CHAT do Assinante: RPPS + Funpresp - Dúvidas pendentes
comentada em 30/03/2019 11:03

Giancarlos Fernandes Silva

 

Poderia explicar, por gentileza, como funciona a cobertura para acidente ou morte no caso de quem migrar e também aderir ao Funpresp? Principalmente, em relação ao primeiro ano.


RESPOSTA:



FUNPRESP

Cobertura de acidente: carência de 12 meses, com exceção de acidente em serviço.

Prazo: cálculo baseado na expectativa de vida, através da Tabela de Mortalidade de Inválidos. Mais informações: https://www.funpresp.com.br/transparencia/transparencia/relatorio-anual/2014/relatorio-de-fundamentacao-das-premissas-atuariais-utilizadas-na-avaliacao-atuarial-de-2014/relatorio-de-fundamentacao-das-premissas-atuariais-utilizadas-na-avaliacao-atuarial-de-2014

 

Valor do RPPS: mesmo do RGPS (INSS)

Valor do Funpresp: Média das 80% menos o valor do RPPS multiplicado por um fator contributivo. Verificar fórmula no Art. 22 do Regulamento do Funpresp.

 

Pensão por morte: NÃO tem carência.

Prazo: cálculo baseado na expectativa de vida, através da Tabela de Mortalidade de Inválidos.

Valor do RPPS: mesmo do RGPS (INSS)

Valor do Funpresp: 70% do Benefício da Aposentadoria por Invalidez. Verificar fórmula no Art. 22 do Regulamento do Funpresp.

 

OBS: já vi palestrantes afirmando que a pensão por morte é vitalícia. NÃO é. Ela é temporária baseada na expectativa de vida (Art. 23 do Regulamento do Funpresp). Inicialmente, na elaboração do Funpresp, era vitalícia. Mas foi alterada em 2015.

Charlito

 

No funpresp, quem determina em que o dinheiro será investido?


RESPOSTA:



O Conselho Deliberativo, formado por 6 membros.

03: servidores públicos federais (ativo/inativo), indicados pelo Presidente da República

03: participantes ou assistidos, eleitos pelos seus pares.

Carlos Gil

 

Para quem exerce atividade de risco vc acha que vale a pena aderir ao Funpresp durante a fase de acumulação de patrimônio?

 

Utilizar o funpresp apenas como uma espécie de seguro de vida/invalidez?


RESPOSTA:

Aqui....vc tem que avaliar o que te deixa tranquilo. Olhando apenas pelo lado financeiro, não vale a pena porque torna-se muito caro. Se vc realiza atividade de risco, de fato, é um fator a mais para ser levado em consideração.

 

De qualquer forma, na fase de acúmulo de patrimônio, pode fazer sentido. Sendo assim, vc contribuiria para o plano por alguns anos: 10, 15 anos. E depois cancelaria. Porém, saiba que se vc cancelar, vc só vai poder usufruir desse patrimônio quando vc perder o vínculo com a União: exoneração ou aposentadoria.

 

Mas vc tem que levar em consideração todos os outros pontos discutidos no chat. Além de que, seguro de vida faz mais sentido quando há apenas uma fonte de renda (esposa não trabalha) e/ou possui filhos com menos de 18 anos.

 

Sempre pense no que trará mais tranquilidade a sua família.

Cristiano Miguel:

Como fica a situação do servidor que tem direito a aposentadoria especial de 25 anos por insalubridade?

RESPOSTA:
Muitas indefinições em relação a isso, visto que a lei complementar que deveria regular a matéria nunca foi editada. Porém, a Súmula Vinculante 33 do STF diz que segue as regras da iniciativa privada.

Sendo assim, eu ACHO que o período de contribuição para aposentadoria voluntária permanece os 25 anos.

Não achei nada nos regulamentos do Funpresp que fizesse alguma distinção sobre isso. Sendo assim, eu ACHO que a única coisa que será diferente dos demais será o tempo de contribuição mesmo: 25 anos. O que implica (no Funpresp) que vc terá contribuído menos, logo seu benefício será menor.

Wanderson Reis:
Quem nomeia no Funpresp?

 

03 são nomeados pelo Presidente, mas tem que ser servidor público federal
03 são eleitos pelos participantes/assistidos

Carlos Gil Jr:

Poderia falar a respeito do PAR que o funpresp faz junto com a Mongeral Aegon.


RESPOSTA:

Seguem definições do próprio Funpresp:

 

A Parcela Adicional de Risco (PAR) é uma proteção adicional destinada a cobrir riscos de invalidez e morte. A vantagem é que o custo para a contratação é menor que os oferecidos no mercado pelos bancos e pelas seguradoras.

Quem pode contratar:
Qualquer participante da Funpresp, tanto o Ativo Normal quanto o Ativo Alternativo dos dois planos, o ExecPrev e o LegisPrev.

Vantagens:
Além do custo menor do que em instituições financeiras e seguradoras, o participante que contrata a PAR conta com outra vantagem exclusiva, o benefício fiscal. O desconto mensal do Imposto de Renda, que incide sobre a contribuição normal do participante, também irá incidir sobre a contribuição para coberturas de riscos.


Minhas considerações:

O PAR não possui carência.

Ao meu ver, isso é apenas mais uma forma que o Funpresp criou para gerar receita. É um incremento na pensão por morte/invalidez.

Muito boas as informações. Uma dúvida que fiquei: há relato de alguém que já tenha recebido o seguro do PAR? Teve dificuldades? Acho um absurdo não ter uma apólice com as condições de acionamento alegando que está tudo em regulamento...

Para quem sai do RPPS e fica contribuindo somente sobre o teto do INSS,  não aderindo ao Funpresp, como ficam os valores a receber para :
1. Pensão por morte ou invalidez;
2. Licença para tratamento de saúde ?

Aproveitando o ensejo de duvidas, no caso de portabilidade para plano privado, é transferido somente os aportes do participante ou também o do patrocinador?

REIT

Aposentadoria por invalidez: o provento é proporcional ao tempo de serviço (CF art. 40, § 1, I) e limitado ao teto. A CF faz a ressalva se a invalidez decorrer de moléstia profissional ou acidente em serviço, "na forma da lei". Essa lei não existe ainda. Não sei como está a jurisprudência.

Pensão por morte: o benefício é proporcional ao tempo de serviço e também fica limitado ao teto. A pensão por morte, mesmo pra quem é do regime antigo, já tem umas limitações importantes (pensionistas recebem no máximo o teto do RGPS + 70% do que exceder).

No caso de tratamento de saúde, tem duas possibilidades:

1) servidor em licença para tratamento da próprio saúde: recebe a remuneração normal (máximo de 24 meses, depois disso aposenta por invalidez - proporcional ao tempo de contribuição e limitado ao teto)

2) licença para tratamento de familiar (Art. 83 da 8112): 
a) por até 60 dias, consecutivos ou não, recebe a remuneração normal;
b) acima de 60 e até 90 dias, sem remuneração.

@bsad

não conheço ninguém que já precisou de algum benefício do Funpresp.
Os relatos que conheço são de pessoas que aderiram, arrependeram-se e estão tendo dificuldade de cancelarem.

@DJ9000

na portabilidade para plano privado, vc leva o do patrocinador sim.

O ponto negativo é pq vc continua preso a um fundo (sujeito a todos os malefícios de fundos que discutimos aqui na bastter.com) e sem liquidez do seu patrimônio.

Bom dia @EducadorMaciel @Piruka_85 e demais colegas de fórum.

Estou finalizando a análise sobre a migração e gostaria de contar com a ajuda de vocês. Tenho 39 anos e muito tempo de contribuição pela frente (26 anos, pelas regras propostas na PEC).

A princípio, pensei em migrar e não aderir ao FUNPRESP, mas depois vi sobre essa possibilidade de contratação da PAR (parcela adicional de risco), que poderia ser uma alternativa ao seguro privado.

Todavia, liguei no FUNPRESP JUD para obter maiores informações sobre isso, tendo sido informada que não foi implementado ainda esse tipo de seguro. Na verdade, eles publicaram o edital para a contratação da seguradora em jan/2019.

Logo, estou bem no escuro em termos de valores de tal parcela.
Alguém poderia me informar se há real vantagem financeira em relação aos seguros para pessoa física?
Por exemplo, pedi para cotarem uma cobertura de R$500K (morte, invalidez e 10 doenças), sendo que o valor mensal do prêmio ficou em R$320,00, numa seguradora líder.

Alguém poderia/saberia dar mais informações de como funciona, inclusive valores aproximados (se é calculado como uma alíquota da remuneração, por exemplo),  a PAR atualmente vigente no FUNPRESP EXE LEGIS?


Muito obrigada!

@Ninex

eu tenho essa informação, porém em outro computador.....qd chegar em casa eu envio.

o PAR será mais barato que outro seguro no mercado. O problema é que para adquirir o PAR vc precisa aderir ao Funpresp. Então, vc não vai poder contratar apenas o PAR e pagar apenas por ele. Acho que é algo em torno de R$ 170,00.

Vc terá que pagar os R$ 170 + a contribuição de 7,5 - 8,5% sobre o seu salário que passa o teto.

Uma vez um colega meu falou que o Funpresp valia a pena por causa do seguro de morte/invalidez. Aí outro colega falou que o problema num é nem morrer, mas acontecer alguma coisa e vc ficar em estado vegetativo....que aqui sim teria custos elevados. Na hora, me surgiu a seguinte reflexão:

Qual a maior chance de ocorrer: eu morrer ou o Funpresp dar calote?

@EducadorMaciel, obrigada pela resposta! já é mais um dado...

A minha preocupação com o seguro, por ora, é apenas invalidez mesmo, pois ainda estou na fase de acumulação de patrimônio. Imagino que depois de 10/15 anos poderei reavaliar isso.

Não sei se entendi o raciocínio da sua pergunta, rs

A morte é a única coisa certa da vida, logo... ?

Raciocínio da minha pergunta é o seguinte:

1. Olhando apenas pela ótica financeira, seguro de vida/invalidez é um péssimo negócio porque vc tem uma despesa sem ter nada em troca. Se vc fizer seus próprios investimentos, vc acumula patrimônio. Vc manter um seguro enqt vc está na fase de acúmulo começa a fazer mais sentido. Quando vc atingir um bom patrimônio, vc cancelaria o seguro.

2. Aí vc faz o seguro, e o sinistro acontece. Se a funpresp der calote, sua família ficará desamparada. Mas se vc tivesse realizado seus próprios investimentos, sua família herdaria esse patrimônio. Daí, surge as seguintes situações:

Quando as coisas dão "certo":
    a) vc não adere ao funpresp e morre na tranquilidade financeira
    b) vc adere ao funpresp, morre cedo com pouco patrimônio + Funpresp honra

Letras A e B não fazem diferença porque aqui a sua família fica amparada. A gente não analisa risco vendo as situações que dão certo, mas vendo as situações que dão errado.

Quando as coisas dão errado:
    c) vc não adere ao funpresp, morre cedo com patrimônio insuficiente
    d) vc adere funpresp e morre cedo com pouco patrimônio + Funpresp dá calote

Na situação C, vc termina com mais patrimônio porque seu aporte é maior já que não tem a despesa com o funpresp. Agora vc analisa: qual é mais provável de acontecer, C ou D? E aí vc toma sua decisão.

Não sei se expliquei ou compliquei......um abraço!

@EducadorMaciel, obrigada por ser didático

Agora entendi...
É que hoje o único risco que está na balança é o da invalidez, não tenho dependentes.

Mas vou analisar a questão conforme os cenários que você citou.

um abraço!

@Ninex

"A princípio, pensei em migrar e não aderir ao FUNPRESP, mas depois vi sobre essa possibilidade de contratação da PAR (parcela adicional de risco), que poderia ser uma alternativa ao seguro privado."

 

- Pelo que comparei com os seguros privados, o PAR é bem melhor em termos de cobertura, a desvantagem é que vc tem que necessariamente aderir ao funpresp para contratar, como já explicou o @EducadorMaciel

 

"Todavia, liguei no FUNPRESP JUD para obter maiores informações sobre isso, tendo sido informada que não foi implementado ainda esse tipo de seguro. Na verdade, eles publicaram o edital para a contratação da seguradora em jan/2019."

 

- No funpresp-EXE há a opção do PAR, não sabia que o JUD ainda não possui.

 

"Alguém poderia/saberia dar mais informações de como funciona, inclusive valores aproximados (se é calculado como uma alíquota da remuneração, por exemplo),  a PAR atualmente vigente no FUNPRESP EXE LEGIS?"

 

- No EXE é basicamente assim: parcela de R$ 50,00 cobre 500k, R$ 100,00 cobre  1KK e assim sucessivamente. Sendo que eles pagam 25% de uma vez e 75% em parcelas junto com o benefício de aposentadoria (no caso de invalidez, que é minha preocupação).

 

Aí vem a análise individual se vale a pena: O Funpresp vai honrar?? Vai ter grana??

Ninguém sabe afirmar!!

Eu aceito o risco sabendo que estou no início do fundo, então se for quebrar será num futuro mais distante (ou não). 

De qualquer forma só aderi ao funpresp por causa da PAR, mas a medida que meu patrimônio em valor me der uma segurança que me dê uma tranquilidade, eu simplesmente paro de aportar para o funpresp (não vou receber nada de volta do que aportei. Encaro como um imposto).

 

PS.: Não conto em absolutamente nada para benefício previdenciário do funpresp para aposentadoria por de TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.

@Piruka_85 muito obrigada pelos esclarecimentos.

Também não conto com a FUNPRESP, apenas podemos ter certeza sobre nossos aportes em investimentos de valor. 
Considerando o valor do seguro e a vantagem tributária, vai sobrar mais ou menos o mesmo montante se eu aderir ou não à FUNPRESP. 

Um abraço!

Apesar deu ter visto o vídeo, gostaria de tirar essas dúvidas que são quase a mesma:

Caso eu migre para o FUNPRESP eu passarei a contribuir com o percentual relativo ao teto do INSS, mas o benefício recebido na data da "aposentadoria" será exatamente o teto do INSS ou será conforme a performance do fundo?

Caso eu migre e venha a aderir ao FUNPRESP eu contribuirei com uma porcentagem do meu salário bruto, isso quer dizer que eu receberei o teto do INSS mais uma parcela que varia conforme a performance do fundo?

@Marcelo359

o Funpresp não tem nada a ver com o INSS. Nada a ver!!!!
Dito isso, vamos para as perguntas:

"Caso eu migre para o FUNPRESP eu passarei a contribuir com o percentual relativo ao teto do INSS, mas o benefício recebido na data da "aposentadoria" será exatamente o teto do INSS ou será conforme a performance do fundo?"

Vc está confundindo migração com adesão. Isso é normal, o próprio ONREVOG criou essa confusão. Se vc decidir MIGRAR de regime, vc irá contribuir com o percentual relativo ao teto do INSS. O benefício relativo a sua previdência obrigatória (RPPS) será o teto do INSS.
Se vc ADERIR ao funpresp, o benefício relativo a essa previdência complementar vai ser conforme a performance do fundo. Vai depender do montante que terá na sua conta lá no fundo.

"Caso eu migre e venha a aderir ao FUNPRESP eu contribuirei com uma porcentagem do meu salário bruto, isso quer dizer que eu receberei o teto do INSS mais uma parcela que varia conforme a performance do fundo?"

Isso.

Complementando:

migração de regime: vc contribui com 11% para o teto do INSS. Independente do valor do seu salário, mas considerando que ele é maior que o teto.

adesão ao funpresp: vc contribui com 7,5 a 8,5% da parcela do seu salário que ultrapassar o teto do INSS

@alounji

vá em VIDEOS, filtre por RPPS

lá vc consegue assistir ao video.....

"Eu tava achando qye se eu migrasse sem aderir, iria pagar 7.5 a 8.5%. Mas, pelo que vi do post e 11%"

Vc vai pagar 11% do teto do INSS, ou seja, algo em torno de R$ 700,00. Se o seu salário for acima do teto.

Olha. É a terceira vez que abrem p adesao/migração. Parece a
Tecpix.... digo uma coisa: A mais IA dos servidores públicos não sabe gerir o próprio dinheiro. Não vai saber gerir fundo nenhum... qualquer dos dois parece ruim. Por ora fico onde estou...

@alounji No caso de migração, a alíquota continua 11%, porém vai incidir no máximo sobre o valor correspondente ao teto do INSS. 

@alounji

É o seguinte. Vamos esquecer o Funpresp....ele não altera nada do que dissermos aqui.

Se vc MIGRAR, vc vai contribuir com 11% do teto (R$ 5.839,45) que é R$ 642,34.

@alounji sobre sua frase: "E pelo que vi, nos comentários acima vi que tem gente que migrou e se arrependeu. Esse é um receio", comento:
Não considere a opnião alheia, pois o tema é complexo e cada indivíduo tem uma situação peculiar......essas pessoas que disseram ter se arrependido podem festejar caso a reforma seja aprovada. Estou estudando há cerca de 1 ano, e ainda com muitas dúvidas. Sou normalmente pessimista e aprendi nesse site que temos que pensar sempre no pior cenário. Estou considerando que a reforma tenha grande chance de ser aprovada. Caso isso aconteça será muito ruim caso EU permaneça no RPPS. 
Na minha situação, 43 anos, 12 de serviço público (desde. 2006) e 12 averbados (contribuição sobre mínimo). No cálculo do BE essa averbação não reduz o benefício, melhora um pouquinho por conta do tempo, mas não muito. Se a reforma passar, eu possivelmente receberia mais com o teto do INSS + BE do que a média simples de todos os salários, e ainda sobraria dinheiro com.a.redução da.contribuição mensal para o INSS (cerca de 1k/mês). Portanto, para mim a migração é sim uma alternativa
Estou também na fase de acumulação e não sei se dormiria tranquilo em não contar com alguma cobertura caso algo ruim aconteça. Minha maior preocupação referente ao Funpresp seria um acidente levando licença médica prolongada, pois o FCBE do Funpresp paga apenas invalidez permanente, não temporária, além da pensão Estou decidindo  entre apenas migrar (e contratar um bom seguro) ou migrar e aderir ao Funpresp. 

Eu devo ter sido um dos primeiros que migrou.


É exatamente isso. Hoje pago só 642,34. Bem menos do que pagava.

A diferença virou aporte mensal.

 

O problema é que migrei e fiquei um ano pagando o funpresp. Tenho uma boladinha lá guardada que não posso tirar até aposentar ou sair do serviço público.

 

 

"@alounji

É o seguinte. Vamos esquecer o Funpresp....ele não altera nada do que dissermos aqui.

Se vc MIGRAR, vc vai contribuir com 11% do teto (R$ 5.839,45) que é R$ 642,34."

Quanto ao seguro de invalidez, parece que é uma roubada ou, no mínimo, bem pior do que se imagina na contratação. Achei um site que explica um pouco melhor o meu ponto:

O que é invalidez permanente? Conheça a cobertura do seguro de vida

Ou seja, dificilmente você vai receber 100% do valor segurado.

Quanto a preocupação do @Celso_Bruno sobre licença médica prolongada, pelo que entendo das regras você continuaria recebendo o salário integral como servidor por até dois anos, depois disso começaria o processo de aposentadoria por invalidez - daí entraria o FCBE, considerando que o Funpresp segue os mesmo critérios de aposentadoria por invalidez do serviço público.

Uma coisa que me incomoda é a possibilidade de, no futuro, mudarem a 8112 algum dia no que diz respeito a licença médica...uma vez que ao migrar passaria a ser coberto pelo RPPS até o teto do RGPS. No caso de licença superior a 15 dias o pagamento do salário ficaria limitado a esse teto, como ocorre na iniciativa privada. Posso estar sendo pessimista demais, mas a hora de pensar nas hipóteses ruins é agora.

Aproveitando a observação do @Carlosgadelha, é bom destacar que a concessão de aposentadoria por invalidez no Funpresp depende de carência de 1 ano e de atendimento dos REQUISITOS DO REGIME PRÓPRIO (RPPS). Não posso dizer o que ocorre na prática, mas pela redação ATUAL da Lei 8.112/90, podemos dizer que uma aposentadoria por invalidez é algo bem difícil de se conceder/manter (e só falo da proporcional, já que a "integral", limitada ao teto do RGPS a quem migra, é ainda mais restrita):

 

Art. 186.  O servidor será aposentado:   (Vide art. 40 da Constituição)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
§ 3o  Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta médica oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24.      (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)



[Art. 24.  Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1o  Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2o  A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.   (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)]


Art. 188.  A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1o  A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
§ 2o  Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.
§ 4o  Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão consideradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas.  (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 5o  A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria.    (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)



        Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

        I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

        II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

        a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

 

Quem está na fase inicial de acumulação de patrimônio e tem dependentes tem a tendência de pensar na aposentadoria por invalidez do Funpresp pra ter mais tranquilidade, mas é preciso refletir, como colocou o @EducadorMaciel, se realmente vale o risco de pagar tão caro pra tantas incertezas: talvez venha um evento que incapacite totalmente para o trabalho, talvez os requisitos do RPPS sejam atendidos, talvez o Funpresp pague, talvez os recursos pagos sejam consideráveis para custear/complementar os gastos nesse período.

@EducadorMaciel ou alguém que tiver essa resposta, por favor... então no Funpresp a pensão por morte corresponde a 70% dos valores que aportamos até então? Eu tinha entendido que a pensão seria todo o valor dos aportes, porque caso o servidor tivesse filho maior de 21 anos, por exemplo, seria como uma herança, estou enganada?

Já migrei sem aderir ao fundo, tenho um filho de 11 e estou pensando em aderir ao Funpresp somente por causa da pensão mesmo e somente pelos próximos 10 anos. Tenho seguro de vida, mas não de doenças graves, porque o seguro de doença grave é muito caro, acho que compensa mais aderir ao fundo. Vi que está em andamento a licitação do seguro de vida da Funpresp-Jud, achei interessante. Então tenho duas questões:

1) Confirmando, o valor da pensão sai tão somente do que o servidor contribuiu, certo? Até pq o que vc contribui não vai para pensões de outras pessoas (os 30% são para administração do fundo e benefício de sobrevivência). Isso está certo? É Funpresp-Jud. São 70 % mesmo?

2) Para quem pensa em contribuir por menos tempo, tipo 10 anos, e tem longos anos de trabalho pela frente, compensaria a alíquota progressiva?

Obrigada desde já a quem puder esclarecer essas questões, já migrei faz um ano e tenho feito aportes mensais por conta, mas comecei a ler essa questão da pensão e fiquei meio que apavorada com as mudanças da reforma...

Só complementando minha postagem anterior, eu quero aderir agora por ver o Funpresp como uma "segurança" para meu dependente a curto prazo. Sei que o plano pode quebrar (na vdd acho que isso vai acontecer) mas acredito que demora anos e anos. Então com a contrapartida do onrevog, muito difícil achar um investimento que tenha esse rendimento em pouco tempo para o caso do evento morte acontecer, compreendem? Não funciona muito para quem tem dependentes vitalícios, mas para dependentes temporários, faz sentido para mim. Isso faz sentido para vcs? Ou é muita viagem da minha parte? Eu realmente não sei...

compartilho tabela que o próprio Funpresp divulgou hoje, considerando a PEC 06/2019:

https://www.funpresp.com.br/fique-por-dentro/noticias/2019/marco/tabela%20FINAL%201.pdf

@EducadorMaciel Meu irmão migrou hoje sem fundo de previdência privada. Ele falou que o seu chat foi determinante. Ele não frequenta aqui mas pediu para eu agradecer. Espero que agora ele tenha sabedoria e não gaste o $$ com bullshit. Ele me perguntou o que eu achava de PGBL...hummmmmm

@Peter_Rich

fico feliz que pude contribuir.

O ideal é ele acompanhar a bastter.com. De qualquer forma, acho que vc fez oq podia.
Sigamos em frente!!!

@EducadorMaciel, 

Migrei no dia 27/03/2019 e realmente você ajudou bastante com as informações trazidas.
Muito obrigada!!!!

No fim, o que pesou para eu decidir pela migração foi entender o que me traria mais paz, tendo chegado à conclusão que os vindouros aumentos da alíquota têm boa aptidão para diminuir minha capacidade de aporte, o que pode tirar meu sono.
Também decidi não aderir ao FUNPRESP, principalmente porque hoje no FUNPRESP-JUD não é possível contratar a "parcela adicional de risco".

Mais uma vez obrigada!

@Ninex

agradeço as palavras!!

Uma coisa meio sem logica é abrir mão de um seguro garantido pelo Tesouro pra fazer um seguro privado, de uma empresa que cobra mais caro e tem suas reservas no.... Tesouro! 
E que mesmo assim não cobre todos os sinistros que o Tesouro cobria....

@bastter

pode trancar esse tópico. Seguiremos a discussão nesse:

https://www.bastter.com/mercado/renda-fixa.aspx#mural_socio_795592