Este é um texto traduzido de uma aula de italiano que estou fazendo, mas eu achei muito pertinente replica-lo aqui pois tem tudo a ver com investimentos, saúde, esportes, ou qualquer coisa que você for fazer nada vida. É um texto um pouco longo, mas garanto que valerá a pena se chegar até o final.
--
Para poder alcanc¸ar qualquer objetivo na vida, o ser humano precisa passar necessariamente por mudanc¸as. Mas mudar e´ difi´cil, principalmente porque ningue´m nos ensina como fazer.
Tudo seria mais simples se ja´ soube´ssemos o que nos espera quando mergulhamos de cabec¸a atra´s dos nossos sonhos. Todos no´s sabemos que “querer” apenas, na~o e´ suficiente, precisamos assumir 100% a responsabilidade da mudanc¸a.
Don Kelley e Daryl Conner foram a fundo nesse tema e teorizaram nos anos 70 aquilo que seria o “Ciclo Emocional da Mudanc¸a”.
Esses dois americanos perceberam que as pessoas que assumem a responsabilidade da mudanc¸a passam por 5 fases e, em cada uma dessas fases, vivem um estado emocional diferente.
Mas, por que essa pesquisa pode transformar a nossa maneira de encarar os desafios e influenciar positivamente a nossa capacidade de atingir os objetivos, incluso, por que na~o, aquele de conseguir se expressar em italiano? Simplesmente porque nos permite conhecer os obsta´culos que encontraremos no caminho e porque nos antecipa dos “estados de a^nimo” que provaremos nesse percurso!
Portanto, conhecer essa pesquisa nos da´ uma enorme vantagem!
Sabe aqueles “altos e baixos” da vida? Tudo tem um porque^. Para concluir um projeto, passaremos por mais altos e baixos do que imaginamos...
Sem enrolar muito, vamos a`s fases:
Primeira fase: otimismo injustificado (estamos no alto)
E´ aquela fase que todo mundo ja´ passou na vida!
Aquela euforia de comec¸ar a academia, de iniciar um curso novo. Aquela conhecida sensac¸a~o de ini´cio do ano.
Nessa fase nos sentimos imbati´veis e a nossa motivac¸a~o esta´ na ma´xima pote^ncia!
Infelizmente essa fase na~o dura para sempre, mas a gente pode torna´-la u´til e proveitosa listando os benefi´cios que esperamos obter na nossa vida com a mudanc¸a que queremos realizar (isso nos ajudara´ nos momentos de dificuldade).
Segunda fase: pessimismo justificado (estamos no baixo)
Conforme surgem as dificuldades no caminho, a frustrac¸a~o passa ser inevita´vel.
O ser humano e´ imediatista e conforme ele na~o ve^ os resultados assim, da noite para o dia, comec¸am a surgir pensamentos do tipo:
“Com certeza eu estou errando alguma coisa!”
“Todo esse sacrifi´cio na~o serve para nada.”
“Um deslize de vez em quando no meu percurso para atingir a meta, na~o sera´, no fim das contas, o fim do
mundo.”
“Hoje na~o tenho tempo, mas amanha~ eu juro que fac¸o!”
Todos esses pensamentos pessimistas nos levam cada vez mais para baixo.
Aquele entusiasmo de antes e´ apenas uma recordac¸a~o distante, aquela motivac¸a~o na~o se sabe nem perto onde foi parar e e´ nessa fase que 90% (sim, 90%) das pessoas deixam seus projetos morrerem!
Como muitos autores ja´ descreveram, essas pessoas passam a vida toda como um pendulo, entre a euforia do ini´cio de um novo projeto e a sensac¸a~o frustrante diante da dificuldade de arregac¸ar as mangas para conseguir atingir o objetivo.
Iniciam sempre um novo projeto e na~o conseguem concluir nunca, mas como Kelley e Conner afirmaram, so´ quem ultrapassa essa fase de desespero, podera´ alcanc¸ar a satisfac¸a~o do projeto conclui´do.
Terceira fase: realismo encorajante
As pessoas que conseguem ultrapassar a fase anterior, tambe´m chamada como “Vale do desespero”, instauram um mecanismo que os autores chamaram de “ realismo encorajante”! Esse mecanismo se baseia em concentrar a atenc¸a~o em cada dia, cada passo, ao inve´s de olhar apenas o objetivo que se quer atingir. Se um maratonista iniciasse uma corrida pensando so´ nos 42 km que tem pela frente seria muito desanimador, mas se pensasse em atingir o primeiro quilometro, depois o segundo e assim por diante, a chance dele conseguir de fato concluir a maratona e´ muito maior.
Estabelecer pequenas metas, que se consegue atingir sem tanto esforc¸o, e´ muito mais motivador e encorajante para alcanc¸ar a meta final.
E´ como subir uma escada muito longa, se voce^ olha so´ no alto, conseguir atingir o seu topo parece algo impossi´vel!
O segredo e´ concentrar sua atenc¸a~o no pro´ximo degrau a ser atingido e somente nele. Quanto mais longe voce^ olha, mais desencorajado voce^ fica.
Quarta fase: otimismo justificado
Aqui o sol volta a sorrir novamente. O progresso e´ cada vez mais visi´vel e existe uma grande carga de autoconfianc¸a! E´ importante nessa fase na~o perder o foco, a mudanc¸a na~o esta´ totalmente completa ainda. Para sedimentar aquilo que ja´ se conquistou, o grande segredo nessa fase e´ ajudar as outras pessoas.
Lembra que a grande maioria das pessoas ficou perdida naquele “Vale do desespero”? Os autores lembram da importa^ncia de ajudar uns aos outros quando se tem o mesmo objetivo. Dessa forma na~o perdemos o foco para prosseguir na u´ltima fase do Ciclo da Mudanc¸a.
Quinta fase: triunfo
Essa e´ a fase de comemorac¸a~o. As pessoas que atingem os seus objetivos na~o devem ignorar essa fase.
Quando finalmente a mudanc¸a esperada se torna realidade, ela deve ser premiada.
O seu me´rito deve ser reconhecido pois, segundo a pesquisa, devemos comunicar ao nosso ce´rebro de forma clara que aquilo que conseguimos alcanc¸ar e´ grandioso, so´ assim concluiremos um ciclo e seremos capazes de estabelecer novas metas, tendo a certeza que sim, podemos conseguir aquilo que queremos se assumirmos a responsabilidade da mudanc¸a!
Para concluir, quero deixar uma frase que li recentemente de Robin Sharma, um expert em desenvolvimento pessoal, que diz que “a mudanc¸a e´ dura no ini´cio, confusa no meio e gloriosa no fim”.