Minha namorada é agrônoma e, como todo agrônomo, adora fazenda, planta, controle de pragas, solo, herbicida, irrigação, essas coisas de gente doida.
Ela trabalhava em uma usina no interior do Pará, perto da divisa com o Maranhão. Morava num alojamento dentro da usina. Nem sinal de celular tinha. Na usina era só rádio.
Ganhava até bem, mas não o suficiente para compensar o inferno que era viver ali.
Pediu as contas e voltou pra nossa cidade. Não ficou nem 1 ano nessa usina. Poucas pessoas duram mais que 1 ano ali.
Começou a procurar emprego na área dela, mas só conseguiu uma vaga de vendedora para passar o dia todo em pé e ganhar 1 salário mínimo.
Recusou a proposta e começou a investir nela. Minha RE segurando as pontas, já que vivemos juntos.
Depois de mais de 1 ano procurando uma recolocação na área dela, e sem parar de fazer cursos de atualização e de desenvolvimento de novas competências (como logística, controladoria, e etc), a mesma rede que havia oferecido uma vaga de vendedora entrou em contato para saber dela.
Foi contratada como gerente de uma das lojas.
Vai ganhar o dobro do que ganhava na usina e muito mais do que 1 salário mínimo oferecido antes.
Se ela não investisse nela, ela não conseguiria essa vaga de gerente.
Se a gente não tivesse uma RE, ela praticamente seria obrigada a aceitar a vaga de 1 salário minimo.
#PAS