HEDGE como gestor prejudicando o minoritário.
comentada em 24/11/2022 09:36

Seria interessante que fosse postado no mural do fii

Cotista de qual fundo eles estão prejudicando exatamente?

Fundo da Hedge não dá para entrar. Acho o portfólio deles no fundo de shopping bom, mas pelas primeiras notícias de rolo eu não investi. Sorte que comecei a investir em fiis logo após a Hedge ter assumido a gestão e, por isso, não ter comprado.

Cada dia que passa vejo que FII`s é só rolo

@Kewnantchy tem razão, vou linkar la no TBOF11

@ricardoradtke tudo tem rolo, uma ação excelente hoje, amanhã poderá ser horrível a gestão, são mentes e mãos humanas que gerem as administrações das empresas. FII também tem boas empresas e gestores, sendo viável para diversificar a carteira.

Mais um exemplo do descasamento de interesses entre gestor e cotista minoritário

Eu desisti de FIIs por causa dessas coisas.. Acho a idéia bem legal, mas já teve rolo com o BTG, rolo com a Hedge. fii que é para investidor com mais de 1 milhão que corretora deixava comprar. O estudo que o @Giovanni fez sobre as taxas de adm deles eu tinha feito algo parecido um ano atrás e foi tb mais um motivo pra desistir. Fora no IRPF que é um inferno. Fii que manda demonstrativo, ffi que não manda, fii que troca de adm ou escriturador no meio do ano dai um manda e outro não manda. Enfim nenhum investimento vale sua paz.

Primeiro a Hedge saiu tomando fundos com métodos questionáveis, depois daquele rolo no HGBS11 e agora esse, vai ficando mais forte a idéia "onde a hedge entra eu saio".

Cotistas HGBS11 prejudicados para a Hedge ganhar taxa de performance. Agora vão ser os do TBOF11 com a provável venda de um ativo abaixo do valor de mercado. Sendo que a Hedge não é administradora, mas cotista desse. O caso também mostra um dos riscos de FII mono-imóvel: o takeover abaixo do valor real.

Alguns dizendo por aí (inclusive um ex-consultor da Bastter) que não há conflito de interesses. Eu acho que há. Como pode quem quer comprar votar também se vai vender uma propriedade que não é só dele? Loucura total. Mas não supera o caso do HGBS11, no qual todas evidências mostram ter ocorrido inclusive crime, negócio zé com zé pra inflar preço em ativo de baixa liquidez.

Vou bancar o "advogado do diabo": Uma pergunta que deve sempre ser feita é: o gestor ATUAL está entregando valor ao cotista? O TBOF sempre teve um ativo excepcional, um dos melhores AAA de SP, mas a BTG nunca soube extrair valor do imóvel, que cronicamente sofreu com vacâncias elevadas, mesmo em período de fly-to-quality. Idem para seu "irmao" TRNT. 

Apesar de todas as críticas às operaçoes "agressivas" da Hedge (bem no estilo ativista de alguns grandes fundos americanos), ela tem feito um bom trabalho no HGBS, mantendo a vacância baixa, promovendo renovaçoes nos Shoppings onde é controladora, e conseguindo manter a distribuiçao em patamar superior à da gestao CSHG.

No caso específico do TBOF, cabe a quem entender que existem potenciais conflitos de interesse acionar a CVM para que atue devidamente. Ativismo se combate com ativismo, ou entao simplesmente vende-se o ativo e parte-se para onde nao haja "rolo".

Disclaimer: o diletante que vos escreve nao tem nenhum dos FIIs supracitados.

Retirado de outro fórum:

"Procuração para a assembléia de venda do TBOffice : está estranho!!
Recebi pelo correio o modelo de Procuração a ser usado.
Achei estranho que a Procuração é para a Hedge Investments Real Estate Gestão de Recursos Ltda. Não deveria ser para o BTG ou outra pessoa?
Para mim parece conflito de interesses dar procuração para a Hedge que é interessada na compra."

Hedge mandando procuração para os cotistas do TBOF11 para votar a favor. Algum desavisado pode acabar assinando sem entender direito que não é ela a administradora, e que para o fundo continuar seria procuração para a BTG.

Enquanto a regulamentação do mercado de FII não amadurecer, não vale a pena investir nisso, apesar de ser um tipo de ativo bem interessante.

@celtiberian, se tiver acontecido isso mesmo, se trata de um rolo dos infernos. 

Fica o aprendizado de que tb é importante a diversificação de administrador em FII. Eu mesmo estou saindo de todos da HEDGE, por mais que nao ocorra essa venda as atitudes deles tem sido "esquisitas". Se não confio, saio fora.

Algumas pessoas no insta estão pedindo para entrarem em contato com a CVM e enviar uma denuncia para que seja analisado, nao sei se adianta algo, o que sei é o que eu posso fazer que é me afastar desse adm...

Fundo com BTG+Hedge complica. Lembra que esse prédio quase foi vendido por 750 milhões?

FII é um mercado novo, de amadores/PF, pequeno e ilíquido. Quem tem dinheiro e/ou conhecimento aproveita essas brechas e distorções. Então cuidado... Mas pra quem é Bastter está diversificado não é um problema.

@deckard

Sim, a BTG não agradava os cotistas nesse fundo. Mas isso não justifica a venda. Se você tem um imóvel e a imobiliária está ruim você troca de imobiliária. Vender o imóvel abaixo da avaliação só pelo seu agente não estar do seu agrado não faz sentido.

Sobre a Hedge, realmente não faz um trabalho ruim, mas o histórico é cheio de manchas pra todo lado.

Disclaimer: também não tenho nem pretendo ter cotas de qualquer um dos fundos envolvidos.

EDIT: como outro forista falou acima, Hedge + BTG nesse caso, que dupla...

Fii é um rolo que arrumaram pra quem quer ter imóvel, só que uma fração bem pequena dele.

 

O resumo é bem simples: imóvel é um rolo só, aí se vc tem uma minúscula fração o rolo aumenta. 

Na verdade eu acho por ter a possibilidade de entrar pequeno é que o dano se acontecer pode ser menor. O importante acaba sendo diversificar, na minha carteira tem FII e não está ruim no geral, tive até pancadas maiores ( tanto para mais como menos) com ações, acho que não dá para comparar. Acho que o pessoal não pode ficar achando é que FII é aquela coisa certinha. Bons FIIs e gestores são mais estáveis, não tenho tanta dor de cabeça com kinea, riobravo, CSHG( apesar do hgbs), enfim vcs são tendo mesmo tanto problema assim?

@fernando, vale um vídeo ?

Estão se aproveitando da regulação tosca e da encheção de saco que é participar dessas assembleias pra impor sua vontade mesmo sendo minoritários.

Torcendo para a CVM se movimentar e aprovar logo a votação eletrônica para assembleia. Você pode votar eletrônicamente nas assembleias das maiores empresas do mundo nos EUA e aqui parece que algo impossível.

@raphaelfrj

Torcendo para a CVM se movimentar..

Nossa mais um rolo com FII, e pra variar, a estrela é a Hedge

FII já nasceu errado quando nasceu como fundo e não empresa, provavelmente lobby das grandes gestoras na época... Cada vez mais complicado, atualmente a primeira coisa que olho nos FIIs são os gestores ( = governança ), bons mesmo deve ter só 3, forçando da pra achar 5 gestores razoáveis

É nesse tipo de situação que se percebe como o ensinamento do Bastter é simples e valioso: não há necessidade de stress se a diversificação intraclasse e interclasses estiver equilibrada. Não tenho nenhum dos FIIs envolvidos, mas em uma situação dessas, eu sairia do TBOF e iria aplicar meu suado dinheirinho em outro lugar.

O fato é que shit happens, e só diversificação salva. Querem ver um exemplo em empresas? O majoritário de um grupo educacional listado em bolsa declarou certa vez em uma palestra de empreendedorismo (tinha até algum tempo atrás no Youtube, não sei se ainda está disponível) que ele ganhava dinheiro comprando imóveis na PF para alugá-los para a própria universidade. Devem existir empresas cheias de sutis rolos e conflitos similares a este, nós é que quase nunca tomamos conhecimento deles.

Pra concluir, sempre acreditei que o mercado de FIIs (que juridicamente são jabuticabas) acabará evoluindo de forma a transformar os fundos em empresas, como os REITs de praticamente todo o resto do mundo. Reduzirá muito a ocorrência dessas situações nebulosas que cercam os FIIs - ainda que takeovers hostis também ocorram no mundo corporativo...

Não invisto em FIIs pois já tenho uma certa posição em imóveis, mas o pessoal que tá dizendo que não gosta de FIIs porque tem rolo, não pode investir em ações também.

O que mais tem é empresa com rolo.

Não sei se vocês sabem mas uma tal de petrobras fez parte do maior caso de corrupção do país senão do mundo.

A Vale com a questão do acidente...

E por aí vai... dezenas de exemplos com péssima governança.

O que te protege do que você não controla é diversificar. Ativos, classes, economias, etc e não gostar ou não.das coisas.

O Brasil tem um monte de rolo, então pensando assim é melhor nem investir aqui, aliás morar...

@raphaelfrj interessante isso.

Fii é rolo
não invisto em fiii porque tenho imóveis.

ações também é rolo, mesmo tendo empresa, invisto em ações.

interessante esse raciocínio.

@raphaelfrj

Votação eletrônica já é autorizada. No entanto, as administradoras precisam cumprir alguns requisitos ($$$$) que as têm deixado morosas nesse aspecto.

Nesse caso ai, pelo que eu entendi, eles usaram o FOF deles de novo apra tomar o controle de assembleias? Esse risco já é bem antigo em FII e pode ser feito por qualquer grande investidor. À medida que os FII ficarem maiores isso vai começar a ficar mais díficil.

A melhor solução é a galera parar de dar dinheiro para FoF

Obrigado por postar no mural.

Assuntos como esse devem sair da zona destinada para informar o máximo de pessoas possível.

FR divulgado pela HEDGE para seus FoFs

peguem a pipoca


"HEDGE TOP FOFII FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
CNPJ nº 20.834.884/0001-97
Código negociação B3: TFOF11


Estimados Cotistas,

Em virtude dos questionamentos recebidos nos últimos dias a respeito da operação de potencial venda do Edifício Condomínio Tower Bridge Corporate (“Imóvel”), vimos por meio deste comunicado prestar aos senhores os esclarecimentos abaixo.

Em 15 de outubro de 2019, foi enviada proposta para aquisição do Imóvel, formulada pelo Hedge AAA Fundo de Investimento Imobiliário (“HAAA”), fundo administrado pela Hedge Investments e em fase pré-operacional, ainda sem cotistas, e que dará início à oferta de sua primeira emissão de cotas quando, e se, aprovada a venda do Imóvel pelos cotistas do FII TB Office (“TBOF”), fundo detentor do Imóvel e administrado pela BTG Pactual.

A proposta de aquisição foi no valor total de R$ 909.525.000,00, correspondentes a aproximadamente R$ 90,50 por cota do TBOF, ou cerca de R$ 16.100 por metro quadrado do Imóvel.

Cumpre lembrar que a proposta de aquisição foi formalizada em 15 de outubro de 2019, com base nas informações públicas disponíveis naquele momento, com destaque para a vacância projetada em 10,2% a partir de fevereiro de 2020, e locação relevante recém anunciada e calculada no valor de aproximadamente R$ 86 / m2 após o período de carência – valor considerado abaixo do praticado em edifícios comparáveis e com possibilidade de repactuação somente após 36 meses. Além disso, a precificação do Imóvel levou em consideração as perspectivas de mercado, bem como as projeções de rendimentos divulgadas no próprio relatório gerencial do TBOF.

Importante destacar que nos vinte pregões que antecederam a divulgação da proposta, o TBOF negociou em bolsa um volume total de 321 mil cotas, ao preço médio de R$ 89,37 por cota. O valor negociado em mercado é, em nossa visão, a melhor referência de preço para um ativo listado.

Isto posto, entendemos que, além de legítima, a proposta formulada foi bastante competitiva. A mesma deveria percorrer seu curso regulatório estabelecido pelos normativos e ofícios da CVM, ou seja, ser apreciada por assembleia de cotistas do TBOF, com aprovação por meio de quórum qualificado.

O que mudou de lá para cá? Divulgação de novas informações pelo administrador do TBOF: locações de 5,7% da área locável do Imóvel em valor acima dos anteriores, porém sem divulgação das informações relativas às condições de carências e eventuais descontos; novo laudo de avaliação ainda não auditado, e novas projeções muito mais otimistas que as anteriores.

Com este conjunto de informações, a proposta de aquisição se tornou aviltante? Em nossa visão, não. Todo e qualquer laudo de avaliação leva em consideração premissas e critérios subjetivos do avaliador. O valor apontado pelo laudo serve como referência, contudo a melhor referência de preço de um ativo é o quanto alguém está disposto a pagar por ele. Não houve recebimento de nenhuma proposta concorrente em condições melhores e tampouco negócios realizados em imóveis da região em valores superiores.

Os fundos de fundos (“FOFs”) administrados e geridos pela Hedge (TFOF/FOFT/HFOF), na qualidade de cotistas detentores de pelo menos 5% de cotas do TBOF, solicitaram ao administrador do TBOF que convocasse uma assembleia geral extraordinária do TBOF para deliberar a respeito da proposta recebida para venda do seu único ativo e consequente liquidação do fundo.

Nesta referência, os FOFs entendem que o valor é adequado para desinvestimento, uma vez que a alocação dos recursos neste ativo foi realizada na estratégia de ganho de capital, tendo gerado lucros e retornos positivos aos FOFs. Há, ainda, expectativa de se obter melhores resultados com o recurso proveniente desta venda. Em função da grande posição que possuem no TBOF e a liquidez do ativo no mercado secundário, a venda do imóvel se mostra mais eficiente para alcançar este objetivo.

Por estar em situação de potencial conflito de interesses, dado que o proponente comprador também é um fundo de sua administração, a Hedge se declarou impedida de votar na qualidade de gestora dos FOFs na AGE do TBOF. Desta forma, e conforme protocolo estabelecido pelo órgão regulador, a Hedge convocou AGE dos FOFs, realizada em 11 de novembro, para que os seus cotistas deliberassem a respeito da orientação de voto a ser proferido na AGE do TBOF. Tal procedimento é previsto no Artigo 34 da Instrução CVM n° 472, que trata da deliberação em Assembleia de Cotistas quando se configura situação de potencial conflito de interesses, bem como na manifestação da área técnica da CVM no Memorando nº 1/2017-CVM/SIN/GIE, publicado pela CVM em 17 de janeiro de 2017. Importante esclarecer que, à luz do previsto no Artigo 24 da Instrução CVM n° 472, os sONcios, diretores e funcionários, bem como pessoas ligadas à Hedge se declararam impedidos e não votaram nas referidas AGEs de orientação de voto. A deliberação a respeito do voto a ser proferido na AGE do TBOF foi realizada com quórum qualificado nas respectivas AGEs dos FOFs.

Qual terá sido a razão de a Hedge ter conseguido, com quórum qualificado, uma orientação de voto favorável ao aceite da proposta de aquisição elaborada por outro FII, ainda pré-operacional, que tem a própria Hedge como administradora? A resposta está na extrema CONFIANÇA que os investidores possuem na capacidade de gestão da equipe que está à frente da administradora e gestora. Essa CONFIANÇA está estabelecida na reputação, estrutura e qualificação construída por essa equipe desde o seu início, há mais de 16 anos, ainda na Hedging-Griffo e até os tempos atuais. Essa CONFIANÇA está alicerçada em números e resultados, em desempenho e performance, que esta equipe sempre se comprometeu a entregar. Este histórico positivo não foi construído sobre o lodo das bravatas e distorções absurdas da realidade e nem a partir de elucubrações estapafúrdias de quem não conhece os fatos ou ainda tenta manipulá-los para ganhar notoriedade ou vender serviço.

Existe a possibilidade de no ORUTUF o TBOF valer mais do que hoje? Claro que sim. Mas também pode valer menos. Nos últimos seis anos, desde a presença deste ativo nos pregões da B3, assistimos a duas quedas de preço superiores a 20% em um curto período de tempo. A primeira logo após o início das negociações, em nossa opinião, em função da precificação realizada no âmbito da oferta primária ter sido extremamente otimista. O resultado foi uma queda de 18% no primeiro dia de negociação. Em menos de dez pregões após o IPO a queda superou 25%. A segunda ocasião foi quando a greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, surpreendeu o país, causando forte aumento da volatilidade nos mercados e trazendo grandes prejuízos para investidores de ações e de FIIs.

No mercado financeiro os recursos são finitos e um gestor vive de fazer escolhas, optando por investir em um ativo e não em outro ou ainda realizando lucros em uma posição para montar outra que lhe parece mais adequada. Para tanto, o TIMING é uma das maiores razões para o sucesso ou fracasso da gestão. O gestor que consegue entender isso, sem dúvida, terá maior chance de sucesso.

E é neste contexto que se faz importante a colocação a respeito da viabilidade da realização de um processo competitivo. Há casos recentes na indústria (exemplo: FII VBI) de processos que duraram mais de seis meses e não concluíram a venda do ativo como pretendido.

Cabe ressaltar que o HAAA não possui cotistas e sequer iniciou a eventual oferta restrita, nos moldes de Instrução CVM nº 476 (“Oferta 476”), o que somente ocorrerá se a venda do Imóvel for aprovada pela AGE do TBOF em 18 de novembro de 2019. A única certeza é que a oferta, se vier a existir, estará disponível apenas para investidores profissionais. A razão para isso é o fato de que o trâmite de uma Oferta 476 se dá de forma mais ágil, o que permite uma estruturação da operação em bases mais previsíveis, evitando a volatilidade dos mercados, o que pode vir a inviabilizar as bases financeiras da oferta e da aquisição pretendida. Uma segunda razão é o fato de que provavelmente a operação envolverá um lock-up de cotas de prazo superior a quatro anos.

Por fim, destacamos que em nenhum momento viemos a público participar de debates ou quaisquer outras iniciativas que pudessem minimamente representar uma tentativa da nossa parte de influenciar o voto dos cotistas do TBOF. Isto se deve ao fato de respeitarmos profundamente o livre arbítrio e a opinião das pessoas e o direito ao contraditório em quaisquer situações. Qualquer que seja o resultado da AGE de 18 de novembro, na nossa opinião, ganham os cotistas do TBOF e também o mercado de FIIs, que vai assistir à construção de mais um capítulo da sua história, escrito com a completa observância aos normativos e ofícios que o regulador vem aperfeiçoando ao longo dos anos.

Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com o cumprimento da regulamentação vigente, bem como nosso objetivo de buscar rentabilidade para os nossos clientes acima das médias de mercado.

Atenciosamente,
HEDGE INVESTMENTS DISTRIBUIDORA DE TITULOS E VALORES MOBILIÁRIOS"

Mais rolo com FIIs, vou postar aqui pra concentrar o assunto:

Parece que os outros gestores gostaram das manobras da Hedge

Gestora RBR que faz a gestÃo do RBRF11 fez carta consulta pra poder comprar outros fundos da própria RBR, atualmente proibido no estatuto

https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=63556&cvm=true

O problema que eu vejo são esses FOFs - que deveriam ser proibidos na minha opinião -  que neste caso foram instrumento por alguns gestores pra fazer takeover. 


@Fernando e @Giovanni, há a possibilidade de sermos notificados (seja no mural ou no informe do fundo) se algum(s) FOFs estão montando posições relevantes de uma mesma gestora? Isso pode indicar potencial conflito de interesse e é um ponto pra analizar governança (alerta).


Claro, seja em empresas ou FIIs, não há como ter certeza se perderão valor ao longo do tempo. Contudo no caso das ações, uma análise criteriosa de DRE e Fluxo de caixa, como o @Mille ensina nos seus cursos, apura seu faro pra sentir cheiro de mesbla antes que comece a feder muito. 

Essa carta da Hedge sem comentários... Se alguém ainda tinha dúvida sobre a gestora, ela mesmo tirou

Conforme aprendemos por aqui, nesses casos, assim como em todas situações adversas que acontecem no mundo dos investimentos, o que salva é a diversificação. O mercado de FII ainda é um embrião, tem muito pra evoluir e são com esses episódios e muitos outros que estão por vir que ele vai evoluindo, resta você diversificar o seu patrimônio pra não ser impactado nessa jornada de evolução.

Nunca gostei muito dessa ideia de ter administradora/gestora, principalmente porque em algum momento, haverá um conflito de interesses por parte de alguma dessas partes perante ao cotista. Seria bem diferente se fosse uma empresa como é nos Estados Unidos, com os REITs.

Sou bem seleto quanto aos FIIs que tenho na minha carteira (foco em multi-multi-multi, diversificação por setores, gestoras e administradoras) principalmente por saber de tudo isso e também porque não gosto e nem consigo acompanhar de perto relatórios e movimentos trimestrais. Se eu tiver que acompanhar todo trimestre algum Fato Relevante que me faça girar o meu patrimônio, tô fora (se comparado com ações sinto que os FIIs possuem movimentos mais "bruscos" com mais frequências). Por essas e outras não consigo e nem pretendo aumentar a exposição de parte do meu patrimônio nesse tipo de investimento (poucos fundos multi-multi-multi, poucas gestoras e administradoras qualificadas, mercado "embrionário" e cheio de conflito de interesses).

No mais, siga la pelota.

Saiu uma matéria sobre isso no valor investe, Imóvel de fundo imobiliário é alvo de disputa | Fundos Imobiliários | Valor Investe

Proposta concorrente pelo ativo. EXCLUSIVO: TBOF11 recebe oferta concorrente; Blue Macaw entra no páreo | Brazil Journal

O fundo poderia ser vendido para a Hedge mesmo com a proposta superior desse outro player?

@calelhalley Como é gestão passiva, precisa de aprovação em assembleia para vender o ativo.

Mas, resumindo o rolo que já aconteceu e pode potencialmente voltar a acontecer: Assembleia (TBOF) na qual a HEDGE tem 3 FOFs com posições relevantes - e por ser conflito de interesses, chama assembleias em cada FOF pedindo para seus cotistas autorizarem a Hedge a votar por eles:

"Por estar em situação de potencial conflito de interesses, dado que o proponente comprador também é um fundo de sua administração, a Hedge se declarou impedida de votar na qualidade de gestora dos FOFs na AGE do TBOF. Desta forma, e conforme protocolo estabelecido pelo órgão regulador, a Hedge convocou AGE dos FOFs, realizada em 11 de novembro, para que os seus cotistas deliberassem a respeito da orientação de voto a ser proferido na AGE do TBOF. Tal procedimento é previsto no Artigo 34 da Instrução CVM n° 472, que trata da deliberação em Assembleia de Cotistas quando se configura situação de potencial conflito de interesses, bem como na manifestação da área técnica da CVM no Memorando nº 1/2017-CVM/SIN/GIE, publicado pela CVM em 17 de janeiro de 2017. Importante esclarecer que, à luz do previsto no Artigo 24 da Instrução CVM n° 472, os sONcios, diretores e funcionários, bem como pessoas ligadas à Hedge se declararam impedidos e não votaram nas referidas AGEs de orientação de voto. A deliberação a respeito do voto a ser proferido na AGE do TBOF foi realizada com quórum qualificado nas respectivas AGEs dos FOFs."

como falo, tudo feito em uma gray area da lei - sim, tem procedimento previsto nas legislações, mas isso não deixa de cheirar mal

BTG + HEDGE é o bingo da desgraça. 

https://www.hedgeinvest.com.br/arquivos/HFOF/Documentos_Legais/2019_11_12_HFOF_Comunicado_ao_mercado.pdf

Olhando o relatório de Outubro/2019, o HFOF possui cerca de 10% de seu patrimônio em cotas do TBOF11.

Conforme a ATA da reunião (https://www.hedgeinvest.com.br/arquivos/HFOF/Documentos_Legais/2019_11_12_HFOF_Ata_AGE.pdf) foi aprovado por 26% dos cotistas do HFOF liberando a Hedge para votar favorável na reunião do TBOF11 no dia 18/11 acerca da aquisição.

- A Hedge já possui participação no imóvel pelas cotas de seus FoF.
- Com o dinheiro que ainda deve ter em caixa somando a grana que o IPO do HAAA11 deve captar ela poderia, se quisesse (e se for permitido tal movimentação) socar ordem de compra em um valor e obrigar qualquer negociação a passar por ela, até comprar um número suficiente de cotas para poder decidir sozinha no ORUTUF a venda do imóvel e encerramento do TBOF.

O TBOF hoje tem valor de mercado por volta de R$ 934 milhões considerando as 10 milhões de cotas e valor de mercado de R$ 93 (valor de 13/11/2019).

Como um bom gestor trabalharia em FOFs:

1) Acha um ativo subvalorizado (TBOF11);
2) Enche o carrinho nos FOFs;
3) Espera;
4) Atingido o alvo, vende, embolsa ganho de capital e taxa de performance, todos felizes.

Pronto, só gerou valor para o cotista e ninguém foi prejudicado.

Como a Hedge está trabalhando:

1) Acha um ativo subvalorizado;
2) Enche o carrinho nos FOFs;
3) Estrutura um regulamento de fundo ORUTUF;
4) Usa os FOFs para chamar assembléia para vender o imóvel para esse fundo ORUTUF, em um valor abaixo do que vale;
5) Chama assembléia dos FOFs para autorizar você a votar (provavelmente já de carta marcadas com parceiros, jogada velha, da época que se amarrava cachorro com linguiça, talvez os mesmos que vão estar entre os 50 felizardos do HAAA....);
6) Manda carta para todos cotistas do TBOF11 na espreita que alguém que não lê direito as coisas assine procuração para ela mesma (fácil de confundir);
7) Poucos cotistas se ligam em assembléia, ainda mais AGE, venda aprovada, TBOF acaba, HAAA criado.

Resultados? Hedge ganha na taxa de performance nos FOFs, ganha market share ao destruir um fundo de um concorrente, ganha mais ativos sob gestão e com isso mais taxa de adm total. Ganham os cupinchas que participarão da brincadeira, comprar HAAA barato e depois despejar no varejo pelo que o prédio vale (mais).

Perde o cotista minoritário tanto do TBOF11 quanto dos FOFs pois viram um ativo de valor ser repassado abaixo do valor de mercado para os camaradas da Hedge no HAAA (oferta restrita.....).

E se vocês pensarem bem, MESMO que a Hedge não ganhe nada em performance e ganho de capital (até por que a proposta, apesar de abaixo, é ~10% menor que avaliação, já vimos coisas muito piores por aí), a manobra pode ser simplesmente vista como um monte de rolo para no final existir 1 fundo a mais da Hedge e 1 a menos da BTG, seria mesmo efeito que tomar o TBOF11 diretamente como fez com outros fundos. Apenas optaram por um caminho mais tortuoso (e potencialmente mais lucrativo?). Mas a historinha é a mesma, o método é o mesmo: usar poder de voto dos FOFs para fins escusos, e ainda tendo a ousadia de mandar um comunicado desses, como se aquelas assembléias de cartas marcadas dos FOFs (que sequer seriam chamadas se já não conversadas e combinadas e garantido resultado como a Hedge queria, possivelmente com pessoas que também ganham uma beirada da ação toda) fossem enganar os olhares mais atentos.

@celtiberian síntese perfeita, deveria ir para um "FAQ" para registrar objetivamente feitos de potencial má-governança de gestores. O que acha, @Giovanni ? Daí cada um se informa e decide se vale a pena ou não investir em fii dos gestores relacionados.

@viczex

Já pode votar na qualidade do administrador/gestor, já vai ser interessante.

EDIT:
Primeiros lugares no momento: Kinea, CSHG e Rio Bravo.

Último lugar no momento: Hedge

Acho que a TRX (Caixa?) consegue ser pior que a Hedge. Gestor competente no cuidado dos imóveis mas que escorrega na ética você perde um pouco, já gestor incapaz de alugar um imóvel você perde muito.

@gustavo

Única dúvida nessa questão de "ranking gestores" é quando vai na página do fundo se está votando para o gestor ou administrador. Ideal seria poder votar em ambos, e um ranking geral de adm/gestor.

@celtiberian concordo 100% com seu penúltimo post

De 8 FIIs que eu tinha (não diversifiquei mais porque a % como total da carteira é baixa) já meteram o dedo em 2 (HGBS / TBOF).

Estou seriamente considerando não aportar mais em FIIs por causa desses episódios. Já estou vendo que, independente da gestora, sempre vai ter o risco de um FoF comprar um pedacinho, nem tão grande assim, e se valer das assembleias esvaziadas para fazer valer sua vontade. Governança fica bem complicada assim.

Minha dúvida agora é:
Sabendo que existe duas novas propostas maiores que a do HAAA e a hedge através dos fofs votarem a favor de vender por menos para a própria hedge não seria uma quebra do dever fiduciário da hedge para os cotistas dos fofs ? Já que os fofs ganhariam mais com as propostas mais altas ?

@raphaelfrj acredite se quiser, mas na entrevista que o André Freitas da Hedge deu pra um site de notícias financeiras, ele alega que não. Ele tentou justificar que essa diferença de tempo entre a apresentação das propostas tornaria a da Hedge mais vantajosa... sei lá, o raciocínio foi meio confuso.

Hedge tá comprando uma briga grande. Já tem contra eles o BTG, uma casa de research famosa, alguns youtubers, além dessas duas novas propostas que até os cotistas dos FOFs deles podem ser prejudicados, vamos ver o que acontece segunda
sei não, acho que o rolo dessa vez foi grande demais

@Innervisions

Eu acho o rolo do HGBS11 pior (comprar fundo ilíquido de FOF da própria Hedge com preço inflado pela própria Hedge), só que ficou "por trás dos panos", olha todo o trabalho investigativo que precisou para o colega chegar na conclusão. Já esse caso agora é mais high profile, envolve mais dinheiro, é um caso mais às claras.

Pra quem ainda está tentando defender a Hedge e o comentário do celtiberian não foi claro o bastante:

1) O que eles estão fazendo é ERRADO, independente de ter isso em normativo da CVM ou não;
2) Ao se expor essa fragilidade da regulação de FIIs à condutas eticamente duvidosas, o que está mais em risco é a credibilidade do mercado de FIIs como um todo. O que a Hedge está tentando fazer não seria aceito em um mercado sério. Por isso tanta gente reagindo em contrário, ainda bem;
3) A Hedge pelo visto não está dando a mínima e ainda está querendo esfregar na cara de todo mundo que faz o que quiser e ninguém pode puni-la por isso. É muita ingenuidade cair nesse discurso;
4) Se esse tipo de conduta acabar se alastrando vai ser um baque tremendo para o mercado como um todo, pois o mínimo que se espera é que ele seja sério, justo e correto. Se valores contrários a esses começarem a dominar, veremos aos poucos os bons abandonarem o mercado, restando apenas os "espertos"

Na minha opinião, ou o mercado de FIIs evolui e amadurece ou vai ficar cada vez mais difícil de investir

Boa noite a todos!

Quem quiser tirar qualquer dúvida que ainda reste, e em reforço às postagens do celtiberian e do Asvidzinski, como já postei no mural do FII, pode ver a entrevista do CEO da Hedge Investments feita pelo NOD. 

Forte abraço!

JSRE11 propôs o pagamento de R$ 1 bilhão pelo ativo, quase 10% mais que o valor proposto pela Hedge.
As propostas concorrentes à da Hedge NÃO poderão ser deliberadas na AGE do dia 18/11/19, convocada pelos FOFs da Hedge + Paladin (detentora de cotas do TBOF que já foi multada pela CVM por manipulação de preço das cotas desse mesmo fii; parceira nessa transação da Hedge), porque os cotistas não foram avisados formal e tempestivamente. 
Corre-se o risco (agora menor, mas ainda existe) de aprovarem a venda em assembleia do dia 18 do monoativo do TBOF ao HAAA + Paladin, apesar de haver outra assembleia marcada para 29/11/19, marcada a pedido de outros cotistas que estão correndo para evitar o prejuízo, para avaliar a proposta  da Macaw (que é melhor que a da Hedge). Nesta assembleia, a priori, também não poderá para avaliar a proposta do JSRE11, pelo mesmo motivo supracitado.

A BTG recomendou que fosse feita uma concorrência pública, mas isso também dependeria de AGE. 
Em tese, os cotistas do TBOF poderão deixar de auferir quase 100 milhões de reais se adotada a proposta da Hedge ao invés da proposta do JSRE11.

Muito boa a discussão, aprendendo muito com os comentários. Na visão de vocês, qual o minoritário que está sendo prejudicado, os minoritários dos FOFs ou os minoritários do TBOF11? Não estaria dentro do objetivo dos FOFs a liquidação com lucro do TBOF11, independente se troca ou não de gestão? A Hedge fazendo todo este "rolo" para conseguir a gestão para ela não faz parte das "regras do jogo", no sentido de ela fazer isso para crescer no mercado?

Cada vez q vc fala a palavra CVM mais longe fica da tranquilidade financeira e mais perto fica da sardinhagem

achar q algo como a CVM vai resolver qq problema seu ou assumir um risco q seja protegido pela CVM so demonstra q vc nao entendeu nada

Nao sei se ja postaram aqui mas no canal do youtube do Arthur Vieira de Moraes, ele postou 2 videos, o do Andre Freitas dando a visao dele e de um dos cotistas do TBOF dando a visao do lado cotista. Tirem suas conclusoes.

E

nao importa o q tenha acontecido nada justifica esta emoçao toda
basta diversificar e cuidar em primeiro lugar da sua vida e do seu trabalho
todo este tempo e emoçao perdida com este fundo e este gestor so leva a perder mais tempo e dinheiro

ha duas alternativas

1 - deixa la e danesse

2 - sai fora e danesse

o resto me desculpe eh total sardinhagem

CVM entao eh o ápice da sardinhagem
eh quando começa a colocar a culpa nos outros dos seus erros e nunca mais para de errar

@hmg16 Com esse cenário de +2 ofertas melhores que a dela, a Hedge deveria cuidar dos interesses dos cotistas dos seus FOFs que convocaram a AGE que ocorrerá no dia 18.
Portanto, deveria desde já suspender publicamente a sua oferta e pedir a concorrência pública de ofertas, como orientado pela BTG, ou aceitar as ofertas concorrentes que são melhores, para liquidar o TBOF pelo valor mais alto, dando o maior ganho de capital possível aos cotistas dos seus FOFs.
Afinal, ela deveria cuidar do melhor interesse deles, por ética e por regulamento. Parece-me que está cuidado é do interesse de outros...
Então, creio que ela está prejudicando os cotistas dos seus FOFs e do TBOF.  

HHMM...

Aos que estão emocionados, deveriam saber:
Riscos do monoimóvel.
Riscos dos FOF's com taxa de de performance.
Risco de gestão dos FII
Risco do regulador.

Não tem mamãe bolsa 

Algum tempo atrás me irritaria um caso como esse do TBOF, mas hoje sinceramente, depois de ter descoberto alguns problemas de saúde (felizmente nada muito sério), me incomoda tanta emoção com relação a um investimento. Algumas pessoas levam para o lado pessoal, se emocionam com o prédio...só faz mal ao corpo. A vida não é isso. 

Se for pra ficar de saco cheio com esse tipo de coisa, prefiro vender o ativo e pôr na poupança até decidir onde realocar o investido. Paz.

Eu creio que, senso de justiça ou ativismos à parte, o problema real de alguns pode ser concentração excessiva. Se nem isso for o caso, pior ainda; é stress por nada.

Não tem que ter irritação nem emoção. Mas isso é que o menos tem no tópico.

A questão aqui é um estudo de governança, e aprender com situações que vão surgindo nessa classe de ativos que ainda é jovem no país, começando agora a atingir uma penetração maior entre os investidores.

Óbvio que tem que estar preparado para perder tudo que está investido em qualquer ativo. A questão não é essa e sim aprender algo e melhorar suas chances matemáticas no ORUTUF através de decisões melhores. No caso de FIIs de tijolo me parece que a variável administrador/gestor é tão importante quanto a qualidade dos imóveis em si.

Disclaimer: não tenho, nunca tive nem pretendo ter cotas dos fundos envolvidos nesse rolo em questão, seja TBOF ou os FOFs.

Ainda sobre a questão: tem diversos vídeos no youtube com comentários de pessoas do GRIFI, entrevistas do André da Hedge, etc. Quem quiser procure e assista (não sei se posso postar aqui, alguns foram produzidos por sites que são de certa forma concorrentes).

Acho FII's uma modalidade interessante de investimento, mas vou esperar o mercado e principalmente a regulamentação sobre o assunto amadurecer para começar a fazer aportes. Prefiro ficar com uma carteira de ações maior e mais diversificada por enquanto.

Essa situação reforça a importância de avaliar a gestão dos FIIs, junto com as outras características que avaliamos mais objetivamente, como a qualidade e diversificação de ativos e inquilinos. 

Sobre a HEDGE, estamos 'de olho' desde a troca forçada de adm no HGBS.  Quem já tinha o ativo foi prudente em colocar de quarentena e ir acompanhando até a gestão ter mais histórico. Até agora, tanto no HGBS como em outros FIIs, a gestão tem sido bem controversa....

Ainda assim:

- Quem estuda e escolhe seus próprios ativos, provavelmente não tem FOF. Na nossa visão FOF é terceirizar a decisão de investimento. E como os FoFs da Hedge são usados nessas massas de manobra, fica pior ainda somar FoF + gestão Hedge. Quanto a isso e vendo os comentários de carteira do site, acredito que são poucos aqui com FoFs; 
- TBOF. Mono imóvel, sempre ponderamos aqui o risco de ter apenas 1 imóvel e como mitigar isso colocando um percentual menor (se aceita) ou nem ter o ativo. Novamente, são poucas carteiras com TBOF, e nas que tem TBOF normalmente tem mais de 15 FIIs, então novamente esse é um episódio muito pequeno para incomodar quem tem uma carteira diversificada

Então a maioria do pessoal desse site que segue a linha da diversificação e evitar rolos, está tranquila. Essa onda de emoção de protestar, reclamar na CVM etc, é coisa de site de sardinhagem, onde quem não diversifica ou controla risco se vê na iminência de ter boa parte do patrimônio prejudicado e fica desesperado. 

Dito isso, acompanhar essa situação mesmo não tendo os ativos tem seu valor, pois é mais um capítulo da história dos FIIs sendo escrita, como bem disse o @celtiberian

Tenho uma carteira com 12 Fiis, bem diversificada, inclusive todos de gestores diferentes. Não vejo menos rolos de governança nos (bons) fiis do que nas ações. O risco está, a meu ver, no retorno limitado. 

 

Dito isso, houve evidente conflito de interesses no caso do TBOF11, o gestor claramente tentou expurgar os minoritários do negócio. Tenho cotas do HGBS11 e não pretendo investir mais em nada relacionado com a Hedge. 

 

 

Vocês não acham que esse fii dá mto trabalho pra acompanhar não? O que ele tem que justifica esse investimento pessoal todo?

O difícil não é so fugir dos fundos geridos pela Hedge. É fugir dos fundos que têm participação de FOFs geridos pela Hedge,

@Zurra depende da importância que você dá ao acompanhamento

Depois da sardinhagem inicial, estudo, seleção de carteira, não olho alguns FIIs da carteira desde 2016.

ÓBVIO que como eu estou na área de FIIs eu acabo acompanhando muito do que acontece, para poder entender e trazer o conteúdo para os usuários.

Mas como investidor, tirando algum FII que muda totalmente de perfil (HGBS -> Hedge), o restante eu olho anualmente apenas para poder colocar de quarentena algum caso grave, e para mudar os pesos conforme adiciono novos FIIs na carteira. 

E nesse meio tempo, vários desses FIIs considerados bons hoje passaram por algum histerismo ou outro de curto prazo. Coisas que agora estão enterradas no fundo dos murais, porque eram turbulências de curto prazo.

Por isso para a maioria das pessoas, o melhor a ser feito é selecionar bem os critérios, diversificar, e acompanhar uma vez ao ano, porque ficar acompanhando de perto vai levar a achar algum motivo para girar patrimônio. E como os FIIs tem essa cultura de relatório mensal, fica mais difícil ainda não se levar pelos movimentos de curto prazo

@frsantos pois é, os FIIs que são "alvos" dos FOFs da Hedge não podemos controlar. Mas podemos colocar chances à nosso favor:

- FIIs bem diversificados com PL maior exigem maior $ para ter poder de voto/influência nos outros cotistas; ter 5% do FAED11 é mais fácil que 5% do HGLG11;
- Independente disso, se escolher tiver posições em FIIs menores/menos diversificados e com PL menor, mitiga o risco colocando pesos menores no BS, e aí o impacto de um eventual takeover/mudança de gestão é menor

não sei pq o choro, o TBOF11 já recebeu mais duas propostas de compra além da Hedge, a última de 1,055 bilhão do JSRE11, a cota passou de R$ 100,00 no mercado, tenho TBOF11 e se for a hora de vender to tranquilo, vida que segue.

Não bastasse todos os demais, agora há que se analisar o "risco Hedge" de takeover

HGBS, TBOF, qual será a próxima vítima? Há dúvidas que isto voltará a ser repetir?

Em poucas semanas muita algazarra nas mídias, YouTube e fóruns... E no final a Hedge retirou a oferta. 

Fez lembrar do barulho e da emoção exacerbada nos casos MFII e ABCP. Em se tratando de mercado imobiliário vejo que muita coisa inimaginável pode acontecer e que a morosidade da resolução pede que o investidor tenha parcimônia, muita calma. Analisar com austeridade a governança desta gestora, e se conclusiva a análise colocar em quarentena ou dar início a uma saída aos poucos, da mesma forma em que se entrou, com calma.

Bom, eu concordo com o @Giovanni e com o @celtiberian  

Se não for pra discutir governança e regulação aqui, onde faremos?

Não vejo com histerismo nenhum, pelo contrário. É uma discussão madura para aprender mais como avaliar governança. Isso pode eventualmente ser extrapolado para outras situações.
Quem está bem diversificado, está tranquilo. O mercado de FII é recente e como tal, estas manobras "dentro da lei" servem exatamente para expor que a lei precisar ser readequada para a situação.

Isso aciona mecanismos que permitirão um amadurecimento do mercado.



Quem não entende nada disso, fica no argumento de que tem coisa melhor pra fazer na vida, ok, vai fazer o que acha mais importante.

Eu não estou deixando de trabalhar, de cuidar do meu filho e da minha família para "perder tempo aqui". Eu gosto de estudar no meu tempo livre, tem gente que prefere assistir faustão. Cada um faz o que quiser, só não aprovo ficar tirando o mérito da discussão sob esse argumento.

Lógico que não devemos ser sardinhas de esperar CVM, etc etc. Sem emoções, mas é pra ficar de olho aberto pois investimento não pode ser negligenciado. Tem gente que passa 3 meses estudando qual carro comprar, agora na hora de investir diz que um estudo tão legal desses é "perda de tempo", discordo totalmente.

Voltando ao assunto, acredito que a Hedge tem mostrado a que veio. Os caras começaram com graça, foram expulsos do banco CSHG, montaram uma gestora "pra mostrar pra eles". Pra mim, já mostraram não ter ética quando fizeram aquela palhaçada no HGBS, utilizando de contatos desde a época que trabalhavam no CSHG para conseguir maioria dos votos para excluir a HG da gestão de um fundo que estava indo MUITO BEM, tinha valor pra mim.

Isso não entraria naquelas clausulas de não concorrência @celtiberian ?

Eles usaram know how e contatos do emprego antigo para concorrer com o emprego antigo.

Só aí, pra mim já mostrou não ser um gestor idôneo, não quero esses caras cuidando do meu dinheiro. Entraram na categoria Abilio Diniz em governança.

Invisto em FII`s há 5 anos, já passei pela crise do MFII, do AGCX entre vários outros, mas o HGBS é o único FII que venderei nos próximos meses por ter finalmente perdido valor para mim, mesmo com ótimos imóveis, onde a Hedge entra eu saio. Famoso toque de Midas contrário. Onde encosta, vira

É com discussões como essas que vamos amadurecendo nossos critérios de seleção de FIIs.

Nos últimos meses mapeamos uma série de riscos diferentes nos FIIs

- Risco de Takeover - mais comum em fundos mono imóveis de gestão passiva

- Risco de controlador com mais de 10% - caso ABCP11

- Risco de emissões desvantajosas - mais comum em fundos de gestão ativa

A maioria desses riscos não estava em meus critérios de seleção até pouco tempo atrás.

Estamos amadurecendo juntos como comunidade.

Desmerecer isso chamando de "histerismo" é um erro em minha opinião.

@SARD3 Claramente os envolvidos neste absurdo não saciaram a fome. É difícil para quem começa investir entender quem é um bom ou mal gestor, talvez seja uma oportunidade para o site avalia-los também. 

@mtschagas Acrescentaria o risco de ter cotistas PJ, per si. 

PJs  podem comprometer a isenção tributária, podem manipular preços de cotas, podem lançar estratégias de takeover, podem trocar gestores, por exemplo.

Embora mais "protegidos", fundos multi-imóveis não estão livres disso, sequer de gestão ativa. 

Com meros 25% dos votos, PJs já podem alterar regulamento, trocar gestor/administrador (ativo/passivo, tanto faz), liquidar o fundo, vender ativos etc. Claro, há um filtro de análise de conflito de interesses, mas isso não é impossível de ser burlado. Ex. basta que 5% das cotas convoque uma assembleia em que outros 25% aprove. O TBOF, por exemplo, tem 2 cotistas PJs que acumulam sozinhos  21,93% das cotas. Fora que há outros cotistas PJ que acumulam 24,41%. Total: 46,34%, mais que suficiente para comprometer o fundo.

Lembrando que a Hedge não fez o que fez sozinha. A cotista PJ, Paladin, estava envolvida nesse negócio. Inclusive a Paladin já tinha sido antes multada pela CVM ao tentar manipular preço das cotas do TBOF. 

E concordo com o @Rincewind, se não for pra discutir governança e regulação aqui, onde faremos? 

Eu entendo quem não tem paciência porque a questão é circular. Nós vamos rodar, rodar e finalmente chegar à conclusão de que é preciso diversificar. 

Se ter cotistas PJ for um risco para FIIs, então esqueçam essa classe de investimento, pois os institucionais chegaram pra ficar, como sempre ocorreu no mercado de ações e, nos EUA, no de REITs. Principalmente agora, com a recente lei que obrigou os fundos de pensão a apenas investirem no mercado imobiliário de forma indireta, por meio de ativos financeiros (entre os quais os FIIs).

Se a idéia for tornar o investimento mais seguro, o foco deverá ser no aperfeiçoamento a legislação, criando regras mais definidas para situações como as que envolveram o HGBS e TBOF, de forma a nao trazerem insegurança ou prejuízo ao investidor.

A pergunta agora é qual proximo alvo da Hedge ?

No fim, Hedge se deu mal. Quis comprar barato e ficou a ver navios. Que bom, pelo menos se vender será mais justo aos cotistas. 

Engraçado que eu comprei o JSRE há alguns anos e era só papel. Repentinamente, lotou de imóveis bons.

Risco de PJ no FII realmente pode impactar - mas como avaliar isso?

A única informação confiável que temos de quem são os cotistas e quais % detém é do informe anual estruturado - 1x ao ano, com base 31/12 e publicado em março/abril (quase 4 meses de defasagem)
No informe mensal, só é publicado o número de cotistas por tipo (PF, PJ, etc) em alguns meses, mas sem informações sobre o % que tem

portanto não tem muito o que fazer para se proteger - avalia na entrada se há algum rolo com majoritário/PJ, e diversifica bem a carteira para não correr esse risco 

Eu não acho realmente que eles quisessem comprar o TBOF. Para mim foi um blefe para surgir uma oferta maior e eles venderem as cotas de TBOF que os FOF possuem.

Ou seja, se aceitassem teriam comprado barato. Se surgisse oferta maior ganhava com a venda das cotas.

Foi uma boa jogada. Aparentemente não foi contra a lei, mas também não é bem um fair-play pois acaba manipulando o preço.

Nem devia existir FOF.

Não devia existir FOF, mas é só sair algum FOF novo que já pedem cadastro, mesmo aqui nesse site

só existe um produto se tem alguém para consumir...

@AndreLFSBacci Por favor, me esclareça. No chat eu perguntei sobre o movimento da Hedge, onde ela utilizou o HGBS para fazer o que queria (comprou e vendeu cota de FII's sob gestão dela mesma), gerando gordas taxas de performance. 

Na minha opinião, destruição de valor e claro conflito de interesse.

Mas você que disse que foi traçada uma "linha do mal" mas não viram todo o cenário. Por favor, me esclareça à titulo de aprendizado!!!

@Donkey_King "como eu não tenho a expertise de analisar governança e outras coisas mais, prefiro ficar de fora, até porque não somos obrigados a investir em nada"

Se todos pensassem assim, não teríamos nenhuma das passeatas à CVM que volta e meia vemos por aí
Parabéns!

nao importa o q tenha acontecido nada justifica esta emoçao toda
basta diversificar e cuidar em primeiro lugar da sua vida e do seu trabalho
todo este tempo e emoçao perdida com este fundo e este gestor so leva a perder mais tempo e dinheiro

- Bastterfodoles

postado por @ars351 em 23/11/2022 11:28

esse tópico é interestíssimo sob a perspectiva do passar do tempo. durante essa discussão, CSHG, Kinea e Rio Bravo eram consideradas boas gestoras. Vinci estava começando em 2019, TRX era um mico, BTG também, assim como Hedge. REC estava incipiente, assim como a Vinci.

As coisas que a Hedge fez não se apagam.

O triste é diversas cosias feitas por outros gestores aparecendo.

A falta de dinheiro de investidor institucional nesse mercado acarreta em uma governança muito ruim. Essa é a realidade dos fundos imobiliários.

Postei aqui meses atrás uma análise mostrando que os fundos de tijolo não cumpriram sua função, premissa ou proposta básica de prover uma renda mensal reajustada.

postado por @celtiberian em 23/11/2022 14:20:44

Postei aqui meses atrás uma análise mostrando que os fundos de tijolo não cumpriram sua função, premissa ou proposta básica de prover uma renda mensal reajustada.

      Meu irmão tem vários imóveis para alugar. Ele não tem conseguido reajustar seus alugueis conforme a inflação. Parece que o problema, na verdade, é mais geral, da classe "imóveis".

Acho que excluindo localizações muito privilegiadas os aluguéis tem se mantido iguais, ou até reduzido em prol da ocupação (meu caso).

postado por @Rcrd em 23/11/2022 21:59
      Meu irmão tem vários imóveis para alugar. Ele não tem conseguido reajustar seus alugueis conforme a inflação. Parece que o problema, na verdade, é mais geral, da classe "imóveis".

Sim, é uma possibilidade. Mas os FIIs que analisei tem histórico longo e não foi só recentemente que ficaram abaixo da curva. Ao mesmo tempo que são "longos" (relativamente), 10 anos de histórico é começando em 2012, ano de pico econômico, de lá até 22 é praticamente década perdida.

@celtiberian tem um outro detalhe tbm além do fator econômico. Alguns/vários fiis/gestores têm promovido trade dos imóveis dos fundos sob justificativa de "destravar lucro". Na prática eles ganham a taxa deles, justificam um ganho de capital de curto prazo pros sardinhas mas na prática destróem o valor do fundo pro longo prazo.

Se vermos a curva de rendimentos dos fundos passivos, ela em situação normal tende a ser crescente.

Nos fundos ativos a gente vê gestor linearizando proventos mensais com $$ de venda de imóveis, ou então pagamentos NR em valor mais alto, mas fica parecendo que a gestão ativa é brincar de trade com imóveis, o que também entendo não ser o verdadeiro propósito dos fiis.