Recentemente me deparei com um texto falando sobre a economia da Venezuela de uns 10 anos atrás. A situação do país era descrita com bastante otimismo. Seguem alguns trechos:
"O quadro econômico da Venezuela oferece refrescante contraste com o de outros países em que a moeda talvez esteja em crise, declinando continuamente de valor, ou até mesmo à beira de colapso.
[...]
É óbvio, então, que há um clima fiscal amigável na Venezuela, clima este que incentiva o investimento. Este, por sua vez, ajuda a expandir a economia.
A Venezuela ocupa ímpar posição. Mantém as mais elevadas reservas monetárias da América Latina, algo que ajuda o bolívar a manter sua posição favorecida. A estabilidade e a livre conversibilidade do bolívar têm resultado em seu uso em outros países em transações creditícias, em especial desde que a moeda da Venezuela foi reconhecida em 1966 como moeda “forte” pelo Fundo Monetário Internacional."
Fonte:
A economia próspera da Venezuela — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de VigiaEssa análise contrasta com tudo aquilo que temos tido como referência econômica vinda do país em um histórico mais recente: Crise da moeda, utilização de criptomoedas para contornar sanções internacionais, população criando uma economia alternativa baseada em ouro, dólar e bitcoin, contínua queda do Produto Interno Bruto, dentre muitas outras coisas.
Penso em como reagiria caso passasse por uma situação dessas. O quão frustrante deve ser construir sua vida em torno de expectativa de melhora e ver muito disso ruir justamente por fatores que fogem ao seu controle, como decisões políticas, cenário macro econômico, reservas de petróleo e muitas outras coisas.
Tudo isso apenas reforça reflexões de que é preciso sempre estar preparado, tanto financeiramente quanto psicologicamente. Não era possível vislumbrar esse cenário 10 anos atrás, assim como não é possível antecipar o que acontecerá nos próximos 10 anos.