CURSO DE ENGENHARIA CVIL

#VAILAEFAZ
ReneDescartes  
em 03/07/19 13:57

Comentários

Último comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei
Gregory_  
em 03/07/2019 14:05
Segue o modelo Europeu. Bastante prática e pouca carga horária. Estou terminando a graduação de Eng. Elétrica na UTFPR e a ideia tá sendo essa pra todos os cursos.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #1 de 45
Bastter  
em 03/07/2019 14:06
o maximo de pratica q vc conseguir implementar
e o minimo de gente olhando um cara falar q vc conseguir
e parabens
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #2 de 45
Carecoid  
em 03/07/2019 14:06
Cara, engenharia é prática, experiência.  Claro que tem que saber bem da teoria! Bom seria conversar com profissionais e empresas do ramo pra ouvir do q eles precisam nos funcionários!
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #3 de 45
Carecoid  
em 03/07/2019 14:10
Uma coisa que eu sempre falo no círculo de amizade é q engenharia é aplicação de toda a teoria da ciência! O grande diferencial da engenharia é a capacidade de criar, desenvolver, aplicar conceitos, etc.. Muitos, cerca de 90% dos q se formam em engenharia só sabem replicar oq aprendeu ou seguir as normas! (Isso é q é engenharia no Brasil)
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #4 de 45
oxe  
em 03/07/2019 14:11
Considere ensino baseado em projetos práticos interdisciplinares, ao invés de disciplinas estanques, puramente teóricas e isoladas. A prática deve ser pensada para o trabalho no mercado privado, mas também para a pesquisa (teórica e prática). Uma coisa complementa a outra.

Avalie a possibilidade de avaliação baseada também em apresentação e defesa de resultados dos projetos, não apenas em provas teóricas. É essencial que os alunos saiam preparados para argumentação. Na vida real, o trabalho é sempre desenvolvido e avaliado em um contexto social, a faculdade não pode diplomar um creep que não consegue falar em público.

É muito importante que o curso esteja atualizado tecnologicamente com a prática empresarial. Se na área se usa muito Excel, os alunos têm que aprender Excel. Se se usa esse ou aquele software ou linguagem, tem que sair sabendo.

É interessante que a faculdade faça parcerias com empresas da área para estágio dos alunos, oferecendo apoio nas necessidades dessas empresas.

Não cobre frequência além do que a lei exigir (se exigir). O interesse de aprender deve ser do aluno e ele é que deve avaliar o quanto a aula presencial é relevante pra ele em cada disciplina.

Valorize o tempo de capacitação e preparação dos professores. Um ritmo muito intenso vai exigir aulas mecânicas. É preciso equilibrar, levando em conta os custos também. Tente oferecer incentivos para a capacitação e faça avaliação de qualidade com os alunos. Não mensure apenas pelas notas da turma porque isso cria incentivos econômicos para a redução da qualidade da avaliação.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #5 de 45
ReneDescartes  
em 03/07/2019 14:14
@Henchenski voce teria algum material especifico? Tem coisa demais na net. Eu fiz parte da graduação e do phd nos eua. Mas nunca estudei na europa. Se puder me ajudar com alguma referencia seria otimo!
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #6 de 45
oxe  
em 03/07/2019 14:16
Outra coisa. Se possível, faça projetos voltados para atividades de extensão também. Impacto social.

E a mentalidade de empreendedorismo (aqui no conceito de inovação com aplicabilidade prática) tem que permear a instituição desde o primeiro contato.

O aluno tem que poder criar (não pode ser esmagado com exigências burocráticas inúteis que consumam todo o tempo) e tem que receber apoio nesse processo de criação. O modelo de ensino por projetos permite isso, desde que haja sempre esse cuidado de estimular a inovação.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #7 de 45
ReneDescartes  
em 03/07/2019 14:25
@oxe otimas colocações. Obrigado! Eu penso muito parecido com você. Inclusive na reunião coloquei vários dos teus pontos! Eu vou ter uma dificuldade de engajar professores nesse projeto. Outro ponto é que quero reformular toda a grade do curso. Tirar conteúdos inúteis e adicionar alguns que são cobrados pelo mercado e não dados no curso, entre eles: oratoria, marketing, finanças e vendas. Ao menos quero tentar abrir uma porta nessas áreas. Sai da faculdade em 2009 sem nem saber direito como prospectar um cliente. Valeu!!
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #8 de 45
Marcelo  
em 03/07/2019 14:29
coloque estágio como matéria obrigatória!!!

De preferencia, se possível, em obras. É claro que Eng. Civil tem diversas áreas....mas pode colocar diversos estágios nas diversas áreas....mas com mt prática.

na minha época, na UnB, estágio não era obrigatorio. Ou seja, vc podia se formar sem ter pratica nenhuma. Era mt comum o pessoal conseguir estágio na TIM e na Eletronorte. O que eu ouvia dizer é que eles só aprendiam a mexer no excel. Mais nada.....mas claro que o aprendizado depende mais do estagiário msm....de ir atrás, etc.

Eu dei sorte e consegui estágio em uma empresa de engenharia...obra e manutenção. Tudo que sei de engenharia aprendi lá!!!!! Claro que eu ia atrás....num ficava parado. 
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #9 de 45
Cruzeta  
em 03/07/2019 14:31
 @EnsonPortela
Dê uma olhada no currículo da
Delft University of Technology - Holanda
Harvey-Mudd College - USA
Franklin W. Olin College of Engineering - USA
Todas excelentes, com foco no ORUTUF e "hands on".
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #10 de 45
oxe  
em 03/07/2019 14:32
Só mais duas coisas:

1- O inglês é obrigatório hoje, para todas as pessoas. Idealmente, o aluno já entra sabendo inglês, mas provavelmente isso não vai ser uma verdade universal na faculdade. Considere oferecer curso de apoio na língua inglesa (pode ser parceria com algum cursinho, não precisa ser a faculdade que ensina) e oriente os professores a exigirem material no idioma (artigos, etc).

2- Hoje em dia já existem aulas gravadas por professores de várias das melhores faculdades do mundo, para a grande maioria das disciplinas de Engenharia. Por exemplo, o MIT Opencourseware tem um monte de aula excelente. Isso inclusive é mais uma razão para enfatizar o conhecimento do inglês (embora algumas das aulas tenham legenda em português também).

Tente fazer da aula na faculdade um ponto de apoio para o estudante, para tirar dúvidas e integrar teoria e prática (daí a ênfase em projetos). Se possível, e dentro das possibilidades de cada disciplina, seria ideal que os alunos fossem orientados a estudar a teoria antes da aula sobre o assunto, para que a aula fosse apenas uma complementação. Para isso, é possível indicar o vasto material de apoio disponível na Internet (como esses cursos do MIT, cursos do Khan Academy, etc), além de livros didáticos, artigos e outros materiais elaborados pelo próprio professor.

Se a faculdade só repetir tudo o que já tem na Internet, ela é inútil e serve só pra cumprir tabela.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #11 de 45
Old  
em 03/07/2019 14:48
Quando fiz o curso havia muitos professores que não tinham mestrado / doutorado, mas uma enorme bagagem prática, eram as melhores aulas.
Hoje dão muito valor aos títulos e pouco à experiência e o resultado é a formação de engenheiros de planilha, sabem tudo de CAD, excel, etc..., mas não tem a mínima noção de como projetar ou construir uma obra.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #12 de 45
diogo.jorqueira  
em 03/07/2019 15:03
@EnsonPortela Boa tarde, tudo bom com você? Sou de Engenharia Química, mas ainda assim acho que tem muitas coisas que senti falta durante meu curso que talvez você possa implementar. Desculpe o tamanho do texto desde já.

1 - Minha maior frustração na graduação foram justamente as aulas. Em cerca de 90% delas, eu perdia tempo, pois muitos professores infelizmente não são professores de verdade, são apenas palestrantes (vulgo leitores de Power Point). Particularmente, eu enxergo o professor não como o mais inteligente da sala, e sim como um facilitador do conhecimento. Como filosofia de ensino, seria legal colocar como foco da aula o entendimento do aluno, bem como exercícios também (tipo 50/50) pra cada. Afinal, o conhecimento hoje está espalhado, os alunos tem acesso a livro facilmente.  A metodologia e os livros do Prof. Pierluigi Piazzi podem te ajudar muito nesse aspecto.

2 - Mesmo gostando da área acadêmica, concordo com os colegas acima que falta muita prática na sala de aula, ou exposição de aspectos práticos. Vejo que muitos temas em sala de aula são de pesquisa futurista dos docentes e/ou teoria, que talvez terá aplicação só daqui a muito tempo (esse é um problema recorrente na EQ). Nesse ponto, vale a pena chamar pessoas do mercado para dar palestra pelo menos 1 vez no semestre no seu curso. É outra visão e vale muito a pena. Ou até mesmo colocá-las como avaliadoras dos projetos de seus alunos, garanto que os alunos vão gostar.

3 - Acho importante estimular o uso de alguma linguagem de programação (C, C++, VBA, etc.) e também de pacotes matemáticos (Matlab, Scilab, Wolfram, e por aí vai). Isso pode ser visto na parte de projetos do curso. Quem não sabe programar o básico hoje em dia está perdido em exatas, mesmo que vá só pra área experimental.

4 - Por fim, estimular parte de análise econômica e empreendedorismo nos projetos..

Qualquer coisa só me mandar recado que podemos conversar mais depois. Abraços.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #13 de 45
B.Balboa  
em 03/07/2019 15:12
Parabens pela iniciativa!! Participo de um projeto parecido há algum tempo. Gosto muito de metodologia de ensino ativas como PBL, PjBL, Hands On, Flipped Classroom entre outras. Faço parte de um grupo de pesquisa e implementação dessas metodologias no Brasil com parcerias na Europa e EUA para estudar os casos de sucesso. Sempre é muito bom ver mais gente tentando fazer coisas diferentes. O caminho é longo e árduo é existem algumas coisas que você precisa se atentar:
1 - exige uma legislação sobre o conteúdo mínimo que precisa ser passado. Isso engessa muito nosso sistema quando comparado a Europa e EUA.
2 - existe um sistema de avaliação que por mais mal feito que seja é usado para comparação de ensino entre os cursos do Brasil. E isso determina a sobrevivência do curso.
3 - o corpo docente precisa estar alinhado o que vai dificultar bastante. 
4 - o corpo discente precisa ser bem trabalhado sobre a metodologia adorada. Na maioria das vezes o metodologia ativa é vista como um "Não estou aprendendo nada"
5 - existe uma linha muito tênue entre aulas práticas e apertar o botão no computador. Cerca de 90% dos alunos irão apertar botão o que vai impactar diretamente item 2.
6 - muito cuidado com a cultura do ensino tradicional que vem fortemente enraizada nos alunos.


Não quero ser um detonador de ideias mas isso é o que venho enfrentando nos últimos 5 anos. Quero continuaf acomapanhando e trocando ideia sobre isso. Muito sucesso!!
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #14 de 45
B.Balboa  
em 03/07/2019 15:20
Uma grande dificuldade também é quanto a parte básica da engenharia (cálculo, física, etc). Muitos enxergam como inúteis mas quando tiramos diminui muito a capacidade de raciocínio lógico dos alunos. Experiência própria.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #15 de 45
TheWoodMan  
em 03/07/2019 15:23
Será obrigatório ter disciplinas especificas, não tem como fugir. Estas disciplinas em geral tem relação com a area de competencia dentro do CREA/CONFEA e diretrizes do MEC.

Ainda, há um numero de CH minimo a ser seguido. De resto, o foco hoje tanto nas reformulações de curso quanto criações é ir na flexibilização da grade, ou seja, mais disciplinas eletivas/optativas e menos obrigatórios.

Não esqueça ainda que o curso é avaliado via ENADE, logo, mesmo que vc queira um sistema de ensino inovador terá que seguir as regras do jogo, ou a nota do curso vai lá embaixo e ele será descredenciado. Coisas do BR.

Minha dica é: converse com profissionais que estejam atuando e estabeleça algumas competencias que o mercado exige. A partir dai vc terá uma boa base para definir os eixos de formação que irão compor seu plano pedagogico.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #16 de 45
RVQM  
em 03/07/2019 15:25
1 ano - construir uma casa
2 ano - construir um predio
3 ano - construir um estadio
4 ano - construir uma usina hidroeletrica
5 ano - conseguir um bom emprego
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #17 de 45
Daniel.FO  
em 03/07/2019 15:30
Recomendo incentivar o uso de softwares de engenharia o máximo possível, de preferência em disciplinas da grade obrigatória: Autocad, Civil3D, Ftool, TQS, Pró-Hidráulica, MSproject, Primavera e etc
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #18 de 45
Cruzeta  
em 03/07/2019 15:41
Seria interessante também conversar com o professor Luiz Bevilacqua que é pessoa extremamente acessível e partilha de suas preocupações quanto a necessidade de mudança curricular.
Criador do programa de engenharia civil da COPPE, da pós-graduação do LNCC e entusiasta da reforma curricular que implementou na UFABC, possui muita experiência.
Acho que ele poderia dar orientações valiosas.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #19 de 45
WAL17  
em 03/07/2019 15:44
Minha dica é sobre as formas de avaliação. Limite ao máximo ou nem permita o modelo tradicional de avaliações. As famosas provas. uma por disciplina no máximo. O resto é atividades práticas, simulando ao máximo a realidade da engenharia. Prova é uma forma de avaliação muito ineficaz. Só serve pra decoreba e para os alunos perderem tempo pensando em como colar.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #20 de 45
caro_Watson  
em 03/07/2019 15:46
"Aula prática" desde o 1º semestre deveria ser uma matéria. 
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #21 de 45
B.Balboa  
em 03/07/2019 15:53
Um outro ponto é se a instituição está alinhada com a sua ideia. As Universidades públicas tem um perfil que atende o perfil de quem as procura. Para as privadas existem 2 perfis distintos tanto de instituição quanto de alunos... infelizmente...

@WAL17 já fiz isso também. A quantidade de alunos que sao aprovados "carregados" pelos demais é muito grande. 
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #22 de 45
B.Balboa  
em 03/07/2019 15:57
O ideal seria conseguir implementar avaliação por competências. Quem sabe com as novas DCNs...
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #23 de 45
HaunterEvoluido  
em 03/07/2019 16:01
Máximo possível de prática e menos possível de teoria.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #24 de 45
Traderoot  
em 03/07/2019 17:12
Todo mundo quer um monte de coisa, quero ver é pagar por todas elas. Curso de engenharia não é como direito ou administração que você compra um projetor e contrata um cara top pra dar aula.

Aula prática em engenharia exige espaço, equipamentos, profissionais para manutenção e manuseio. Quem opera normalmente os equipamentos são técnicos. Ou vai contratar professor de engenharia para dedicação exclusiva e pagar treinamento?

Outra coisa unânime na área de engenharia é a falta de didática dos professores. Vai pegar um cara consolidado de mercado e ficar cagando regra de como ele vai dar aula?

Como foi falado, tem as comparações entre faculdades e o mercado precisa evoluir muito. Normalmente quem valida a contratação de engenheiro é outro engenheiro e existe uma espécie de teste de conhecimento contínuo entre os pares. Se o curso for voltado para a prática corre o risco de agregar baixo conteúdo teórico e a médio e longo prazo o profissional ser classificado como engenheiro de trecho. Só quem pesquisa e gosta da parte teórica tem acesso a uma parte da engenharia como cálculo de estruturas maneiras.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #25 de 45
Crocodile_Dundee  
em 03/07/2019 17:53
@Traderoot

Muito boa a explicação. Acrescento que quem tem um formação teórica sólida aprende muito rápido a prática com qualquer tecnologia sozinho (sem cursos). Entretanto, quem tem um formação prática na tecnologia atual, tem mais dificuldade de aprender novas tecnologias (falta a parte teórica de engenharia e isso não se aprende de forma rápida).
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #26 de 45
MarkFord  
em 03/07/2019 17:56
Aula prática, estágio e inglês, na minha opinião, são artigos de primeira necessidade em qualquer curso que se preze.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #27 de 45
oxe  
em 03/07/2019 18:44
"Prática" não precisa ser construir uma casa ou algo de campo. Para esse tipo de atividade é que se deve fomentar o estágio, pois isso só uma empresa pra fornecer.

Aprender "na prática" significa traduzir o conhecimento teórico em um caso de aplicabilidade prática. É, por exemplo, um professor que trabalha ou trabalhou na área pegar uma situação que vivenciou e trazer para os alunos debaterem e tentarem resolver. É aprender a manejar instrumentos efetivamente utilizados na prática cotidiana, como softwares que o mercado valorize.

Um projeto é apenas a aplicação prática do conhecimento teórico, mesmo que essa prática seja uma simulação da vida real. Não é possível participar de um projeto sem ter o conhecimento teórico necessário, são coisas indissociáveis. E tampouco ensinar através de projetos quer dizer deixar de ensinar a teoria.

Quanto aos custos de implementação, só a pessoa responsável vai poder avaliar. A apresentação de sugestões leva em conta o melhor cenário possível, cabe ao gestor selecionar as sugestões factíveis e priorizar tendo em conta todas as variáveis.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #28 de 45
Tedd  
em 03/07/2019 21:03
Sou professor de curso de engenharia civil de uma universidade federal. Eu dou minha disciplina teórica “normal” e ao final eu faço um grande projeto com os alunos, dou um problema e trato eles como engenheiros. Eles precisam apresentar uma solução, me explicar o porque, pôr tudo no papel em forma de relatório e eu vou acompanhando semanalmente discutindo com eles e vendo quem de fato está entendendo. No final eles me apresentam o relatório final e em forma de “bate papo” mesmo eu vou olhando e perguntando.
O feedback é bastante positivo, os alunos se empolgam e gostam de serem tratados “de igual para igual”, fugindo um pouco do padrão. A minha experiência é bastante positiva pois faço eles não apenas realizarem contas mas também argumentarem e explicarem de maneira oral e escrita.
Eu tive esta ideia baseado na minha prática profissional pois todos os meus melhores professores eram ou tinham sido profissionais da prática.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #29 de 45
Donkey_K  
em 03/07/2019 22:56
Parabéns pela iniciativa de tentar implementar uma dinâmica diferenciada no seu curso.

Eu trabalho em uma área bem específica da engenharia, que é a análise e vistoria de projetos de prevenção contra incêndio no Corpo de Bombeiros.

O que eu observo pelas minhas andanças é que muitas vezes o engenheiro recém formado teve um conteúdo que está um pouco distante do que a demanda do mercado está cobrando. Parece que falta um pouco de contato com a realidade prática do que o mercado está precisando: resolver problemas práticos de empresas, de pessoas físicas, do escritório, etc. 

E talvez a visão do próprio aluno esteja equivocada ao dar um foco muito grande em fazer as provas de Cálculo III e passar nas matérias pra receber logo o título de engenheiro do que propriamente estar preparado para atender demandas reais que esperam ele ao final do curso.

O que seria ideal é realmente fazer com que o aluno tenha um contato grande com o acompanhamento de projetos/obras. Em uma vistoria que fiz semanas atrás, conversando com um estagiário que estava na obra, ele contava que ter acompanhado a obra foi uma das melhores coisas que ele teve a oportunidade de fazer durante o curso. Teve a oportunidade de ver de tudo um pouco, atraso na obra, problema na logística de material, visita de fiscal de obra da prefeitura, piãozada se acidentando na obra, vistoria do Corpo de Bombeiros, que acabou sendo reprovada e ele acompanhou as correções posteriormente, etc. O problema é que conseguir um estágio que seja produtivo está fora do controle da universidade e do aluno. Às vezes ele vai ter o azar de estagiar em um local que só coloquem pra tirar cópias e preencher planilhas.

Difícil é superar alguns obstáculos que você terá pela frente. Grade engessada, atingir meta de ENADE, compor uma equipe de professores que esteja alinhada com essa nova dinâmica, alunos que consigam compreender o que você está fazendo. 

Enfim, só de tentar trazer uma mudança pra estrutura atual dos cursos, você já está de parabéns. Se conseguir implementar uma boa parte então, aí vai ser sensacional.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #30 de 45
ReneDescartes  
em 04/07/2019 19:34
Pessoal,

muito obrigado! Muitas boas ideias aqui! Tenho muito sobre o que me debruçar! 

Valeus !!!
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #31 de 45
Bim  
em 05/07/2019 01:42
Bom, sou formando em Civil e trabalhei na área por 4 anos em empresa grande (capital aberto etc), tive uma experiência fora, tranquei o curso, voltei e esotu formando.. então acho que posso dizer alguns pontos:

1- PRÁTICA, PRÁTICA, PRÁTICA. Na matriz curricular da minha faculdade tem apenas UM SEMESTRE de estágio. UUUUUUUMMMMMMM. Deve ser no mínimo 3 anos obrigatórios (NÃO ESTOU BRINCANDO E NEM EXAGERANDO)

2- Inserir como matéria obrigatória softwares como Autcad, Revit, excell. PORR*** O ALUNO VAI PRECISAR DISSO NO MERCADO E SEU CURSO NÃO LHE DA A MÍNIMA NOÇÃO ? wtf

3- Inserir PROGRAMAÇÃO. Pelo amor de Deus, estamos em 2019. Como ter um curso de engenharia sem o mínimo de noção de proramação ? E não me venha com 1 semestre de c++
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #32 de 45
Bim  
em 05/07/2019 01:45
Outros pontos (mas esses penso que são mais no aspecto institucional do que na matriz do curso em si):

- Experiência com o exterior. Passar 3 meses nos EUA por conta própria foi a melhor experiência da minha vida. Imagina se eu estivesse estudando / fazendo um estágio na área que estudo em uma instituição pica ?

- Incentivo a pesquisa
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #33 de 45
Crocodile_Dundee  
em 05/07/2019 12:02
@Bim

Qual universidade que você estuda?
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #34 de 45
Bim  
em 05/07/2019 12:30
Estudo na PUC
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #35 de 45
FlyCavok  
em 06/07/2019 07:44
Vou contar meu "causo".

Eu fiz Eng. da Computação em uma universidade TOP do Brasil. 

Esses dias eu topei com um livro que é simplesmente a bíblia da eletrônica no mundo e eu nem o conhecia!

Comecei a estudar o livro por curiosidade (trabalho com software). Cara, que banho um simples livro deu na minha faculdade... 

Percebi que a grande maioria do que é ensinado é altamente DISTANTE do caso real.

A questão aqui não é ser prático. É ser prático E próximo do real. 

Por ex, ao ensinar um tópico qualquer, há inúmeras experiências práticas que o livro aborda, incluindo problemas tais como certos componentes só serem encontrados com alguns valores no mercado ou se você usar um componente muito preciso aqui vai custar uma fortuna... e outras coisas... aborda aproximações e por que na prática você pode jogar fora uma continha aqui e ali, etc etc.

Enquanto isso, no mundo mágico da faculdade, todos os componentes podem ter quaisquer valores que o professor impor, tudo funciona de forma ideal e o modo zé continha é ligado no máximo!!!

Se é preciso de 20 para ligar algo, na prática tanto faz 22 ou 28, desde que seja 20. Na faculdade, se a conta não der 20 é nota zero.

Isso acaba fazendo todos os cursos virarem aulas de matemática e não de engenharia.

Em resumo: o cara sai da faculdade e não sabe ligar um LED!!!!

Se for fazer um curso do zero, pelo amor, aborde casos reais. Aborde o que o pessoal vai encontrar na vida real. O mundo ideal não existe e não importa.

O pessoal falou muito de inglês ali... concordo que inglês é uma imensa diferença profissional e tal, mas isso é papel de curso de extensão e nem todos os alunos estão preparados para isso...

Então volto a dizer:

Engenharia é a arte de resolver problemas, não é curso de matemática.

O pessoal precisa saber sim matemática. Precisa resolver uma integral "média" sem tremer muito na base, mas NÃO PRECISA resolver uma integral ultra fodástica ou entender coisas e contas do plano do absurdo por que o cérebro humano vai jogar tudo fora em menos de 2 anos de profissão...

Agora se o aluno puder se formar tendo tido contado com problemas reais e resolvendo eles,  se ele for capaz de fazer aproximações SEGURAS e VIÁVEIS e abrir a cabeça para a engenharia na prática, vai longe!

Inclusive lá pelo último ano os alunos deveriam ter contato com os centros TOP de engenharia prática no mundo. No caso da civil acredito que Japão, Cingapura etc. Mas aí você deve saber mais do que eu :)
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #36 de 45
RPine  
em 06/07/2019 10:29
Coloque uma única disciplina chamada "ESTÁGIO OBRIGATÓRIO" do primeiro ao último período. A real é que os professores não conhecem a realidade. Muitos ali nao sabem nem onde comprar um tijolo
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #37 de 45
Bim  
em 06/07/2019 14:47
Sinceramente concordo 90% com @RPine (a unica coisa diferente que eu faria seria colocar a partir do 2º período kkk) 
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #38 de 45
B.Balboa  
em 07/07/2019 11:48
Ao longo dos anos venho mudando a forma de ministrar algumas disciplinas. Dando só exercícios, com projeto de edificio, com projeto integrado em várias disciplinas deste edifício, com software. E o que sempre me vem na cabeça ao longo dos anos é  "a porta só se abre por dentro". O aluno empenhado sempre vai correr atrás e se sair bem não importa o métodos. Os outros sempre darão desculpas. Precisa ser mais prático, precisa usar software, precisa usar software do mercado, tem muito trabalho, etc... 
Coloque uma coisa na cabeça  e siga em frente "haters Always gonna hate"
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #39 de 45
AndersonMonteiro67  
em 07/07/2019 19:43
@FlyCavok, você está falando do Art of Electronics? Esse livro é absolutamente genial, e não tem as firulas que tem nos outros livros... Vai ao que importa, sem discutir tanta teoria e formalismos... Se for este livro, também sou fã dele. A única crítica que eu já vi e que me parece válida é que ele conta muita historinha, e as vezes tem gente que fica impaciente... Mas penso que uma grande vantagem dele vem justamente de lhe adiantar diversas coisas que darão problema lá na frente.

@EnsonPortela, talvez eu possa contribuir um pouco para você. Eu sou um entusiasta de eletrônica e por muito pouco não cursei engenharia. Mas sempre fui interessado e vira e mexe eu dava uma olhada em como funcionam os cursos no Brasil e nos EUA. Não posso falar sobre engenharia civil em si, mas acho que você tem condições de traçar paralelos. O que eu percebi no caso de eletrônica é que os cursos do Brasil focam muito em trabalhos braçais e operações complexas (uma rede de resistores com infinitos nós). Isto talvez até fizesse sentido nos anos 50, mas hoje em dia é completamente sem sentido. Fiz uns cursos online de 1º semestre de eng. eletrônica no edx.org, e a comparação é gritante. Posso dizer que há conteúdos que aqui são abordados em 5-10 cadeiras ao longo de 5 semestres, e que nesses cursos que fiz você vai muito mais além já no primeiro semestre. O que aprendi nesta cadeira online me ensinou a fazer coisas que diversos concluintes de Eng. eletrônica de cursos considerados no Brasil não teriam condições. E não é questão de custo e/ou outras coisas... nesse caso o kit para acompanhar o curso custava só $12,00. Recentemente ministrei um curso de eletrônica para iniciantes usando arduino, e aconteceu exatamente isso que o @FlyCavok disse: um estudante bastante dedicado de 5º-6º período de eng. eletrônica de uma boa universidade tinha sérias dificuldades em saber como fazer as conexões elétricas para alimentar um LED e usar um botão.

Não tenho nem condições de opinar sobre as sugestões do @Cruzeta, mas eu diria também pra você olhar como está estruturado o curriculum de graduação das instituições melhor ranqueadas no mundo (MIT, Harvard, Stanford, Oxford...). Pelo que vi os cursos deles tem muito mais coisa prática desde o começo. Inclusive o MIT está abandonando a exposição nas aulas presenciais para que o tempo em contato com o professor seja utilizado na resolução de problemas mais realísticos.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #40 de 45
APV  
em 07/07/2019 21:01
Sou médico formado em boa faculdade. O que acho que foi bom na minha universidade. O que eu acho que pode ajudar no ensino de maneira mais genérica:

- Estágio no exterior.
- Domínio do inglês (não tem chance alguma de se atualizar ou mesmo estudar sem inglês).
- Ouvir pessoas experientes e que tiveram sucesso.
- Médicos aprendem muito discutindo casos clínicos. Com o estudo de casos isolados conseguimos ver o todo. Muitas vezes eram ministradas aulas específicas para doenças ou problemas que apareciam no dia a dia.

Alguns pensamentos avulsos:
- Se um aluno não pode usar um celular numa prova, qual a utilidade do que o professor está ensinando?
- Soft Skills e inteligencia emocional ajudam muito na empregabilidade (ia dizer garantem, mas nada é garantido né... rs).
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #41 de 45
FlyCavok  
em 08/07/2019 02:22
@AndersonMonteiro67 esse mesmo :)

o pessoal acha que é exagero, mas a imensa maioria dos engenheiros estão sendo formados sem a mentalidade “maker”

Isso precisa mudar se quisermos atingir um nível próximo ao de países inovadores. 

Eu digo isso como indivíduo não como nação. Como indivíduo o engenheiro tem que mirar no que a galera tá fazendo lá em Tel Aviv, lá em Stanford, lá em Tóquio...

pq o nível aqui está muito fraco. Muito muito fraco. 

No lugar de resolver uma equação diferencial que descreve um circuito RLC, porque não passar como tarefa criar um rádio receptor FM? 

Acho que ambos os conhecimentos são complementares.

entao no lugar de apenas falar de tensão, cisalhamento etc pq não erguer uma laje com os alunos ?

teoria + prática + mundo real. Pra mim esse é o ORUTUF 
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #42 de 45
B.Balboa  
em 08/07/2019 08:28
@FlyCavok, "Se é preciso de 20 para ligar algo, na prática tanto faz 22 ou 28, desde que seja 20. Na faculdade, se a conta não der 20 é nota zero" se o curso for serio nenhum professor corrige uma prova assim. O problema é que seguindo sua mentalidade se a resposta é 10000000 o aluno esta certo e o professor está marcando o aluno...
 "Entao no lugar de apenas falar de tensão, cisalhamento etc pq não erguer uma laje com os alunos ?" Mas que disse que isso ja não é feito? Nao muda nada... o grande problema é a mentalidade "me convença que isso é importante" seguindo sua ideia
Entao Pq nao construir um galpao inteiro? pq não construir uma barragem? Pq não construir uma ponte sobre o rio? Pq não cravar uma estaca com um bate estaca? Pq nao construir uma estrada? Pq não construir uma linha de metrô?

Não me venha dizer modelos reduzidos ou modelos computacionais pq se a mentalidade não muda o resultado sempre é o mesmo. Tudo o que se ensina no curso não serve para nada e o professor é só o cara que está atrapalhando meu caminho para eu pegar o diploma...

Desculpem... devo estar desiludido com a profissão e esse é o motivo de eu estar mudando de área...
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #43 de 45
AndersonMonteiro67  
em 08/07/2019 09:01
@Prof.Balboa, acho que o FlyCavok quis dizer é que existe uma faixa de tolerância para muitas coisas em que na prática não muda nada. Por outro lado, os docentes também estão condicionados a perguntar coisas que precisam destas respostas puramente matemáticas. Bater de frente com isso realmente é complicado, mas acho que eu posso dar um exemplo de como a abordagem faz a diferença.

Pergunta estilo tradicional: Considere 2 resistores, R1 e R2, que estão em série com uma fonte de tensão de 5V. R1=10 kohm. Qual deve ser o valor de R2 para que a tensão no nó intermediário seja 3V?

O estudante considera o circuito que já foi dado, monta as equações e substitui valores numéricos, para encontrar o valor de X. Durante uma aula de exercícios o estudante sempre pergunta "Qual é a fórmula que eu uso aqui?".

Pergunta de viés prático: Temos uma fonte cuja tensão é 5V e resistores cujos valores são [...]. Como podemos associar os resistores para obter uma tensão de 3V?

Esse é o tipo de pergunta que você faz no dia a dia. Tem certos valores disponíveis, o valor final tem uma certa tolerância (ex.: 3.1V é aceitável, mas 4.2V não), e a "forma" de resolver o problema não foi dada. Qual é o circuito que deve ser usado? Série, paralelo? O maior resistor vai onde? Nesse tipo de pergunta mais baseada na realidade, não é difícil explicar por que deve usar 10 kOhm ao invés de 1 MOhm. Neste exemplo, um resistor muito grande tem impedância alta e isso gera muito mais ruído. Além disso, como tudo na vida, nem sempre existe uma única resposta certa. Se o cara usa um resistor de 10k em série com um de 20k, pode dar na mesma que colocar um de 20k em série com outro de 40k para todos os efeitos práticos.

Essa questão da abordagem é realmente bastante sutil e exige um bocado de jogo de cintura, mas acho que é muito importante. As perguntas "de viés prático" são essencialmente idênticas às anteriores, mas vistas com muito mais dificuldade pelos estudantes (que não estão acostumados a pensar assim). Muita gente tem resistência a isso, mas são as perguntas que de fato importam. Existe um problema X, eu tenho acesso a Y,Z e tal coisa não pode passar de W. Depois que os estudantes se acostumam a um mundo mais aberto, as vezes surgem respostas que você se surpreende.
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #44 de 45
B.Balboa  
em 02/11/2019 14:16
@EnsonPortela conseguiu implementar o curso novo?
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CURSO DE ENGENHARIA CVIL - #45 de 45

Notificar 1º comentário 1º comentário do autor Só moderadores Só quem eu sigo Ordenar por gostei

Você está em #VAILAEFAZ > CURSO DE ENGENHARIA CVIL
por ReneDescartes em 03/07/2019 13:57

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