Micropython, VScode , Jupyter
comentada em 22/11/2019 16:49

@jadeolive tópicos como esse teu me enchem de alegria hahaha fico feliz de estar ajudando pessoas como você. Senta aí que lá vem textão.

Primeiramente me identifiquei com sua história, principalmente por também ser da área de saúde e ter descoberto a paixão por programação nessa de estar tentando mudar de área ou procurar alternativas à minha área profissional. Parabéns por tentar mudar. No começo é muito difícil e eu pelo menos demorei um tempinho pra ter certeza de que era isso que eu queria. 

E nenhuma dúvida sua nem de ninguém é tosca, as dúvidas que você tá tendo eu mesmo já tive um dia e todos que começaram algo novo já tiveram dúvidas que aparentemente eram bobas mas não são. 

O que eu posso dizer é o seguinte:
Pra aprender Micropython você tem que saber Python. Eu nunca mexi com Micropython, não sei se é 100% igual à sintaxe de Python mas posso pesquisar depois, mas tenho 100% de certeza que só por ter Python como base você ganharia bastante aprendendo o básico de Python, e isso eu dou pra vocês por aqui por meio dos tópicos e vídeos. Então a primeira coisa é: aprenda Python. 

Esse Platformio que você comentou nada mais é que um terminal, tal como o terminal de qualquer computador, então nada de novo por aqui. No terminal é onde você roda os códigos Python e obtém as respostas dos seus programas. O que acontece é que alguns editores de texto (nunca ouvi falar nesse Geany) não têm suporte para o terminal e você precisa instalar plugins para rodar seu código nele, e o Platformio é um deles. 

O Jupyter nada mais é do que outra IDE pra programar, tanto Python como outras linguagens, e é muito usada pelo pessoal de análise de dados e machine learning. Eu tenho um vídeo sobre Jupyter aqui no site caso você queira entender melhor o que é e como funciona, ensino a instalar e tudo, mas não é algo pra você se preocupar agora:



Pra mim o que você deveria focar agora era ter um ambiente que você entendesse bem pra estudar o básico. Escolha uma IDE que você entenda, tal como essa Geany, que você consiga programar sem dor de cabeça e mergulha fundo. Como disse, nunca usei Geany mas aqui ensino a preparar o ambiente com VSCode, que é outra IDE, tem tópico sobre isso:

1.1 - Python - IDLE, IDEs, editores de texto & meu primeiro programa. - Tecnologia - Bastter.com

1.12 - Python - Ambientes virtuais (virtual environments) - Tecnologia - Bastter.com

E vídeo:



Se você gostar mesmo vai ser como jogar videogame ou algo prazeroso. Eu pelo menos programo horas e horas sem nem sentir rs preciso que minha namorada me dê um toque pra eu dar uma parada. 

Enfim, pode perguntar qualquer coisa aqui que vou ter o maior prazer em responder. E vem com a gente que tem pouca mulher programando e ver vocês quebrando essa barreira é muito bonito. 

@jadeolive oi tudo bem ? Olha se você aprender Python, para migrar para micropython ou qq outra linguagem é bem fácil.

Acredito que a diferença seja apenas na questão das portas. Um microcontrolador é basicamente um computador que possui uma memória bastante limitada e algumas funcionalidades. Essas funcionalidades são acessadas escrevendo « bits » em endereços determinados.
Assim, para facilitar, as linguagens de programação voltadas para microcontroladores possuem métodos especiais. 


Então basicamente é a mesma linguagem, mas com métodos especiais. Por exemplo, não existe um método de « mostrar um texto na tela », até por que não tem tela rsrsrsrs 
No entanto ha um método para controlar umas das « pernas » do microcontrolador, ligando ou desligando um sinal elétrico. Aí você usa isso para qq coisa...  

fico muito grata pelas respostas @ThiagoDV  e @FlyCavok , acho que vou focar em aprender bem python como recomendado e depois foco em outras coisas... sabe como é ansia de novata... já até encomendei umas plaquinhas rsrs.
Muito obrigado meninos.

@jadeolive essa ansiedade é normal. Já sofri muito com ela hahah

E eu sempre escutava o pessoal mais experiente falando pra ir devagar e eu não conseguia ir devagar, queria aprender tudo ao mesmo tempo.

Quando comecei a ir mais devagar que as coisas começaram a fazer sentido.

Programar é atividade de prática, tem que praticar muito pra ficar legal e sempre dá pra aperfeiçoar.

Ps: agora que vi que os vídeos são só para assinantes e você não é assinante, então qualquer dúvida pode me perguntar. Manda inbox, posta dúvida nos tópicos, posta tópico de dúvidas, etc. 

Olha, nada a dizer sobre o conteúdo do tópico, pois não tenho conhecimento de nada sobre isso.

Mas queria frisar uma coisa: como é impressionante os tópicos de mulheres aqui no fórum! São mais raros mas em nenhum a pergunta é besta, cheia de bulshit, por falta de estudar a área de iniciante, etc... são sempre perguntas inteligentes, interessantes, dúvidas genuínas msm... no dos caras, muitos só querem se aparecer hehe

Parabéns e sucesso!

@jatava é por que em geral elas são menos impulsivas. Pensam e pesquisam primeiro.

@jadeolive Outra coisa que tem que ser levada em conta é que existe um risco bem grande de você se perder no "mar de opções" da TI. Isso é beeem comum com iniciantes.

Cada linguagem que você escolher seguir tem dezenas de IDEs para escolher, centenas de frameworks, cada um com prós e contras, centenas de opções de armazenamento de dados... só de cloud por exemplo são tantas as opções que é capaz do sujeito ficar louco.

Sem falar que são muitas linguagens diferentes...

Então minha sugestão é simples: foca em aprender 1 coisa. Escolha a que mais agradar. Depois escolha outra coisa e esqueça o resto. Se você vai aprender, digamos, Python e vai usar a IDE PyCharm. Pronto, use só essa. Não instale 2, não aprenda java junto, não inventa moda.

Se vai escolher um framework, escolha 1 e use ele enquanto ele te der retorno... se um dia ele não servir mais aí você muda.

Não se preocupe em aprender tudo ao mesmo tempo por que existe uma habilidade chamada Lógica de Programação, que não é possível de ser ensinada e que você vai absorvendo aos poucos.

Quando essa "coisa" (a lógica) entrar na sua cabeça, você vai perceber que tanto faz Python, Java, C... é tudo uma questão de aprender sintaxe e, talvez, uma forma diferente de escrever o código... mas no fim é tudo looping, acesso a memória (estruturas de dados) e contas (algoritmos). Não tem como fugir do básico. A lógica não muda.

Se você trocar muito o foco, vai passar mais tempo aprendendo a parte chata, que é a sintaxe, e menos tempo na parte interessante, que é a lógica.

Excelente colocação @FlyCavok vou já transformar em FAQ

Perfeito tudo que falaram com exceção de que lógica de programação não se ensina. Ensina-se sim! São algoritmos. Aprender algoritmos eu recomendo apenas depois de ter rudimentos de alguma linguagem de programação e alguma intuição. 

Mas vale a pena saber pelo menos o básico de estrutura de dados e algoritmos de ordenação, por exemplo.

Mas não foque nisso no início. Deixa isso quando já tiver um pouco mais confortável com a linguagem.

A lógica não é algoritmo. Algoritmo é a materialização da lógica. O carro não é a engenharia mecânica, é o produto dela. A cura do paciente não é a medicina e sim o produto dela.



Você aprende como funcionam alguns algoritmos, como são as estruturas de dados, mas aprender a lógica de construir seus próprios algoritmos, a forma de pensar, só com a prática mesmo. Isso não dá para ensinar e nem precisa, a pessoa vai aprendendo com o tempo.

oi de novo pessoal, muito obrigada pelo incentivo e pelas dicas!
tô muito empolgada com esse novo caminho que resolvi seguir, espero que eu de conta.

quando eu entrei na área da saúde não foi por "vocação", era muito nova, tava ralando no comércio, surgiu uma oportunidade e fui enveredando.... mas passado um tempo vi que não era o que me satisfazia, mas a gente tem de pagar as contas... e continuei...

agora que minha vida tá um pouco mais tranquila, penso que é o momento para aproveitar o tempo extra e experimentar as coisas que não segui por medo de não serem "seguras".

Tenho estudado python sim, até já entendo bem o básico, esse editor Geany é bem legal, e roda o código num terminal, basta apertar F5.   Já compreendo bem o que são e como se comportam as variáveis, os tipos, listas, tuplas, os dicionarios.  Já entendi bem a lógica e o funcionamento básico dos loops (while, for) e comecei a estudar classes e funções, e aí é que eu acho que "travei". 

Meu interesse pelo Micropython é pela proximidade de programar com uma aplicação prática imediata, como fazer uma mini-estação meteorológica, sensores de gases, iluminação, automatização dos equipamentos de casa, como lampadas, aquecimento, e por ai vai.   Veria a teoria funcionando quase imediatamente, na "vida real" e permitiria também o aprendizado concomitante de eletrônica...

Viram? já tô correndo de novo...

Mas vou seguir com afinco a metodologia do @ThiagoDV , ir com calma e diminuir a ansiedade com muita atividade fisica, como o Bastter recomenda.

funções são como bloquinhos de código. Se você quer somar 2 variáveis, por exemplo, i e j, você poderia fazer:

resultado = i + j

Mas se isso é algo que você faz em repetidos lugares, para não repetir o código voce usa uma função:

def Calcular(i, j):

     return i+j

Pronto. sempre que precisar somar, vai ser:  resultado = Calcular(i, j).


Claro que essa função Calcular é simples demais, ninguém vai fazer isso né? Mas só como exemplo.

Aí se voce errar, por exemplo não era para somar e sim subtrair, caso você modifique lá na sua função para:



def Calcular(i, j):

     return i-j

Automaticamente todo mundo que usa ela será corrigido.

Do contrário você teria que sair procurando no código todo... imagine um código de 20 milhões de linhas?

Orientação a objetos é mais difícil explicar em 1 post só, mas é outra forma de organizar o código. Você constrói um bloquinho de código que é o sua classe. Ela tem propriedades (que é grosso modo uma "variável") e funções.  É como se cada classe fosse um mini programa.

A classe é instanciada em um objeto, que é como se fosse o "mini programa rodando". Aí você vai acessando as propriedades e usando as funções, como se fosse um usuário utilizando seu mini programa, só que no lugar do usuário é seu código.

Lógico que tem vários conceitos envolvidos: herança (um mini programa pode estender outro(s), encapsulamento (certas partes do mini programa você não quer que os outros saibam), polimorfismo (funções com mesmo nome e códigos diferentes, com base nos parâmetros)... vai pegando devagar, não assusta!

Qq coisa vai perguntando aí. 

@jadeolive ah, então você já tem uma certa base. Mas mesmo assim se travou em funções e orientação a objetos a recomendação não muda: aprenda Python

Você tá acompanhando os tópicos sobre funções aqui? Neles inclusive já abordei conceitos básicos como a explicação acima do FlyCavok. Se algum dos tópicos não tiver claro pode perguntar. Eu tou quase terminando o módulo de funções pra entrar no de orientação a objetos, que realmente a uma primeira vista é complicado mas depois que você pega vai embora. 

Mas você já tendo essa base que já tem já pode começar a criar pequenos programas sim. Eu criei meu primeiro programa real com conhecimento menor que esse seu aí e ele rodou (cheio de bugs mas rodou). Quando suas plaquinhas chegarem vai brincando de acender luzinha, de piscar luz, de se usar tal comando a luz não piscaria, sei lá  nunca mexi com placas como Rapsberry Pi e Arduíno, o máximo que fiz em Arduíno foi mudar o texto que uma tela tava mostrando.

Mas é isso, segue os tópicos aqui da área, se precisar de ajuda em algo só falar e dá uma olhada nos tópicos de funções que postei, já que você travou em funções.