Este tópico é sobre o desejo de empreender, mas que, por diversos fatores e necessidades da vida, vai sendo postergado indefinidamente. Por achar que é tudo complexo e especial, nada sai da teoria e nenhum aprendizado acontece.
Uma formação de Administrador sempre me incutiu a ideia de que era preciso fazer algo novo, realizar uma pesquisa de mercado, descobrir uma necessidade que ninguém viu, fazer um plano de negócio de dezenas de páginas, provar no papel a viabilidade financeira do negócio e correr atrás de investidores para injetar grande capital inicial.
Não preciso dizer como muitas dessas ideias estão ultrapassadas na Era das Start-ups. Hoje, o “plano de negócio” ocupa uma página (Canvas) e o cliente, muitas vezes, “financia” o negócio do quase zero. Em alguns casos, o negócio pode ficar anos sendo inviável financeiramente até ser comprado por bilhões, MAS esqueçamos esses “fora-de-série”, pois esse tópico é mais “pé-no-chão” no estilo #VAILÁEFAZ.
Uma única coisa não mudou: O mais importante é ENTREGAR VALOR ao cliente.
Sem clientes não tem salvação. E a melhor forma de descobrir o que o cliente precisa é testando seu produto/serviço na prática, claro que limitando os custos iniciais. MENOS EMPRESA, MAIS CLIENTE. O aprendizado vai lhe trazendo o diferencial necessário para se destacar diante dos concorrentes, mas para isso é preciso a ATITUDE de dar a cara a tapa.
Meu ESTUDO DE CASO:
OBJETIVO: empreender em um pequeno negócio, como forma de aprendizado e de ter uma segunda renda, sem pretensão de crescimento e com expectativa de 2k ou 3k de lucro líquido/mês no médio prazo.
CENÁRIO: cidade com cerca de 600 mil habitantes, com comércio bastante desenvolvido, inclusive na economia de bairro e municípios menores no entorno.
PREMISSAS:
1) começar pequeno, com o menor custo possível, pouco ou nenhum funcionário no início.
2) nenhuma ideia genial, ganhar uma pequena fatia de uma demanda existente, mesmo que haja concorrentes em expansão.
3) facilitar o início, reduzir/evitar complexidade de gestão de estoque, não trabalhar com margens apertadas, etc.
4) sem pressa para entrar, reduzir o efeito “grande oportunidade” e só entrar quando tiver capital suficiente e disponível. Não fazer dívidas.
POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS:
>> Diferenciação pelo PREÇO: reduzir a margem como forma de tentar atrair clientes a experimentar o produto/serviço, reduzindo o tempo de formação de uma carteira de clientes.
>> Diferenciação pelo ATENDIMENTO: fazer melhor, entregar mais rápido, fornecer comodidade (atender e/ou entregar em casa), foco total no cliente, sendo flexível ao resolver a demanda do cliente.
>> Diferenciação pelo NICHO: escolher o nicho específico, talvez atender pequenas empresas (B2B), adeptos da vida saudável e/ou consumo sustentável, algum comércio específico de tecnologia, etc.
PERGUNTO AOS QUE JÁ TEM EXPERIÊNCIA PRÁTICA:
1) Seria fantasioso acreditar que é viável se diferenciar em meio a uma concorrência já formada, apenas focando em aprender a fazer melhor?
2) Que estratégias podem ser implementadas para reduzir custos nesse período crítico de aprendizado inicial, visando tornar o negócio viável até a sua maturação?
3) Sendo esta uma segunda renda, dá certo deixar na mão de alguém qualificado e ir acompanhando o negócio no tempo livre?
Voadoras são livres!!

