Durante a segunda Guerra Mundial, pesquisadores realizaram um estudo com os aviões que retornavam de suas missões. O estudo analisou o dano sofrido pelas aeronaves e mapeou as regiões mais afetadas.
Foi então recomendado que fosse feito um reforço na estrutura das aeronaves nessas regiões apontadas pelo estudo. Um matemático então alertou que apenas as aeronaves que voltaram com sucesso das missões foram consideradas no estudo. Os aviões que foram abatidos não estavam presentes nas análises de dano. Os buracos nas aeronaves então representavam regiões em que os aviões poderiam levar dano e ainda assim voltar das missões. O matemático recomendou então que o reforço fosse feito nas áreas das aeronaves que estavam sem dano algum, uma vez que representavam regiões que caso fossem atingidas, poderiam levar à perda do avião.
Quando consideramos apenas informações dos "sobreviventes" podemos chegar a conclusões erradas a respeito de um determinado tema. Estas conclusões erradas são chamadas de "survival bias" ou aportuguesando, "viés do sobrevivente".
Muita gente gosta de falar apenas dos caras que deram certo, dos "vencedores" e das exceções, mas esquecem que existe um número muito maior de "fracassados" e "perdedores" e que simplesmente ninguém liga.
Aquela coisa de "A história é contada pelos vencedores" também pode ser vista dessa forma.
A verdade é que temos muito mais a aprender com os erros de uma maioria do que com os acertos de uma minoria. Até mesmo o Bastter já disse que " o exemplo do burro é a exceção."
Não é fácil identificar "survival bias" quando não temos nem noção de que ele está presente no nosso cotidiano, mas uma vez que você sabe que ele existe, passa a ficar mais atento no mundo ao seu redor.
Vamos discutir casos de survival bias no nosso dia-dia?
Abraço.