrelevante: o corpo humano é propriedade privada, é bizarro você querer mandar em que substâncias terceiros poderão ou não introduzir em seus corpos, pacificamente, em local adequado. Nem você nem o governo são donos do corpo de terceiros, não possuem nenhuma autoridade legítima, sob qualquer ponto de vista, para determinar o que uma pessoa pode usar. O fato de vivermos em sociedade não muda isso em NADA, não te dá NENHUM direito sobre o corpo dos outros pois vida em sociedade não é escravidão. Seu único direito é o de dispor da SUA propriedade como quiser: você pode se afastar das pessoas que tem comportamentos que você não gosta, você só pode impedir que terceiros façam aquilo na sua propriedade, e pode, em livre-associação, tentar influenciar propriedades coletivas geridas em condomínio a ter regras proibindo isso (igual qualquer regra em qualquer condomínio, como "proibido fumar no salão de festas").

Alguns textos muito bons para leitura sobre o tema:

Mises Brasil - Como o governo gera mão-de-obra para o tráfico de drogas

Mises Brasil - Criminalidade, drogas e proibição

Mises Brasil - Pelo fim da insanidade da guerra às drogas

Mises Brasil - Cinco argumentos conservadores em prol da descriminação das drogas

Mises Brasil - A experiência de Portugal com a descriminalização das drogas

Mises Brasil - Algumas ideias sobre a liberalização das drogas

Mises Brasil - A crise imigratória nos EUA é uma consequência não-premeditada da guerra às drogas

celtiberian, pesquisa sobre a guerra do ópio e  porque foi proibida na china. 
a cocaína é muito recente e o uso dela era muito pequeno na época em que era liberada. 

no mais entendo que o custo para o sistema de saúde decorrente do aumento do uso de drogas não valha a pena. 

é claro que existem pontos positivos e negativos de uma liberação.

agora se o abuso de drogas prejudicar um sistema que serve a todo, deve haver alguma interferência,  não ? 

@naoeoxi

Guerra do ópio = um traficante (governo inglês) usando a violência para garantir um ponto de venda (China), nada mais, nada menos. Guerra causada pela proibição, por sinal. O ópio, por sinal, era conhecido desde 3000 antes de criso e usado no mundo conhecido desde a antiguidade, sem qualquer problema grave relatado, sendo permitido e usado na esmagadora maioria dos países, inclusive na própria Inglaterra com uso recreativo. A "epidemia da China" diz mais sobre a saúde mental do chinês médio daquela época do que sobre o risco do ópio.

"no mais entendo que o custo para o sistema de saúde decorrente do aumento do uso de drogas não valha a pena."
e
"agora se o abuso de drogas prejudicar um sistema que serve a todo"

Se você for usar esse argumento você deve necessariamente defender a limitação ao consumo de calorias por via das armas estatais, pois obesidade causa MUITAS vezes mais custos que as drogas proibidas. Bem como deveria defender a proibição de cigarro e álcool. Bem como criação de exercícios diários obrigatórios, pois sedentarismo também mata mais que drogas.

Quem pensa em custo de saúde ao defender a proibição da cocaína mas não defende a proibição do cheeseburguer não está sendo intelectualmente consistente do ponto de vista racional e lógico, está apenas mantendo uma opinião por tradição e se auto-iludindo sobre as razões para essa opinião. Entendo que é difícil pensar diferente, a liberdade assusta.

Saúde estatal de custos socializados versus direitos individuais é um problema irreconciliável. A única forma de fazer saúde estatal socializada de forma efetiva, de forma que o saudável não pague por quem fez escolhas ruins, é o completo totalitarismo e escravidão. A única solução não-totalitária para esse conflito é o fim do SUS.

(a própria declaração de produtos e serviços de saúde como "direito" é irreconciliável com o conceito de direitos individuais, mas isso é outro assunto)

O problema é que um cheeseburguer isolado não vicia, e se consumido moderadamente não engorda. Agora já uma heroína, uma cocaína, uma pedrinha de crack, a coisa é diferente. Não existe margem de segurança no consumo.

@fabricio_fer77

"O problema é que um cheeseburguer isolado não vicia, e se consumido moderadamente não engorda."

Não tem problema nenhum: ao invés de proibir cheeseburguer, quem defende proibição das drogas por motivo de saúde tem que defender cota mensal máxima de cheeseburgeres e assemelhados por pessoa. Cada lanchonete regulada, 1 cheeseburguer por CPF por mês no máximo. Se comprar hamburguer ou bacon no supermercado usou a cota. Afinal, se consumir demais mata... E custa pra todos, blablabla.

"Agora já uma heroína, uma cocaína, uma pedrinha de crack, a coisa é diferente"

Cocaína é menos viciantes que cigarro. LSD e outros alucinógenos são menos viciantes que álcool.



E aí, libera tudo? Proíbe tudo? Como faz? Se proíbe tudo, por que? Por que diabos qualquer médico ou burocrata estatal deveria mandar no que uma pessoa ingere?

Não faz nada. É irrelevante. Não é uma questão técnica. Não vivemos em uma tecnocracia. Não estamos em uma distopia de Huxley.

Pessoal, eu não vou me alongar mais nesse assunto, essa é minha última mensagem aqui. Há os que acreditam que o corpo humano é propriedade privada e os que querem mandar na vida dos outros, que se acham mais donos do corpo de um terceiro que o próprio indivíduo (e vão se agarrar a qualquer argumento médico, econômico ou social para isso). Cada um que reflita e decida em que grupo está. Eu nunca usei, não pretendo usar, nunca botei nem um cigarro na boca, sou "caretão", era totalmente a favor da proibição das drogas. Até o dia que parei para refletir e entendi que não faz sentido algum políticos votando determinarem o que uma pessoa livre faz ou não seu corpo.

Além de toda discussão, acho interessante outro fato sobre o assunto: É muito fácil conseguir a maioria dessas drogas, bem como conseguir remédios com venda controlada, aliás, vejo o uso da Maconha praticamente como liberado, a polícia na maioria das vezes desanima de levar um usuário pra delegacia, gastam muito tempo e trabalho pra pouca coisa. Eles não ficam presos, o máximo que acontece é terem que ir ao Fórum em uma audiência para aceitar transação penal, sendo que pode ter quantas transações penais a pessoa quiser em caso de usuário, salvo engano. Vejo pessoas usando maconha publicamente tranquilamente, em shows, praças, etc,etc, ontem mesmo fui em um show do Festival de Inverno da cidade que moro, o que tinha de gente fumando maconha em público com famílias, crianças perto... Por fim, não sei se alguém aqui já viu um episódio do seriado O Sócio, em que o Lemonis fala da libração da maconha na Califórnia, o quanto gerou de investimento, emprego, ajudou cidade quebrada, achei bem interessante.

Rapaz, é proibido vender produto vencido, por exemplo, com toda razão, porque afeta a saúde pública. Substância entorpecente é muito pior do que isso. É questão de saúde pública. Se até receituário de remédio que causa dependência é submetido a rigoroso controle médico, a meu ver com toda razão, porque permitir uso de mais substâncias entorpecentes, além das que já existem? Eu entendo essa questão conceitual dos liberais, mas a vida é feita em sociedade e nem tudo que é proibido o é sem motivo. Ademais, nossa sociedade abandonou a Tradição e está em completo desequilíbrio espiritual e emocional. Liberar uso de mais drogas pela população, nessas circunstâncias, será como tocar fogo no cerrado na época da seca. [huhu] A esquerda defende a liberação porque sabe que indivíduos fracos, destruídos pelo vício em drogas absolutamente nocivas, improdutivos e incapazes de prosperar, são fáceis de dominar, são dependentes do estado e são incapazes de defender a liberdade individual. Não quero que um dia, em nome da liberdade individual, algum ente querido ou amigo compre mais drogas do que as que já estão disponíveis em farmácias e supermercados. Para quem tem filhos, basta se perguntar o seguinte: "gostaria que meu filho tivesse acesso a drogas, ali no mercado da esquina, e eu não pudesse fazer nada para impedi-lo, porque é livre?"

celtiberian, para entender o que está acontecendo, é preciso entender o que é Guerra Cultural e a subversão da liberdade individual (levada ao limite do limite - para o fins que eles almejam) é importantíssima na tática de  Gramsci e da Escola de Frankfurt para destruir o Ocidente:

“Nós vamos fazer o Ocidente tão corrupto a ponto de feder.” (Willi Muenzenberg). 


“Nós vamos destruir o Ocidente, destruindo sua cultura. Vamos nos infiltrar e transformar a sua música, sua arte e sua literatura contra eles próprios.” (Antonio Gramsci).

Galera, não é questão de acreditar ou nao! É questao de análise da realidade

Paises que reprimiram drogas, álcool e qualquer coisa: aumento do mercado paralelo, aumento do crime e aumento do consumo

Paises que legalizaram e regularam as deogas: queda da criminalidade, do mecado paralelo, do uso pesado!

Os exemplos sao tantos, que a discussão passa ate a ser fútil!

Olha o exemplo do proprio EUA! Tentaram proibir o álcool de deu merda! Anos de war on drugs= merda!

Esse pensamento: “ gostaria que meus filhos tivessem livre acesso a drogas na esquina” nao cola

Para qualquer um que ja frequentou uma faculdade, sabe que para fumar um baseado, basta ir no CA

E a coisa degringolou tanto no Brasil ronald reagen, que se vc nao sabe; o filho de qualquer um consegue acesso as drogas na sala de aula!!! E pasmem, as drogas sao proibidas no BR

Não duvido, mas sendo proibido, posso protegê-lo. Não sendo, não há nada que possa fazer, a não ser rezar que resolva não se meter com porcaria. Ele é "livre". Eu não sei se, de fato, nos países que liberaram é essa maravilha toda. Pode ser. A única coisa que tenho certeza é que droga é uma mesbla.

Esse assunto tem realmente muitas vertentes importantes, está no cerne da liberdade, tema caro a tantos participantes do site, como bem diz o @celtiberian  “Saude estatal de custos socializados versus direitos individuais é um problema irreconciliável”. Em linhas gerais acho que quaisquer medidas para diminuir a violência devem ser pelo menos tentadas; se a liberação vai ou não aumentar a base de usuários não sei. É uma questão complexa demais, são inúmeras variáveis. Um outro aspecto fascinante deste tema é a relação estreita entre drogas e produção artistica, desde De Quincey, Baudelaire, Kerouac, Hendrix, Velvet, Amy Winehouse, etc,  difícil até pensar em música e literatura sem alteração de consciência.. agora Tove Lo arrasando com “get high all the time”  

Pessoal, só vir pra Floripa, em Floripa a ervinha da paz já é Liberada faz tempo [huhu]

De qualquer modo, essa discussão não leva a nada, porque a revolução cultural também é completamente vencedora nessa matéria no Ocidente, como em todas as outras. Já era. Como o @LUZ sempre menciona, o futuro do Ocidente é a pobreza e o coletivismo. O espírito liberal sucumbiu. Game Over. [huhu]

No Ocidente moderno, nenhuma escola filosófica foi tão esmagadoramente vencedora quanto a Escola de Frankfurt. É impressionante o que esses caras fizeram conosco em tão pouco tempo. Inacreditável. 

@RonaldReagan
Você anda lendo muitos sites de teoria da conspiração.

Essa guerra ideológica do marxismo cultural tá voltando a moda, não passa de uma teoria da conspiração requentada dos anos 70.

Nenhuma dessas frase nunca foi dita por nenhum desses autores que você citou, todas elas surgiram nos EUA.

Essas teorias aí estão voltando nos mesmos sites q falam q vacina causa autismo, terra plana, evolução não existe, homeopatia funciona, aquecimento global é invenção etc...

Se vamos combater as ameaças as nossas liberdades, não adianta inventar mentiras. Temos q ser racionais.

Ah, cara. Que beleza! Estou bem mais tranquilo agora. Não leve a mal, mas nem vou responder. [huhu] Encerro aqui. Nem vale a pena continuar.

“ sendo proibido posso proteje-lo”

Como? Implantando uma camera e um GSP. Nele?

A unica maneira de protejer eh educar

Comprar droga no Brasil é mais facil que pão

Dois videos bem legais sobre o assunto

@celtiberian

Baseado no argumento da liberdade individual, você concordaria que a cantina do colégio do seu filho vendesse drogas livremente?

Afinal, compra quem quer e o que vale é a educação que nós damos em casa. É nossa responsabilidade.

@naoeoxi

A cantina do colégio não vende álcool ou tabaco, por que venderia as outras drogas? Toda a discussão parte do pressuposto de liberação para pessoas que gozam de plenos direitos. Menor de idade não se enquadra (a discussão se maioridade deveria existir e/ou deveria ser 18 anos é outra). Em um cenário de liberação de drogas ceteris paribus (ou seja, todas OUTRAS normas e regras permanecendo as mesmas), venda a menores não seria permitida.

Em um cenário em que maioridade não seja critério para isso, é direito individual do dono do colégio vender o que quiser na cantina - e é meu direito não colocar meu filho para estudar lá, simples assim. Ou deixar, devidamente orientado. Se você depende de proibições estatais para proteger seus filhos você é um péssimo pai e está querendo terceirizar sua responsabilidade (além disso cantina vender ou não um item é completamente irrelevante para a disponibilidade desse item aos jovens, na minha época era só atravessar a rua para qualquer coisa lícita ou ilícita que desejasse, usou quem quis, não usou quem não quis).

Essa discussão me fez associar estas proibições governamentais com a inevitabilidade de determinadas indústrias de permitirem o acesso e produção descentralizadas. Entra aí as impressoras 3d de armas, food printers e evolução nas técnicas de produção de alimentos e sintetização química. Esse tipo de discussão sobre legalização ou não tá caminhando pra ser totalmente inútil já q todo mundo vai produzir com privacidade e com grande facilidade sua droga preferida.

Cientistas Produziram THC a Partir da Levedura – Agora Vem a Parte Mais Difícil - Motherboard

Maconha sintética e a era das drogas de laboratório | Superinteressante

Muito grande. Não li.

Eu já vi muita gente ter câncer de pulmão e fumar para ficar mais tranquilo. Como um negócio desses pode dar errado??

Uma coisa é certa, drogas proibidas, você vai até a esquina e compra o que quiser...e dependendo ainda tem delivery...isso não vai acabar nunca...

Esse canal do Youtube é 10! Tem esse aqui também sobre a ervinha da paz: