A vida intelectual

Assuntos Gerais
hugocravo  
em 27/11/18 20:47

Comentários

Último comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei
JC2018  
em 27/11/2018 21:35
O objetivo tem que estar bem claro antes de qualquer plano, senão você fica mudando depois toda hora. Existe leitura de formação, de informação, de trabalho/pesquisa, de lazer, etc.

A obra do Sertillanges é mais focada na leitura de formação, que é uma coisa mais sofisticada e demorada, idealista até.

Eu acho cinco anos muito. Um plano para um ano ajuda a começar. Fazendo uma média de um livro por semana dá 52 num ano. Para um país como o Brasil já é espetacular.

Você pode seguir a lista da série Great Books do Mortimer Adler, ou a sequência do Otto Maria Carpeaux no História da Literatura Ocidental.

Em ambos os casos começa com Homero, daí Hesíodo, Ésquilo, etc.

Não-ficção tem que ser Platão e Aristóteles sem pensar.
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A vida intelectual - #1 de 125
Cruzeta  
em 27/11/2018 22:00
Tem um roteiro de leitura no Great Books of the Western World
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A vida intelectual - #2 de 125
Cruzeta  
em 27/11/2018 22:03
José Saramago está longe de ser um clássico. Chato demais. Era moda e breve desaparecerá. 
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A vida intelectual - #3 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 22:24
@cruzeta

tambem acho o saramago chato 
citei pq tomei por base a lista do harold bloom 

@rodrigosevilha

eu acho cinco anos ate pouco 
em um ano estuda-se qse nada, a nivel serio, de um assunto particular
ler 52 livros em um ano, na minha opiniao, n quer dizer nda 
se brincar aprendemos mais lendo a iliada 3 vezes no ano
do que lendo mts livros apenas p/ aumentar a lista de livros lidos

acho q borges falava isso
"reler eh mais importante do que ler"

eu gosto do livro do adler how to read books
e me baseava pela lista q tem la 
mas confesso que ler apenas para completar a lista 
pelo menos pra mim
nao eh mt produtivo...
acho q temos q ter um objetivo em mente, cm vc falou

a obra do carpeaux eh sensacional mesmo
acho q ela eh o melhor ponto de partida
e talvez seja pq vc pode ir construindo a sua propria ordem de leitura
anotando o que interessar naquele momento
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A vida intelectual - #4 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 22:28
São tantos, mas os mais relevantes que li, independemente da área, são: Cervantes, Camões, Padre António Vieira, Montaigne,  Platão, Aristóteles, René Guénon, Frithjof Schuon, Martin Lings, Titus Burckhardt, Julius Evola, Machado de Assis, Érico Veríssimo, Euclides da Cunha, Charles Dickens, Otto Maria Carpeaux, Honoré de Balzac, Miguel Reale, Olavo de Carvalho, Tolstoi, Fiódor Dostoiévski, Mário Ferreira dos Santos, Gilberto Freyre, T. Harv Eker, von Mises, Friedrich Hayek, Murray Rothbard, Roberto Campos, Constantin Noica, Milovan Djilas, Aldous Huxley, George Orwell, Dale Carnegie, Santo Agostinho, Nassin Nicholas Taleb, Ayn Rand, Franz Kafka, Montesquieu, Thomas Woods, Hilaire Belloc, Alain Peyrefitte, Alexis de Tocqueville, Julien Benda, José Ortega y Gasset, Giuseppe Tomasi di Lampedusa e Julio Verne.  
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A vida intelectual - #5 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 22:36
@ronaldreagan 

mt bem servido, hein? 
qual era o criterio de selecao?

estou louco pra ler a rebeliao das massas
ainda nao li gasset
me envergonho por isso
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A vida intelectual - #6 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 22:37
Não sigo ordem de leitura, nem escolho estilo literário ou campo do conhecimento. Se gostar do assunto, leio até bula de remédio.

Se cansar, paro por meses e até anos e, de repente, volto a ler de modo muito intenso. Eu sou assim, mas cada um deve encontrar seus próprios métodos de leitura e aprendizagem.
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A vida intelectual - #7 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 22:39
Para mim, José Ortega y Gasset é indispensável. A Rebelião das Massas é O Livro. Coisa de gênio. 
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A vida intelectual - #8 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 22:41
@ronaldreagan
isso de ser guiado pelo interesse genuino
eh realmente o diferencial
sem isso a memoria nao existe

a rebeliao das massas ta na minha lista da amazon
esperando promocao
mas vou deixar de ser tacanha 
e comprar logo haha
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A vida intelectual - #9 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 22:45
Eric Voegelin, Edmund Burke, Frédéric Bastiat e Henry David Thoreau também são indispensáveis. 
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A vida intelectual - #10 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 22:50
e russel kirk! 

esse topico vai ser frutífero hehe
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A vida intelectual - #11 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 22:55
Bem observado. Faltou um monte: Aristóteles, Arthur Schopenhauer, Russel Kirk, Thomas Hobbes, Somerset Maugham...
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A vida intelectual - #12 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 23:00
gosta do roger scruton? 
tem um livro dele
"beleza"
q estou com vontade de ler 
na verdade, estou pensando
em dedicar uma decada da minha vida
estudando a beleza
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A vida intelectual - #13 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 23:09
Bem lembrado. Gosto, sim, do Roger Scruton. Li pouca coisa dele. Preciso tomar vergonha e voltar a ler com intensidade. Valeu pela lembrança. 
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A vida intelectual - #14 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 23:12
Sem ler, ler e ler a gente não sai do lugar. A leitura é um alimento indispensável ao espírito. 
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A vida intelectual - #15 de 125
MarkFord  
em 27/11/2018 23:16
Um autor que escreveu um livrinho espetacular é Johannes Mario Simmel (Ainda Resta uma Esperança). Mais um que faltou mencionar. 
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A vida intelectual - #16 de 125
Rothschild  
em 27/11/2018 23:39
Não tenho método, @hugocravo, sou puro ímpeto — infelizmente.

Eu tenho uma convicção muito forte sobre a minha relação com o conhecimento: ela tem de ser lúdica, e tem de respeitar as minhas angústias. A partir daí, o que vier eu agradeço.

Só faço planos pra leituras técnicas, porque é profissionalmente fundamental. No mais eu só tenho uma lista de desejos, que vou atendendo conforme o tempo livre.

Eu tô muito, mas muito, longe de ser um erudito. Eu gosto de conhecimento porque me emociona, mas estou muito mais para um curioso que para um estudioso.

No momento, pra relaxar, estou terminando o livro de causos do Vampeta (Memórias do Velho Vamp) — nada parecido com as listas dos comentários acima. Né? rs

Em seguida, devo ler A História do Ateísmo, do George Minois. Depois deve vir Deus, do Reza Aslam. E aí algum livro bem bobinho no estilo do Vampeta pra quebrar o ritmo.

Imagino que não pareça pelo meu jeito de escrever, mas sou um verdeiro diletante — pra não dizer vagabundo. rs

Abraço.
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A vida intelectual - #17 de 125
Destroyer  
em 27/11/2018 23:40
O conteudo mais erudito que leio são os posts do @bastter. Pois acrescentam muito coesimento
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A vida intelectual - #18 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 23:49
otimo! vou atras dele
nao conhecia o johannes mario simmel
@ronaldreagan
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A vida intelectual - #19 de 125
jatava  
em 27/11/2018 23:52
Eu me interesso pela vida intelectual, é uma coisa que eu gosto: buscar conhecimento das causas primeiras.

Mas meu problema tb é ficar pulando de galho em galho... Então como o tempo é escasso (preciso trabalhar, sustentar a casa, etc), tracei um norte dos próximos 5 anos:

1)  estudarei a doutrina aristotélica-tomista (isso com ajuda de um mestre, pq tentar ler sozinho os livros sem conhecimento básico filosófico, não daria conta); 

2) focar nas línguas: Latim e inglês (pois não sei), e tentarei uma 3°, tipo francês, italiano (acho difícil conseguir, mas n custa sonhar )

3) paralelo lendo os clássicos da literatura.

Basicamente seria isso. Darei prioridade para esses 3 pontos nos próximos anos, antes de querer ler outros autores e assuntos dos mais diversos.
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A vida intelectual - #20 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 23:52
@destroyer
o @bastter eh o socrates moderno 
sai pela praca
dando voadora no povo
acordando a gnt pra realidade
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A vida intelectual - #21 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 23:55
@jatava

parece um plano sensacional
ja encontrou o mentor para ler aristoteles e sao tomas?

acho q pra vida intelectual
eh melhor vc investir tempo em latim e frances
deixar ingles um pouco de lado por enquanto, n? 
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A vida intelectual - #22 de 125
hugocravo  
em 27/11/2018 23:56
@rothschild

ja leu dawkins ? 
ja q anda interessado no ateismo..
pode gostar
eu nao gosto
haha
 
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A vida intelectual - #23 de 125
jatava  
em 28/11/2018 00:07
@hugocravo

O mestre é o prof. Carlos Nougué, faço um curso dele chamado "Escola Tomista".

TB acho mais importante, mas inglês é tão fundamental, não dá para não saber... Mas o foco é maior em Latim. Meu interesse no inglês é mais para aprender a ler sem dificuldade.
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A vida intelectual - #24 de 125
Rothschild  
em 28/11/2018 00:10
@hugocravo, li, sim!

Li os 4 cavaleiros do ateísmo (Dawkins, Hitchens, Harris e Dennett) há alguns anos. O Gene Egoísta é um dos pilares das minhas convicções sobre o humano, inclusive.

Mas, sendo bem sincero, acho que o Dawkins se perdeu no meio do caminho — e longe de mim desqualificá-lo. Ele tem a mesma dificuldade do Hitchens em separar religião de superstição. É evidente que o postulado dos dois tem como alvo o "cidadão médio americano", mas essa tese tem uma falha fundamental: o cidadão médio americano é meio imbecil, e imbecis são supersticiosos até quando não acreditam em deus! rs

Essa ideia de que virtude e intelectualidade não conversam com a religião me parece uma negação abominável da nossa antropologia. E isso me causa uma certa repulsa porque, apesar de ateu, eu adoro religião (exatamente por reconhecer seu caráter fundamental no desenvolvimento das civilizações humanas).

Mas, enfim, o sono me impede de prosseguir. rs

Boa noite!

Abraço.
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A vida intelectual - #25 de 125
Rincewind  
em 28/11/2018 00:39
Muito interessante o tópico!

 

Desjo uma opinião:

Gosto muito de ler, sou do tipo que sempre leu muito, até entrar na faculdade. Lí na íntegra livros intragáveis como todas as obras (em inglês original) de Hemingway, Oscar Wilde e Shakespeare. (este últimos em inglês arcaico mesmo).

Lí muito Tolstoi e Dostoiévski, Machado etc.

Por mais insano que pareça, lí O Capital de Marx aos 16 anos, na íntegra.

 

Porém, acho que nenhum lugar do mundo emburrece mais do que a melhor faculdade de medicina do país, no sentido de te forçar a decorar coisas que não serão úteis e não te deixar tempo livre para conseguir fazer qualquer outra coisa ou aproveitar o ambiente universitário para te enriquecer de experiências e novos interesses.

 

Enfim, desde então, venho apresentando uma rotina bem intensa de trabalho, o que é comum para médicos em minha área (emergência e intensivismo), estou trabalhando aproximadamente 84 horas semanais (dei uma segurada no ritmo).



Meu problema é que, durante o trabalho não quero ler (mesmo quando as coisas estão tranquilas e seria possível ler) pois fico sendo interrompido e não consigo focar.

Porém, quando estou em casa se eu leio um pouco, logo me pego dormindo.

 

E, o principal, é que eu não "consigo" mais ler alguns livros mais eruditos. Digo isso pois lí recentemente o livro "A ética protestante e o espírito do capitalismo" do Weber (livro original, traduzido, não aqueles que são resumos etc) e fiquei com a impressão de ter lido "sem aproveitar", sem me "concentrar" e absorver.

Antigamente parecia que a cada livro que eu lia eu aproveitava de uma maneira absurda, hoje não mais.

 
Peguei para ler o livro "A ilíada" de Homero, em sua tradução mais fidedigna possível, não consegui aproveitar o livro devido ao formato. Na verdade eu lí uns 10% e parei, pois estava lendo sem de fato "entender", sem aproveitar mesmo. Coisa que pra mim no passador seria inimaginável.

 

Enfim, gostaria de saber se realmente emburreci e não sou mais capaz de apreciar a boa literatura de maneira apropriada ou se estou errando em alguma coisa (excesso de trabalho desanima mas não me impediria de ler 1-2 horas por dia).
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A vida intelectual - #26 de 125
Cruzeta  
em 28/11/2018 07:11
Pra quem gosta de ateísmo deveria ver o debate no YouTube entre o Dr. Craig e o ateísta Atkins. É constrangedor ver a surra que Atkins leva. Até o mediador ficou com pena.
Quanto a Ortega Y Gasset, além da Rebelião das Massas, que é profético,  recomendo o Meditações de Quixote.
Um bom guia para ler Tomas de Aquino é o Etienne Gilson.
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A vida intelectual - #27 de 125
Cruzeta  
em 28/11/2018 07:24
Rincewind, a Iliada que você desistiu é a da tradução de Carlos Alberto Nunes?
Eu li e reli 2 vezes. Há muitas referências históricas e mitológicas, que emperram a compreensão total, mas se você se interessa pelo assunto, se torna interessante. 
O principal aqui é interesse. Busque um assunto que você tenha genuíno interesse. À partir daí você vai construindo suas leituras. No já citado Great Books, há uma lista de leitura por assuntos que pode ajudar.
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A vida intelectual - #28 de 125
MarkFord  
em 28/11/2018 09:13
O professor Carlos Nougué é um erudito. Vale a pena estudar com ele. Ainda há sábios por aí. 
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A vida intelectual - #29 de 125
JC2018  
em 28/11/2018 11:03
@Rincewind

Homero, seja Ilíada ou Odisséia tem que ser a tradução do Carlos Alberto Nunes, como o outro colega já bem lembrou

Na minha experiência o problema de ter disposição para ler não é quantidade de tempo, é interesse e #pas

Se a nossa cabeça está cheia, ou num ritmo muito acelerado, fica difícil mesmo. Por outro lado, quando o tempo passa nossos interesses mudam também. Eu me vi várias vezes iniciando a leitura de um livro que tinha certeza que ia gostar há 10 anos, mas hoje não tenho paciência de ler nem 15 minutos e acho pura perda de tempo (exemplo recente: Paidéia, do Werner Jaeger)... Será que eu fiquei burro para ler, ou simplesmente descobri que aquilo não me interessa mais?

Por isso é que eu disse, respondendo a questão do tópico, que acho plano de 5 anos muita coisa para começar. Seguir um plano de um ano acho que já é um bom começo. Daí você manobra de acordo com os interesses atuais. Para além disso já periga virar idealismo.
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A vida intelectual - #30 de 125
sniper  
em 28/11/2018 11:44
@Rothschild

"Essa ideia de que virtude e intelectualidade não conversam com a religião me parece uma negação abominável da nossa antropologia. E isso me causa uma certa repulsa porque, apesar de ateu, eu adoro religião (exatamente por reconhecer seu caráter fundamental no desenvolvimento das civilizações humanas)."

Também acho essa visão meio míope. Vejo muita gente se autoclassificando num "patamar superior" por estar "do lado certo" da verdade, da ciência, da fé, etc. sem fazer um mínimo de esforço genuíno para conhecer as idéias diferentes de forma sincera. Daí, ao invés de conhecer duas (ou mais) visões de mundo e identificar sua afinidade, acaba, por preconceito, se autolimitando. O que talvez implique em conhecer mal não só a visão do outro como até mesmo a sua própria, pela falta do embate de idéias adequado.

Tem uma conversa do Sam Harris com o Jordan Peterson sobre religião e valores que talvez ache legal (apesar de infelizmente ter platéia torcendo/aplaudindo)

duas partes de 2 horas cada

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A vida intelectual - #31 de 125
prmd  
em 28/11/2018 11:53
Para reavivar a importância e beleza da leitura, recomendo o Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. 

Futuro distópico onde a função dos bombeiros é colocar fogo nas coisas, principalmente em livros. 
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A vida intelectual - #32 de 125
sniper  
em 28/11/2018 12:07
@Rincewind

Passei por algo parecido quando tinha pouco tempo livre demais.

A solução veio de forma natural e gradual e pois ao longo dos anos fui adotando um mindset mais minimalista. Consumo menos coisas, minha casa é menor e mais bem localizada, tenho menos objetos, meu lazer é mais simples, etc. Tento filtrar tudo que vou fazer (ou deixar de fazer) pela pergunta pode me trazer rolo, stress, ou diminuir meu tempo livre?"

Tempo + tranquilidade = muito mais fácil fazer as coisas bem feitas e com prazer.
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A vida intelectual - #33 de 125
Rothschild  
em 28/11/2018 13:11
Olha só! O @sniper escreveu! Hahaha!

Piadas à parte, eu tendo a entender que a capacidade de compreensão de uma tese por um sujeito é inversamente proporcional à afetação deste em sua exposição.
Ou seja, quanto maior a necessidade do sujeito em demonstrar a superioridade de suas ideias, maior o apego do sujeito à sua própria identidade, menor a segurança do sujeito em relação ao mundo, e menor a compreensão de que a condição humana não se sujeita às crenças que temos a respeito dela (exatamente o que nos torna iguais).

Em bom português: qualquer catequista é, no fundo, um cretino inseguro! rs

Valeu pela indicação do vídeo!

Em tempo: sempre achei o nick @sniper muito apropriado ao teu estilo! Hahaha!

Abraço.
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A vida intelectual - #34 de 125
Alice.V  
em 28/11/2018 13:23
Não tenho método, só curiosidade. Além dos clássicos ocidentais, acho interessante ler autores fora do eixo de matriz européia.  Entre os que você citou no post original, Thomas Mann conta com traduções impecáveis do saudoso Hebert Caro. Traduções podem destruir uma obra. Como é impossível ler sempre no original, é importante escolher com cuidado. No caso de Shakespeare, a experiência de leitura muda radicalmente nas versões mais antigas do Nunes e as de Beatriz Viegas Farias, por exemplo. A coleção Penguin Classics da Companhia das Letras seleciona ótimos profissionais. Recomendo as versões de Lawrence Flores Pereira e José Francisco Botelho.
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A vida intelectual - #35 de 125
Tigre01  
em 28/11/2018 14:18
Acrescento os livros do René Girard e Jordan B Peterson.
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A vida intelectual - #36 de 125
deniro  
em 28/11/2018 15:57
A quem interessar possa


The value of owning more books than you can read


https://bigthink.com/personal-growth/value-of-unread-books
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A vida intelectual - #37 de 125
Rothschild  
em 28/11/2018 22:53
@sniper, assisti a primeira meia hora do vídeo e o achei muito bom.

Me senti um pouco menos burro ao me perceber alinhado com as concordâncias de ambos até agora. Principalmente no ponto que tocamos aqui, sobre a experiência religiosa (ou espritual, como preferir) não ser prejudicial per se, nem ser mutuamente exclusiva à vida intelectual.

Sam Harris, diga-se, tem um jeito firme e polido que eu sempre preferi ao desdém do Dawkins e do Hitchens (de novo, sem desqualificá-los).

Até domingo eu devo ver o resto, e te digo quais foram as minhas conclusões. Tô realmente feliz em assistir.

Abraço. 
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A vida intelectual - #38 de 125
Joemirola  
em 28/11/2018 23:41
Só a nata da Bastter comentando aqui, me senti um completo de um ignorante e idiota lendo os comentários, muito a evoluir na questão intelectual , quem sabe um dia me interesso a ler tanto quanto vocês.
Parabéns a todos pelo alto nível desta troca de informações.
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A vida intelectual - #39 de 125
Rothschild  
em 29/11/2018 06:35
"Since people are not prone to enjoying reminders of their ignorance, their unread books push them toward, if not mastery, then at least a ever-expanding understanding of competence."

Muito bom, @deniro.

Eu estava atentando contra o patrimônio. Para economizar espaço — por causa do "Kindle effect" rs — acabei doando ou vendendo boa parte dos meus livros cuja versão digital já detinha.

Vou parar de fazer isso! rs

Abraço.
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A vida intelectual - #40 de 125
MarkFord  
em 29/11/2018 09:19
Também concordo que desdenhar dos argumentos do outro só porque é ateu ou tem uma religião diferente do interlocutor é um mau sinal. Eu sou cristão, mas adoro von Mises, Hayek e até Artur Schopenhauer, por exemplo. Tento filtrar tudo de bom e verdadeiro que alguém possa dizer. A verdade não tem partido nem religião (nem não religião) e é só ela que me interessa e é a ela que me dedico desde sempre.
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A vida intelectual - #41 de 125
Bastter  
em 29/11/2018 09:20
esse eh o topico mais intelectual do site
eu to aqui lendo e me sentindo um idiota
mais do q ja sou

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A vida intelectual - #42 de 125
ifb  
em 29/11/2018 09:53
Um autor que mudou a minha forma de ver a vida foi sem dúvida Nietzsche. É um autor muito difícil de entender mas recompensa muito o esforço. O roteiro de leitura que eu sugiro para as pessoas que tem interesse é começar: Nietzsche Hoje - Viviane Mosé (antes de seguir para o próprio autor). Nos clássicos, a ordem recomendada que eu segui é 1o. Crepúsculo dos Ídolos, 2o. Além do bem e do mal, 3o. Genealogia da Moral e 4o. A Gaia Ciência e utilizei a tradução do Paulo César de Souza (as notas explicativas são fundamentais para o entendimento).
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A vida intelectual - #43 de 125
xhedyx  
em 29/11/2018 09:58
Esse tópico, veio muito a calhar. Eu justamente estava perdido nesse tipo de leitura e gostaria de um norte. Não só recebi um norte como um bússola. Parabéns galera continuem, já ativei a notificação e marquei como favorito!!
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A vida intelectual - #44 de 125
JC2018  
em 29/11/2018 10:58
@Bastter

Tem um valor filosófico no seu trabalho de educação que com certeza prova o contrário, que a maioria de nós é que somos idiotas (tanto que estamos aqui aprendendo com você) e você é um amante da verdade.

Infelizmente a sofisticação intelectual é confundida pela manada com amor pela verdade, mas isso é um erro grosseiro. Tenho certeza que você ama muito mais a verdade do que muito educador "especialista" no mercado, aliás a cada dia só confirmo mais isso.

Quando o povo diz que você é um Sócrates, há mais verdade que zoeira nisso. Pensa bem, o que Sócrates fazia? Questionava as verdades estabelecidas até o povo confessar que NÃO SABIA DO QUE ESTAVA FALANDO. Puro Bastter.

Os sofistas eram a sardinhada da época de Platão.

Só espero que não te condenem à morte por negar os deuses da cidade e corromper a juventude kkkkk
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A vida intelectual - #45 de 125
Bastter  
em 29/11/2018 11:02
hahaha olha q eu sou um cara q me considero com boa cultura
mas o pessoal aqui ta demais
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A vida intelectual - #46 de 125
Transtornado  
em 29/11/2018 11:22
Até aqui eu não me considerava tão burro. Agora é hora de comprar na Bastter a camiseta do burrinho e ficar me olhando no espelho
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A vida intelectual - #47 de 125
Rcrd  
em 29/11/2018 12:31
Por falar em livros, a Amazon tá fazendo promoção das obras completas de Dostoievski por R$ 0,81, além de outros clássicos. Tenho vários dele, mas fiquei com vontade de comprar porque não tenho todos e esse preço é ofensivo demais pra deixar passar
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A vida intelectual - #48 de 125
nibola  
em 29/11/2018 14:31
Topico adicionado aos favoritos. Toda vida que eu pensar que sou muito inteligente, super confiante, prestes a fazer uma bela sardinhada e achando que sei bastante sobre algo vou entrar aqui e ver que sou só mais um humilde burrinho no mundo.
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A vida intelectual - #49 de 125
Rothschild  
em 29/11/2018 16:37
@Rcrd, comprei pra caramba! Tem vários a R$ 0,81. Se os livros fossem físicos, o frete custaria caro!

Aos interessados: https://www.amazon.com.br/Os-Grandes-Romances-Dostoi%C3%A9vski-Fi%C3%B3dor-ebook/dp/B07DMDTVHC/ref=sr_1_11?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1543516612&sr=1-11&keywords=dostoievski

Abraço.
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A vida intelectual - #50 de 125
Kamal23  
em 29/11/2018 17:30
Deixa eu dar meus três palitos:

-Amyr Klink cem dias entre o céu e o mar
-Huizinga O outono da idade média
-Marshal Berman tudo que é sólido desmancha no ar
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A vida intelectual - #51 de 125
Pedro95  
em 29/11/2018 21:43
Maravilha! Começar pelos clássicos é uma excelente ideia. Eu poderia citar inúmeros autores que gosto muito e considero verdadeiros gênios, como Charles Dickens, Dostoiévski, etc.

Mas criar uma lista e tentar segui-la é complicado pois a quantidade de livros e escritores relevantes é colossal, são muitas possibilidades. Tem muita coisa. Na minha opinião uma única vida é pouco tempo para ler tudo que se gostaria.

Por isto acho que você deve começar selecionando segundo algum critério próprio teu, talvez relacionado a alguma área prioritária de interesse. Mesmo que depois possa e deva expandi-la. Você precisa decidir por si mesmo.

Deixei um pouco de lado a Filosofia, apesar de ter me aprofundado muito no tema quando jovem. Escolher os principais expoentes da história do pensamento humano pode ser um caminho.

Hoje considero que um conto ou uma história bem contada consegue exprimir e nos fazer absorver experiências e conhecimentos de um modo mais verdadeiro e eficaz do que os tratados teóricos.

Mas vai de cada um. Na literatura creio que deve-se buscar o prazer. Você conseguirá ler muito mais se escolher textos que te sejam agradáveis, embora eventualmente valha a pena fazer algum esforço para se acostumar a um estilo em particular. (ex: Guimarães Rosa)

Às vezes algum autor pode parecer desagradável no início, mas é questão de se familiarizar com o estilo e, aos poucos, você começa a acessar o estado de espírito adequado para tal leitura.

É como música. A primeira vez que você escuta Rachmaninoff por exemplo, pode não soar bem. Por outro lado ouvir Mozart é muito mais fácil.

Mesmo levando isto em consideração eu sigo pelo caminho do prazer e leio tudo aquilo que me dá mais prazer.

Sabe aquele livro que quando você lê o primeiro parágrafo, já sabe que não vai conseguir parar até chegar a última página? Então, eu começaria por estes...

Encontre seu próprio caminho e motivação. Eu leio a fim de absorver conteúdo com objetivo de encontrar inspiração e na esperança de depois eu mesmo poder escrever melhor e me tornar um escritor mais completo.

No momento, tenho me concentrado em um célebre autor de contos chamado Anton Tchekhov.

Tenho a tendência de pegar um autor clássico só passando para outro depois de ler a obra completa. Ou pelo menos grande parte dela.

Outra ideia interessante é se concentrar em um gênero específico. Sempre preferi romances longos, mas tenho me debruçado muito sobre os contos ultimamente.

Recomendo muito um contista francês chamado Guy de Maupassant, além do próprio Tchekhov e outros russos.

Um livro que gosto muito é Antologia do Conto Húngaro. Pouca gente sabe mas existem dezenas de escritores húngaros fantásticos, e que aos poucos estão sendo mais conhecidos.

Parece brincadeira, mas costumo dizer que você nem precisa saber o nome do escritor, basta saber se é húngaro e estará investindo seu tempo de leitura em alguma obra prima.

Ouvi dizer que isto ocorre pois a língua húngara tem certas particularidades que a tornam uma das mais propícias para a literatura. Não possui relação etimológica com nenhuma outra língua indo-européia e é como se cada autor pudesse criar sua própria língua particular dentro do idioma.
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A vida intelectual - #52 de 125
Alice.V  
em 29/11/2018 21:53
A antologia do Paulo Ronai? @Pedro95
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A vida intelectual - #53 de 125
Pedro95  
em 29/11/2018 21:57
Isso, @Alice.V. Paulo Ronai, direto do húngaro é o tradutor (eu ainda não sei ler no original hehe), e tem um prefácio do Guimarães Rosa.

Depois de ler este livro já comprei e li um monte de outras obras de autores húngaros e não me arrependi.
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A vida intelectual - #54 de 125
Alice.V  
em 29/11/2018 22:10
Que legal, eu adorava a coleção toda, tinha em casa até a última “limpa” nos livros de papel... volta e meia me arrependo de me desfazer deles, agora por exemplo gostaria de reler. Os tchkhovs procurei e achei :)
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A vida intelectual - #55 de 125
Sun135  
em 01/12/2018 10:43
ler não é hábito, é um vicio irresistível e saudável.

como já colocaram um monte de livros, vou adicionar meus companheiros de juventude, o prolixo e imaginativo Asimov, o sempre visionário e cientificamente correto Clarke, e o poético e sonhador Bradbury.   Eu agradeço a eles pela minha inclinação à astronomia, fisica e exatas em geral, além daquele maravilhamento diário ao olhar para os céus e vislumbrar as maravlhas do universo espraiadas por bilhões de anos luz ao alcance dos nossos olhos.

também foram muito importantes as publicações do grande astronomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, que tive o prazer de conhecer e conviver no museu de astronomia em são cristóvão,

E claro Alvin Tofler, a quem eu culpo por minha incorrigível vocação liberal e libertária.
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A vida intelectual - #56 de 125
hugocravo  
em 01/12/2018 10:48
surpreso com a quantidade de coisa interessante que esse topico ta gerando haha to ate orgulhoso

vou parar pra escrever com calma de um pc e dar mais contribuicoes
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A vida intelectual - #57 de 125
Charlito  
em 01/12/2018 12:58
Num desses aniversários de infante, sei lá, 14 anos, meu pai me levou num shopping e disse "escolhe um presente condizente". Vi uma livraria e escolhi um livro de comédia.

Fiquei um tempo admirando o Fausto. Preferi a comédia..rs

Só que era A Divina Comédia.
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A vida intelectual - #58 de 125
Charlito  
em 01/12/2018 13:07
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A vida intelectual - #59 de 125
FOX_HOLD  
em 01/12/2018 21:24
Muito coesimento
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A vida intelectual - #60 de 125
FOX_HOLD  
em 01/12/2018 21:24
Agora entendi pq o Bastter fala que sou burro....

Eu mal li o grande mentecapto
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A vida intelectual - #61 de 125
Pedro95  
em 01/12/2018 23:52
Massa! @Alice.V

Eu ainda gosto de ler à moda antiga e vai ser difícil abandonar os livros de papel.

Terminei de ler praticamente toda obra do Tchekhov, inclusive 2 narrativas mais longas que foram publicadas em português, fui na livraria e não achei nenhum outro livro dele, então comprei este de contos do Dostoiévski (cuja obra tb já li quase toda).



Acho que vai ser muito interessante perceber as peculiaridades e diferenças de estilo entre estes 2 geniais escritores... 
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A vida intelectual - #62 de 125
Alice.V  
em 02/12/2018 00:04
@Pedro95 Que o bastter não nos ouça :) mas livros de papel além do cheiro bom também são fotogênicos! As imagens de capa dessa coleção da editora 34 já valem a compra 
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A vida intelectual - #63 de 125
Charlito  
em 02/12/2018 08:26
Livro de papel considero redundância, Alice..

Estava procurando Sidarta e achei um perturbado que não mencionamos ainda.. rs

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A vida intelectual - #64 de 125
Charlito  
em 02/12/2018 08:28
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A vida intelectual - #65 de 125
Mr Ax  
em 02/12/2018 09:10
@Alice.V !!

Obrigado por me recordar Thomas Mann e sua  "A Montanha Mágica", na tradução de Herbert Caro.

Nunca li o livro inteiro. Li apenas algumas partes. Pretendo lê-lo no todo em breve.

Herbert Caro foi uma pessoa sensacional. Judeu alemão, formado em direito foi proibido de exercer a advocacia pelos nazistas. Acabou emigrando e veio viver no Brasil, na mais alemã das grandes cidades brasileiras, Porto Alegre em 1935.

Ao chegar, foi trabalhar na Livraria Americana, livraria que trabalhava com discos e livros importados e iniciou os estudos de português tornando-se um mestre no idioma, a ponto de traduzir com perfeição do alemão para o português as obras de Thomas Mann.

Penso tê-lo avistado, uma vez em que entrei na Livraria Americana mas eu era um adolescente e não sabia quem ele era. Como se costuma dizer: o prejuízo foi meu!

Vou consultar meus amigos de origem alemã. Alguém deve ter este livro.   
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A vida intelectual - #66 de 125
Alice.V  
em 02/12/2018 11:50
@Charlito trio de perturbados :)
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A vida intelectual - #67 de 125
Bastter  
em 02/12/2018 11:53
piorra bukowiski eu li todos numa epoca
pertubado demais
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A vida intelectual - #68 de 125
Alice.V  
em 02/12/2018 12:20
@Mr Ax 
Perdi minha montanha mágica, do Thomas só ficou esse
  
A diáspora provocada pelo nazismo foi um alento para a vida intelectual das nossas  praias. Que legal ter cruzado com o Herbert Caro!! Eu que agradeço, teu post me levou a folhear esses livros de novo e encontrar anotaçõesdaquela época 
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A vida intelectual - #69 de 125
Rothschild  
em 02/12/2018 12:46
Antes de mais nada, um comentário: tópico favoritado por motivos óbvios. rs

Eu gostei muito, muito mesmo, do primeiro comentário do @pedro95.

Vou fazer apenas uma pequena observação, que entendo complementar, sobre o seguinte trecho: "Na literatura creio que deve-se buscar o prazer."

Na literatura, de forma geral, concordo integralmente com a ideia. Se a leitura for mais prazerosa que incômoda, certamente vai te motivar a ler mais.

Entretanto, como o tema do tópico é a vida intelectual, eu preciso acrescentar o seguinte: qualquer atividade intelectual honesta precisa de oposição. Ou seja: temos de ler autores e temas incômodos sob pena de ficarmos ingênuos, compreendendo que não fazê-lo é limitar nossa capacidade de pensar. 

Um erro muito comum entre nós é o esquecimento — ou a ignorância — de que opiniões fundamentadas são analíticas, portanto existem a posteriori da leitura e da experiência, nunca a priori. Portanto, você se identificar com uma escola de pensamento ético, metodologia de trabalho, religião, ideologia politica etc., não significa que haja necessariamente fundamento nela — significa, apenas, que, num nível superficial, afetivo, aquela ideia fez sentido pra você!

Isso é muito comum em relgiões de conversão,  ideologias políticas e arivismos: o sujeito compra a ideia como verdadeira apenas pelo retorno afetivo da ideia — ou do grupo que a professa.

Esse é o pior erro que um entusiasta do conhecimento pode cometer, que é cair no poço sem fundo do viés de confirmação.

Portanto, se uma ideia qualquer te conquistou afetivamente, procure conhecê-la em profundidade e tenha contato com seus antagonistas — e se tiver acesso a outros entusiastas do mesmo tema, debata no limite da sua compreensão. Você pode, ao final, reforçar sua convicção inicial ou diluí-la em favor de outra. Mas, qualquer que seja o resultado, você sai mais inteligente do que entrou — que é o grande objetivo.

Bom domingo.

Abraço. 
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A vida intelectual - #70 de 125
Mr Ax  
em 02/12/2018 12:54
@Alice.V !!

Eu é que lhe agradeço. Se meus amigos alemães não disporem deste livro, nas próximas semanas visitarei alguns sebos que o estão anunciando. 
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A vida intelectual - #71 de 125
Rothschild  
em 02/12/2018 13:29
Acabei me esquecendo de sugerir alguns livros que gosto. Vou sugerir alguns de autores que não apareceram ainda.

O Vermelho e o Negro — Stendhal.
Acho que o @bastter gostaria desse, porque é sobre um pobretão que foi parar na corte francesa fazendo rolos. rs

Discurso sobre a Servidão Voluntária— Etiene de La Boétie (esse foi um prodígio, e quase ninguém fala dele).

O Mal-estar na Civilização — Sigmund Freud.

A Criança e seu Mundo — D.W. Winnicott.

O Vampiro — J.W. Polidore (Bram Stoker não seria o que foi se ele).

Musashi — Eiji Yoshikawa (esse tem que ler com café, porque é gigante. rs)

Abraço.
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A vida intelectual - #72 de 125
Alice.V  
em 02/12/2018 14:25
O muso do Montaigne “porquje era ele, porque era eu”  
Nunca li Etienne , quem sabe um dia
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A vida intelectual - #73 de 125
Rothschild  
em 02/12/2018 17:10
Uma palavra sobre os dois, @Alice.V : inveja.

Nunca tive uma amizade que me fizesse sentir como no ensaio de Montaigne. E é algo que me deixa uma sensação de vazio até hoje. Tenho amigos excelentes, mas nenhum com identidade intelectual.

Aliás, uma curiosidade: a amizade dos dois é, justamente, derivada da leitura de Etienne por Montaigne.

Das belezas dessa nossa condição infeliz. rs

Abraço.
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A vida intelectual - #74 de 125
Alice.V  
em 02/12/2018 18:08
Sim, inveja. Também de seu recanto de leitura, onde ele se refugiava das tarefas púbicas; era uma salinha no alto de uma torre, com apenas tapetes e livros nas paredes circulares, e uma só janela, com vista para o verde da Dordonha, de acordo com a descrição que li há alguns anos.
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A vida intelectual - #75 de 125
Pedro95  
em 03/12/2018 07:17
Concordo @Rothschild. Nós humanos temos uma forte tendência de sermos macacos de imitação e depois sair repetindo qualquer ideia que nos parece boa sem investigá-la mais a fundo. Acho importante buscar uma certa flexibilidade do pensamento e isto inclui estar disposto a encarar textos que não nos sejam “agradáveis” ou mesmo antagônicos aos nossos princípios, mas podem ter muito a contribuir com nossa evolução intelectual. 

Ando lendo contos ultimamente, mas já li muita filosofia, inclusive estudei filosofia na faculdade. Eu gostava muito mais dos antigos pré socráticos que nos deixaram apenas fragmentos poéticos. Nem sequer são considerados filósofos, e receberam o título de “pensadores originários”. Além dos diálogos de Platão que tem um formato mais literário.

Dos filósofos modernos, além de Nietzsche, me aprofundei bastante em Heidegger. Provavelmente devido a um professor incrível que tive na faculdade chamado: Emanuel Carneiro Leão. Que foi aluno do próprio Martin Heidegger.


Também estudei com o Olavo de Carvalho um curso sobre Aristóteles, que ministrava no Rio de Janeiro, mas segundo ele, estes autores que citei também não são filósofos.



Principalmente em relação à Nietzsche, ele dizia que a obra contém pensamentos profundos, mas sem nenhum compromisso com a busca da verdade.


Tenho uma certa tendência a preferir textos menos científicos e teóricos. O próprio Heiddegger embora escreva em estilo de tratado filosófico, acaba descambando para poesia e misticismo.


Outro assunto que me interessa muito é mitologia. A Odisseia de Homero, li pela primeira vez quando era mais novo, naquela antiga edição da editora Abril, acho que traduzida do francês e achei espetacular.



Em relação ao estudo da mitologia e das religiões eu recomendo o Mircea Eliade. O que me atrai realmente em seus livros são os próprios mitos e simbolismos destas culturas arcaicas elucidados e descritos em detalhes, e nem tanto as análises e interpretação filosóficas. Pode-se começar pelo livro “Tratado de História das Religiões”



Nesta linha e para quem gosta de filosofia oriental indico um livro excelente chamado: “Filosofias da Índia” de Heinrich Zimmer. O mais interessante para mim novamente são as histórias e os mitos indianos que são incrivelmente fantásticos.



Mitologia Nórdica também é muito fascinante e pretendo ler mais sobre o assunto no futuro. Se alguém puder me recomendar algo neste sentido eu ficaria agradecido.



Quando eu era mais novo também já li muita ficção científica, li todos os livros do Asimov, Arthur C. Clarke e a série Duna. E também todos os livros do Tolkien.



O que me deixa admirado quando você começa a entrar no universo da mitologia é que histórias de fantasia como "O Senhor dos Anéis" começam a se assemelhar a contos da carochinha para fazer criança dormir comparado a profundidade e alto nível de criatividade das sagas mitológicas.



Alguns autores que citei, como Heidegger e Eliade foram acusados de serem nazistas, o que na minha opinião não diminui em nada a grandeza de suas obras. Não sei se é o caso, mas o certo é que muitos grandes escritores eram verdadeiros mau-caráter em suas vidas comuns, mas através de sua arte meio que conseguem transcender suas limitações enquanto seres humanos.



Também tenho um especial apreço pela literatura britânica. Começando pelos contos de Edgar Allan Poe, passando pelo romance “O Morro dos Ventos Uivantes” de Emily Bronte, e toda a obra maravilhosa de Charles Dickens. Para finalizar sou absolutamente viciado nos contos de Sherlock Holmes.



Existem filmes da maioria destes livros e dou graças por nunca os ter assistido antes de ler os livros. Quando você vê o filme, este sempre parece infinitamente inferior ao livro, e ver o filme antes de ler deve ser uma verdadeira maldição.

Agora preciso pegar algumas das recomendações de autores que vocês deram para ler, encarar novos desafios, obrigado a todos.
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A vida intelectual - #76 de 125
nibola  
em 03/12/2018 10:55
Com certeza @Pedro95 ! Muitas pessoas não dão valor a mitologia, mas quase todo conto mitológico que existe nada mais é do que uma história sobre nós mesmos. No fundo, mesmo sempre com muitos simbolismos envolvidos, todas tentam passar ensinamentos a povos/civilizações diferentes e em épocas totalmente dispares. O mais engraçado é ver como vários destes ensinamentos se repetem em todas estas culturas milenares. Esse conhecimento antigo, que é desvalorizado por muitos, no meu ponto de vista é algo inestimável e sempre assunto para uma boa discussão e reflexão.
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A vida intelectual - #77 de 125
Cruzeta  
em 03/12/2018 23:41
Alguns livros inesquecíveis:

Os demônios- Dostoevski
Dom Quixote- Cervantes
A Montanha Mágica- Mann
Diário de um pároco de aldeia- Bernanos
Nas trevas- Leon Bloy
Servidão humana- Maugham
Confissões- Sto. Agostinho
O capote- Gogol
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A vida intelectual - #78 de 125
Alice.V  
em 03/12/2018 23:55
Concordo inteiramente com vocês acerca da mitologia. Ahh que vontade de mandar parar a semana, o mês todo, e ter o tempo que gostaria para me dedicar à leitura...  espero ter mais horas livres em 2019. Conheci Beowulf através dessa edição, com comentários excelentes de Howell Chickering, que ilumina o texto com aquele tipo de erudição - com clareza e simplicidade raríssimas na academia. A literatura inglesa de todas as épocas me encanta especialmente, sou parcial em relação àquelas ilhas.  
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A vida intelectual - #79 de 125
hugocravo  
em 04/12/2018 11:46
pessoal
uma pergunta pra vcs

como conciliar a vida intelectual com a necessidade de pagar as contas?
como ter tempo livre para ler e estudar apenas o q realmente nos interessa qd precisamos trabalhar, mtas vezes com algo q n nos encanta, pq precisamos sustentar a casa? 

eu tenho pensado em abrir uma cafeteria minimalista 
(eu trabalharia sozinho em um ambiente pequeno com poucas mesas, sem cozinha, lanches rapidos de fornecedores)
o objetivo n seria expandir ou ter grande lucro 
mas pagar as contas e ler atras do balcao 

hj eu sou servidor publico 
ganho bem, trabalho pouco 
mas pelo pouco q trabalho, ja cansei 
a materia nao me agrada mais 
eh tudo mt repetitivo
passo umas 6 horas lendo e escrevendo sobre coisas q n me interessam mais
e eu queria ir aos poucos migrando pra outra opcao viavel

uma vida luxuosa n me interessa 
pra mim basta uma vida organizada
mas com mt, mas mt tempo livre pra ler e escrever oq eu quero 
esse, acho, eh meu sonho mais ou menos grande (@bastter )

ideias, sugestoes, caros amigos?
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A vida intelectual - #80 de 125
Rothschild  
em 04/12/2018 12:20
@hugocravo,  essa me parece ser a pergunta que separa as crianças dos adultos. E a resposta me parece estar em duas palavras: prioridade e sacrifício.

A cultura contemporânea se baseia, principalmente, em produtividade. A vida intelectual é secundária, ao contrário do que foi em outros tempos. Se pensarmos bem, até mesmo os grandes pensadores modernos se preocupavam com essa questão. Desde Russeau, que abandonou os filhos para ser bancado e assim passar seu tempo pensando, até Marx, que não trabalhava, e dependeu do apoio financeiro de Engels para produzir sua obra.

Com todo o respeito, acho a ideia da cafeteria romântica. Porque, por mais que você queira permanecer pequeno, não há garantia alguma de que você conseguirá se manter por muito tempo neste formato, nem livre de concorrência, nem mesmo que conseguirá manter um público cativo sem se dedicar a isso. E o que isso significa? Mais tempo pensando no que você não gosta para ter tempo de pensar no que gosta! rs

Se quer mesmo ter como maior prioridade a vida intelectual, só posso te recomendar uma coisa: fique rico (e não pergunte-me como). rs

Abraço.
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A vida intelectual - #81 de 125
hugocravo  
em 04/12/2018 12:29
@rothschild

perfeito, amigo 
vc sempre muito sabio nos comentarios

tb acho a ideia romantica
mas como ainda nao tive outra 
fico pensando em maneiras de torna-la uma realidade mais ou menos pratica, viavel 

talvez se o ponto for bom 
eu consiga um fluxo suficiente de clientes 
outra coisa eh q hj em dia parece n haver mais aquela vinculacao do estabelecimento com o dono...
personalizar mais a coisa, sabe? ver a cafeteria como uma cafeteria literetaria.. isso selecionaria e fidelizaria clientes... enfim, so devaneios 

mas mt obrigado pela reflexao 
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A vida intelectual - #82 de 125
Alice.V  
em 04/12/2018 12:38
Se não rico, ficar tranquilo financeiramente    @hugocravo seguindo a filosofia bastter... sempre levando em conta o pior cenário.
Como bem lembrou @Rothschild, essa pergunta se faz desde muito; os grandes intelectuais ou tinham um “mecenas” ou não se descuidavam se suas finanças. Voltaire não teve escrupulos de investir nas então lucrativas ações de companhias do transporte escravagista.. Mas trazendo a pergunta ao nosso chão de simples leirores: melhor frequentar um desses maravilhosos cafés/livrarias que administra-los
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A vida intelectual - #83 de 125
JC2018  
em 04/12/2018 12:42
@hugocravo

Essa conciliação depende do que "vida intelectual" significa para você particularmente. Daí você poderá fazer a eleição que o colega mencionou, do que é realmente prioridade, e portanto do que será sacrificado em nome dessa prioridade.

Quando esse assunto aparece eu sempre me lembro da história do George Soros, que dizia que queria ser filósofo mas não queria morrer de fome (e num provável anonimato), daí resolveu ficar rico primeiro.

Só que depois disso ele não se tornou um filósofo serenamente alheio ao próprio poder e riqueza, como um Marco Aurélio por exemplo. Virou praticamente o Palpatine.

Esse é um caso, se me permitirem a ousadia, em que parece não ter valido a pena ficar rico primeiro.
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A vida intelectual - #84 de 125
hugocravo  
em 04/12/2018 12:48
@Alice.V

hahaha isso eh uma verdade
eu ja frequento bastante 
mtas vezes passa pela cabeca "talvez eu seja melhor consumidor do que dono de cafes"

meu luxo eh esse, vivo em cafes
faco todas as refeicoes na rua 
decidi que meu dinheiro existe para me dar tranquilidade 
nao quero perder tempo fazendo feira, me preocupando com comida estragada na geladeira, lavando pratos etc 

as vezes ate parece q meu trabalho ja eh o ideal para ter uma vida intelectual tranquila 
mas ainda pesa bastante o fato de ter q perder 6h do meu dia lendo e escrevendo sob tortura mental 

estou avaliando me fingir de louco 
ir para um hospício legal
com quarto individual
uma biblioteca pessoal
comidinha chegando em horas pontuais...
isso existe? brincadeira. haha 
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A vida intelectual - #85 de 125
hugocravo  
em 04/12/2018 12:52
@RodrigoSevilha

concordo contigo 
ate porque ficar serenamente alheio a riqueza, qd vc a possui
eh bastante dificil
precisa de uma vontade extremamente educada 

a vida intelectual para mim eh ler e escrever livremente 
e se possivel viver desse oficio 

por exemplo, se eu decidisse, como disse la em cima 
dedicar uma decada da minha vida estudando sobre a beleza
de que eu viveria ate concluir esse estudo? 
esse eh um exemplo

parece q no brasil esse tipo de oficio depende mt das universidades
mas elas estao muito contaminadas politicamente 
e eu sinceramente nao estou disposto a vender a minha independencia
pra escrever algo que agrade ao orientador 
mas sem diploma, no brasil, pelo menos hoje, eh dificil sobreviver, n? 
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A vida intelectual - #86 de 125
LUZ  
em 04/12/2018 14:18
É preciso ter foco

Vc não vai conseguir ler todas as obras principais que foram escritas em todos os segmentos da atividade e conhecimento humanos

Então priorize o que tem valor em termos de conhecimento para vc

Para mim é economia,História e alguns ramos da filosofia

Eu foco nisso

E tem autores que são aglutinadores do patrimônio de conhecimento,por exemplo:

Mário Ferreira dos Santos

Este autor faz a junção(nas palavras dele é concreção) do pensamento aristotélico,platônico e pitagórico,então se vc ler a obra dele,fica dispensado de ler os clássicos

Tem autores que sintetizam de forma brilhante o pensamento econômico,histórico,etc

Eu fui por esse caminho

Não leio romances e ficção,acho que se aprende pouco com eles,embora a leitura seja mais leve

Os romances que li foram na juventude,mas hj larguei deles
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A vida intelectual - #87 de 125
Rothschild  
em 06/12/2018 07:24
@sniper , consegui terminar os vídeos agora — precisei restringir as sessões ao meu período na esteira da academia pra isso. rs

Como o vídeo é bem longo, quero tentar resumí-lo no final de semana, e pontuar o que achei importante.

Mas, de largada, em um ponto eu concordo contigo: plateia atrapalha. E por dois motivos: 1) fazem barulho e demonstram tendência, o que obriga os participantes a fazer apartes; 2) ela não parecia qualificada ou, a organização pretendia levar o conteúdo para outras plateias não qualificadas, o que acabou gerando a necessidade de reduzir algumas ideias para se tornarem palatáveis, o que impediu um maior aprofundamento e lentificou as exposições.

Agora, num contraponto: que moderação sensacional do Bret Weinstein. Demonstrou com tranquilidade não apenas ser capaz de acompanhar, como de expor as brechas de cada raciocínio.

Se não houvesse platéia, ou seja, se a discussão pudesse ter acontecido no potencial máximo, teria sido épico.

Te agradeço mais uma vez!

Abraço.
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A vida intelectual - #88 de 125
sniper  
em 06/12/2018 13:55
Pois é, maltida platéia, eheh

Acho sempre interessante quando na mesma conversa se relacionam filosofia, psicologia, religião, política, história, etc. E os três ali são bons. Tinha conhecido o Bret num vídeo do Rubin report ano passado falando sobre o caso de Evergreen
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A vida intelectual - #89 de 125
Pedro95  
em 19/12/2018 09:42

 

Depois de estudar filosofia até os olhos sangrarem quando era mais jovem hoje sou o oposto do @LUZ

E quanto mais o tempo passa, me convenço de que uma história bem contada por alguém que passou por uma experiência real, propicia uma compreensão muito mais ampla e profunda sobre qualquer tema, e é capaz de revelar a “verdade” de maneira mais viva do que vários tratados técnicos ou teóricos sobre o mesmo.


Esqueci de falar sobre meu escritor favorito: João Guimarães Rosa. Já li toda a obra e inclusive li “Grande Sertão: Veredas” (um livro enorme) 2 vezes.

Guimarães Rosa é um excelente contista mas este livro é inigualável.

Quase sempre, quando o escritor é bom, os romances mais longos conseguem gerar um nível de densidade, profundidade e intensidade que as narrativas curtas não tem como atingir.


Só que agora tenho seguido este rumo de ler os grandes contistas da história. Como escritor, comecei escrevendo poemas, depois contos, e ainda pretendo evoluir consideravelmente neste gênero antes de me aventurar em novas águas.

Ontem fui em uma livraria que dizem estar para falir, e por isto abriu um excelente restaurante, parece que ganham mais dinheiro com gastronomia do que com livros. Fui convidado justamente para ir lá comer, acabei não resistindo e comprei um livro do Nikolai Leskov, não conhecia este autor, mas pela contra capa, era recomendado e elogiado por ninguém menos que Tolstói, Gogól e Tchekhov.

Pelos primeiros parágrafos percebi que o cara é fera neném nos contos, não vou conseguir parar de ler até chegar na última letra.
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A vida intelectual - #90 de 125
hugocravo  
em 19/12/2018 11:20
@Pedro95

concordo
acho que ler os grandes classicos
ler e reler 
eh mais importante do que tratados técnicos e teóricos

romances vao formando o nosso imaginario
ajustando os nossos valores, referencias...

ao nos alimentarmos das figuras humanas possíveis
nossa leitura da realidade fica mais afinada 

de que adianta saber como um mecanismo funciona
se vc nao sabe aplica-lo nas relacoes humanas? 
mecanismo, aqui, pode ser lido como discussoes filosoficas mt especificas
n eh raro filosofos ficarem dando voltas sobre questoes mt pontuais
e esquecerem do q importa: relacoes humanas 
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A vida intelectual - #91 de 125
carteirovascaino  
em 19/12/2018 11:25
Augusto Cury e sua tese da SPA é maravilhoso. Sua tese de diminuir os seus pensamentos é simplesmente maravilhoso!
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A vida intelectual - #92 de 125
Alice.V  
em 19/12/2018 11:46
@Pedro95  
Na véspera de natal... do genial Leskov

E um trecho do Narrador, do Benjamin.
“Tudo isso esclarece a natureza da verdadeira narrativa. Ela tem sempre em si, às vezes de forma latente uma dimensão utilitária. Essa utilidade pode consistir seja num ensinamento moral, seja numa sugestão pratica, seja num provérbio ou numa norma de vida – de qualquer maneira, o narrador é um homem que sabe dar conselhos. Mas se “dar conselhos” parece hoje algo de antiquado, é porque as experiências estão deixando de ser comunicáveis. Em conseqüência, não podemos dar conselhos nem a nós mesmos nem aos outros. Aconselhar é menos responder a uma pergunta que fazer uma sugestão sobre a continuação de uma história que está sendo narrada. Para obter essa sugestão, é necessário primeiro saber narrar a história (sem contar que um homem só é receptivo a um conselho na medida em que verbaliza a sua situação). O conselho tecido na substância viva da existência tem um nome: sabedoria.”
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A vida intelectual - #93 de 125
Rothschild  
em 19/12/2018 12:05
Me percebo como uma terceira via nessa questão de "clássicos versus contos".

Por um lado, concordo com o @Pedro95 que contos, sobretudo quando oriúndos da experiência do autor, tendem a ser mais ricos em detalhes por serem emocionalmente mais intensos. Essa riqueza de detalhes costuma ser o que prende -- no meu caso, pelo menos -- e dá uma ideia mais próxima da prática sobre o assunto tratado. Engraçado que este ponto tem a ver com o vídeo que o @sniper postou: Jordan Peterson defende a importância das estórias para comunicar questões humanas com suficiente clareza e simplicidade.

Ao mesmo tempo, concordo com o @LUZ quanto a filosofia porque, apesar de pouco confiável -- detalho à frente -- é um excelente ponto de partida para as nossas grandes questões. Afinal de  contas, a filosofia é a arte de perguntar, responder é uma tentativa. Hoje ela perdeu protagonismo porque a psicologia e as ciências sociais se tornaram mais relevantes, mas isso não nos isenta da necessidade de conhecê-la -- até por uma questão de autoconsciência.

Mas, então, entra a terceira via: tenho atentado muito à neurociência e à psicologia cognitiva nos últimos tempos -- caminho que começou com a psicanálise.
Isso porque já sabemos que nossos viéses nos tornam muito imprecisos em nossas avaliações, e que a interpretação das nossas próprias experiências sofre grande influência da cultura e do senso comum -- além das nossas emoções.
Por isso entendo que a filosofia, apesar de primordial, tem uma falha intrínseca que apenas a ciência é capaz de mitigar.

Dois livros muito bons sobre essa questão são "Reflexões Sobre a Revolução na França", de Edmund Burke, e "Os Intelectuais e a Sociedade", do Thomas Sowell. O segundo é o que deixa mais claro como o pensamento filosófico, desamparado do rigor científico, pode produzir aberrações teóricas -- nosso século é uma boa medida desse desastre.

Sobre a busca pela "verdade", me tornei absolutamente cético. Me parece claro que a cognição humana enviesa toda a interpretação do estado das coisas e que, portanto, o que a filosofia entende como "verdade" -- de forma universal --, esteja completamente fora de alcance.

Abraço.
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A vida intelectual - #94 de 125
hugocravo  
em 19/12/2018 12:18
@Rothschild

o problema humano sao problemas humanos, concorda?
problemas especificos, passageiros, momentaneos e extremamente particulares
cada um, a cada momento, experimenta um de origem e natureza diferentes 

se vc fosse partir do problema para a solucao
como vc faria?
o q vc faria para identificar qual, dentre os problemas existentes, precisa ser resolvido antes, para q um individuo sofra menos em sua existencia? 

mtas vezes uma pessoa sofre
mas nao sabe dizer a razao
e precisa digerir toda a sua alma, procurando
oq ela deveria fazer para, talvez, encurtar o caminho? 
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A vida intelectual - #95 de 125
Alice.V  
em 19/12/2018 12:26
Ahh encurtar o caminho... afora as soluçõesda química, com todos os péssimos efeitos colaterais, não há atalhos. E talvez seja melhor percorre-lo todo
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A vida intelectual - #96 de 125
wagnerursine  
em 19/12/2018 13:28
Esse tópico está fantástico! Vou aproveitar a contribuição de todos para aumentar a minha lista de leitura. Obrigado, pessoal!
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A vida intelectual - #97 de 125
Rothschild  
em 19/12/2018 13:59
@hugocravo, tua pergunta é muito ampla e tem várias respostas possíveis! rs

Olha, o único atalho que eu conheço para entender e resolver questões é terapia. Nenhuma me parece melhor, porque é um misto de amparo com reflexão, e é feito "a quatro mãos". A ideia da terapia é oferecer a oportunidade de pensar sobre si mesmo, com o auxílio de técnicas que facilitam o processo.

A reflexão filosófica, o conhecimento, é outro caminho. Só que é mais lento, porque você trilha sozinho, e tem que tirar a sujeita -- seus viéses e sua ignorância -- do caminho. É um caminho solitário e sofrido. Às vezes é mais sofrido chegar à origem do sofrimento que suportá-lo. rs

Religião, também. Ela me parece um misto -- a meu ver diluído -- entre a terapia e o conhecimento. Por um lado, o amparo sacerdotal e comunitário vão funcionar como o amparo terapêutico. Por outro, a teologia e a empiria podem responder alguma questão que não seja original. Trato como diluída porque o sacerdote nunca vai ser tão próximo quanto o terapeuta, nem ter o mesmo refinamento no manejo. E a teologia e a empiria tendem a não ter a mesma precisão do conhecimento técnico (ou científico).

Eu tenho a sensação de que nos desenvolvemos devagar como espécie, e repetimos erros historicamente, exatamente porque não há atalhos e o aprendizado é difícil. Pensa comigo: toda a experiência com as guerras religiosas medievais e modernas não foi o bastante para evitar as as grandes guerras. Nem a hegemonia católica, que inspirou o protestantismo, foi suficiente para evitar o surgimento do totalitarismo político. Nem as duas grandes guerras foram o bastante para evitar que nos matássemos ou odiássemos tanto -- olha os números sobre homicídios no Brasil, e nossas discussões políticas, por exemplo.

Portanto, concordando com a @Alice.V, deixo uma frase do Sartre: "Viver é isso: ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências".

Por isso, como digo sempre, ser adulto é difícil.

Abraço.
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A vida intelectual - #98 de 125
Alice.V  
em 19/12/2018 14:20
Perfeito Rothschild . Uma “quarta via” se desenhou com a popularização da filosofia clínica; como atesta o best-seller Mais Platão Menos Prozac de Marinoff. Não sei até que ponto seja efetiva. Possivelmente o Pedro95 teria mais a dizer sobre esse ramo da filosofia.
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A vida intelectual - #99 de 125
hugocravo  
em 19/12/2018 15:04
@alice.v @rothschild  

eu acredito na terapia, eh um bom caminho 
fico pensando sobre a abordagem do terapeuta para identificar o problema 
e como contorna-lo 

falo sobre problemas especificos e individuais
por exemplo
um sofre por ter perdido um parente
outro por problemas no trabalho
um sofre por dificuldades financeiras
outro por algum problema de saude 
um relacionamento mal resolvido...

como os terapeutas fazem para identificar qual eh o problema maior? 
qual eh o que causa as frustracoes do paciente? 
minha pergunta foi mais nesse sentido 

acho que estou querendo estudar mais um pouco sobre isso
sobre como identificar problemas especificos que atormentam os outros 
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A vida intelectual - #100 de 125
Rothschild  
em 19/12/2018 17:46
@hugocravo, não é o terapêuta quem identifica o "problema maior". Não na psicanálise, pelo menos.

Esse é um processo conduzido pelo próprio analisando, no qual o analista é apenas um facilitador. Um analista não tem condições de, por meio de um método, compreender exatamente as causas dos sofrimentos do analisando e propor soluções a ele. Ele apenas orienta o analisando, de acordo com as teses e técnicas psicanalíticas, para que ele aprenda a entender e lidar por si mesmo.
Um psicanalista declara sucesso quando um analisando não precisa mais de sua ajuda para compreender seu sofrimento e lidar com ele -- o que é um processo longo e doloroso, e nunca completo.
E posso afirmar categoricamente que nunca é completo porque, se fosse, teríamos resolvido a equação da humanidade, a psicanálise não precisaria mais de estudos, nem a psicologia -- talvez a psiquiatria, já que a química cerebral também cria sofrimentos.

Vale sempre lembrar que somos um complexo bem variável, o que torna cada analisando único, e cada problema único. Já vi e ouvi relatos, quase à exaustão, de analistas que não conseguem aproveitar uma mesma técnica em analisandos distintos em contextos semelhantes -- a perda de um parente, por exemplo.

Não sei como funciona com outras técnicas (como a terapia cognitiva ou a dialética), então não vou me atrever a comentar. rs

Abraço.
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A vida intelectual - #101 de 125
Rothschild  
em 19/12/2018 22:00
@hugocravo, me lembrei de um livro que pode ser útil pra você.

Ele se propõe a ensinar algumas técnicas básicas da terapia cognitiva para leigos. Não terminei de ler por motivos diversos, mas gostei muito dos primeiros capítulos, que explicam alguns conceitos e propõem alguns exercícios.

Segue o link, da Amazon:

https://www.amazon.com.br/Sair-depressão-métodos-superar-distimia/dp/8531209390/ref=mp_s_a_1_1?ie=UTF8&qid=1545263812&sr=8-1&pi=AC_SX118_SY170_QL70&keywords=sair+da+depressao&dpPl=1&dpID=51ZrajydxjL&ref=plSrch

Abraço.
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A vida intelectual - #102 de 125
hugocravo  
em 20/12/2018 10:37
@Rothschild

amigo
era exatamente isso q eu tava procurando
mas nao tava conseguindo me expressar bem
fui atras do livro ontem a noite e n tinha o ebook em portugues
dai comprei em ingles mesmo
li alguns capitulos e parece excelente 
achei os graus de depressao mt interessantes
estou curioso para saber as sugestoes de cura q ele propoe
tb pretendo complementar a leitura com o livro do viktor frankl "homem em busca de significado", q o @ronaldreagan recomendou em outro topico
mt obrigado! 
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A vida intelectual - #103 de 125
LUZ  
em 20/12/2018 12:00
Isso aí é muito relativo,Pedro

O que é o Sapiens do Harari,se não uma forma romanceada de se contar a História da Humanidade?

Ele agregou conhecimento de séculos numa obra só,e lança muitas vezes novos olhares sobre estes mesmos conhecimentos

Vc aprende muito mais lendo Harari do que Balzac

O tempo é o nosso bem mais precioso,ele é escasso e sua perda é irrecuperável,busquem atalhos de conhecer o máximo possível no menor tempo possível

Eu escolhi esse caminho,como Harari existem vários outros autores que eu chamaria de "condensadores" de todo conhecimento humano acumulado numa área,o Mário Ferreira dos Santos é outro deles,como já citei
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A vida intelectual - #104 de 125
jucemar  
em 20/12/2018 13:54
@LUZ, faz uma lista desses autores e livros que você considera condensadores aí pra gente
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A vida intelectual - #105 de 125
Alice.V  
em 20/12/2018 14:44
O tipo de conhecimento adquirido via leitura de Harari é de natureza muito diferente daquele que se obtém em Balzac. São grandes autores complementares e não excludentes. Para mim, literatura é antes de tudo arte; se há uma pedagogia será a da beleza, além daquela advinda da possibilidade de viver de modo vicário mil outras vidas. Concordo com você @Luz , como não é possível ler tudo, é ótimo recorrer aos condensadores talentosos, e adorei o Sapiens (um pouco menos a continuação Homo Deus). Concordo especialmente quanto ao tempo, é nosso bem mais precioso mesmo. Gostar de gastá-lo entre os livros é apenas um modo entre tantos de artificialmente fazê-lo parar.
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A vida intelectual - #106 de 125
hugocravo  
em 20/12/2018 14:48
vcs também sofrem pelo conflito
livro papel x livro digital? 

@alice.v @ronaldreagan @rothschild @luz @pedro95
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A vida intelectual - #107 de 125
MarkFord  
em 20/12/2018 14:53
Prefiro livro em papel. Não consigo ler em suporte eletrônico, mas preciso superar isso. 
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A vida intelectual - #108 de 125
MarkFord  
em 20/12/2018 14:56
Em relação a livros, evito autores contemporâneos. Prefiro obras que tenham resistido ao transcurso do tempo. Um dos poucos autores contemporâneos que leio é Nassim Nicholas Taleb. 
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A vida intelectual - #109 de 125
hugocravo  
em 20/12/2018 15:02
@ronaldreagan 

tb prefiro os classicos
engracao q vc pode pensar isso em relacao aos livros
os livros resistiram ao tempo
quantas centenas de anos?
os suportes eletronicos... nao sabemos quanto vao durar

eu percebi q se o conteudo do livro eh bom, consigo ler bem em um kindle ou ate pelo celular
mas acho q pra qm realmente gosta de literatura 
tb gosta de td em torno da atividade
(ter uma biblioteca, pegar no livro, riscar, ate mesmo emprestar, colecionar etc) 
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A vida intelectual - #110 de 125
Rothschild  
em 20/12/2018 15:25
Sou um leitor updated, @hugocravo ! Hahaha!

Sempre procuro a versão Kindle primeiro. Só compro a impressa se: i) não encontro a versão Kindle; ii) a versão Kindle é mais cara que a impressa (+ frete); iii) é um livro que merece ser rabiscado (o que é bem subjetivo).

Abraço.
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A vida intelectual - #111 de 125
LUZ  
em 20/12/2018 15:40
Não tenho conflito de leitura no formato físico ou digital

@jucemar

Os livros que eu achei muito relevantes indiquei ou assinalei todos aqui no site,na seção livros,inclusive tem uns lá que ainda não comecei a ler,mas está na lista

Dá para ver os livros indicados por cada usuário

Inclusive tem uns romances que eu li na juventude,e que achei interessante indicar,mas hj não leio mais romances,ficção,contos
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A vida intelectual - #112 de 125
LUZ  
em 20/12/2018 15:44
Verifiquei agora,é só entrar no meu perfil e clicar em Livros,e depois em "já li","indicados por mim" e "lista de desejos" para ter uma visão geral
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A vida intelectual - #113 de 125
LUZ  
em 20/12/2018 16:52
Acrescentei uns livros lá,faz tempo que não entrava nesta parte do site
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A vida intelectual - #114 de 125
jucemar  
em 20/12/2018 20:54
Valeu @LUZ !
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A vida intelectual - #115 de 125
nibola  
em 21/12/2018 11:06
Alguém aqui já leu o Trivium e o Quadrivium?
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A vida intelectual - #116 de 125
Rothschild  
em 05/01/2019 18:29
@sniper , assisti aos vídeos 3 e 4 — dos encontros em Dublin e Londres, e fiquei bastante impressionado com a manutenção do entusiasmo do Peterson e do Harris.

Eu tinha uma impressão sobre o Harris pelos livros dele e, felizmente, pude confirmá-las com os vídeos. Definitivamente, ele tem um temperamento bem diferente do Dawkins, muito mais palatável!

O quarto vídeo foi o que mais gostei. Os dois foram direto ao ponto, e os insights do moderador — que foi o Douglas Murray — foram muito proveitosos, sobretudo o último, sobre a relação dos dois com o ódio — Peterson até se emocionou ao tratar com sinceridade do assunto.

Vou ficar de olho pra ver se aparecem mais! rs

Aos interessados:





Abraço.

P.S.: Feliz 2019 a todos!
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A vida intelectual - #117 de 125
sniper  
em 06/01/2019 17:29
legal

não assisti esses ainda mas coloquei na lista aqui, valeu
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A vida intelectual - #118 de 125
Kamal23  
em 07/02/2019 13:39
Meus queridos, gostaria de convidar a todos para o chat de literatura dia 21/02/19.
O tema é distopias e gostaria da inteligência de vocês na construção coletiva do chat.
Abraço!
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A vida intelectual - #119 de 125
Bebeto95  
em 24/01/2020 20:37
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A vida intelectual - #120 de 125
Rincewind  
em 25/01/2020 11:43
Meu amigo, comece comprando um terreno no meio do nada, longe de todos, de preferência perto de uma floresta de pinheiros.
Construa uma torre, feita de blocos de pedra. Dentro, monte uma escada em espiral ascendente de madeira, com andares onde você colocará seus livros. No teto, monte seu quarto e no porão sua dispensa/cozinha. Pague os camponeses locais para conseguir comida de caça/pesca/legumes/vegetais.

Comece a estudar primeiramente pelos livros antigos, quanto mais velho, melhor. Compre uma túnica cinzenta, chapéu pontiagudo, deixe a barba e o cabelo crescer, tinja de branco se necessário. 

Pronto, logo logo você atingirá seu objetivo.
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A vida intelectual - #121 de 125
azevedobsb  
em 26/01/2020 14:37
Meus caros, muito bom o tópico.
Eu gosto mais dos clássicos por um motivo bem óbvio: eles já foram provados e comprovados que são bons e trazem um enriquecimento real para quem os ler.

Dos modernos, tem que incluir Yoval Harari, Nassim Taleb, Leonard Mlodinow,  Jordan Peterson e Siddhartha Mukherjee. Todos esses se já não são clássicos, o ORUTUF não vai deixá-los de fora.
No Brasil, não pode faltar Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Nelson Rodrigues, Aluisio Azevedo e um outro pouco conhecimento mas muito bom: Josué Montello ( Os tambores de São Luis, sua obra-prima)

Em historia gostei muito Paul Kriwaczek (Babilônia), Paul Veyne. E os nacionais Mary del Priore ( tem mais 50 livros publicados),  Laurentino Gomes, , Boris Fausto e Oliveira Lima.

Em ciências um livro que gostei muito foi - máquinas preditivas - de Ajay Agrawal, Joshua Gans, Avi Goldfarb

Por enquanto é isso.
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A vida intelectual - #122 de 125
SilkRoadOasis  
em 21/07/2020 18:36
Quando eu era mais jovem, eu estudava alguns autores cool para impressionar as meninas. Depois de velho, eu estudo autores bons para entender a mim mesmo.

 Eu gosto de livros, audiobooks, entrevistas(as do roda viva).Também gosto de acessar o acervo da biblioteca nacional para ler jornais antigos do RJ. De livros, a biblia sagrada(os evangelhos) e os demais do NT, depois do VT. Gosto de dostoiévski, Aluizio de Azevedo, Machado de assis. De filosofia, platão e aristoteles.

Gosto de alguns introdutores a nietzsche, e a kant. Mas não tenho muita paciência para le-los no original, no máximo uma folheada. Mas de Platão eu ja li muitos.

Gosto de escrever sobre mim, minhas memórias.As cagadas que ja fiz, sinto-me mais humano ao ler meus erros narrados por mim. Não me sinto um intelectual, mas gosto de trabalhar o meu intelecto.
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A vida intelectual - #123 de 125
gisellecristy  
em 22/07/2020 08:03
Recomendo que vcs dêem uma olhada nas palestras e no curso de formação básica do Instituto Borborema. É um ótimo início.
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A vida intelectual - #124 de 125
Improve_yourself  
em 06/07/2021 18:47
Ainda não tinha visto esse tópico, aliás, acabei chegando aqui pela super pesquisa, pelo termo "Borborema", que por sinal só havia sido citado no último post do tópico... mas a discussão estava tão interessante que li post por post até chegar no objeto da minha pesquisa.
São várias contribuições valiosas, o que demonstra o nível intelectual de alguns perfis da Bastter.com, o que de alguma forma, me deixa mais tranquilo e orgulhoso em frequentar o site.
Falando sobre o Instituto Borborema, gostaria de ressuscitar o tópico, visto que o Instituto agora conta com um curso on-line, coisa que me parece ser bastante recente. Olhei a ementa do curso e achei muito interessante e diferente do que é geralmente oferecido em outras plataformas. 
Entretanto, achei o valor do investimento bastante relevante e não vi em outros lugares opiniões confiáveis sobre a qualidade do curso e fiquei um pouco reticente em fazer o investimento sem conversar com pessoas que já tenham feito o curso.
@gisellecristy já fez o curso? Se sim, poderia emitir sua opinião acerca dele?
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A vida intelectual - #125 de 125

Notificar 1º comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei

Você está em Assuntos Gerais > A vida intelectual
por hugocravo em 27/11/2018 20:47

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