Diferentes tipos de exercícios define diferentes formas para o coração
comentada em 02/06/2019 21:09

Será que o princípio é o mesmo para o cérebro? Quer dizer, o cérebro de duas pessoas especializadas em atividades bem distintas será diferente pra acomodar a maior eficiência para essas atividades?

@oxe

eu nao sei sobre morfologia ou bioquimica cerebral, mas qdo vc treina seu cerebro de um jeito (por exemplo, fazendo um tipo de trabalho durante muitos anos), vc acaba tendo aquele tipo de reacao treinada com mais facilidade e, alem disso, com preferencia em relacao as outras reacoes.

(nao sei se me expliquei direito)

@mauro.jasmin

Tem até um vídeos com.cobaias mostrando isso. Bem interessante a dinâmica do nosso sistema nervoso.

@oxe isso que vc está falando se chama neuroplasticidade. 

Até não muito tempo atrás acreditava-se que o cérebro pouco se desenvolvia após um certo período e que os neurônios morriam e não eram substituídos. 

Hoje acredita-se que o cérebro muda, cria novas sinapses...

Dynamic Brains and the Changing Rules of Neuroplasticity: Implications for Learning and Recovery

Bem interessante, Stoic. O corpo parece ser uma máquina que busca a máxima eficiência. Isso só mostra como é importante oferecer estímulos a ele para se desenvolver.

Mais ou menos isso mesmo, @oxe. Mas discorre disso um bullshit cada vez mais recorrente: “tal atividade mudou a forma como cérebro trabalha”. 
Normalmente se usa isso como argumento para respaldar e enaltecer essa atividade.

Muito comum citarem isso com a meditação, estudo de línguas, luta...

É um bullshit que até gnt boa usa, mas acaba que qualquer atividade/experiência emocional minimamente complexa vai ter um impacto no indivíduo, e isso reverbera em seu corpo.

No seu exemplo, cada um vai se desenvolvendo e tornando-se mais eficiente no caminho que escolheu percorrer, e portanto vai sobrando mais energia pra se refinar. No final das contas os recursos são finitos, mesmo pras suas redes neurais.
O que eu acho assustador e uma vantagem competitiva absurda é que não parece importar qual atividade você desempenha, ou a natureza dela, sempre há um incremento na eficiência.

@guest

boa explicação para o que eu não conseguia me fazer entender lá em cima, hahahahaha....
agora ja sei

e talvez por isso qdo vc desenvolve muito um idioma diferente, por EXEMPLO, vc acaba perdendo um pouco do outro.

"recursos finitos"

@Crocodile_Dundee

vou procurar.
Obrigado

@mauro.jasmin kkk, enchi mais a linguiça apenas. Quanto a recursos estava pensando mais no oxigênio, glicose e na excreção dos lixos... Nos recursos que você gasta para realizar uma atividade no agora. 
Quanto a perder um pouco do outro, nesse exemplo, eu não sei bem, acho que você só enferruja, e vai se acostumando a usar fonemas diferentes, e numa frequência diferente, de um jeito levemente diferente da língua mãe. Perder nesse contexto é uma palavra forte. Criança que muda de país é outra história.

No geral qualquer atividade que vc para de desempenhar vai ficando menos eficiente, mas nunca volta pra estaca zero, e é mais fácil de retomar o desempenho do que aprender do zero.
Pra todos os efeitos não me parece claro que exista algum limite de informação retida ou aprendizado, com a nossa expectativa de vida. Portanto, mesmo sem meta a gnt deve tentar dobrar a meta

@guest

criancas sao maquinas de aprender.
tanto linguas qto esportes, sem falar na interação com eletrônicos que antes de falarem já desenvolvem.

agora eu, quanto mais aprendo espanhol, mais falo besteira em português.
as vezes sai cada coisa que me dá vergonha....

bom domingo!!!

Bem legal o artigo. O Carmichael, treinador do Armstrong, já dizia que para ficar bom em alguma coisa você tinha que treinar exatamente aquilo. Se o Lance queria ganhar o TDF nas montanhas, ele treinava subir e descer montanhas varias vezes ao dia durante vários dias da semana.