'Uberização' nos anúncios de imóveis muda o mercado de venda e aluguel - Jornal O GloboReportagem mostra o advento da tecnologia (apps) no mercado imobiliário, notadamente no aluguel e negociação de imóveis.
Enquanto alguns veem a burocracia ineficiente como oportunidade para racionalizar procedimentos e agilizar o atendimento ao consumidor; outros preferem proteger o status quo e negar a realidade, geralmente incutindo medo e ressalvas nos novos entrantes e no consumidor.
O problema:
"— Nossa equipe vem de um mercado imobiliário tradicional e sentia dificuldade em burocracias que eram ineficientes. O serviço de corretor é muito caro e nem sempre o atendimento tem qualidade"
A solução proposta:
"Entre os novos modelos que existem hoje, há o UpEstate e a Quinto Andar, que conectam inquilino a locador sem a necessidade de garantias locatícias nem da formalização no cartório. Já o Appzinho tem anúncios para compartilhamento de casas, além do tradicional aluguel de imóveis e quartos. Outra agência imobiliária nessa linha é a Livima, cuja proposta é o pagamento de um taxa única para anunciar a unidade, sem cobrança de comissão."
A resistência do status quo:
"O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Rio (Creci-RJ), Manoel da Silveira Maia, afirma que o novo modelo não chega a preocupar as corretoras e imobiliárias, mas critica o que considera uma concorrência desleal, e a insegurança para o cliente.
— Este tipo de negociação pode prejudicar o mercado e o comprador. Não se pode lançar um preço vil e prejudicar o mercado de uma forma geral. E, se essa empresa quebrar, o cliente não sabe nem onde fica para cobrar. É preciso criar um mercado que tenha solidez. Pode ser comum nos Estados Unidos, mas, aqui não é."
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Vai chegar pra todo mundo. Para alguns, antes; para outros, depois. Mas não nos iludamos.
