Uso um aplicativo de gerenciamento de tarefas chamado Todoist há pelo menos 3 anos. No início de cada ano eles enviam uma retrospectiva do quanto o usuário realizou no anterior. Acabei de ler a minha e percebi como isso importa pouco.
Tem lá: "Parabéns, Hugo! Você cumpriu 2650 tarefas". Apesar do número parecer ser expressivo, honestamente, tenho que confessar que meu ano não foi produtivo. Embora eu tenha realizado muitas tarefas programadas, a verdade é que, em termos de resultado, não obtive nenhum expressivo. E resultado é o que importa.
"De que adianta ter um sistema impecável de organização e controle de atividades se as tarefas que selecionamos para cumprir não são as mais importantes?" e "Não é saudável gastar tempo querendo controlar demais as coisas quando poderíamos usar o mesmo tempo na execução das atividades relevantes", essas foram as lições que tirei de 2018.
Muitas vezes procrastinamos, nos enganamos, cumprindo tarefas que não são as que precisamos cumprir. Acho que isso acontece, talvez, porque não separamos tempo para refletir sobre as nossas reais angústias. É preciso encará-las, enfrentá-las. Por medo, preguiça ou talvez covardia, deixamos as coisas que DEVEM ser feitas de lado para cumprir o que é fácil.
Neste ano as coisas podem ser diferentes. Para quem sofreu ou sofre com o mesmo problema: ainda que em um mês você só consiga riscar um item da sua lista de tarefas -- e aí talvez você nem precise de uma lista de tarefas --, se ele for o que você realmente precisa terminar, a sua energia terá sido bem usada.
Em 2019 pode ser que para você, como para mim, o lema seja diferente: "Qualidade é mais importante do que quantidade. Fazer o que deve ser feito é mais importante do que querer controlar tudo que poderíamos fazer".
Espero que essa reflexão seja útil para vocês.
Boa semana para todos!