Adapte ao mundo ou ele te atropela!
comentada em 01/11/2018 08:45

Acho que a tendência é as diferentes áreas do conhecimento irem se misturando ao "tech". Por exemplo, esse campo do machine learning jurídico abre espaço para programadores que entendem de Direito e para advogados que sabem manusear o algoritmo pra ganharem eficiência.

@oxe já tem acontecido isso, pelo menos por aqui(AUS). Vários projetos de Machine Learning trabalhando com stakeholders bem específicos de cada área. E a demanda de conhecimento em Data Science aumentando absurdamente.

@ffabinhoo

Eu também ando pensando em estudar essa área de Data Science, mesmo trabalhando com Direito. Não sei se conseguiria me tornar competitivo, até porque imagino que deve ter uma learning curve aí, mas pelo menos teria menos chances de ficar obsoleto.

Fico pensando no futuro distante, quando as máquinas e computadores fizerem tudo por todos. 99% das pessoas serão desempregadas. Porém, haverá tanta abundancia que os desempregados receberão um bolsa para viver. Acredito que trabalhar será facultativo. Acho que pode demorar séculos para isto acontecer, mas acredito que um dia será assim.

Talvez seja, mas até hoje as novas tecnologias sempre criaram novos trabalhos. Além disso, as necessidades humanas são infinitas. Quando as pessoas já têm o pão, elas querem sanduíche gourmet. Então a tendência é as pessoas se voltarem para o mais novo, o mais personalizado, o mais artístico, etc.

Verdade Oxe. Qdo todo mundo tiver lancha e avião, vão começar a querer suas próprias naves para darem uma voltinha pela galáxia.

@oxe essa learning curve existe e é longa. Tem que ter vontade mesmo de estudar e querer mesmo chegar lá, porque senão no meio do caminho desiste por falta de saco.
Há um ano comecei a aprender Python e outros assuntos e cada vez mais vejo que não sei de nada 

Cuidado com o hype galera 

Desconfiem das modinhas 

Da pra fazer algo aliando Python e Direito?

Não é hype, é utilidade mesmo. Sou servidor público, trabalho elaborando relatórios e peças jurídicas. Para ambos os casos, costumo usar modelos já prontos e apenas adequar à situação em análise. No caso das peças jurídicas, em especial, geralmente os modelos precisam apenas de algumas poucas modificações.

Se eu fosse capaz de elaborar um programa que lesse os documentos do processo (eletrônico) e, com base nisso, fosse capaz de identificar qual o modelo aplicável, atualizar esse modelo à jurisprudência/doutrina mais atual e fazer as modificações necessárias para o caso, meu trabalho seria apenas conferir. Isso aumentaria tremendamente minha eficiência.

Eu não tenho a competência pra fazer isso ainda, mas tenho certeza de que é perfeitamente factível. E aí vem a constatação de que, se alguém fizer um programa desses, meu trabalho fica praticamente obsoleto. Portanto, é melhor que eu seja capaz de fazer algo assim antes que seja feito. As chances de eu me tornar inútil seriam menores.

@oxe também já pensei muito sobre criar uma IA para fazer minutas de processos repetitivos. 

Por exemplo. Atualmente está tendo uma demanda grande de ações repetitivas de cobrança do imposto sindical. O problema não é a peça inicial, e sim a resposta que nunca é igual, o que torna muito difícil criar uma IA, neste caso.

Acho que se pode pensar em algo onde vamos marcando alguns pontos em algum programa e no final saí a peça pronta. Seria algo mais simples, mas que daria velocidade no trabalho, com ganho de produção.

Mais um coisa. Penso que para liquidação de processos, seria possível desenvolver uma IA para fazer os cálculos, analisando os documentos, as decisões e apurando uma conta. Isso, sim, entendo que é possível ser feito por alguém que entenda de programação, direito e contabilidade.