A ciência afirma que tudo é feito de ondas. Tudo aquilo que nos cerca é composto de matéria que por vezes se comporta como partícula e ora como onda também. Isso explica por quê sentimos certas vibrações positivas em determinadas ocasiões ou perto de pessoas que gostamos? As vezes parece que uma determinada pessoa está na mesma "frequência" que nós mesmos, no mesmo ritmo. Seria uma emanação desta característica intrínseca, de que no fundo no fundo somos feitos de ondas?

Vamos por partes. O que seriam estas ondas de matéria? Como uma partícula pode também ser onda? Um exemplo interessante é o que ocorre no experimento de dupla fenda (ele novamente, ver figura acima). Imagine que mandamos um elétron pelas fendas, e depois detectamos um elétron em um objeto distante. Sabemos que um elétron passou e contamos um elétron em uma posição aparentemente aleatória. Ou seja, o elétron comporta-se como uma partícula quando é detectado. Ele faz um 'click' num detector, que conta um evento de incidência de um elétron sobre o obstáculo. Ao repetir o experimento 1x, 2x, 1000x, ... pode-se perceber que as posições em que o elétron é detectado possuem um padrão que é similar àquele que se observa para uma onda clássica, como a luz (onda eletromagnética) ou som (onda acústica). Veja na figura abaixo o resultado dos experimentos com elétrons realizados por Tonomura (extraido da Wikipedia). Quanto mais elétrons chegam ao anteparo (mais a direita na figura), fica mais evidente um comportamento tipo interferência entre ondas.

Estas ondas que descrevem os elétrons não são diretamente detectáveis. Ao realizar um experimento com um elétron sempre mediremos um 'click' num detector que indica a existência daquele elétron num dado lugar do espaço. No entanto, pode-se determinar uma função matemática que descreve aquilo que é observado no experimento. A função de onda descreve a probabilidade de se detectar uma partícula numa dada posição por exemplo. A mecânica quântica lida essencialmente com probabilidades. Qual a probabilidade de detectar um elétron numa posição x? A função de onda permite calcular esta probabilidade. A função de onda tipicamente ocupa uma região pequena do espaço: ela só existe onde a partícula pode ser detectada. O tamanho típico da "onda" das partículas de matéria pode ser representado pelo comprimento de onda De Broglie. Para um elétron, este comprimento é tipicamente da ordem de nanômetros (milésimos de um fio de cabelo) ou menor. Quanto maior a massa ("peso") de um dado objeto, menor é este comprimento, e menor a região em que os efeitos tipo onda da mecânica quântica são relevantes. Agora imagine que se para um único elétron esta região é muito pequena, e diminui com a massa ("peso"), quão irrelevante não é a mecânica quântica para descrever seres humanos e suas interações?
Das forças fundamentais da natureza que são conhecidas, apenas a eletromagnética (luz, rádio, micro-ondas) pode ser considerada como relevante entre as pessoas. A gravidade é muito fraca, enquanto as forças nuclear forte e fraca só existem nas imediações do núcleo atômico. Até onde sei, estruturas vivas não produzem e/ou detectam eficientemente radiação eletromagnética em geral. Excetuando-se, claro, a emissão de luz por vagalumes e certas algas. Como explicar esta "frequência", o ritmo? E de onde vem as vibrações positivas? Não sei. Mas a explicação me parece passar pela Biologia (feromônios?), Psicologia (Empatia?), Antropologia, Sociologia,... Explicações baseadas em física são no mínimo improváveis.