A derrocada do ensino tradicional
comentada em 07/12/2018 19:10

cada um tem um ponto de vista, mas a sociedade para algumas areas específicas exigem os título, e em algumas profissões são necessários.

Dá uma lida no Sonho mais ou menos Grande, o Bastter toca muito bem nesse assunto.

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Sonho Mais ou Menos Grande

fala muito disso
concordo com vc
mas infelizmente em algumas areas se vc nao tiver diploma pode complicar

Entendo as críticas ao sistema geral de ensino que são feitas aqui. Tá ultrapassado em muitos  casos mesmo. Agora, todo discurso tem que ter bom senso tbm. Ter o mesmo nível que um estatístico da usp estudando por conta, sem titulação, pode acontecer, mas não é o trivial. Não vejo isso acontecendo com frequência na prática. Quando se olha a massa salarial, ainda existe correlação entre as pessoas que estudaram em boas universidades e os maiores salários para muitas áreas.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/11/crise-faz-crescer-diferenca-salarial-por-anos-de-estudo.ghtml 

Não discordo que o sistema de ensino precisa de uma mudança drástica mas acho que o interesse de que está aprendendo também faz toda a diferença.

Quando você estudou o assunto 20 anos atrás, tinha o mesmo interesse de hoje, que te fez procurar um canal de Youtube? 

Uma das falhas que vejo no sistema atual é essa expectativa do professor em despertar o interesse do aluno. O cara, além de conhecedor do conteúdo, tem que ser um ótimo "vendedor". Coisa que pouquíssimos são.

A propósito, compartilha o canal aí...

na minha época de faculdade estudei estatística, mas pra variar as aulas a noite me castigavam. odiava estudar a noite. 

hoje em dia está muito fácil de estudar.muito fácil de se preparar para provas , seja no colégio ou na faculdade. tenho estudado com minha filha quando ela tem dúvidas e quando preciso sempre busco no youtube ou no google as resoluções de problemas que tenho dúvidas., sem falar que existem aplicativos para matemática.. e ainda,   a melhor aluna da sala as vezes grava videos explicando como ela fez os exercícios mais difíceis. e compartilha no whatsapp..   acho que o complicado hoje é o viés político na história e nas redações, na geografia,, o aluno tem que pensar com a cabecinha do formulador da prova senão se ferra.. já nas exatas e física, basta ralar muito . 

Tem muito conteúdo sobre diversas matérias de vários cursos e muito bem explicados na internet, mas infelizmente há alguns conteúdos muito dificeis de encontrar. Imagino que com o passar do tempo irá existir cursos completos na internet. Acredito que há muito o que melhorar no ensino, principalmente no superior.

PS: Estatística é demais.

Sim, salário está correlacionado com estudo.

mas onde quero chegar é que esse estudo hoje pode se dar de diversas formas, em detrimento do que tínhamos no passado.

Acredito que as empresas no futuro, na contratação, vão se apoiar mais em competências que em títulos 

correlação? quanto mais estudo menor o salário?

sargentofea eu concordo com vc, só estou fazendo o contraponto. Pq algumas competências, hoje, eu acho meio difíceis de serem assimiladas fora da academia na prática, pela maioria das pessoas.

E parece que virou meio moda hj desprezar a academia. O paradigma do fulano sem formação que montou a empresa dele e ficou rico. Muito desse desprezo, tem sentido. Mas aí a gente vai olhar na média, as melhores posições nas empresas, os maiores salários, a maior parte dos empreendedores. São de pessoas com boa formação (boa parte das vezes, fora do país). As vezes, nem é formação na mesma area, mas dificilmente não tiveram uma formação em um local de excelência. Então, eu não vejo essa mudança hj ocorrendo em massa.

"Aí, mas eu tenho uma amigo que não fez faculdade e montou empresa, ou virou presidente, etc"... ok, mas essa é a exceção ainda. Pelo menos é a impressão que eu tenho e o resultado dos estudos (como o do Firpo, no link acima) que eu vejo

Assunto recorrente aqui. 

Em termos de aprendizagem, é certo que o estudo é essencial e isso depende exclusivamente do aluno. Seja para investimentos, estatística, esportes, medicina, etc...

Anteriormente era difícil ter acesso para as fontes/materiais de estudo. Livros eram caro e apenas as boas bibliotecas e professores tinham acesso e domínio do conteúdo de ponta. Por isso o ensino formal era importante. Dificilmente um bom profissional se formava sem ter acesso a essas fontes (bons livros e bons professores).

Hoje em dia essa questão do acesso às fontes mudou. É possível ter acesso a aulas dos professores e materiais didáticos de Harvard e outras universidades de ponta pela internet ou a custo muito baixo.

Por outro lado, temos alguns grandes problemas que ainda não foram solucionados e, nesse ponto, acho que ainda é cedo para substituir de vez o ensino formal.

O primeiro deles é a seleção das fontes confiáveis. Basta ver por esse site. Para cada Bastter.com existem centenas de sites propagando bullshit sobre investimentos. E o mesmo vale para qualquer outra área do conhecimento. Em outras palavras: tem certeza que os sites e videos que você viu sobre estatística (ou qualquer assunto) são boas videoaulas? Ou é bullshit?

Outro problema correlato é a elaboração do conteúdo pedagógico. Você viu vários vídeos e aulas sobre estatística na internet. Aprendeu muita coisa. Consegue resolver exercícios. Mas aí surge um problema novo que você não sabe resolver. E agora? Vai gastar quanto tempo para aprender a resolver esse problema? Começar tudo do zero? O ensino formal tem a vantagem de estabelecer um planejamento pedagógico de modo a (em tese) criar uma massa crítica de raciocínio (a famosa "base") para que o aluno então possa "pegar" com mais facilidade o fio da meada para a resolução de outros problemas. No ensino autodidata o aluno aprende aquilo que "acha que é importante". Muitas vezes resolve bem para problemas específicos, mas na maioria das vezes é um tipo de aprendizagem que acaba limitando o potencial lá na frente. A grosso modo, é como o lutador de artes marciais que se contenta em aprender um único golpe.

O terceiro problema é a avaliação. Ah, as famosas "provas que não provam nada"... Assim como a democracia, ainda é o pior método de avaliação, salvo todos os outros que já foram inventados. Um ensino baseado em avaliações periódicas é uma ferramenta bastante útil para medir o nível de aprendizagem e, sobretudo, possibilitar que o aluno veja aonde está errando. Outra analogia viável nesse caso é o sujeito que vai fazer academia e começa a montar ficha e pegar peso sem olhar com o professor ou personal trainer. Dificilmente vai conseguir um bom resultado, porque não estará fazendo a melhor ficha possível para os seus objetivos e também não estará corrigindo os erros de execução.

É certo que o ensino formal também não resolve de modo adequado (com raras exceções) os problemas que mencionei. Acho que o futuro é uma revolução do modelo educacional tradicional (com tutores personalizados para cada aluno - sejam seres humanos ou máquinas) para possibilitar um aprendizado efetivo e metodologicamente adequado. Mais ou menos a ideia do Coursera e semelhantes, mas que necessita de aperfeiçoamento.

Contudo ainda vai demorar um tempo para que o mercado em geral aceite o diagnóstico de um médico formado pelo Google. Acho que a substituiçãoo pela IA vem antes disso aí.

Pessoal

Devemos estar aptos a aprender o resto a gente constrói

Concordo que há muito material e é diferente de antigamente. Mas tem que ter discernimento para escolher material bom 

No meu ponto de vista, nisto a educação formal pode ajudar : apontando as direções 

 É durante o ensino formal que aprendemos aspectos importantes da vida adulta: lidar com idiotas, ter que aprender coisas que não fazem sentido, gerenciar o ego de pessoas que estão em uma posição ligeiramente superior a sua, atender prazos impossíveis, lidar com carga de trabalho desumana, gerenciar varias mulheres ao mesmo tempo e etc...

Se coloca na posição de empresário contratando e escolhe entre dois currículos:

1) Graduação na USP;
2) Segundo grau completo + 60h de Youtube.

Fim.

tem juito empresario q nao se importa mais para isso
e empresas grandes tb
nao estou dizendo q nao deve tirar diploma
infelizmente ainda eh melhor tirar
mas isso ta mudando

Tou nessa de estudar at home há um ano e tenho algumas considerações.

No começo é muito difícil ter uma direção e isso pode desestimular. Mas acho que as batidas de cabeça na parede ajudam na maturidade da pessoa e do estudo. Concordo em parte que o ensino formal dá uma direção, mas muitas vezes uma direção errada. Na minha faculdade vi coisas que ninguém mais usa em canto nenhum do mundo, mas continua na grade porque o professor precisa dar carga horária.

Nisso até o ensino não formal tá evoluindo: a plataforma que assino usa umas trilhas, primeiro você estuda x, depois de x estuda y, até chegar a um objetivo final. É praticamente uma grade curricular de universidade mas mais solta te dando oportunidade de estudar o que quiser.

O problema de estudar sozinho que vejo é somente a falta de reconhecimento do mercado em algumas ocasiões e a falta de contato com outras pessoas em situação semelhante, que poderiam ajudar num networking. 

Claro, tudo isso considerando áreas que não precisam estritamente de diploma como medicina. 

O ensino formal seria o equivalente ao ranking das ações aqui do site

Vai te dar um norte,mas a maior parte do esforço terá de vir de vc,que complementará com estudos seus por conta própria

Esse negócio de acabar com o ensino formal o que vai acontecer é que a maior parte vai c*agar e andar para os estudos,e não vai aprender nada por conta própria

Como muitos que suspeito deve haver por aqui,montam a carteira a partir do ranking,mas de análise de fundamentos não deve saber bulhufas

essas pessoas vao ser incompetentes com ou sem ensino formal
nao faz a menor diferença

Exato.

Uns anos atrás minha experiência, do ponto de vista de contratante, foi que quem folga em ser formado por instituição X ou Y acaba perdendo espaço para o cara esperto que teve uma formação mais modesta, ou mesmo incompleta, mas correu atrás e comprova experiência real com resolução de problemas. Essa é a única questão: fulano coloca a mão na massa, sabe improvisar, quer correr atrás, etc? Como que um diploma me prova isso? Não prova. É uma ferramenta limitada que como tudo o mais valia muito quando havia pouca oferta. Hoje é mais um pedágio social do que uma garantia. A tendência é esse prestígio esvaziar cada vez mais com as novas gerações.

Cagar e andar para os estudos boa parte do povo já está cagando e andando mesmo, o que vão descobrir é que não precisam pagar para fingir que querem saber alguma coisa, e as empresas também não precisam fingir que acreditam.

Exceção feita para algumas profissões regulamentadas que envolvem responsabilidade civil, aí um mínimo de formalização é inevitável como segurança social.

e ensino formal eh uma mentira
o objetivo dele nao eh ensinar mas manter o monopolio e ganhar dinheiro
ninguem ta aprendendo nada e todo mundo ta tirando diploma

com exceção de algumas profissoes tipo medico
nao ha pq ter

Ss o onrevog não obrigasse as famílias em condições de dar educação fundamental e média aos seus filhos em casa a irem a escola, sobraria mais dinheiro para dar uma educação de qualidade aos que não tem essa condição e diminuiria a influencia da escola na educação formal dos filho. Com isso o onrevog também teria uma boa economia, mas isso eles não permitem, disso não abrem mão!

Você aprende o básico e intermediário de qualquer coisa na internet.

Eu aprendi a montar PC vendo um tutorial (em 2012, quando ainda não tinha tanta coisa).

Se for buscar hoje você encontra aula de qualquer coisa, desde montar um aquário até trocar correia dentada de palio 1.0 fiasa.

Semana passada mesmo eu fiz um reparo no meu mouse, estava com problemas no click esquerdo e resolvi em 5 minutos com fita isolante, foi só procurar o modelo do mouse no youtube que achei quem teve o mesmo problema e como resolveu.

Uma habilidade muito importante hoje é aprender a buscar e filtrar. Decorar tem relevância cada vez menor, mas entender é cada vez mais importante (sem cultura geral a pessoa não sabe nem onde buscar). Saber línguas também é cada vez mais importante, quem não sabe inglês não usa nem 1% do poder da internet.

Fiz ADM na USP
comecei o curso há 20 anos atrás
recordo-me de apenas 3 professores realmente bons
e advinha: os 3 eram do mercado.
O resto pesquisadores acadêmicos, muitas vezes com posições diametralmente opostas com a evolução do mundo.  

Isso que o @celtiberian comentou, sobre aprender a pesquisar e filtrar, é essencial. E é muito do que o site faz e já pula essa etapa. Quem quer aprender investimento já tem tudo mastigado aqui sem precisar pesquisar em outros locais. 

Mas a habilidade de pesquisar e filtrar é essencial. Ontem mesmo passei 3h sem parar pesquisando como configurar o java no meu linux manjaro pra emular aplicações android e se não desenrolasse o inglês não teria resolvido. Imagino se não soubesse inglês, ia ter pesquisado mais de 3h por fontes que não me serviram muito. 

O grosso das informações na internet está em inglês. Tem que saber inglês. 

É justamente esse o ponto. Saber pesquisar e filtrar informações. Isso te toma tempo ou dinheiro. Bons sites, boas universidades ou bons professores te economizam tempo nessa filtragem, te permitindo uma aprendizagem mais efetiva.

Outra coisa importante. Não é possível aprender tudo de tudo, mas dá para aprender o básico e o intermediário.  O grande problema é que normalmente o básico e o intermediário não são suficientes para fins profissionais. São no máximo complementos interessantes.

A internet, na verdade, é fantástica para possibilitar o aprendizado de primeiro nível (sair da estaca zero para um nível básico de competência) mas temos que tomar cuidado com o Efeito Dunning-Kruger. no qual as competências adquiridas em pouco tempo levam à ilusão de que o sujeito já adquiriu o domínio daquela habilidade.

Essa filtragem precisa urgentemente se tornar o foco do ensino fundamental. Assim como está só forma analfabetos funcionais. No ensino superior em humanas chega a ser um escândalo. Centenas de bloggers “amadores” dão de 10 a 0 na maioria dos professores em conhecimento e relevância para quaisquer discussões sobre história e literatura. Nestas áreas o diploma, muito melhor definido como pedágio mesmo, não vale mais seu preço em tempo

@Alice.V Não é só em humanas, a maioria dos "engenheiros" recém formados está desempregada (mesmo o mercado não sendo ideal, quem fizer o básico do básico de engenharia de verdade é disputado pelas empresas)

Maioria é uma palavra que atrasa o desenvolvimento do mundo.
Esqueça maioria.

Se não sabe inglês, YouTube ensina.

Aprendeu inglês segue aprendendo o resto tudo.

Olha (tá certo que fiz doutorado em universidade federal etc...)

Mas usei Google imagens pra fazer  um painel de barramento elétrico com clamper de raio de 200amperes. Para padaria.

Gastei umas 5 horas olhando figuras, porque apostilas de internet não ensinam esse tipo de coisa.

Não dá pra fazer cirurgia cardíaca pelo YouTube.
Mas muito, muito mesmo dá pra buscar.

O eletricista da cidade que sabe fazer isso ia cobrar 10mil e não ia ter la garantia, que soy yo.

Em engenharia as consequencias da má formação são sem dúvidas bem mais graves,  @Conta_Gotas , ainda bem que o mercado seleciona por competência, vai ser sempre assim, quem sabe fazer e se atualiza não fica sem trabalho.

@Alice.V

 

Acredito que a gravidade de um trabalho mal feito terá consequências em todas as áreas.

E o ensino formal não reduz essa gravidade, aliás o ensino formal passa o sarrafo em 90% e coloca no grau de "trabalho mediano", "medíocre". 

 

E a diferenciação está em buscar.

Dois engenheiros, um com doutorado mas leu somente o que está no currículo, outro somente com graduação, mas que buscou em tudo que é lugar. a diferença é gritante. 

 

Isso em todas as áreas.

 

Esse mimimi de que "então se é assim vai acabar a escola" é coisa de preguiçoso.

A escola, principalmente a infantil é uma seara de convivência, que ensina e muito as pessoas a se relacionar com desconhecidos, isso não dá pra ensinar em casa.

O resto todo dá.

 

Bom dia

Vou contar um causo aqui sobre o carro da minha mãe.

O veículo pifou no meio da rodovia e foi de guincho pra concessionária.

Após 2 meses, os "técnicos" chegaram a 3 diagnósticos, sucessivamente, com custo de 17k, 11k e 3k.

Precisou vir um engenheiro da montadora de SP para olhar o carro e, inclusive, fazer um "curso" em Goiânia, nas palavras deles.

No último orçamento, minha mãe já estava negociando o valor para 2k, quando o consultor da concessionária liga pra ela dizendo que o mecânico deles chamou um mecânico da oficina da esquina (amigo dele) pra dar uma olhada no carro.

Diagnóstico: consertou o chicote (que seria trocado) e cobrou 300 reais de mão de obra. KKKKK

Nós falamos com o mecânico da oficina da esquina e perguntamos se ele tinha graduação superior. A resposta: "Não, senhora. Mas trabalho há 20 anos com carro".

É sério essa história, @stunts ?

misericórdia.

Eu acredito na história do mecânico.

Vou contar um causo.

Sem ensino superior nenhum eu resolvi uma bucha que 2 advogados não conseguiram num caso tributário, usando apenas minha experiência de 10 anos com contabilidade e capacidade de interpretação.

Resultado: um caso que os advogados (um especialista e o outro sócio do escritório) estavam sentados em cima fazia dois meses sem resolver nada eu mexi em uma hora e no fim conseguimos fazer a GE ganhar uma licitação na Petrobras.

Esse negócio de diploma é uma demência coletiva. Uma entre várias.

Seriíssimo.

O desfecho foi, inclusive, essa semana.

Achei até ingenuidade e, por que não dizer, honestidade da parte deles de confessarem isso.

@StupidDoes

@celtiberian Também montei meu PC somente vendo vídeos no Youtube. As lojas que vendem PC montado geralmente economizam em algumas peças. Nesse caso, montei como eu realmente queria.

Aqui no site. 90% vai lá e faz.

É uma ilha de vencedores.

Quem ainda não venceu....
Volta e lê o roteiro do iniciante.
Hahaha