Eu fico impressionado com a quantidade de gente despreparada no mercado. Não atende bem e não se preocupa em responder o cliente com a devida atenção. Sejam profissionais que você busca para prestar serviços no seu projeto, ou fornecedores, é fácil notar como é gritante esse comportamento inapropriado no brasileiro comum. Você procura um profissional que presta serviços e que dispõe no site dele contato de whatsapp e e-mail, com anúncio: "pode me chamar no whatsapp para não ter muita burocracia". Você envia zap, envia e-mail, com material completo e lista de itens que você precisa, material cujo qualquer júnior naquela área conseguiria montar uma proposta para você. O sujeito visualiza sua mensagem e te ignora, outros visualizam e te respondem quase 36h depois, e, a maioria nem te responde. Sabe o que é mais interessante? São justamente esses que se juntam pra reclamar da vida e falar de crise! Que tá difícil, que não tem trabalho, que não consegue pagar as contas, que pede dinheiro emprestado. Sabe o que eu faço quando encontro esse perfil reclamador? Nem uso de educação para ouvir: viro as costas e largo falando sozinho.
Bando de preguiçosos!
"Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior." - Provérbios 22:29
Em toda a bíblia a palavra obra é usada como sinônimo de trabalho. Será posto a serviços de reis os que se esmeram no seu trabalho - você que é agnóstico, ateu e sei lá o que mais, não pense em religião nesse ponto, pense na lição extraída.
Em palavras simples traduzidas para nossos dias é o que vemos na prática: quem trabalha direito, se esforça, se destaca da manada de inúteis, medíocres mentais e atende bem o cliente, prospera!
Outro exemplo que me deixou impressionado foi a dificuldade eu tive (e tenho) pra encontrar mão de obra operária (não são os citados no início do texto) pra trabalhar em obras. Vocês não imaginam a raiva que passei e o tipo de perfil que encontrei. Nem parece que precisam ou querem trabalhar, até piadinha tive que escutar. Sabe o que eu fiz? Lembrei de um colega sírio que tinha um foodtruck com a comida muito boa. Eu era cliente dele, infelizmente por conta de 'desventuras em série' - sim igual a do Jim Carrey - ele teve que fechar. Foi assaltado 3x consecutivas e bateu o carro outras 2 (não tinha seguro), me disse que o prejuízo foi tão alto que não aguentou. Numa conversa que tivemos tempos atrás, ele me disse que trabalhava com obras na Síria, com a parte operacional mesmo, mas teve que fugir de lá e recomeçou fazendo comida aqui. Como ele estava sem trabalho, fiz a proposta dele vir trabalhar comigo fazendo a parte de acabamentos. Meu... vocês não fazem ideia da felicidade que o cara ficou, me arrumou outros 3 colegas sírios pra conversar comigo, todos pareciam bem alegres por estarem tendo uma oportunidade de trabalho. Resolvi fazer um teste e coloquei eles na primeira obra, os caras deram um show! Humildade, perfil profissional e trabalho, trabalho e trabalho! Resultado? Vou ao máximo possível tentar trabalhar só com esses caras agora. Mão de obra operária, a maioria que vejo aqui, é tranqueira demais! Os caras refugiados, estrangeiros, arregaçando as mangas e indo pra cima. Na primeira eu paguei o salário base de SP, na próxima se Deus quiser, vou conseguir de aumentar o pagamento deles.
Restaurante grande aqui no bairro fez a mesma coisa, deu chance de trabalho para refugiados. O dono pegou funcionário roubando e já tava de saco cheio do monte de reclamação de atendimento que recebia, teve surto de ira e mandou quase todo mundo embora. Eu moro aqui há algum tempo e posso dizer que o restaurante melhorou muito! Conhecidos meus que almoçam lá comentaram comigo a mesma coisa, elogiaram justamente o quesito 'atendimento'. Os caras te atendem numa boa vontade, você vê que são gratos de estarem ali trabalhando. Resultado: restaurante vive cheio nos últimos meses.