História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar"

#PAS
celtiberian  
em 18/05/19 11:57

Comentários

Último comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei
zehguleba  
em 18/05/2019 12:05
Triste
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #1 de 77
Bastter  
em 18/05/2019 12:06
ta estranho isso
ninguem eh obrigado a herdar dividas
vc pode abrir mao da herança
nao recebe as posses nem as dividas
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #2 de 77
APV  
em 18/05/2019 12:07
Que história pertubadora e chocante. Achava que LTDA protegia de certa maneira os sócios.

Se algum tiver dívidas na vida pessoal (pessoa física), como problemas com pensão, existe a chance do juíz pegar parte dos outros sócios na empresa?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #3 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 12:09
Ele não herdou dívidas: tornou-se sócio de uma ltda. É ferro mesmo. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #4 de 77
Bastter  
em 18/05/2019 12:10
ah ta
nao li o texto
so o titulo
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #5 de 77
LUZ  
em 18/05/2019 12:11
Chegou a dar uma dor no estômago
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #6 de 77
Bastter  
em 18/05/2019 12:14
LTDA para mim so se eu tiver 51%
senao quero distancia
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #7 de 77
Tobo_Bruk  
em 18/05/2019 12:16
Meu pai teve sociedade com os irmãos demais tios com primos ou estranhos, meus avós também, por isso quando eu escuto a palavra sociedade eu já saio correndo.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #8 de 77
celtiberian  
em 18/05/2019 12:27
@Bastter

Ele não herdou no inventário, ele estava no quadro de sócios da empresa do pai que faleceu. Algo totalmente louvável que o pai dele fez pensando em sucessão, mas que deu mesbla.

Infelizmente no Brasil o instituto da responsabilidade limitada não existe mais.

A desconsideração de personalidade jurídica deveria ser apenas em casos de fraude contra execução, contra os participantes da fraude (ex: levam embora dinheiro e ativos da empresa para fraudar credores). Mas é usado de modo totalmente indiscriminado contra qualquer pessoa, mesmo sem qualquer fraude ou má fé, penhoram primeiro e perguntam depois, principalmente em questões trabalhistas e tributárias.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #9 de 77
celtiberian  
em 18/05/2019 12:29
@APV

De PF para PF não. Da LTDA para todas PFs que já tiveram o nome naquela empresa, pode acontecer. Não deveria, mas acabou no brasil a responsabilidade limitada nas ltdas...

Quem tiver uma limitada, não faça dívidas. Se possível tenha uma sem funcionários. Não quebre, se vê que não vai virar o jogo, feche antes que a bola de neve fique insustentável.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #10 de 77
zozolino  
em 18/05/2019 12:33
E como funciona as LTDAs de médicos que usamos para receber como prestadores de serviços? Mesmos riscos? 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #11 de 77
Charlito  
em 18/05/2019 12:38
Com 15 anos ele nem podia ser emancipado mas podia virar sócio de LTDA?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #12 de 77
Bastter  
em 18/05/2019 12:42
@zozolino sim, tem riscos
mas se vc tiver 51% e nao fizer dividas os riscos sao baixos

se nao tiver 51% nao faça parte
saia ontem

@celtiberian a sua explicação corrobora o q eu disse

LTDA so se eu tiver 51%
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #13 de 77
RoniSandi  
em 18/05/2019 12:42
cagada foi do pai colocar menor em empresa, desconsideração da pessoa jurídica é ferramenta pro credor poder receber, ou tá errado em querer receber o que lhe é devido?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #14 de 77
panzicag  
em 18/05/2019 12:43
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #15 de 77
Brinkis  
em 18/05/2019 12:58
Nem Eireli funciona mais?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #16 de 77
mvfa  
em 18/05/2019 13:25
Não sou advogado/juiz trabalhista, e sim um humilde concurseiro de TRT. Já estudei bastante Direito Processual do Trabalho, e vou tentar dar algumas singelas explicações quanto ao caso, a quem possa interessar...

A justiça trabalhista lança mão do conceito da desconsideração da personalidade jurídica, tendo como base os artigos 133 a 136 do CPC (apesar de ser do código civil, esse instituto é aplicável na esfera trabalhista). Ou seja, deixa-se de ir nos bens da PJ e vai nos da PF. Neste último artigo, especificamente, diz-se que eventuais incidentes podem ser resolvidos até mesmo por decisão interlocutória (antes da decisão final). Detalhe 1: em fase de conhecimento (isto é, antes da execução), sequer cabe recurso de imediato quanto a essa decisão interlocutória do juiz. Parece absurdo, mas é assim. Detalhe 2: há também a desconsideração inversa da personalidade jurídica: quando deixa de ir na PF e vai na PJ buscar os bens. Torna-se necessário quando o executado passa seus bens próprios para sua empresa (ex: empregador doméstico passando bens para sua empresa, para não pagar a doméstica).

Em relação à citada impenhorabilidade do salário, o que o juiz faz tem, sim, amparo legal (obs: não o estou defendendo, e sim explicando o que ocorre, conforme a lei). Na verdade ele sequer tem ciência da natureza dos recursos que serão bloqueados (se é salário ou não). Pelo narrado, imagino que o que está se dando é a chamada penhora online, fruto do convênio entre o TST e o BACEN. A grosso modo, tudo que pinga na conta da pessoa é bloqueado sem prévio aviso (para evitar que o reclamado a movimente antes). O detalhamento está citado ao longo do artigo 854 do CPC. Após o bloqueio, o reclamado tem 5 dias para comprovar que as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis ou excessivas (vide parágrafo 3º do referido artigo) - no caso em questão, essa quantia impenhorável seria o salário. É por isso que há, sim, amparo legal quando o juiz, de cara, bloqueia tudo. Neste caso, a pessoa recorre e o juiz decreta o cancelamento da indisponibilidade. A partir daí o banco tem que cumprir a liberação do valor em 24 horas.

Ou seja, quanto aos 2 pontos acima (desconsideração da personalidade jurídica e a penhora online), em minha humilde opinião, realmente não há o que ser feito pela pessoa.

Por outro lado, o reclamado tem a seu favor a impenhorabilidade do bem de família. Ou seja, ele pode, sim, em teoria, ter bem em seu nome - desde que atenda ao citados nos artigos de 1 a 5 da lei 8.009. Detalhe: conforme a súmula 364 do STJ, a referida impenhorabilidade também abrange o imóvel de pessoas solteiras, separadas ou viúvas.

Relembrando: esses são meus entendimentos. A pessoa deve questionar os pontos destacados (especialmente o do bem de família) a um profissional. Sou apenas um burro tentando contribuir.

Abs a todos
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #17 de 77
Mestre_Yoda  
em 18/05/2019 13:26
Eireli a resp é igual a Ltda. Se a pessoa tem dívida trabalhista a separação patrimonial é irrelevante. A jurisprudência trabalhista entende que o mero inadimplemento das obrigações permite a desconsideração. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #18 de 77
RoniSandi  
em 18/05/2019 13:31
Além do bem de familia, poupança no valor de até 40 SM, só ver a lista de impenhorabilidade, mas precisa gastar com adv e custas pra ter paz. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #19 de 77
Mestre_Yoda  
em 18/05/2019 13:32
Colega @marcusvfa. Na justiça do trabalho em caso de desconsideração não admitem agravo de instrumento? Na justiça comum aceitam por previsão expressa do CPC (rol do 1015). Não atuo na justiça trabalhista e não conheço muito da prática. Coitado do sócio que vai ter que aguardar até a sentença para questionar a desconsideração.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #20 de 77
mimimimi  
em 18/05/2019 13:39
Uma vez meu pai disse q ia precisar do meu nome e do meu irmão pra abrir uma segunda PJ e desativar a q ele tinha no nome dele e da minha mãe, pra exercer a mesma atividade no mesmo endereço. Eu q era advogado na época e acompanhava todos os rolos dele e o tentava aconselhar recusei na hora, sabe lá Deus onde estaria meu nome a essa altura. Nunca emprestem o nome, muito menos como fiador. Ademais, hoje em dia já existe empresa individual de resp ltda (eireli).
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #21 de 77
mvfa  
em 18/05/2019 13:51
@Mestre_Yoda, tudo bem?

Na seara trabalhista o agravo de instrumento se aplica quando um recurso ficou trancado, impedido de subir de instância - o que não é o caso em questão.

Ex: o 8º (e último) dia para entrar com recurso caiu em feriado e foi ajuizado no dia útil seguinte. Erroneamente o juiz não o admitiu. Para destrancá-lo e fazê-lo subir para o TRT, entra-se com o agravo de instrumento.

Após o pedido de desconsideração, o sócio ou a PJ é citado para se manifestar em até 15 dias. Passado o tempo, o juiz proferirá a decisão, que é interlocutória. Se for em fase de conhecimento, dessa decisão sequer caberá recurso de imediato. Já na execução caberá agravo de petição, sem necessidade de pagar as custas e o depósito recursal.

Só ressaltando: a esfera trabalhista tem alguns instrumentos com nomes iguais aos da civil, mas as aplicações e os conceitos muitas vezes são diferentes. São, inclusive, pegadinhas clássicas de prova.

Abs
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #22 de 77
oxe  
em 18/05/2019 14:00
Eu acho que, num post em um site de investimentos e qualidade de vida, não vai ser muito proveitoso debater minúcias jurídicas. Mas vou dar meus pitacos e informações.

Resumindo:

1- o menor incapaz pode ser sócio, desde que representado pelos pais;

2- no processo do trabalho, aplica-se a teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica, que é o procedimento do Código de Defesa do Consumidor. Ou seja, basta a empresa não ter bens para ir atrás dos bens dos sócios. Alguns doutrinadores entendem que o processo do trabalho tem um sistema próprio de desconsideração, baseado no risco do empreendimento (que não pode ser transferido pro empregado), mas os resultados práticos seriam os mesmos da teoria menor;

3- no processo do trabalho, as decisões interlocutórias (ou seja, simplificando, as decisões que não terminam o processo) são irrecorríveis de imediato. Mas você pode recorrer da decisão quando entrar com recurso da sentença. A ideia é acelerar o processo, entrando com os recursos de uma vez só;

4- a situação do sujeito do relato é verossímil de acordo com o sistema trabalhista atual (e seria verossímil também no sistema tributário e no consumeirista). Mas não são todos os bens do sócio que podem ser penhorados, alguns (como o imóvel de moradia) não podem. Salários podem ser penhorados para pagamento de verbas alimentares, como pensões e verbas trabalhistas;

5- entendo que o verdadeiro problema aí é que os pais possam colocar o menor como sócio da limitada. Isso me parece uma forma de fraudar as leis de sucessão (prejudicando outros herdeiros necessários) e dá origem a uma série de problemas, inclusive o desse caso. Se na sucessão civil você não responde por dívidas do falecido além dos bens (ou seja, não pode ser forçado a pagar mais do que ganhou), não faz o menor sentido que o herdeiro incapaz de consentir, através de um mecanismo que beira à fraude, seja mais prejudicado.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #23 de 77
celtiberian  
em 18/05/2019 14:53
@oxe

Discordo que o "verdadeiro problema" seja colocar menor como sócio. Isso é olhar só a árvore e não a floresta pegando fogo...

Questões de sucessão são acertadas no inventário, esse percentual da empresa  doado é contado no inventário como antecipação de herança, etc, é um não-problema mesmo na legislação atual.

O maior problema que a historinha expõe é não existir responsabilidade limitada real no BR.

Eu não me recordo agora em qual livro que li onde estavam enumerados os grandes fatores que catalisaram a criação de riqueza nos últimos séculos, os fatores que nos tiraram da malthusian trap (condição humana pré-capitalismo era malthusiana, renda per capita só subia quando morria gente). Um desses fatores foi a criação da responsabilidade limitada. Ou você tem responsabilidade limitada, ou a criação de riqueza será travada, por motivos óbvios, haverá menos empresas e as existentes tomarão menos risco, serão menos dinâmicas, menos inovadoras, etc. A desconsideração só deveria ocorrer em casos de fraude, ou seja, transferência irregular/ilegal de ativos ou patrimônio da empresa em dificuldades para os sócios com objetivo de fraudar credores (negócios feitos com má fé).

No meio de tecnologia existe o conceito "fail fast, fail often". Muitos empreendedores do vale do silício quebraram algumas empresas antes de dar certo. Isso é basicamente impossível no Brasil, só se quebra uma vez. Com isso ninguém abre uma empresa para fazer a próxima grande coisa, abrem só copycats ou quitandas.

Essa questão de "risco do negócio" entre empregador x empregado é bizarro, só o fato disso ser discutido já mostra como uma intervenção estatal burra leva a mais intervenções estatais destruidoras de valor. O trabalhador horista só é credor de valores significativos por força da legislação antiquada, bizarra e tacanha brasileira. Em qualquer lugar do mundo que não tenha legislação disfuncional, isso é um não-problema, pois o horista trabalha X horas na semana, recebe o que trabalhou semanalmente em salário por hora, a pior perda que pode ter em uma falência são algumas horas não-pagas e pronto - e ninguém vai ir trabalhar na semana seguinte sem receber.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #24 de 77
Bastter  
em 18/05/2019 15:01
voces podem discutir detalhes ate nao poder mais
a coisa eh bem simples

LTDA no Brasil so se 51% for minha
senao nem de graça, nem q me paguem
coloco dinheiro mas nao coloco o nome
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #25 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 15:05
Um dos problemas que vejo no Brasil é a desonestidade de muitos empresários. Para se livrarem de credores, simplesmente fecham a empresa e abrem outra, no mesmo local, com os mesmos donos e exercem a mesma atividade. Aí quando a justiça vem cobrar, simplesmente dizem que agora está em atividade uma outra empresa naquele local. É claro que o judiciário não vai aceitar isso e irá para cima dos sócios. Vejo isso com muitíssima frequência. Penso que quem deve tem que pagar e não adianta se esconder atrás da personalidade jurídica de empresa de faz de conta. Se isso não mudar, o judiciário vai continuar considerando os sócios como verdadeiros devedores.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #26 de 77
Veloso  
em 18/05/2019 15:11
Vou  deixar meus pitacos tb:

Acho que o primeiro passo, caso possível, e vc sair da sociedade o quanto antes, depois de dois anos vc começa a ter matéria para defesa, vide o limite temporal da responsabilidade impostos pelo CC ( Código Civil). Outro ponto que vc deve estar atento  é que depois da reforma trabalhista, pode ser aplicada a prescrição intercorrente. ( o processo fica parado por dois anos sem movimentação acaba sendo extinto). No seu caso como as execuções estão sendo infrutiferas os reclamantes acabam cansando e deixando o processo arquivar. Outra hipótese seria  entrar com a Recuparação Judicial da empresa ( depois que vc sair da sociedade) para falir a empresa em um determinado espaço de tempo. Com a falência todos os processos iriam para a Justiça comum e sua vida  seria  bem mais tranquila. 

Procura um bom advogado!
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #27 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 15:12
É comuníssimo, em outros casos, colocarem meros laranjas sem nenhum patrimônio como sócios. Simplesmente fazem dívidas em nome da empresa, não pagam fornecedores e funcionários e em seguida encerram atividades, dando um enorme prejuízo na praça. O processos chegam na justiça e ficam rodando por anos, restando frustrada a execução - e fornecedores e funcionários ficam chupando o dedo.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #28 de 77
celtiberian  
em 18/05/2019 15:15
@RonaldReagan

Isso que você descreveu é fraude à execução, a nova empresa, se possível provar ligação com a anterior, é sucessora da mesbla toda judiricamente. Não precisa desrespeitar a responsabilidade limitada em todos casos - como fazem as cortes brasileiras - só por existirem fraudadores. E como você mesmo disse, os fraudadores cometem fraudes e saem ilesos mesmo com isso, pois vão usar laranjas ou deixar zero patrimônio em nome próprio. Só quem tenta fazer as coisas certo é prejudicado pela desconsideração de personalidade jurídica. E o uso disso de forma automática e indiscriminada basicamente acaba com a pessoa jurídica como pessoa no Brasil, uma LTDA brasileira é igual a um negócio "non-incorporated" nos EUA (não-registrado mas não informal, tipo negócio com livro-caixa direto no IRPF no BR), e não uma LLC. Ou seja, estágio pré-capitalista.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #29 de 77
celtiberian  
em 18/05/2019 15:20
@Bastter

Não só 51% sua, mas com você na gestão diária e sem tomar dívidas.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #30 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 15:23
Com a nova legislação trabalhista, antes de se desconsiderar a personalidade jurídica, há um incidente processual no qual o sócio pode demonstrar a legalidade da dissolução da sociedade, mas em 90% dos casos eles nem aparecem no processo. Fica tudo à revelia.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #31 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 15:27
@celtiberian, na maioria dos casos a dissolução da empresa é de fato, não de direito. Simplesmente "somem" e largam credores chupando o dedo.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #32 de 77
rouxinol  
em 18/05/2019 15:38
@RonaldReagan
que o Estado puna esses transgressores, se vc sabe o que eles faZem o estado também sabe

o que não pode é descontar a raiva na grande massa de pequenos empresários de ltda que agem na boa fé e que não tem mais o direito de não dar certo, isso desestimula o empreendor

@celtiberian de fato não existe responsabilidade limitada no brasil a não ser em uma S/a em que vc não seja o administrador.

numa escala do maior para o menor, não existe responsabilidade limitada no brasil sob o viés da justiça trabalhista, questões do consumidor e questões tributárias, ou seja, não tem mesmo responsabilidade limitada no brasil, como bem pontuou o @celtiberian
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #33 de 77
Bastter  
em 18/05/2019 15:47
sim 51% minha e eu administrando
nao toma divida sem minha assinatura
nao paga nada sem minha assinatura
senao to fora
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #34 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 15:49
@rouxinol, na maioria dos casos é assim. A justiça não vai atrás de quem paga as contas. Nesse momento mesmo aqui na cidade, que é pequena (cem mil habitantes), tem pelo menos uns mil e oitocentos processos correndo contra pessoas que fecharam as empresas e não pagaram funcionários. Se a legislação trabalhista é ruim, que se reforme, mas quem deve tem que pagar e pronto. As pessoas têm filhos para sustentar e contas para pagar. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #35 de 77
Buy_and_hold64  
em 18/05/2019 15:50
O problema está lá no primeiro post, onde o cidadão narra o ocorrido: o pai não sabia gerir suas próprias finanças (quem cuidava disso era a mãe) e se meteu a abrir empresas.

Acontece muito no Brasil. Que capitalismo vai gerar riquezas deste jeito ?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #36 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 16:00
@Buy_and_hold64, é bem comum isso ocorrer. Estou lidando com um caso assim: o pai, que era empresário de verdade e faleceu (tocou a empresa por mais de trinta anos), deixou a companhia para os filhos. Um deles não tem nem ideia do que é o negócio, brigou com o outro irmão, fez negócios tortos, e colocou tudo a perder. Resultado: a empresa fechou e funcionários (uns cinquenta) e fornecedores ficaram a ver navios. E as execuções judiciais estão correndo. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #37 de 77
rouxinol  
em 18/05/2019 16:14
@RonaldReagan

Numa audiencia trabalhista:
O juiz perguntou para o preposto: o Sr é preposto e é também dono?
Preposto: sim excelência 
Juiz: então nao precisa nem fazer audiência, já pode sacar o cheque
Preposto: Excelencia, podemos fazer a audiência para expor nosso lado?
Juiz: Olha, to com uma lista muito grande de audiências, se nao fizer acordo de X, já sabe que vai levar já uma condenação de Y

Eu estava nessa audiência e nao era o Juiz.

A legislação trabalhista é praticamente feita por juízes, esse papo de desconsideração da personalidade jurídica foi uma construção dos tribunais (proposta obviamente por litigantes), assim como várias inovações na Lei, alguns setores da justiça, achando que as leis estão ruins, fazem suas próprias leis sem precisar do legislativo, não é de todo ruim, mas na minha opinião perderam a mão. É a chamada "insegurança jurídica"dos investimentos no brasil, se tem lei que sigam todos, mas aqui tem muitos poréns de interpretações, basicamente nosso país é feito de leis feitas por pessoas do direito para serem operadas por pessoas do direito (gerando até uma enorme reserva de trabalho para operar 100 milhões de processos judiciais atualmente no Brasil), isso gera uma celeuma formal que parece ser intransponível,parece esqueceram do resto da população ou nunca se lembraram mesmo. O conceito de justiça e a força da lei acaba sendo aplicado com força total aos que agiram na boa fé e os que se esquivaram com as práticas por vc descritas, que para muitas pessoas são considerados a  regra do empresariado não são punidos.

@Buy_and_hold64 é verdade também, isso conta muito também
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #38 de 77
rsvalentini  
em 18/05/2019 17:02
A lei prevê o procedimento de falência e recuperação judicial. Mas aí o sujeito quebra a empresa e, ao invés de assumir a quebra, coloca filhos, laranja, etc... no meio do rolo. Depois a culpa é da lei que prevê a desconsideração da personalidade jurídica e do juiz. Não! A culpa é de quem fez o rolo. Esse é uma das poucas situações nas quais a justiça funciona. E mesmo assim o que tem de empresa quebrada devendo a Deus e o mundo e sócios esbanjando riqueza é brincadeira. Por isso que aqui é a terra das pirâmides, golpes e calotes.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #39 de 77
celtiberian  
em 18/05/2019 17:09
@rsvalentini

Se fez "rolo' (fraude) é normal, esperado e justo desconsideração da personalidade jurídica. O que acontece que é bizarro, injusto e uma jabuticaba que só atenta contra a prosperidade do país é isso ser padrão em qualquer caso, para cima de qualquer sócio mesmo minoritários que não eram administradores, mesmo sem qualquer evidência real de rolo ou fraude. A inexistência do instituto da responsabilidade limitada (na prática a INEXISTÊNCIA da pessoa jurídica ltda como pessoa separada do sócio, ao contrário de qualquer país decente) é uma das deficiências graves do Brasil dentro da segurança e facilidade para fazer negócios. E como sua própria mensagem já demonstra, destruir a responsabilidade limitada em NADA adiantou a tentar pegar fraudadores, que já não terão nada em nome da pessoa física mesmo e vivem de rolo a vida inteira, isso acaba punindo apenas quem tenta fazer certo ou quem não tem nada a ver com a história.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #40 de 77
Dudinka  
em 18/05/2019 17:18
Nao foi o caso descrito na estoria , mas se fosse realmente uma  herança .... vc pode sempre negar , caso não pudesse seria caracteristico de um regime de servidao ( dividas dos pais passam para os filhos ). Na nossa legislacao vc tem o direito de negar a herança como um todo 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #41 de 77
oxe  
em 18/05/2019 17:34
Celti, na prática a limitação da responsabilidade acaba existindo. Qualquer empresário com um mínimo de conhecimento tem a possibilidade de dar calote sem ser prejudicado. Que é exatamente a ideia da responsabilidade limitada, aliás (proteger o patrimônio mesmo que as dívidas sejam maiores do que o investido).

Vou dar apenas um exemplo que eu já verifiquei. Uma empresa estava devendo vários meses de salário aos trabalhadores, além de dever a fornecedores, a consumidores, enfim, a muita gente. Quando fomos penhorar os bens da empresa, não havia praticamente nada de patrimônio, mesmo a empresa funcionando normalmente (veja, nem todo o patrimônio da empresa é penhorável, mas nesse caso não havia nem os bens normais do uso no dia a dia). O que a empresa devedora fez foi o seguinte: a maioria dos bens dela era alugada de uma outra empresa, de propriedade do tio do sócio da empresa devedora, e outros eram alugados de uma terceira empresa, de propriedade de uma sobrinha do devedor.

O sujeito criou uma empresa apenas para contrair as dívidas e contratar funcionários. Depois de dar calote em todo o mundo, deixou a empresa à míngua. Havia um sem-número de ações contra a empresa, mas nada de patrimônio pra quitar. Mesmo desconsiderando a personalidade jurídica (coisa que é extremamente difícil fora do âmbito trabalhista, tributário e consumeirista), o proprietário não tinha bens além da casa dele (que é impenhorável). Tudo no nome de parente. Na ocasião, o proprietário com nome sujo era empregado de uma dessas empresas aí.

Veja aí, responsabilidade limitada na prática. Pra isso que ela funciona.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #42 de 77
oxe  
em 18/05/2019 17:40
Eu concordo com você, celti, que há excessos. A legislação está claramente disfuncional, não apenas nesse ponto e não apenas na área trabalhista.

Mas essas coisas não surgem do nada, não é algo que um juiz malvado de repente pensa em fazer porque ele tem alma anticapitalista. O problema é que o Direito tenta resolver algo que ele não vai conseguir resolver: a cultura da população. Responsabilidade limitada é um instituto, assim como quase todos na legislação civil, que pressupõe boa-fé. E boa-fé é bem escasso, pelo menos na realidade brasileira atual. E aí, no afã de resolver um problema insolúvel, o Estado se agiganta mais e mais. Guardadas as devidas proporções, é o mesmo fenômeno das violações graves de privacidade, entre outros direitos humanos, para proteger contra "terrorismo" ou "corrupção" ou, enfim, qualquer crime.

O problema é que todos esses problemas sociais não podem ser resolvidos à força, é preciso um certo grau de civilidade na sociedade, uma espécie de consenso ético comum. E isso está em falta. Como dizem alguns filósofos, na sociedade pós-moderna o Direito se tornou a última fronteira ética comum, em uma sociedade que não concorda mais em quase nada. Mas o Direito, pela sua natureza, deve ser excepcional, outras ordens éticas devem agir no dia-a-dia e só em caso de violação entraria o Direito. Na prática, a violação é o dia-a-dia.

Como resolver isso? Não sei bem. O que eu sei é que esse processo de construção de um consenso ético é histórico, é algo que a sociedade vai criando com os séculos, uma espécie de identidade nacional que define as normas de conduta, o que pode ou não ser feito. E sei também que a nossa identidade nacional é muito frágil e muito marcada por um passado recente escravocrata, em que o trabalho manual era considerado indigno e em que os amigos do rei poderiam viver em luxo por privilégios aristocráticos sem nenhuma relação com a produção de riquezas. Isso não é algo tão simples de mudar.

No ínterim, enquanto não evoluímos, o Direito vai manobrando e tentando buscar o meio-termo entre a panóptica e a completa inefetividade.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #43 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 17:57
O livro A Sociedade de Confiança, de Alain Peyrefitte, trata dessa questão, @oxe. Mostra como, em certas sociedades (a portuguesa incluída), as pessoas não se importam em estabelecer relações comerciais saudáveis, cada um querendo levar vantagem sobre o outro, resultando num ambiente desfavorável ao desenvolvimento econômico do país e dos indivíduos. Nossa sociedade, em boa medida, é uma sociedade de desconfiança mútua - e não há justiça que dê jeito quando os cidadãos não colaboram com o bem-estar comum.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #44 de 77
oxe  
em 18/05/2019 19:26
Exato, @RonaldReagan

Não é algo simples de se resolver, infelizmente. Quem trabalha com isso sabe que, na prática, aplicar a desconsideração civilista é muito difícil
Provar desvio de finalidade ou confusão patrimonial geralmente demanda muitos recursos, muito tempo e uma pesquisa extensa, completamente inviável para a grande maioria das causas.

A solução que o Direito encontrou, para as situações em que o "calote" é teoricamente mais grave, foi praticamente fingir que não existe responsabilidade limitada.

É a melhor solução? Acredito que não. É o Direito tentando ser efetivo em uma sociedade desenhada para a inefetividade. E quase sempre falhando nisso.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #45 de 77
MDMA  
em 18/05/2019 20:05
Não tem nada haver os 51%, o que decide é quem pode assinar e constituir dívida pela empresa, normalmente o administrador. Se tem 1% ou 99% vai responder da mesma forma perante terceiros. 
Basta vc ser o administrador e colocar no contrato social quem pode assinar e fazer outros haveres.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #46 de 77
MarkFord  
em 18/05/2019 20:12
Aplicar a desconsideração civilista, no Brasil atual, é dar carta branca para o calote. Vira uma festa. Nas condições atuais, isso é simplesmente impossível pela falta de vergonha na cara de boa parte dos devedores. Responsabilidade limitada só funciona em sociedades responsáveis. Na nossa, nas condições morais baixíssimas em que nos encontramos, é abrir a porta para a injustiça. É ver devedor morando em mansões, e andando de carro de luxo, fazendo pouco caso dos credores. Isso já acontece com frequência, mesmo com o direito dificultando a vida de devedores, imagine se escancarar as portas para o calote com desconsideração civilista.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #47 de 77
naoeoxi  
em 18/05/2019 20:28
Essa é a parte ruim de ser empreendedor que ninguém te conta. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #48 de 77
naoeoxi  
em 18/05/2019 20:34
No Brasil quem tem patrimônio que não tenha empresa é quem tem empresa que não tenha patrimônio 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #49 de 77
Iruya  
em 18/05/2019 21:22
Vai no centro de SP e tira um CPF novo. problema resolvido, vai nascer de novo
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #50 de 77
Churchill85  
em 18/05/2019 21:49
Não tenho conhecimento dos tipos de sociedades jurídicas e seus funcionamentos mas imagino que por isso não existam anjos no Brasil quando comparamos com sociedades mais liberais, creio que se foi aplicado capital em uma entidade jurídica você é necessariamente sócio, portanto responsável legal por todas as merdas que acontecerem... mais um entrave para a fomentação de empresas no Brasil, unir ideias ao capital... por todos esses aspectos sempre estaremos na lanterninha da evolução tecnológica e econômica 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #51 de 77
chmj  
em 18/05/2019 23:40
A recente medida provisória 881 ( mp da liberdade econômica), em seu art. 7o, altera o artigo  50 do código civil que trata da desconsideração da personalidade jurídica. A nova redação requer sempre a presença do dolo para que haja tal desconsideração dando mais segurança jurídica aos empreendedores.   A nova redação protege os bens dos sócios que não foram beneficiados pelos abusos.   Pelo
menos esse é o espírito da MP. 
Talvez, se esse artigo já estivesse em vigor, poderia ser utilizado em juízo para proteger o patrimônio do sócio que narra a história que abriu esse tópico. 

@oxe
@celtiberian
@RonaldReagan
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #52 de 77
chmj  
em 18/05/2019 23:50
@Churchill85

A lei complementar 123 (simples nacional) foi alterada, com vigência a partir do início de 2018, para contemplar a existência dos investidores anjos. Havia um problema de que o investidor anjo, uma vez sócio de uma empresa do simples, não poderia ser sócio de outras, por restrições do próprio regime. Dessa forma era impossível ser investidor anjo em varias empresas sem a segurança de ser sócio. A alteração legal agora permite que o investidor anjo participe dos lucros de varias empresas desse tipo sem ser sócio.  
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #53 de 77
Freiburg  
em 19/05/2019 00:47
Belas considerações sobre Direito Empresarial. No Brasil, é muito difícil empreender, mas jamais devem ser praticados atos fraudulentos na gestão. A mera insolvência não deveria gerar desconsideração da PJ.

Já vi, algumas vezes, sócio minoritário e que nunca foi administrador ser responsabilizado por dívida gigantesca da LTDA. E por falta de bens! Sem exame de fraude. Um absurdo!

É preciso haver cuidado ao se aplicar a desconsideração da PJ, para que o empreendedor de boa-fé não saia prejudicado e isso não desestimule a livre iniciativa no país.

Grande obstáculo: como disseram, há por outro lado uma cultura do crash & dane-se, em que sócios usam a empresa sem atender à responsabilidade social que ela possui (trabalhadores, fisco, fornecedores, consumidores). Somente a correta ponderação no exame dos casos concretos, em dívidas de diversas naturezas, pode nos guiar prum cenário em que a desconsideração seja um instrumento de proteção da sociedade (principalmente dos sócios de boa-fé) e sempre com respeitos aos tipos societários existentes.

Agora, é fácil traçar o ideal, na prática, onde há muitos casos em que o juiz (que, por vezes, não conhece profundamente Direito Empresarial) fica em dúvida, a coisa complica bastante, como a galera descreveu acima. Falta conhecimento sobre o mundo empresarial, suas maravilhas e seus cuidados. Uma anatomia das empresas. 

é esse o sonho: quem tá de boa, seja bem-vindo ao mundo da livre iniciativa e, se não der certo, que haja recuperação judicial, falência ou dissolução consensual; quem quer roubar, tem que ficar fora da praça.

Abraços! 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #54 de 77
Churchill85  
em 19/05/2019 01:57
@chmj 2018? A justiça sempre atrasada, ainda mais brasileira... é apenas para simples? Simples está associado a um valor máximo de faturamento correto? E se a empresa deixar de ser simples o que acontece?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #55 de 77
FlyCavok  
em 19/05/2019 03:59
@RonaldReagan discordo. 

Temos sim capacidade moral para possuirmos LTDA de verdade. O que não podemos é continuar nesse pensamento de que se 1 faz algo errado todos têm que pagar.

Isso legitima o erro, que deixa de ser moral e passa a ser jurídico. Qual regra é mais bem respeitada, a que a sociedade impõe com seus costumes morais ou a da lei? Ao meu ver a da sociedade é bem mais forte, tanto que para mudar um costume leva gerações.

Mas enfim. Empreender no Brasil é muito complicado. Negócios em que você é dono de 51% e se tornam grandes empresas são raros. O malefício de dificultar o empreendedorismo e a inovação me parecem muito piores que o benefício de punir alguns infratores
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #56 de 77
danesseAsVoadoras  
em 19/05/2019 04:58
Cara.. Como você tem estômago pra seguir o r/brasil? #PAS eh não seguir aquilo. Só tranqueira de política e fake news o dia todo.

Cada 10 postagens, 8 são fake news sobre política. Eh tipo abrir site de notícia ou ligar na rede blobo de alienação .
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #57 de 77
chmj  
em 19/05/2019 06:05
@Churchill85  
A regra vale apenas para o Simples. É o regime tributário em que iniciam (e permanecem) a grande maioria das empresas no país. Tem um limite de faturamento de 4,8 milhões de reais/ano. A lei que prevê a figura do investidor anjo foi feita pensando nas startups.  Realmente o Brasil é lento. A previsão legal só apareceu em 2018. Desconheço o que acontece com o investidor se a empresa sair do regime simplificado por ultrapassar o limite de faturamento.

De qualquer forma , em empresas maiores, não há limitação de uma mesma pessoa ser sócia de varias empresas sem correr o risco de ser desenquadrada do regime, limitação existente no simples nacional. 
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #58 de 77
oxe  
em 19/05/2019 06:48
@chmj

Não teria feito diferença porque a desconsideração civilista (essa do art. 50 do CC) não é a mesma aplicada na área trabalhista, que segue os parâmetros do CDC.

Além disso, é quase consensual na doutrina que a redação proposta pela MP para o art. 50 do CC não está perfeita. Um conjunto de alguns dos maiores especialistas em Direito Civil do país entrou em contato com um parlamentar (não me recordo qual) pra propor emendas e adequar o texto ao que a doutrina e jurisprudência civilistas vêm aplicando. Lembrando que uma Medida Provisória precisa ser convertida em Lei no prazo ou então caduca e perde efeitos.

E ainda tem outro defeito, é bem possível que essa MP seja questionada no Judiciário porque ela dispõe sobre normas gerais e princípios, matéria que não é própria de uma MP (que deve tratar de temas urgentes). Então talvez haja um vício formal aí.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #59 de 77
celtiberian  
em 19/05/2019 09:54
@mvbs

Eu não sigo r/brasil, aquilo foi tomado por soyboys, cheguei nesse texto por um crosspost em outro subreddit.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #60 de 77
Rodha  
em 19/05/2019 11:41
Bullshit jurídico tbm deveria ser excluído
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #61 de 77
Bastter  
em 19/05/2019 11:54
o problema aqui e eu acompanhar esta discussao inutil e saber o q eh bullshit
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #62 de 77
Ganso  
em 19/05/2019 21:43
Tenho um amigo de 42 anos que desde os 20 tem o cpf ferrado pelo pai, o cara entrou ate em depressão, nunca mais conseguiu limpar o nome nao pode ter nada, agora o pai teve q abrir outra empresa no nome da irma. Complicadíssimo, divida trabalhista eles vao ate o fundo do poço buscar
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #63 de 77
naoeoxi  
em 20/05/2019 09:22
Na teoria: A responsabilidade de cada sócio está limitada ao capital social da empresa

Na prática. A empresa quebra e obviamente deixa dívidas, fecha as portas, o oficial de justiça não localiza a empresa para citar as execuções e informa ao juiz, que,  a pedido do exequente,  desconsidera a personalidade jurídica alegando fraude no encerramento da pessoa jurídica, direcionando a dívida para os sócios. 

Acabou a responsabilidade limitada. Fim.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #64 de 77
Bastter  
em 20/05/2019 10:03
acho impressionante como vcs insistem em discussoes inuteis
sempre foquem suas vidas no q vcs podem fazer para se proteger
e nao no pais, nas leis, nos juizes

LTDA no Brasil so se vc tiver 51% e o poder de administrar
e nao entrar ou sair dinheiro sem vc autorizar
se nao for assim nao faça parte

acabou

nada dessa discussao faz a menor diferença
eh sempre o individuo
sempre o q vc pode fazer para se proteger
e nunca se o Estado, o ONREVOG, as leis, os juizes vao te proteger ou nao
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #65 de 77
Plutus  
em 20/05/2019 10:37
Deixa o pessoal discutir @Bastter, essas coisas podem ajudar pessoas que não sabem dos riscos de LTDA.

 

Sobre o caso, eu passei muito perto de sofrer o mesmo, quando a empresa do meu pai estava indo para o buraco, ele pensou em abrir nova empresa no meu nome para recomeçar (zerado de dívidas) e que ia dar a volta por cima. Eu, adolescente na época, provavelmente cederia, minha mãe me salvou, barrou e brigaram feio, depois disso nunca mais se deram bem e, mais velho, soube que minha mãe me salvou, ao entender de finanças e leis brasileiras.

 

Meu pai acabou abrindo a empresa com um amigo dele de muitos anos, advinha? Deu errado. Meu pai é endividado até hoje, nunca se reergueu, sempre foi péssimo em lidar com dinheiro e, pior, nunca teve a noção de diferença entre trabalho "inútil" financeiramente (rotineiro, que não gera mais receitas) e trabalho bom financeiramente (gera mais receitas). Maior parte do tempo ele fazia trabalho burocrático que nunca geraria mais dinheiro para a empresa.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #66 de 77
Bastter  
em 20/05/2019 11:05
@afalsetta nao, nao pode
pode discutir estas coisas cria a ilusao q ha alguma proteçao juridica e nao ha
a unica proteção é o q eu escrevi

com a discussao de vcs pessoas vao achar q podem aceitar qq outra condiçao diferente da q eu escrevi e nao podem

a discussao leva a ilusao de segurança juridica q nao existe no Brasil ate mesmo pq justiça no Brasil eh cabeça de juiz e nao leis
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #67 de 77
Bastter  
em 20/05/2019 11:06
LTDA nao pode ter dividas
qual a unica forma de garantir q nao tem dividas
vc eh dono de 51% e so entra e sai dinheiro com sua autorizaçao

qq outra forma seu patrimonio ta em risco
nao importa oq diga a lei ou o q qq um de vcs diga
so esta discussao ja mostra q nao ha segurança alguma em leis
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #68 de 77
Plutus  
em 20/05/2019 11:12
@Bastter é justamente por não ter segurança jurídica que acho importante a discussão.
Muitos colegas que trabalham na área trabalhistas dando mostras como isso acontece. A chance de ferro em LTDA é grande, então é importante a pessoa saber porque tem que ser do jeito que você fala: Sem dívidas e com você no controle.


Sobre mudar o paradigma do Brasil, isso também não acredito. Para mim, o Brasil sempre será um país atrasado, pois a mentalidade anti-empreendedor ainda é muito forte por aqui.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #69 de 77
Dogoncio  
em 20/05/2019 12:45
No Brasil o único direito legal que você tem ao abrir uma empresa é ganhar um gif do Dirty Harry dizendo "Are you feeling lucky, punk?".

Eu ouvi dizer que com a common law é menos essa festa do caqui e a insegurança juridica não é um problema tão enorme como aqui. É verdade isso? como funciona?
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #70 de 77
Dudinka  
em 20/05/2019 13:09
@bastter

Patrao, essa conta sua nao ta fechando .... se pra ser bom vc tem q ter 51% , outros socios terao no maximo 49% .... se eles  seguirem o que vc prega nao aceitarão.... nunca vai formar sociedade.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #71 de 77
Ganso  
em 20/05/2019 13:15
Fecha sim pq quem tem mais grana dita as regras, aceita quem quer
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #72 de 77
Bastter  
em 20/05/2019 13:24
@Dudinka vcs nao aprendem nunca
impressionante

resolve o seu problema
os outros q se dane
e a maioria vai ser sempre idiota

e se vc for honesto nao vai fazer dividas e nao vai ferrar eles

enquanto a sua cabeça for todo mundo vc nao sai do lugar
nao existe todo mundo
resolve o seu problema

e 100% eh maior do q 51%
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #73 de 77
melzao  
em 20/05/2019 15:36
@marcusvfa

 

As coisas estão mudando. Vai levar ainda muito tempo pra burocratas e juristas entenderem a importância de uma pessoa jurídica com responsabilidade limitada, mas um dia chegamos lá...

 

O mesmo vale para credores irresponsáveis que aceitam dívidas de qualquer um sabendo que o judiciário é uma mãe...


Apenas a título de discussão, segue texto sobre a MP da liberdade econômica, escrita com ajuda do pessoal do [REMOVIDO] (por onde conheci o Bastter):

 

https://jus.com.br/artigos/73648/a-medida-provisoria-da-liberdade-economica-e-a-desconsideracao-da-personalidade-juridica-art-50-cc
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #74 de 77
Onepunch_man  
em 13/12/2022 11:08
Vim sardinhar e encontrei esse tópico.... Percebi que sou burro e ansioso, rs
Obrigado bastter.com
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #75 de 77
Minnie  
em 13/12/2022 13:05
Esse tema é muito sério. 

Conheço dois casos parecidos.

1) Em um deles, a minha colega casou em regime de separação total de bens porque o marido dela teve o mesmo problema do autor do tópico. O rapaz nunca teve cartão de crédito, nem conta em bancão.

Eles já eram casados e ele abriu uma conta num banco digital, para receber alguns valores de serviços esporádicos que ele prestava, e em um mês já bloquearam coisa de 1.000 reais.

Além de ele não ter paz financeira, o bloqueio afetou também a imagem dele no mercado de trabalho.

As pessoas pesquisam a vida passada e vêem a execução judicial da dívida, quase milionária, daí perdem a confiança nele e não contratam. Atualmente a fonte de renda dele vem de bicos.

A minha colega é quem é arrimo da família e controla as finanças.

2) No outro caso, o pai de uma amiga é o autor do tópico. Ele casou em regime de comunhão parcial, mas ele e a esposa não tem nada no nome deles.

Ele comprou um apartamento e colocou no nome de um AMIGO. Ele quitou o apartamento que está em nome do AMIGO. E o amigo é um senhor idoso.

Minha amiga sabe que é rolo e tá tentando ir atrás de corrigir a parte documental do imóvel, antes que o senhor faleça.

Hoje, os pais delas são separados, em grande parte por conta das dívidas.

...

Em resumo, a meu ver, as conclusões do tópico são:

1. Não faça parte de empresas que vc não gerencie diretamente

2. Se tiver empresa, nunca faça dívidas, especialmente trabalhistas e fiscais (nessa ordem), porque a Justiça é desfavorável a vc (FIM)

3. JAMAIS coloque empresas em nome dos filhos (não estou falando de holding patrimonial)

4. Se tiver empresa com dívidas, faça tudo para pagar. Se não tiver, procure algum adv especialista em renegociação de dívidas e em recuperação judicial e falência. A recuperação judicial pode ajudar.

Não espere a coisa ficar insustentável. Resolva logo.
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #76 de 77
Bastter  
em 13/12/2022 13:12
"1. Não faça parte de empresas que vc não gerencie diretamente"

isso eh regra absoluta
eu pessoalmente nao faço parte se eu nao for o administrador

ja tive duas vezes que me pediram para ajudar no inicio
e queriam me colocar como sONcio
eu falei, ajudo com dinheiro mas nao coloco o nome

uma me pagaram direitinho ate devolverem o dobro do q eu coloquei e ai eu falei, sigam a vida, eles estao indo ate hoje e fico feliz deles estarem bem, nao ia mudar minha vida e se eles ficarem milionarios parabens
eles dizem q se um dia forem comprados vao dar minha parte
se derem ou nao, eh problema deles e nao meu

outra nao aceitaram e foram ate honestos nisso
quebraram e estao com dividas
e meu nome estaria no meio

prefiro ser enganado ou roubado do q colocar meu nome em risco
ao menos na primeira situação vc so pode perder o q colocou
se tiver seu nome pode perder todo seu patrimonio
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História real: "Herdei um caminhão de dívidas do meu pai que jamais conseguirei pagar" - #77 de 77

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