Residência médico saúde da família
comentada em 27/07/2021 17:59

Pelo que vejo aqui onde moro, maioria trabalha em posto de saúde e tals.
Alguns dão sorte de fazer contatos grandes com gente influente e famosa e viram "médicos particulares".
No geral,remuneração abaixo do que as outras residências e empregabilidade um pouco menor.
Mas não é um salário de.fome e dá pra viver tranquilo, se gosta e terá prazer vai fundo!

Saúde da Família é  excelente. Trabalhei muito tempo em PSF. A grande questão é que uma especialidade que depende totalmente do ONREVOG. E depender do ONREVOG não é nada bom. A menos que seja um grande sonho ou projeto de vida... 

No estado onde moro parece que vários planos de saúde estão contratando médicos com residência em saúde da família para atendimento no home care. Queria entender esse tipo de projeto, que foge um pouco do ONREVOG. Minha impressão como leigo sempre foi essa dos dois comentários acima.

@John_Nada é uma especialidade muito interessante. Com foco maior em amplitude de conhecimento do que em profundidade. 

Como você disse muitos planos estão contratando esses profissionais não só para Home Care mas tb como “porta de entrada” do paciente ao atendimento ambulatorial. A partir deste médico o paciente teria acesso a outros profissionais, tanto médicos especialistas quanto fisioterapeuta, nutricionistas...

Grandes sistemas de saúde mundo afora como Canadá, França e Reino Unido centralizaram a atenção primária na figura do médico de família. Isso reduz custos e vem sendo implantado no Brasil. Então existe esse campo de atuação como médico do posto de saúde. 

Um bom médico de família vai funcionar exatamente como aquilo que o Bastter prega aqui será aquele cara que centraliza o cuidado do paciente. 

Atualmente a meu ver esse médico ainda é subvalorizado no Brasil. Deveriam receber mais. 

A medicina que qualquer recem formado ganhava muito dinheiro acabou.

Conheço médicos de várias especializações que não estão ganhando muito dinheiro (ginecologia, pediatria, otorrinolaringologia, dermatologia, ortepedia, etc...).

Medicina ainda é uma profissão privilegiada em relação as outras, mas cada vez menos.

O mais importante é fazer o que gosta.

Se gosta, eu acho uma boa, acaba sendo um diferencial na hora de conseguir emprego em um PSF.

Sou medico cardiologista e pediatra e sugeriria outra especialidade. 
Infelizmente saúde da família do Brasil não e valorizada, e o campo de atuação desse profissional muito limitado. 
Porém o principal e atuar numa área que se sinta bem! 
As jornadas de PSF serão menores e com uma rotina de vida mais tranquila, então se o perfil da pessoa for esse, vale a pena, mas não tem chances de aumentar o salário. 

Se eu tiver alguém próximo que queira fazer medicina da família, eu diria para fazer o que gosta, evoluir sempre e ser feliz. Só seria interessante, acompanhar uns meses, se possível, a atuação de um profissional de confiança da área, para certificar se é isso mesmo que quer. Quanto ao salário, eu não me preocuparia, pois aplicando bem a filosofia do site, encontraria a sua liberdade financeira. No entanto, alertaria no seguinte ponto: Área que tem procedimento médico e "bom consultório", colocam mais oportunidades a seu favor. Por exemplo, se você tiver hipertensão arterial, na maioria das vezes vai procurar um cardiologista (Isso é o que a maioria pensa, por mais que o Bastter vai falar que tem que procurar um bom clínico. A especialidade te abre portas até para exercer clínica médica) e, raramente, um nefrologista (Médico dos rins) para cuidar da "pressão". O médico da família pode dominar o tema, mas consultório particular é mais difícil de "engatar". Não garante nada, mas é a idéia de colocar mais chances a seu favor se obviamente tiver afinidade. Levando isso em conta e mesmo assim querendo continuar na área, eu apoiaria!

Qual a diferença entre médico da família e clínico geral?

É uma área com muito espaço na aérea academica- meus amigos que fizeram , durante a residência já foram formados pra preceptoria, receberam proposta das faculdades e atuam no ensino.
e varios planos de saúde tem chamado como plano piloto.
é uma tendência 

Médico de família no futuro vai ganhar igual um professor, cada ano o salário abaixa mais

E a maior parte da oferta de emprego é do ONREVOG, risco enorme 

Abriram muitas universidades nos últimos anos, quem não tiver uma especialidade mais complexa vai passar fome ... 

@oxe todo médico se forma como generalista. 

O clínico geral faz uma residência em clínica médica onde o foco maior é o atendimento a pacientes internados no hospital e ao acompanhamento ambulatorial após internação. Tem uma visão mais profunda. 

O médico de saúde da família faz uma residência mais focada em atendimento primário, posto de saúde, com um leque mais amplo de doenças mas com menos profundidade. 

Estou atuando no programa mais médicos no interior do estado do Rio de Janeiro. No final terei um titulo de médico da família e comunidade, mas sem dúvida a residencia me daria muito mais conhecimento. Estou lá como um meio financeiro e também porque gosto de ambulatório e contato com o paciente. O problema que vejo é estar atrelado a ONREVOG, prefeitura então só tristeza. Mas na capital já tenho um colega que me relatou o mesmo que aqui, planos montando clinica da família.

 

No ponto de vista econômico, o médico da família sai mais barato e é a melhor opção para uma primeira consulta. Não sei se é "tendência" no meio privado, mas acredito que o meio público terá espaço, só não conte com grandes salários, provavelmente a mão de obra ficará ainda mais barata. Pra quem quer ter o seu próprio consultório, eu aconselharia se especializar ao máximo numa área específica, senão vai ficar "refém" de ONREVOG e clínicas, mas serei sincero, não dá pra dizer se isso é bom ou ruim, único conselho razoável é que o colega seja o melhor possível na área que atuar.

O meu #vailaefaz dos sonhos seria montar minha própria clínica aos moldes de uma UBS, com engajamento dos clientes e acessibilidade, mas sem os entraves do sistema público. No entanto isso só seria com mais alguns anos de profissão nas costas e muito estudo, clientela conquistada e etc.

@Stoic

Pela descrição que você deu e olhando daqui, enquanto leigo, a mim parece que o médico de família tem um papel importante nesses tempos de custos crescentes da saúde e falência dos planos. Não me parece que há sustentabilidade em qualquer sistema de saúde se não focar em prevenção. Mas eu sou leigo, é só uma impressão.

Obrigado pela informação.

Os planos de saúde têm contratado esse profissional para reduzir custos com boa assistência médica. É uma tendência. 

@oxe é exatamente isso. Alguns sistemas de saúde já funcionam se sustentando na figura do médico de família. 

É bem provável que os planos de saúde façam o mesmo. Na UNIMED Bh por exemplo ja existe uma modalidade em que o usuário obrigatoriamente passa por um médico desses. 

Em BSB, o salário é excelente. Contudo, as condições de trabalho na Atenção Básica estão péssimas (pra dizer o mínimo). As equipes vivem "descompensando".

Metade vive afasta pela Med. do Trabalho. E não é corpo mole! Saúde da Família seria uma maravilha, se tivesse condições de trabalho...

Pessoal tá comprando soro do bolso pra realizar tratamento de dengue nos pacientes... Situação deplorável. O Estado literalmente escolhe quem vive e quem morre.

Os servidores estão pirando e entrando em depressão...

Boa sorte aí. Vai ser bem vindo!

Não acho uma boa ideia.

Se esse seu conhecido tem muita insegurança ou alguma deficiência talvez seja melhor fazer a residência. Contudo, de modo geral,  uma boa faculdade de medicina já é suficiente. O resto aprende no dia a dia acompanhando os pacientes e estudando. Faça um curso e participe de reuniões ligados a uma universidade. Se tomar gosto pode fazer a prova pra ter o título de especialista. Pelo menos era assim há dez anos atrás quando me formei e fiquei um tempo no PSF. Creio q não tenha mudado muito. 

Atenção básica em saúde é algo fundamental para o país. Isso não se discute. Agora, não consigo extrapolar isso para a residência de medicina de família. Não consigo ver em um eventual cenário de crise e de saturação do mercado algo q o diferencie em relação às outras especialidades. Vc pode ser um medico com residência em clinica q trabalhe no PSF, mas um medico com residência em medicina de família não conseguiria assumir todas as funções de um medico com residência em clinica  (emergências clinicas, enfermaria). 

Médico da família é um médico que vai trabalhar em postos de saúde, depender do Onrevog para receber algum dinheiro e nunca vai fazer algo mais complexo do que encaminhar um paciente para um colega especialista. Pouca responsabilidade, pouco ganho. Dificilmente vai ter um processo nas costas, pois vai agir na medicina preventiva e apenas no básico da curativa. Bom para quem não quer ter fortes emoções e não almeja grandes vôos.

Quando se debate sobre futuro na promissão, duas coisas tem que ser analisadas: realização profissional e sucesso financeiro.

Se seu parente já está decidido, realmente não vale a pena discutir muito para não criar alguma intriga. O que você pode fazer é se informar para estar ciente da situação.

Já se a pessoa está na dúvida, e o aspecto financeiro importa, acho que seria muito relevante levar muito dos comentários desse post à ela, pois a escolha da residência médica é como se fosse definir uma "nova profissão" ao médico.

A medicina da saúde e família até pouco tempo atrás era realizada por apenas recém-formados. O último ONREVOG incentivou bastante a abertura de residências nessas áreas, criando muito estímulo em algumas pessoas. Assim, hoje temos alguns "especialistas" nessas áreas , que "apresentam preferência" para ocupação de vagas em postos de saúdes juntamente com os recém-formados.
Porém, a medicina foi a última graduação a sofrer com a abertura em peso do número de faculdades. Logo mais teremos aumento da quantidade de médicos de forma exponencial, e as áreas de generalista (como atendimento em PSF e plantão de clínica médica) serão as mais afetadas com o aumento da demanda e a redução significativa do pagamento pelo trabalho.

Com certeza, em um futuro com muitos médicos, quem tiver residência em saúde da família, terá preferência na ocupação dos postos de saúde. Mas não precisa imaginar muito, para concluir que os salários serão reduzidos, já que existirão muitas pessoas desejando vagas cada vez mais disputadas.
Vi um comentário acima dizendo que médicos com essa especialidade atuam em alguns homes cares..
Com o aumento na quantidade de médicos e especialistas, isso tenderá a não ocorrer, pois com certeza uma empresa dona de home care, iria preferir um médico com treinamento em medicina intensiva ou com bom atendimento em suporte cardiológico, do que um médico especialista na saúde coletiva.

Assim, acredito que o  futuro dessa residência será trabalhar para o ONREVOG, com vagas mais disputadas (apesar da preferência no mercado para postos de saúde) e salários mais reduzidos.
Fora isso, é uma área que fica muito difícil a formação de consultório particular, pois a grande característica dela é a atuação coletiva e análise do risco populacional.

Caso haja interesse financeiro maior de sua parente, diga para ela avaliar outras áreas, principalmente algumas de acesso direto que não são tão vistas durante a graduação.

O retorno financeiro na medicina (como já foi dito) se baseia em procedimentos, exames complementares ou consulta individualizada de alto padrão.
Medicina de saúde da família não apresenta essas características, enquanto existe "um mundo" de especialidades com esses benefícios.

Mas, isso tudo, devendo analisar (como já disse) a realização profissional da mesma.
Mas, custa nada tentar. Tenho certeza que devem ter, no mínimo, umas 5 especialidades MUITO BOAS que sua parente não teve contato algum durante a graduação, e caso não tenha interesse em descobri-las, ficará sem saber o encanto das mesmas. Abraço!!

O @TiagoACA deu a resposta que eu daria.

Tenho conhecidos que fizeram MFC, a infraestrutura no posto é muito ruim, exige uma certa falta de empatia senão você vai sofrer muito. Uma colega desistiu pela frustração, falta de medicação, pacientes com suspeita de neoplasia que não conseguiam encaminhamento para investigação e fez nova especialidade em Anestesio. Outra acabou virando burocrata na secretaria de saúde.

A MFC surgiu no UK por que lá tem o SUS deles, porém o nome é GP (general practice) daí aqui deram uma esquerdada no nome e ficou MFC (Medicina de Família e Comunidade). Lá só consegue atendimento com especialista após avaliação do GP.

Aqui seria bom essa mecânica tanto no SUS quanto particular pois otimizaria o atendimento dos especialistas, mas não funciona. O certo seria o GP/MFC ser um profissional MUITO BEM preparado e remunerado para resolver uma quantidade grande de queixas sem encaminhar, porém o ONREVOG já mostrou a sua preocupação com a saúde básica contratando profissionais cubanos.

Lá nos idos de 2014 quando começou o Mais Médicos as prefeituras demitiram médicos para receber os do programa porque era verba federal e não era gasto da prefeitura. Conheci gente que passou por isso.

comentários muito interessantes 

Sou Clínico Geral e vejo muitas policlínicas particulares pequenas abrindo planos de saúde, tipo plano de 20 reais por mês e acesso a consultas mais baratas. Tem muito profissional de Medicina Preventiva trabalhando nestas clínicas particulares, agora não sei como é a remuneração 

Quanto a trabalhar em postos de Saúde, você ficará na mão do ONREVOG infelizmente, que atrasa salários e você não tem como controlar a política futura.

Com o Mais Médicos muitos profissionais brasileiros foram demitidos para dar lugar a profissionais estrangeiros. 

Outra opção que remunera melhor para quem trabalha na área (voadora em 3...2...1....) é concurso na Anvisa. 

Cara o Brasil segue os EUA, lá a população só procura especialistas para qualquer coisa. Pressão Alta -> Cardiologista. 
Europa -> médico da família

Fazer só uma residência hoje em dia é pouco.

topico de alto nivel. obrigado pelas informações

Bom dia, sou médico urologista. A profissão médica está com tendencia de baixa dos rendimentos nos últimos anos, não só no PSF, mas também em todas as especialidades. E o horizonte não contempla uma reversão desta tendência.  Independentemente da especialidade que você escolher, sugiro que nunca pare de estudar, faca cursos de reciclagem, frequente congressos médicos, faca cursos de especialização ( subespecilializacao ), e se possível, pós-graduação ( mestrado, doutorado ). Somente desta forma é que você vai se diferenciar dos demais e ser bem-sucedido. Mas não se esqueça de cuidar de sua saúde e de sua família. Boa sorte !

A