Pessoal, gostaria de compartilhar uma dificuldade e saber se alguns também a vivem e como lidam com ela.
Já há algum tempo tenho estudado coisas ligadas, de um modo ou de outro, à inteligência emocional. Leio sobre mindfulness (e faço exercícios), leio sobre taoismo, estoicismo, budismo etc.
Mas, quando recebo algo como provocação, não raro eu estouro e, no impulso, revido, às vezes de maneira desproporcional. Quase sempre me arrependo e vejo que foi uma idiotice. Fraqueza minha. Por que não deixar o outro simplesmente ter a opinião dele, por mais idiota que nos pareça, sem que isso nos gere qualquer incômodo?
Pergunto-me por que é tão difícil incorporar à minha prática ensinamentos tão repetidamente lidos? Como mudar esse cenário? Gostaria de me tornar um quase inabalável. De, independentemente do que vier do mundo externo, permanecer tomando atitudes racionais, sem perder o equilíbrio.
Segundo a filosofia Ubuntu, “uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas”. No dizer do jurista Daniel Sarmento, o olhar do outro nos constitui. O que somos, o que fazemos, a formos como nos sentimos, nosso bem-estar ou sofrimento, depende profundamente da maneira como somos enxergados nas relações que travamos com os outros. Será que é por isso que nos incomodamos tanto com as provocações alheias?
Como conciliar as lições aparentemente contraditórias, estoicismo etc. X ubuntu etc.?
São coisas que me pergunto. Apresento a vocês por acreditar que a inteligência compartilhada nessa comunidade é espetacular. E que eventuais respostas aos questionamentos possam ajudar não só a mim como a outros membros.
Obrigado desde já.