Ultraprocessados
comentada em 28/02/2019 00:47

Neoplasia é uma proliferação anormal, autônoma e descontrolada de um determinado tecido do corpo, mais conhecida como tumor. Uma neoplasia pode ser benigna ou maligna. Um câncer é uma neoplasia maligna.

Pra mim qualquer coisa com lista de ingredientes já é excessão... comida de verdade não tem isso

O que seriam ultra processed fruits and vegetables?
Maçã industrializada?

Pode haver correlações com estilo de vida dessas pessoas que costumam comer mal.
Sedentarismo, tabagismo, estresse, vida social ruim, enfim. É todo um conjunto.

Claro. Batata frita com sal é sempre pior que um prato de salada.

Stoic legal trazer essas discussões, mas essa tenho que trazer minhas críticas.
É um estudo observacional, portanto não estabelece relação de causa e efeito, apenas associação (eu sei que vc mencionou isso).
Estudo observacional tem variáveis de confusão: será que essa mortalidade maior não foi por causa de outras variáveis no melhor estilo de vida das pessoas que já tende a comer menos produtos ultraprocessados (ex: pratica de esportes, não fumar, etc) - O que podemos dizer aqui no máximo é que comer menos produtos processados é um MARCADOR de menor mortalidade, mas não a causa necessária disso.
Para que uma associação seja realmente considerada ela tem que ser MUITO grande, ex: tabagismo estar associado com 50x mais casos de cancer de pulmão, por ex. Essas curvas aí estão muito próximas, associação muito fraca.
Eu particularmente procuro comer pouca comida processada / industrializada, mas não é por isso que vou cair na tentação de valorizar um estudo fraco só porque ele vai na direção do que eu penso.

@stunts nos dois estudos eles fizeram ajustes e avaliaram as pessoas considerando esses fatores de risco. Mesmo assim o resultado foi péssimo pra quem comia mais ultraprocessados. 

@scrat concordo com vc. Não é nada definitivo e não afirmo que comer ultraprocessados por si só aumenta mortalidade. 

Mas no mínimo acende um alerta. E como o desfecho é morrer eu prefiro não me expor ao risco. 

Em relação aos outros fatores eles ajustaram a análise para considerar os subgrupos. E sempre quem comia mais estava pior. 

Boa definicao @Innervisions , heheheh....
"lista de ingredientes" ja é processado.

otimo post @Stoic , como sempre

Tem alguns exemplos de ultraprocessados?

@scrat usando como exemplo o cigarro que vc mencionou. Os primeiros estudos o associando ao risco de câncer de pulmão são da década de 40. Mas na década de 60 mais de 2/3 dos médicos ainda acreditavam que o cigarro não causava nada. 

A minha linha de pensamento é de análise de risco. Eu teria parado de fumar e indicar que os meus pacientes parassem de fumar vários anos antes da causa e efeito ter sido estabelecida. E se o futuro tivesse me provado errado, indicando que o cigarro não fazia mal eu só teria parado de usar algo não essencial. O mesmo pensamento vale pro ultraprocessado. 

Exceção* ( não consegui editar )

Acho que ninguém precisa esperar um estudo mega elaborado para falar algo mais do que óbvio.
Processados são muito ruins para a saúde, evite o que puder e deu, ninguém precisa debater nada.

A linha de raciocínio do stoic comparando cigarro com processados é perfeita, concordo totalmente, prefiro prevenir antes da confirmação (óbvia) dos estudos que virão invariavelmente nos próximos anos.

@jefersonFickel nao existe obvio em ciencia
tudo tem de ser estudado
e quanto mais estudo melhor

Oi Stoic
Segue uma discussão honesta e complementar ao seu tópico, em cima de um estudo clínico randomizado (melhor qualidade) low carb x low fat de fevereiro do ano passado, mostrando que o que talvez mais importe (dentro dos parâmetros deste estudo aqui) seja na verdade o LOW CRAP (diminuir consumo de processados).


O artigo:
Effect of Low-Fat vs Low-Carbohydrate Diet on 12-Month Weight Loss in Overweight Adults and the Association With Genotype Pattern or Insulin Secretion

Exemplos de alimentos ULTRAprocessados que são consumidos em larga escala hoje em dia?

@silviokl
Processados são os alimentos que vem em embalagens

@scrat , processados e ultraprocessados são a mesma coisa nesse estudo abordado então? Um leite de caixinha é um alimento ultraprocessado?

@silviokl
No estudo que o Stoic trouxe a definição de alimentos ultraprocessados é:
"Ultraprocessed foods are food products that contain multiple ingredients and are manufactured through a multitude of industrial processes", que indica para a seguinte referência:

https://www.cambridge.org/core/services/aop-cambridge-core/content/view/2A9776922A28F8F757BDA32C3266AC2A/S1368980017000234a.pdf/un_decade_of_nutrition_the_nova_food_classification_and_the_trouble_with_ultraprocessing.pdf
Onde temos:
A singular feature of NOVA is its identification of ultra-processed food and drink products. These are not modified foods, but formulations mostly of cheap industrial sources of dietary energy and nutrients plus additives, using a series of processes (hence ‘ultra-processed’). All together, they are energy-dense, high in unhealthy types of fat, refined starches, free sugars and salt, and poor sources of protein, dietary fibre and micronutrients. Ultra-processed products are made to be hyper-palatable and attractive, with long shelf-life, and able to be consumed anywhere, any time. Their formulation, presentation and marketing often promote overconsumption. Studies based on NOVA show that ultra-processed products now dominate the food supplies of various high-income countries and are increasingly pervasive in lowermiddle- and upper-middle-income countries. The evidence so far shows that displacement of minimally processed foods and freshly prepared dishes and meals by ultra-processed products is associated with unhealthy dietary nutrient profiles and several diet-related non-communicable diseases

Pessoas comendo mais processados morrendo mais, OK. O próprio estudo de mortalidade também mostra serem mais gordas, sedentárias, baixa renda, baixo nível educacional, etc no estudo de mortalidade. O estudo de câncer mostrando além disso serem também mais fumantes e comerem mais kcal e macros mais carbo, gordura, sódio.

Afirmam ter ajustado para fatores de risco. Será que o ajuste é correto? Ajustes, por melhor que sejam feitos, é marretar comparação: A e B não são comparáveis, mas você marreta tudo que mediu diferente para dizer que agora são. Ou seja, você tem um fator que está correlacionado com quase todos fatores fortes de mortalidade e câncer que conseguiria imaginar, esse grupo morre mais, mas existe um erro estatístico, você poderia atribuir a qualquer fator que ao ser mapeado esteja presente nos "pobres gordos sedentários que comem mal" e não nos "ricos ativos magros que comem bem". Pode colocar dias de TV, dias de sol, dias viajando no exterior, número de idas ao médico, inúmeras coisas que pode dar "p" pequeno.

Uma forma mais completa de isolar as variáveis seria comparar o "gordo sedentário de baixa renda e educação" que come poucos processadores com o que come muitos processados, bem como "magro ativo de alta renda e educação" que come muitos processadores com o que come poucos (e os dois grupos com mesma qualidade nutricional total em energia, macros e outras necessidades, só fonte diferente). O problema que imagino é a forte associação entre os fatores na população (boa sorte achar gordo pobre sedentário que não come porcaria ou magro rico ativo que come muita porcaria, vai achar um ou outro mas N baixo vai matar a significância, vai comparar todo mundo com ninguém).

Pela navalha de occam fica difícil usar essa correlação para sustentar a hipótese de associação processados > mortalidade. Há grande chance da diferença estar no erro, interação entre fatores ou qualquer fator não-considerado. Até por que as curvas estão próximas, como já foi falado.

Isso lendo pelo abstract, se alguém quiser postar o estudo inteiro ajuda.

Esse estudo lembra um pouco aqueles associando vegetarianismo com mortalidade. Quando desdobra em mais fatores vai sumindo a correlação.

Ou seja, tudo isso é ainda um grande ponto de interrogação. O que temos, ao observar o "fato no local do fato" é comer porcaria (seja mcdonalds ou "processados") controlando bem kcal e macros melhora exames que a situação anterior comendo aleatório. Tem vários malucos que fizeram isso, obviamente não é científico, mas é conhecimento empírico: o fato no local do fato.

Maior problema com ultraprocessados acho que não é algum processo ou aditivo e sim o fato de serem ruins mesmo (gordura ruim, açúcar, não saciam nem nutrem).

@scrat desculpe mas este site q vc postou nao pode aqui nao
estes sites de medico celbridades fazem muito mais mal q bem
e transformam um estudo serio de low carb em religiao

desculpe mas o link do artigo foi junto
poste de novo por favor

leite de caixinha nao eh ultra processado pelo q eu sei

tem no FAQ da area sobre leite

Eu sei Bastter, é que ele afirmou que tudo que é embalado é ultraprocessado... por isso questionei, não acho que seja bem assim

Effect of Low-Fat vs Low-Carbohydrate Diet on 12-Month Weight Loss in Overweight Adults and the Association With Genotype Pattern or Insulin Secret... - PubMed - NCBI

@silviokj
Não afirmei isso não, veja la minha resposta (que se referia a processados).
Para ultraprocessados melhor procurar a definição usada no artigo, que mandei depois.

Processado não é algo binário. Tudo passa por processos, a não ser que tu ande de quatro pelo campo mordendo boi e pastando alface. É da natureza humana usar ferramentas e técnicas para preparar o alimento, para fazê-lo ter sabor melhor, durar mais ou aproveitar mais partes dele, inclusive é um dos fatores que nos diferenciam dos animais desde que o homem é homem.

Você mata uma vaca ou frango, guarda e come semana seguinte. Ou compra no mercado uma carne de vaca ou frango. Aquele alimento passou por diversos processos, inclusive processos que alteram características (como congelamento).

 

O que existe é um contínuo. Um pedaço de carne é menos processado que uma salsicha.

Um possível conceito para "ultraprocessado" talvez seja perguntar se você consegue fazer ou não se tiver uma pequena propriedade com acesso aos insumos vindos da terra (animais e plantas), além de ferramentas comuns (como um moedor de carne). Linguiça você faz, "salgadinho sabor linguiça" não consegue. Sorvete você faz, a calda de chocolate não. Massa você faz, lámen não.

Eu só acho que se você se entupir de bolo, linguiça e sorvete feito em casa vai morrer igual quem comprar essas coisas no supermercado. SALVO se a hipótese de algum aditivo ou substância usado no processo industrial ser danoso por si só, isso se verifica em testes da substância isolada, até hoje tudo se mostrou seguro em níveis normalmente presentes na comida processada.

Do artigo:

"Exposures  The ultraprocessed foods group (from the NOVA food classification system), characterized as ready-to-eat or -heat formulations made mostly from ingredients usually combined with additives. Proportion (in weight) of ultraprocessed foods in the diet was computed for each participant."

NOVA food classification system:

https://archive.wphna.org/wp-content/uploads/2016/01/WN-2016-7-1-3-28-38-Monteiro-Cannon-Levy-et-al-NOVA.pdf

"The fourth NOVA group is of ultra-processed food and drink products. These are industrial formulations typically with five or more and usually many ingredients. Such ingredients often include those also used in processed foods, such as sugar, oils, fats, salt, anti-oxidants, stabilisers, and preservatives. Ingredients only found in ultra-processed products include substances not commonly used in culinary preparations, and additives whose purpose is to imitate sensory qualities of group 1 foods or of culinary preparations of these foods, or to disguise undesirable sensory qualities of the final product. Group 1 foods are a small proportion of or are even absent from ultra-processed products.

Substances only found in ultra-processed products include some directly extracted from foods, such as casein, lactose, whey, and gluten, and some derived from further processing of food constituents, such as hydrogenated or interesterified oils, hydrolysed proteins, soy protein isolate, maltodextrin, invert sugar and high fructose corn syrup. Classes of additive only found in ultra-processed products include dyes and other colours, colour stabilisers, flavours, flavour enhancers, non-sugar sweeteners, and processing aids such as carbonating, firming, bulking and anti-bulking, de-foaming, anti-caking and glazing agents, emulsifiers, sequestrants and humectants.

Several industrial processes with no domestic equivalents are used in the manufacture of ultra-processed products, such as extrusion and moulding, and pre-processing for frying.

The main purpose of industrial ultra-processing is to create products that are ready to eat, to drink or to heat, liable to replace both unprocessed or minimally processed foods that are naturally ready to consume, such as fruits and nuts, milk and water, and freshly prepared drinks, dishes, desserts and meals. Common attributes of ultra-processed products are hyper-palatability, sophisticated and attractive packaging, multi-media and other aggressive marketing to children and adolescents, health claims, high profitability, and branding and ownership by transnational corporations.

Examples of typical ultra-processed products are: carbonated drinks; sweet or savoury packaged snacks; ice-cream, chocolate, candies (confectionery); mass-produced packaged breads and buns; margarines and spreads; cookies (biscuits), pastries, cakes, and cake mixes; breakfast ‘cereals’, ‘cereal’ and ‘energy’ bars; ‘energy’ drinks; milk drinks, ‘fruit’ yoghurts and ‘fruit’ drinks; cocoa drinks; meat and chicken extracts and ‘instant’ sauces; infant formulas, follow-on milks, other baby products; ‘health’ and ‘slimming’ products such as powdered or ‘fortified’ meal and dish substitutes; and many ready to heat products including pre-prepared pies and pasta and pizza dishes; poultry and fish ‘nuggets’ and ‘sticks’, sausages, burgers, hot dogs, and other reconstituted meat products, and powdered and packaged ‘instant’ soups, noodles and desserts.

When products made solely of group 1 or group 3 foods also contain cosmetic or sensory intensifying additives, such as plain yoghurt with added artificial sweeteners, and breads with added emulsifiers, they are classified here in group 4. When alcoholic drinks are identified as foods, those produced by fermentation of group 1 foods followed by distillation of the resulting alcohol, such as whisky, gin, rum, vodka, are classified in group 4"

@celtiberian

SIM, concordo q quem comer gordura de porco tds os dias mmo q nao seja ultraprocessado vai morrer igual a quem comprar bacon no supermercado.

SIM, uma alimentacao saudavel nao tem a ver SOMENTE com eliminacao de Ultraprocessados - mas TAMBEM com a eliminacao de Ultraprocessados.

esta é somente minha opiniao, baseada na observacao do meu tempo de trabalho com saude.
nao estou citando nenhum estudo [cool][ok]

eu recomendo a todos o FAQ de alimentação aqui da area
ta bem ponderado e com bom senso
e serve para todos
sem histerismos, radicalismos e religiao

Eu NUNCA vi reeducação alimentar funcionando quando se ELIMINA qualquer coisa da rotina. 
Já disse isso. Não adianta. O cara ama Coca Cola, aí elimina da dieta, fica 6 meses assim até surtar e nadar na piscina de refrigerante. 
Eu acho muito mais fácil comer de tudo: doces, gorduras, ultraprocessados, refrigerantes, etc, desde que seja numa proporção aceitável: um brigadeiro depois do almoço, um litro de refri no fds, um pacote de bolacha naquela ocasião que vc tem pressa, um mac donalds num dia de passeio do shopping, aquela pipoca cheia de manteiga do cinema. 
Do que adianta também viver na paranoia alimentar e não aproveitar bons momentos? 
Eu acho que terrorismo alimentar atrapalha mais do que um consumo de alimentos variados, mesmo que com algum "lixo" pro meio. 
As pessoas tão ficando bitoladas, quando só precisamos usar o bom senso pra comer. 

Eu concordo com todas as análises feitas sobre a qualidade dos estudos. O risco de viés é alto assim como em todos os estudos observacionais. E os estudos alimentares tendem a ser os mais superestimados (ainda vou fazer post disso, já prometi duas vezes). 

Pro caso específico nesse caso pode ser menos criteriosa pq é um alimento não essencial (ainda). 

Observem que usando essa análise eu teria:

Parado de fumar 15 anos antes (período entre os estudos de Herman Müller e o estudo de Doll e Hill)
Interrompido uso de Vioxx 5 anos antes (tempo entre os 1ºs relatos de caso e retirada do mercado)
Parado de oferecer Talidomida pra grávidas 3 anos antes da retirada do mercado

Não tem como prever o que vai ser associado a morte ou câncer. Mas eu posso ter uma postura conservadora de análise de risco mudando hábitos não essenciais, parando de indicar terapias que não são essenciais. 

Então baseado nesses estudos eu não consigo afirmar com certeza que há aumento de mortalidade ou neoplasias em quem come ultraprocessados. Mas eu posso considerar que há risco, mesmo que mínimo de ocorrer. Então eu opto por reduzir o máximo o consumo disso. Reparem que eu disse reduzir tanto aqui como no post original. Não é pra virar o louco da alimentação orgânica.

@Lukete nao tem regra
vc mesmo ta dizendo q nao tem regra
concordo q nao da para abrir mao de tudo
mas as pessoas sao diferentes
vc ja trabalhou com isso?
Eu trabalhei 20 anos e o mauro trabalha ha 30
nao tem regra
tem gente q abandona na boa
eu mesmo abandonei o arroz e sinto zero falta
tem gente q nao consegue abandonar

a unica coisa certa sobre reeducação alimentar é que nao tem regra nenhuma e que as pessoas sao totalmente diferentes
por isso q qq dietinha nao funciona para a maioria

o trabalho é ir tentando melhorar cada pessoa dentro do universo dela

tem gente q larga a coca cola e nunca mais sente falta
tem gente q de vez em quando tem de beber um pouco
tem gente q consegue largar uma coisa mas nao outra
tem gente q muda tudo radicalmente
tem gente q nao consegue largar nada

nao tem regra

vc ta analisando voce
o seu mundo
mas cada pessoa é diferente da outra

voce escreveu

"Eu NUNCA vi reeducação alimentar funcionando quando se ELIMINA qualquer coisa da rotina. "

pois eu ja vi
eu sou um exemplo
e ja vi outros
e ja vi pessoas q nao conseguiram eliminar totalmente nada

as pessoas sao totalmente diferentes

eu nao consegui comer um prato sem arroz
impossivel para mim
hoje eu sinto zero falta de arroz
zero

entao tudo pode acontecer

va trabalhar com isso de forma seria
e vc vai aprender q cada individuo eh um individuo totalmente diferente de todos os outros e nao ha uma unica regra absoluta

Vc tem razão. Exagerei ao absurdo ao usar nunca. Vou corrigir: acho bem difícil eliminar totalmente algo que vc gosta muito da sua rotina e manter por mto tempo. Na minha experiência pessoal ainda não vi alguém eliminar algo que gosta mto e seguir pra vida. Mas é mto restrito mesmo meu campo de observação.
Mas em resumo o que eu quis dizer é que a gente não precisa eliminar nada se não quiser. É só ter parcimomia

@Lukete agora concordo totalmente com vc
bom senso e sem radicalismo
eh o melhor caminho

A questão nessa caso é que não tem nenhum risco, ou lado negativo, em tirar alimentos ultra processados da dieta (dieta entendo pelo que você come em 90 ou 95% do tempo).

O que se sabe, independentemente desse estudo, é que em sua grande maioria eles são muito mais pobres nutricionalmente do que os menos processados.

Dizer que tudo que tem embalagem é ultra processado é uma generalização, mas sempre vale a pena olhar o rótulo dos produtos para ver os ingredientes. Em muitos casos vai ter uma lista de ingredientes bem maior do que deveria (por exemplo na maioria dos iogurtes e pães).

concordo
tirar ultraprocessado e industrrializado eh otimo
o problema eh conseguir
saber o certo na alimentação eh mole
o dificil eh fazer

Excelente tópico, @Stoic

Tinha ficado em dúvida o que era fruta ou vegetal ultra processado, tirei da classficação NOVA os exemplos (pelo que entendi são sobremesas que levam frutas, papinhas, talvez sucos tb)

Examples of ultra-processed food according to the NOVA classification: Carbonated drinks; sweet or savoury packaged snacks; ice-cream, chocolate, candies (confectionery); mass-produced packaged breads and buns; margarines and spreads; industrial cookies (biscuits), pastries, cakes, and cake mixes; breakfast ‘cereals’, ‘cereal’ and ‘energy’ bars; ‘energy’ drinks; flavoured milk drinks; cocoa drinks; sweet desserts made from fruit with added sugars, artificial flavours and texturizing agents; cooked seasoned vegetables with ready-made sauces; meat and chicken extracts and ‘instant’ sauces; ‘health’ and ‘slimming’ products such as powdered or ‘fortified’ meal and dish substitutes; ready to heat products including pre-prepared pies, pasta and pizza dishes; poultry and fish ‘nuggets’ and ‘sticks’, sausages, burgers, hot dogs, and other reconstituted meat products, and powdered and packaged ‘instant’ soups, noodles and desserts.

For instance, fruit compotes with only added sugar are considered as “processed foods”, while flavoured fruit desserts with added sugar, texturizing agents and colorants are considered as “ultra-processed foods”.

Low Crap é nova para mim, excelente termo, kkk.

Esse site aqui tem uma tabela de exemplos que são processados, ultra processados e caseiros:

11 Ultra-Processed Foods to Avoid and 22 Healthier Swaps You Can Make

Aprofundando as leituras, realmente usei de forma bem simplória a definição de alimentos processados (na verdade nem diferenciei processado, ultraprocessado e industrializado) o que apesar de algumas diferenças nas definições, vem sendo bem debatido nos últimos dois anos pela comunidade científica.
Mas pra quem não quer complicar, a definição de bom senso do celtiberian está ótima.

"Um possível conceito para "ultraprocessado" talvez seja perguntar se você consegue fazer ou não se tiver uma pequena propriedade com acesso aos insumos vindos da terra (animais e plantas), além de ferramentas comuns (como um moedor de carne)"

Ali em cima eu coloquei o link pra uma publicação da NOVA detalhando a definição de alimentos ultraprocessados, processados, etc. Também transcrevi um trecho com a definição de ultraprocessados, citando exemplos.