Ontem terminei de olhar todos os resultados das construtoras da bolsa: EZtec, MRV, Tenda, Trisul, Direcional, Cyrella, Helbor, Gafisa, Even, Tecnisa, e dei uma olhadinha como estão JHSF, PDG e Viver.
EZtec com certeza é a melhor empresa do setor, com o melhor modelo de operação, verticalizada, melhores margens e financiamento com capital próprio. O preço que ela pagou foi ter que diminuir os lançamentos nos últimos anos, o que diminuiu bastante o lucro recentemente. Agora um novo ciclo se anuncia, se for rentável como os anteriores vai dar um bom retorno ao acionista.
MRV e Tenda tem uma estratégia diferente, focada em empreendimentos de renda mais baixa. São menos rentáveis, mas conseguiram resultados interessantes mesmo nos anos da crise. A MRV tem uma operação mais constante enquanto que a Tenda fez um turnaround depois do spin off da Gafisa e está com uma operação bem interessante, a única além da EZtec com caixa líquido positivo.
O resto sentiu muito os efeitos da crise, cada uma a sua maneira. Cyrella e Even resistiram o quanto puderam, mas a redução nos volumes de lançamentos prejudicou a escala e colocou as empresas no prejuízo. Trisul e Direcional estão reformulando as operações e voltando a lançar bem, Direcional na estratégia de baixa renda e Trisul em um nível um pouco mais alto. Ambas já estão dando resultados e saindo do buraco.
Gafisa, Helbor e Tecnisa estão mais atrasadas no processo de recuperação, ainda sofrem muito com os estoques e distratos, a dívida ainda pesa bastante. Precisam acelerar para voltarem a ser lucrativas. JHSF meio que fica difícil de comparar com as outras porque não tem tanto foco em incorporação. PDG e Viver eu não sei analisar empresas em RJ, mas Viver parece mais adiantada na equalização das dívidas enquanto que PDG parece bem mais atrasada.
Coloquei as notas, comentários e comentários sobre o resultado do trimestre no mural de cada uma delas, com um pouco mais de detalhes. Alguma das empresas que ficaram de fora merece uma olhada?