"A Evolução do trabalho" como Médico

#PAS
Red_Cloud  
em 17/08/18 18:12

Comentários

Último comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei
MarkFord  
em 17/08/2018 18:27
O que me importa, de verdade, num médico é que diagnostique e trate o problema de modo adequado. Meu drama com médico geralmente é o diagnóstico. Ou seja, para mim o fundamental é capacidade técnica (e honestidade, evidentemente). O resto é perfumaria.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #1 de 53
HM2018  
em 17/08/2018 18:38
Atendimento com muita atenção, rigor e pontualidade. Os serviços no Brasil (não só de saúde) no público são horríveis, nos planos bem ruins, nos particulares melhores um pouco, mas pode melhorar muito. Só de estar preocupado em melhorar você está anos luz de muita gente. No brasil na grande maioria o pessoal acha que diploma garante as coisas e se acomoda (isto tá mudando, mas muito lentamente). 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #2 de 53
Alf_  
em 17/08/2018 18:54
Um diferencial pra mim seria pontualidade. Já cansei de perder o dia de trabalho na fila esperando ser atendido, 2, 3 horas ou mais.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #3 de 53
Stoic  
em 17/08/2018 18:59
Cara essa é uma resposta difícil de ser dada. Terminei a reumatologia no ano passado e posso te dizer o que eu faço. 
 
Eu invisto muito em educação do paciente. Criei um método em que meus pacientes particulares recebem textos escritos por mim a respeito de sua patologia por e-mail. Ainda esto implementando esse método para que o paciente receba um reporte de todos os artigos que li sobre a doença dele. 
 
Acredito muito que o paciente bem informado segue melhor instruções e tem um tratamento melhor. 
 
Não é nem necessário dizer que tratamento humanizado, educação, pontualidade, capacidade diagnostica são primordiais. 
 
Em relação a fugir dos planos é difícil fazer isso. Uma forma seria criar uma clínica para crescer de forma horizontal. Ou seja, oferecendo serviços relacionados a sua área de atuação. Na reumatologia por exemplo eu peço muita radiografia então uma forma de crescer horizontalmente seria oferecer esse serviço na mesma clínica que atendo. 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #4 de 53
Raphael80  
em 17/08/2018 19:02
Red_Cloud Meu filho tem uma deficiência. Fomos atendidos por diversos pediatras e neuropediatras. Nenhum quis entender porque ele tem o problema que tem e o que pode curar ou melhorar o problema. O tratamento padrão é remédio. Eu sei e entendo que o interesse de curar e ver os filhos bem é dos pais. Porém eu gostaria que mais médicos gostassem e se interessassem em resolver ou melhorar o problema. Ainda mais se tratando de problemas neurológicos, remédios aliviam o sofrimento mas raramente resolvem.
Como tenho pouca mas alguma experiência no caso, posso te dizer que o médico que eu voltaria e sentiria mais confiança e que veria retorno no dinheiro gasto, seria um que buscasse tratamentos que se mostram promissores com evidências, com o mínimo de intoxicação para o meu filho. Encontrei coisas como Montessori, e Método Doman e Tomatis, que são alternativas para desenvolvimento neurológico sem medicamentos, mas foi minha busca, noites em claro, dinheiro gasto, que poderia ter sido evitado ou reduzido. 
TL,DR: menos remédios, mais soluções.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #5 de 53
Sun135  
em 17/08/2018 19:02
pontualidade no caso do médico nem sempre é possível.  tenho um grande amigo no brasil que é neurocirurgiao. Por diversas vezes ele precisou se atrasar para atender no consultório por causa de cirurgias, até mesmo cancelar. uma vez eu estava esperando por ele no consultório e tinha umas 3 pessoas meio impacientes esperando, quando a atendente disse que recebeu uma ligação dele dizendo que nao viria pois um paciente tinha tido complicaçoes no hospital. 

Ato continuo deflagrou-se um pandemônio na sala com gente batendo na mesa e dizendo que aquilo era um desrespeito e um absurdo.  Daí falei: Vocês não diriam isso se fossem o paciente com problemas na cirurgia que ele está atendendo agora...

o silencio voltou a reinar no mesmo instante...
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #6 de 53
Stoic  
em 17/08/2018 19:07
@Sun135 sim. Não só pelo motivo que você descreveu pontualidade é bem difícil para o médico. O que entra no consultório é completamente imprevisível. Dependendo da condição clínica pode ser que 20 min seja suficiente ou pode ser que em 1h não seja possível discutir tudo que é necessário.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #7 de 53
Bastter  
em 17/08/2018 19:12
entao eu quando tinha consultorio eu nao aceitava convenio diretamente mas aceitava q a pessoa pegasse o reembolso, nao pagasse, pagasse qq coisa, pagasse o valor integral da consulta q nao era alto, etc

o diferencial meu era uma atençao total aos pacientes e por isso eu nao aceitava convenio
tive muito paciente q começava pegando reembolso e depois aos poucos começava a pagar

claro q tinha uns folgados q se aproveitavam mas isso nao me incomoda
a maioria fazia o q podia e pagava o q podia
ou entao me levava uma coisa q fez em casa tipo um bolo sei la

o meu diferencial era atençao total aos pacientes
total mesmo
eu tratava como amigo, sei la
nao era o melhor medico do mundo nao
mas eu gostava muito dos pacientes e eles de mim

nunca aceitei convenio pq eles podem te obrigar a atender mal e o paciente vem como uma atitude ruim muitas vezes
preferia de graça do q convenio

uma coisa importante, eles se entendiam com a secretaria
eu nao queria saber de nada e tratava todos iguais

tudo sempre ta ligado a tratar os seus clientes de forma diferenciada e se colocar no lugar deles
sempre, em qq profissao
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #8 de 53
Bastter  
em 17/08/2018 19:14
pontualidade total eh impossivel se vc for bom medico pq alguns pacientes vc vai ter de demorar mais
o q vc deve fazer eh se esforçar pela pontualidade e pedir desculpas quando nao conseguie
e nao marcar um monte junto
eu sempre deixava uma hora sem marcar para correr atras se atrasasse
e as pessoa snem sempre chegam na hora
entao eu sei q eh chato nao ser pontual mas nem sempre eh possivel
mas quando vc atrasa vai na sala de espera, pede desculpas, diz q ja vai chamar
isso faz diferença

agora se vc quer um medico q te de a devida atençao
nao tem como ele ser sempre pontual
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #9 de 53
Bastter  
em 17/08/2018 19:14
se vc for diferenciado no atendimento aos pacientes
nao vai ter problema com isso
eu sempre pedia desculpas quando nao conseguia manter a pontualidade
mas ninguem nunca reclamou
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #10 de 53
Templario33  
em 17/08/2018 20:18
Olha se eu tivesse a famosa bola de cristal a 22 anos atrás eu teria feito um felow no exterior e ficado por lá .
Quer um conselho ( o mesmo que daria a um filho meu ) , você é jovem e pela especialidade deve ser um cara diferenciado ... investe em um felow e fica por lá !
Tá difícil ser médico no Brasil por N motivos . 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #11 de 53
Bastter  
em 17/08/2018 20:20
la ta mais dificil q no Brasil
em 90% dos la

brasil ou qq lugar
os bons ficam bem e a maioria fica mal
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #12 de 53
Madruguinha  
em 17/08/2018 20:23
Boa noite,
Vou responder a seu questionamento, pq tenho um filho autista e sou usuário do serviço q vc prestará. Aí vão algumas coisas q considero importante:

1. Pontualidade. A espera em lugares fechados e pequenos (como a recepção de uma clínica) pode ser um problema para crianças especiais. Meu filho não para um segundo e se demorar muito a ser atendido, ele vai destruir a clínica. É um sofrimento para os pais e para a própria criança.

2. Seja humano, vc está lidando com o bem mais precioso dos pais. É muito duro ouvir q seu filho tem algum diagnóstico e muitos médicos dão a notícia de modo muito cruel. Muitos pais da nossa associação de pais tem relatos terríveis de consultas médicas. Não faça isso.

3. Adapte sua clínica. Se seu público é o infantil, tenha um espaço com brinquedos e colorido.

4. Autismo é uma condição que exige muita estimulação e, por isso mesmo, é muito intensivo no uso de "mão-de-obra". São muitos profissionais envolvidos e TUDO é MUITO caro. Não prescreva tratamentos desnecessários e ineficazes, não passe remédios q a criança não precise, não encaminhe para profissionais pouco eficazes pq são seus amigos ou trabalham na sua clínica. Os pais estão fazendo um esforço enorme pelo futuro dos filhos. Trate o dinheiro deles com o mesmo respeito q vc quer q tratem o seu.

5. Leve em consideração o q os pais tem a dizer sobre os filhos. Os pais conhecem seus filhos melhor do q vc. Seja humilde. Muito dos ganhos do meu filho se deram por coisas q minha esposa e eu decidimos à revelia dos terapeutas. Eles mesmos reconheceram q estavam errado depois.

Q eu me lembre agora é isso. Boa sorte na profissão. Bons profissionais são raros.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #13 de 53
Templario33  
em 17/08/2018 21:39
Olha @Bastter eu ia começar a responder só falando das condições de trabalho , tecnologias, Valorização profissional etc ... nem vou adiante ; isto aqui é terceiro mundo . 
Só o fato de ter a oportunidade de se poder viver em um país de primeiro mundo com tudo que tem de
bom lá e podendo exercer a profissão sem risco de sair do plantão e te mataram no estacionamento para roubarem teu carro ; ja está valendo . 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #14 de 53
ebitda  
em 17/08/2018 22:20
Um diferencial é o medico que trata a causa do problema, e nao apenas um sintoma. Outro diferencial é o medico que estuda: Diversas condições podem ser tratadas com suplementos e terapias que a maioria do medicos simplesmente ignoram.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #15 de 53
Alice.V  
em 17/08/2018 23:11
Ouvir faz toda a diferença. Quem pode escolher entre médicos com habilidades técnicas equivalentes, sempre prefere aquele professional que vê o paciente como uma pessoa inteira, no seu contexto.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #16 de 53
Bastter  
em 18/08/2018 00:09
uma coisa
seja carinhoso com os pacientes
nao no sentido de carinho, toque
mas no sentido humano mesmo
faz muita diferença
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #17 de 53
chimp  
em 18/08/2018 06:48
Leia e releia a resposta do @Madruguinha . Serve pra qq especialidade. Ali tem tudo oq precisa. Muita atenção no ponto 2. Busca essas informações nas associações de pais, caso seja possível.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #18 de 53
jucemar  
em 18/08/2018 09:12
Tivemos um ente querido no hospital. Fase terminal, e a pessoa mais próxima estava desesperada. O maior problema era a falta de informações, e os médicos responsáveis mal falavam com a gente, eu cheguei a perder a paciência e ir na direção fazendo ameaças de processo. Tudo porque ninguém falava direito, ou explicava alguma coisa, tínhamos de correr, insistir, brigar. Mas perto do final teve um médico, residente ainda, que sentou e explicou tudo o que estava acontecendo em detalhes, como o paciente estava na semi intensiva, só podia haver uma visita por dia, e a pessoa próxima simplesmente não suportava isso e eu não conseguia fazer muito pra ajudar, era algo além do que eu podia fazer. Pois bem, esse residente ligava todos os dias, dizendo que passou lá, verificou o paciente, que estava tudo bem (no sentido de como estava indo, dentro do quadro). Todos os dias enquanto ele estava lá. Nunca mais esquecemos este médico. Se algum dia este médico precisar de qualquer coisa que seja, nós faremos o que estiver ao nosso alcance para ajudá-lo.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #19 de 53
s1rohc  
em 18/08/2018 16:21
@Red_Cloud ; 

especificamente na Neuropediatria a prática clínica em geral no país é sofrível, que se diferenciar?

trabalhe em uma EQUIPE multidisciplinar, defina regularmente as estratégias de evolução individual de cada paciente ; com estratégias de intervenção (incluindo desde ajuste de mediçoes a estratégias de intervenção para desenvolvimento progressivo de inserção social/escolar e evolução das AVD- Atividades de Vida Diárias)

atualmente a "solução" que a maioria dos profissionais fazem é deixar a criança semi sedada assim não gera incômodo para os pais e consequentemente para o médico (obviamente essa estratégia nao satisfaz o público mais exigente-esse coincidentemente é o que tem maoir poder aquisitivo e permanecerá em seu consultório por longa data- desde que sua competencia seja adequada)

vai ter de estudar sim fora da área médica

(muitos Neuropediatras por exemplo no tocante ao TEA nem ao menos sabem o que é ABA - Applied Behavior Analysis- tratamento atual para TEA- Transtorno do Espectro do Autismo)

Hoje nas patologia neuropediatricas exigem o desenvolvimento de um PIT (Plano Terepêutico Individualizado), no qual é exigido


}-Neurologia/Neuropediatria

}-Fonoaudiologia

}-Terapia Ocupacional

}-Psicologia

}-Fisioterapia

}-Pedagogia Especializada/ Mediadora Escolar




@Madruguinha ; @Raphael80 depois vou postar aqui alguns pontos que acredito serem interessantes para vcs ok
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #20 de 53
Brownie  
em 18/08/2018 17:47
Depois de começar o consultório, abrir um site de educação financeira e largar a medicina. 

A diferenciação médica não é fácil. O que o bastter comentou e que a maioria dos foristas pacientes/pais de pacientes comentaram é difícil fazer, mas na verdade é o elementar e básico para o sucesso. Infelizmente, apenas ser genti, atencioso e capacitado não te diferenciará no mercado atual. 
A medicina cada vez mais é vista como um serviço como qualquer outro. O paciente se vê como um cliente e se respalda no código do consumidor para adquirir seus serviços. 
Médicos hoje em dia, brinco, são apenas técnicos em medicina. Assim como técnicos em enfermagem. Aprendem teorias, semiologia, tratamentos e são pagos para executarem.
É preciso enxergar a engrenagem por trás do mercado médico, se ver como empreendedor, aprender o que o paciente precisa num conceito além da doença, como o dinheiro flui e o que os faz sentir que o que gastaram foi recompensado em valor. Os planos de saúde já perceberam isso há décadas e nos usam como uma simples peça substituível. O mercado está cheio de neuropediatras capacitados e gentis. Isso não é suficiente. Teria muito mais a falar, mas por enquanto é isso. Sucesso!
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #21 de 53
Plettenberg  
em 18/08/2018 19:03
1- olhar para o paciente pelo menos uma vez durante a consulta. (É estranho quando médico fica 100% do tempo olhando para o monitor, exames e receituário e não olha nem pra dar um "Oi")

2- explicar as coisas para o paciente assumindo que ele é um homem médio, que não é médico, mas não é retardado. (É legal evitar linguagem extremamente técnica, mas pode explicar o diagnóstico ou as razões para indicar determinado exame ou remédio)

3- considerar que o tempo do paciente também é importante. Um pequeno atraso ou uma situação excepcional, ok. Mas não dá para toda vez atrasar mais de uma hora. Pior, marcar 10 pessoas num intervalo que dá conta de atender 3, aí, depois de esperar duas horas, é atendido a toque de caixa pq a fila continua enorme.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #22 de 53
jucemar  
em 18/08/2018 19:50
Falando como paciente, um médico competente que olhe na cara da pessoa, mostre interesse, consideração, preocupação com o caso, atenção, já vai estar na frente de muita gente. A consulta nem precisa necessariamente ser demorada, mas só de ver que o médico está tendo consideração com a pessoa, visto que se trata de saúde, olha, a prestação de serviços de um modo geral é péssimo. No caso que o serviço é saúde, sendo competente e tendo essas características, já vai ser um diferencial e tanto. Só complementando o que o @Plettenberg falou.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #23 de 53
Billions  
em 18/08/2018 22:27
Como cliente, já fui até maltrado por médico.

Tenho uma história bizarra em que o cirurgião discutiu feio com o anestesista na minha frente, antes da cirurgia, por causa do horário das cirurgias. Quase chegaram às vias de fato.

Conclusão: minha pressão subiu muito antes da cirurgia, que quase foi adiada.

Então penso assim:

1) Pontualidade - é fundamental sim. Quem gosta de ficar esperando 2hs para ser atendido? O famoso encaixe.

2) Técnica - tem médicos que pararam de estudar há 20 anos, e isso fica claro para o paciente.

3) Ouvir o paciente. E foco no paciente
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #24 de 53
Brownie  
em 18/08/2018 23:14
Pontualidade constante é quase impossível, como foi explicado.
Como prever quanto tempo será necessário com cada um? Às vezes é um assunto direto, simples, que mesmo querendo se aprofundar, é uma consulta rápida. Outras precisamos reunir a família, informar notícias graves, entrevistar todos, levando 1 hora ou mais.
Não há como prever. Não é sempre “o famoso encaixe”. 
No caso de quem atende por planos e depende de consultas para fazer renda, como o medico não ganha se o paciente faltar (e ele pode ligar e marcar sem custos), há uma média de faltas. Por isso muitos fazem sobreposição de horários evitando passar às vezes horas ocioso para tentar preencher e otimizar seu tempo. Como é uma média, pode não ter faltas naquele dia e acontecer longas esperas. Logicamente está errado, mas a explicação é financeira, causada por descompromisso de pacientes que marcam, ocupam a agenda e faltam.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #25 de 53
Fort13  
em 19/08/2018 00:16
Não sei como é o mercado aí, mas se for igual ao daqui vc está precisando de um banho de realidade...

Ainda está na residencia, e já quer evitar plano de saude?

Se for igual aqui, nos primeiros meses, vc vai ter poucos pacientes de plano de saude e quase nenhum particular.

O principal além do obvio (de ser bom tecnicamente, tratar bem os pacientes, ser simpatico, agradavel, atencioso etc) é ter uma grande rede de pediatras que encaminhe pra ti. A maioria dos teus pacientes vão vir encaminhados pelos pediatras.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #26 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 11:24
@Red_Cloud ; @Madruguinha ; @Raphael80

estou de plantão agora e vou postando de acordo com a possibilidade; vai ficar grande

@Bastter se algum post estiver em desacordo com as normas do site, favor deletar

toda intervenção deve como em qualquer patologia deve se atrelada à medicina baseada em evidências, então terapias alternativas(quelação, restriçoes alimentares sem base documentada, fórmulas "naturais") são dignas de repúdio apenas somam para o sofrimento do paciente e de sua família

Nas doenças da Neuropediatria com grande impacto no desenvolvimento funcional do paciente a  longo prazo (por exemplo Sequela de Anoxia Neonatal, Trantorno do Espectro do Autismo)infelizmente hoje o profissional médico especialista em sua maioria se restringe a controlar as crises epiléticas quando existentes e controle comportamental medicamentoso. De uma forma geral hoje qualquer outra queixa (dificuldade escolar, de escrita, interação social,etc) é encaminhada de forma vaga para fisioterapia, fonoaudiologia ou psicólogo (cabendo ao familiar procurar qualquer serviço que ele encontrar-sem qualquer verificação se o profisissional é capacitado para essa demanda específica, e não é realizado nenhum seguimento da evolução da queixa pelo Neuropediatra). Obviamente essa abordagem traz em geral resultado praticamente nulos.


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"A Evolução do trabalho" como Médico - #27 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 12:01
@Red_Cloud ; @Madruguinha ; @Raphael80
-vou marcando , se estou sendo inoportuno peço desculpas

Há historicamente uma grande excessao nessa abordagem citada. Há instituiçoes sem fins lucrativos em que há tratamento e seguimento pelos vários especialistas e discussao regular dos casos, que todos aqui temos conhecimento: grandes centros Universitários e APAE.

Eu já acompanhei por dentro alguns dessas entidades (fazem um trabalho primoroso); mas encontram muitas dificuldades financeiras o que acarreta:

-dificuldade em acesso (lista de espera de anos)

-nos pacientes que conseguem o acesso, há comprometimento tanto da duração/ frequência/aplicação das terapias pela restrição estrutural citada

Há portanto uma enorme demanda reprimida, ou seja mercado de atuação disponível para o profissional capacitado na área (Apenas Residencia Médica que é fundamental  não capacita de forma minimamente adequada para a atuação necessária)
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #28 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 12:04
para se ter uma idéia do volume reprimido existente
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #29 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 12:09
Estudo divulgado esse ano pelo CDC:

Prevalence of Autism Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, April 27, 2018 / 67(6);1–23

About 1 in 59 children has been identified with autism spectrum disorder (ASD)
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #30 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 12:38
Vou citar um caso (sem romper qualquer sigilo obviamente):

5 anos; linguagem receptiva adequada (aponta para solicitar objetos, responde questionamentos com movimentos de cabeça/braços); não verbal na época

-queixa em consulta: crises de agressividade intensa na sala de aula sem motivação aparente (pais chamados diariamente pela escola, inclusive com risco de exclusao escolar); não apresentava episódios em qualquer outra oportunidade do dia

qual seria a conduta do profissional adequada?

-a primeira alternativa em geral utilizada é a prescrição de um psicotropico para controlar a agressividade... 

A conduta realizada: visita escolar por Pedagogo da clínica especializada, foi verificada que as crises ocorriam no momento que era exigido a escrita, informação repassada ao médico

na consulta foi verificada hipotonia da musculatura interossea dos dedos, então o processo de escrita era DOLOROSO

o desafio então seria como fortalecer a musculatura? (como fazer que uma criança de 5 anos faça exercicios  cada 2 dias com os dedos e pulsos?)

a resposta: a ela adorava bexiga e bata frita, foi utilizados dois exercicios:
desrosquear um pote com batata frita dentro (orientadas pela Terapeuta Ocupacional)
e outro com squishy ball (densidades diferentes)

enquanto isso foi solicitado na escola adaptação provisioria de não escrever mas utilizar figuras (PECS- Picture Exchange Communication System)- orientada pela Fonoaudiologa e Pedagoaga até a musculatura da mão estar fortalecida

Resultado: criança foi ALFABETIZADA e hoje ADORA escrever e desenhar.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #31 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 13:05
Como postei anteriromente hoje para muitas doenças da Neuropediatria há uma demanda muito grande para centros especializados e os existentes (seja gratuitos ou privados) sao de uma forma assustadora insuficientes para atender essa demanda.

Acompanho essa realidade diariamente, para as entidade privadas a lista de espera é de meses , sendo muito comum pais que viajam para outras cidades para os filhos serem atendidos até 5X/semana pela simples inexistencia desse serviço em muitas cidades. Novamente  me refero a clínicas particulares que o é comum cada paciente ter um gasto MENSAL de 3k a 8k em atendimentos. Obviamente estou me referindo a profissionais muito capacitados inclusive com formação no exterior (os cursos por aqui com raras excessoes são sofríveis)
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #32 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 13:13
Vou ater-me mais ao TEA (transtorno do Escpectro do Autismo) área que tenho mais experiência. Hoje é sabido a base neurofisiológica dessa patologia e portanto a abordagem terapeutica deve seguir o mesmo raciocínio; sem espaço para curandeirismos.


Brain scans of sleeping children with autism reveal reduced synchrony between a brain region that processes emotions and structures involved in social communication.




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"A Evolução do trabalho" como Médico - #33 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 13:19
Autistic children improved reading, brain activity after 10-week reading intervention

June 23, 2015

University of Alabama at Birmingham
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #34 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 13:57
Infelizmente muitos profissionais especialistas desconhecem a base neurofisiologica e o tratamento ;por exemplo

há no TEA uma desregulação da progressao sinaptica dos estimulos sensoriais, portanto há desvio no padrao de transmissao neural de informaçoes sensoriais 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #35 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 14:03
essa anormalidade gera duas repercussoes clinicas evidentes no TEA:

-comportamentos de fuga das fontes desses estímulos ( tendencia de não olhar nos olhos, seletividade alimentar, andar na ponta dos pés, aversao a contato social , etc)

-movimentos esteriotipados e repetição de padroes (o cérebro necessita de estímulos , senão entra em pane (por isso torturas como solitária nas prisões e interrogatorios em quartos brancos são condenados atualmente)
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #36 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 14:23
Felizmente existe o processo de Neuroplasticidade - fornecimento de estímulos controlados e graduados que permitem o modelamento adequado neurosensorial. 

é triste ver um profissional especialista ouvir Terapia de Integração Sensorial e pensar isto: 


quando a realizade é esta




Musicoterapia (Musicalização Terapêutica Infantil para se mais preciso)- as vias sinaptica de comunicação e de tons musicais são distintas, por isso há casos extremos de não verbais capazes de compor sinfonias complexas 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #37 de 53
s1rohc  
em 19/08/2018 14:29
tem bem mais conteúdo, mas acredito que vai desviar o foco do post.

Especificamente nessa área- Neuropediatria

Para as famílias- procurem um centro especializado multiprofissional

Para os profissionais- tenha um grupo de profissionais disposto a se atualizar e dialogar sobre os casos (tem de estar dispostos a estudar e se dedicar muito) , visita domiciliar e escolar regular é necessário. O retorno pessoal é muito gratificante, assim como financeiro também.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #38 de 53
Bastter  
em 20/08/2018 08:05
Depois de começar o consultório, abrir um site de educação financeira e largar a medicina. 

esse foi o melhor conselho 

eu acho q da para ser clinco, atender consultorio e nao ter plano de saude sim

mas tem de estar disposto a atender de graça ou por qq pagamento, ou reembolso ou o q for
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #39 de 53
CarlosGardel  
em 20/08/2018 14:10
O convênio deve ser um dos poucos negócios que o comprador do serviço coloca o preço no serviço que vai pagar.... 
Diante de uma medicina que fica cada vez mais cara com a complexidade dos novos tratamentos, acabam descontando no lado mais fraco que são os honorários médicos.  Do tipo, quer quer, não quer sai do convênio e não atenderá mais meus clientes..
 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #40 de 53
Brownie  
em 20/08/2018 18:36
Como eu disse, médicos viraram técnicos em medicina . Aliás, sempre foram. 
Já desviaram o foco de posicionamento de mercado, diferenciação, discernimento sobre como o dinheiro flui e qual seria o melhor caminho para tecnicidades de diagnósticos.

Somos sacerdotes escravizados. 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #41 de 53
Red_Cloud  
em 20/08/2018 18:50
Muito obrigado aos pacientes, pais de pacientes e profissionais da área que contribuíram! Tirei valorosos conselhos das respostas! Vou listar algumas das conclusões que tirei das contribuições:

 

É duro perceber pelo relato de muitos que o básico de uma relação interpessoal (escutar o outro, dar atenção, olhar nos olhos..) já é um diferencial.

Em relação aos atrasos nas consultas, como muitos colegas disseram, é difícil ter uma pontualidade britânica. Mas também fica evidente que isso gera grande aborrecimento nos pacientes. Algumas estratégias como deixar alguns intervalos ao longo do dia para correr atrás de atrasos e confirmar agendamentos para não sobrepor consultas podem amenizar a situação.

Explicar de forma acessível sobre o diagnóstico é um grande diferencial e um direito básico do paciente. A ideia de enviar artigos, talvez com resumos em português feitos pelo profissional, é excelente. Ajudaria o profissional a sintetizar e sedimentar a informação, ajudaria na educação do paciente e demonstraria que está dando importância e individualizando seu paciente.

Os detalhes do cotidiano de uma família com uma criança "neuroatípica" só são conhecidos por quem vive de perto essa realidade. Estou pensando em conversar com alguns grupos de pais para avaliar a possibilidade de participar das reuniões como ouvinte. O aprendizado sobre as dificuldades do dia a dia e como conseguem contornar iria fornecer um conhecimento inegualavel.

Ir trabalhar fora do país talvez não seja uma opção para mim, mas estudar fora pode ser muito bem vindo. O @s1rohc deu uma aula e tanto! Se puder indicar cursos de especialização/atualização em neuropediatria além da residência médica eu agradeço muito.

 

Muito obrigado mais uma vez às contribuições dadas!
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #42 de 53
s1rohc  
em 20/08/2018 22:55
@Red_Cloud ; fico feliz que tenha contribuído

alguns pontos, em TEA (onde tenho mais conhecimento):

-o seguimento clássico ambulatorial (consultas a cada X meses) com adequação puramente das medicaçoes tem efeito  nulo (hoje o preconizado são 20h de terapias SEMANAIS), mesmo nos melhores centros particulares do país não é atingido esse volume por motivos óbvios (mas bons centros atingem 10-15h semanais com ótimos resultados); a maioria dos sintomas (com excessao das crises convulsivas- ocorrem em cerca de 1/3 dos casos de TEA) NÂO NECESSITAM DE MEDICAÇÂO- isso é muito difícil para a maioria dos médicos entender (novamente excluindo todo tipo de crise convulsiva). O conhecimento sobre anticonvulsivantes a residência cobre com folga (até clínico geral tem algum conhecimento razoável nesse aspecto)

-O tratamento do TEA é baseado como dito no PIT (Plano Individual de Tratamento), somente será aplicado após  avaliaçaõ global do paciente (déficits mais frequentes: atraso motor, linguagem receptiva, linguagem expressivo, sensorial desruptivo- hipersensibilidade coexistente com hiposensibilidade sensorial, interação social, AVD) ; como vc deve ter percebido; o exame físico médico- inclusive neurologico pode estar normal (FM 5 global, reflexos preservados e pares cranianos íntegros) e estar diante de um caso severo de TEA.  Uma avaliação que permite uma abordagem mais adequada é o "Inventário Portage Operacionalizado"- aplicado junto aos pais- fácil achar cursos e livros sobre ele. Existem vários outros, mas esse considero bem pertinente pois pontua os déficits em cada faixa etária (sendo útil tbm no seguimento).

Como Neuropediatra vc será o responsável para definir as deficiencias mais pertinentes e então delegar aos profissionais especificos as intervençoes. Parece simples, mas não é. Por exemplo, um caso de atraso motor evidente (atraso na pinça) pode ser causado por uma hipersensibilida táctil, então exercicio de pinça pelo fisioterapia não adiantará nada se antes não realizar um trabalho de Intergração Sensorial pelo Terapeuta Ocupacional. Ou um atraso na fala por hipersensibilidade sonora... Ou seja vc vai ter de ter MUITO conhecimento sobre as várias áreas de atuação como chefe da equipe. Essa definição de intervençoes deve ser feita de forma regular e contínua.

-Um curso fantástico é o Hanen More Than Words (originalmente voltado aos fonos mas MUITO indicado tbm para médicos para parte de intervenção junto a família, estratificação dos casos de TEA, e acompanhamento ;é fantástico). Acho que só teve 1 no Brasil, ou seja tem de fazer fora mesmo- digite Hanen Center net; é um dos centros de referencia no tratamento de TEA)

-Outro curso é o ABA (Applied Behavior Analysis)- tbm aplicado a pedagogos e fonoaudiólogos; mas o médico que atende TEA tem tbm de ter o mínimo de conhecimento. Hoje aplicação de  ABA no TEA é padrao ouro de tratamento nas deficiências de AVD e escolares.

A maioria dos médicos aqui nunca devem ter ouvido falar desses cursos e tratamentos- inclusive devem estar bem céticos. Mas se verificarem as bibliografias e condutas terapêuticas mais recentes e periódicos especializados vão cair nesses pontos acima.

-os convênios não cobrem esses atendimentos. Mas , se conseguir prestar um atendimento adequado, vai ter sim demanda com tranquilidade. Obviamente se estivermos falando em uma cidade de médio porte.

Desejo muito sucesso em sua jornada; abraços

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"A Evolução do trabalho" como Médico - #43 de 53
Piotr  
em 20/08/2018 23:49
Meu humilde tostão, não sou médico nem dentista mas vou me meter.
Procure o(a) dentista próximo que tenha uma carteira de clientes sem convênio e que não tenha herdado isso do pai/mãe. Observe suas técnicas.

Digo isso porque o mercado odontológico é muito mais competitivo e por causa disso o conceito de foco no cliente é muito mais internalizado neles que na medicina.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #44 de 53
s1rohc  
em 21/08/2018 15:49
ah @Red_Cloud ; quer um diferencil para seu consultorio de Neuropediatria a um custo baixissimo?

utilize indicaçoes visuais no local (banheiro, sala de espera, agua) utilizando PECS- as crianças com dificuldade de aprendizado se beneficiam muito delas (e os pais percebem esse cuidado que estrá tendo em sua clínica)


Existe o programa da Universidade de Zaragoza chamado Araword - download gratuito com opção de configuração em portugues, vc pode realizar fazer as figuras, imprimir e plastificar; para pregar nas paredes utilize Velcron adesivo- dura anos
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #45 de 53
Red_Cloud  
em 21/08/2018 18:37
Orientações e dicas valiosas, @s1rohc. Muito obrigado!
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #46 de 53
s1rohc  
em 21/08/2018 18:40
Vou respeitosamente discordar da maioria dos posts até aqui...

Especificamente no caso de Neuropediatria (é especialidade que o autor do tópico postou):

imagine seu filho(a) tenha uma condição de saúde que o(a) impeça de realizar atividades mais simples da vida (como ir ao banheiro sozinho, alimentar-se, brincar com amiguinhos, abraçar, falar "mamãe" "papai", etc..)

o que te faria realizar acompanhamento profissional?

simples, aquele que de forma objetiva auxilie seu filho(a) a vencer essas limitaçoes e atingir o máximo possível de realizaçoes do dia a dia:

imagine que seu filho nunca conseguiu falar uma palavra, e todas tentativas de auxílio resultem em episódios de agressividade intensa e por isso por isso atividades simples  como um passeio em família se tornem um martírio...

agora imagine que com a intervenção adequada essa mesma criança passe a falar pequenas palavras e retribuir aos poucos o afeto dos pais...
 
Imagine que seu filho(a) que nunca conseguiu escrever uma letra passe a desenhar mesmo que de forma grosseira uma figura dos pais...

Imagine que seu filho (a) que apresentava episodios de automutilação quando passe a dormir em sua cama sozinho sem que vc tenha de ir regularmente verificar se ele (a) estava se machucando...

Vc acha que os pais vão deixar de acompanhar esse profissional? (quem  já foi afortunado de acompanhar  tal evolução sabe que a maioria dos pais fazem qualquer sacrifício para manter o tratamento)

A empatia/tato pode até ter algum efeito nas primeiras consultas; mas nesse caso as patologias são crônicas e o que definirá a permanência de seu acompanhamento é a evolução clínica pura e simples, que será diretamente proprocional a sua competência e dedicação.
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #47 de 53
s1rohc  
em 21/08/2018 18:55
Talvez seja interessante trabalhar um tempo ou pelo menos acompanhar como é o atendimento na APAE (existem várias outras, mas essa é  a mais conhecida e de fácil acesso)- a avaliação inicial global deles para decisao terapêutica é bem interessante--nesse meio vc encontrará naturalmente Fonos, TEOs, Psicologos que tem já conhecimento da área e que desejam atender tambem na área privada.

Para fazer o nome é válido no começo trabalhar em um serviço meio período- muitas prefeituras tem carência dessa especialidade tbm; mas nesses serviços infelizmente ficará apenas "preenchendo receituário controlado"- não tenho nada contra quem trabalha em prefeitura ok; até porque tem muitas doenças que não exigem uma estrutura de intervenção complexa. Fora que tem a questão financeira, obviamente abrir uma clínica nunca é fácil.



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"A Evolução do trabalho" como Médico - #48 de 53
Raphael80  
em 21/08/2018 20:45
A pediatra do meu filho é séria,  rude e não sei se tem muita empatia. 
Resolve os problemas dele como ninguém. 
É isso que eu quero. @s1rohc corretíssimo. Não precisamos de amigos mas de resultados. 
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #49 de 53
Plettenberg  
em 21/08/2018 22:08
@s1rohc

Muito bom todos os seus comentários, não apenas para um médico que pretende atuar na área, mas para todos nós.

Em relação a sua discordância com a maioria dos posts, nem acho que tem discordância, é perfeita sua posição (e a do @Raphael80 ): o mais importante é o médico resolver o problema. Acredito que o que ocorreu é que a maioria dos comentários foram delineados pela ponderação do post inicial de "ALÉM da qualidade técnica".
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #50 de 53
catamaran  
em 22/08/2018 11:34
Obrigado pelas valiosas informações compartilhadas @s1rohc, ajudaram muito alguem que recentemente identificou TEA na família
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #51 de 53
s1rohc  
em 22/08/2018 13:57
@jpaulo
fico feliz que tenha sido de auxílio

leitura que recomendo para FAMILIARES:

-Manual do Autismo- Gustavo Teixeira

-https://www.autismspeaks.org/sites/default/files/100_day_kit_brazilian_portuguese.pdf

-http://www.autismo.psicologiaeciencia.com.br/wp-content/uploads/2012/07/Autismo-ajude-nos-a-aprender.pdf

este último ("Autismo- ajude-nos a aprender") precisa de um terapeuta em formação em ABA (em geral psicólogo, fono ou terapeuta ocupacional) para entender melhor, ok

recomendo procurar profissionais com experiência específica no Transt Espectro Autismo (muitas vezes quem menos saberá infelizmente é o médico, à vezes terá de frequentar várias clínicas diferentes de Fono, TO e Psicologo).  

A participação da família faz toda diferença; tenha fé que com dedicação e perseverança tudo dará certo
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #52 de 53
s1rohc  
em 22/08/2018 16:26
ops @jpaulobc
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"A Evolução do trabalho" como Médico - #53 de 53

Notificar 1º comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei

Você está em #PAS > "A Evolução do trabalho" como Médico
por Red_Cloud em 17/08/2018 18:12

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