Administrar Escritório de Advocacia
comentada em 14/06/2020 12:35

Primeiro, vai fazer um estágio no escritório pra ver como funciona no chão de fábrica. Mas faça com gosto mesmo, entenda que você está lá pra aprender: se esforce, faça ao máximo, tente ver mesmo como funciona

Segundo, vai se qualificar: estuda direito, comunicação (comunicação não violenta, como fazer amigos e influenciar psssoas) negociação (como chegar ao sim: negociação de acordos sem fazer concessões), organização pessoal e profissional (a arte de fazer acontecer), etc. Nao é nada diferente de administrar um outro negócio, com a diferença que o produto é você, no começo (quando cresce já é outra história). 


Terceiro e principal: menos pensamento do ORUTUF, mais melhorar no presente, um por cento a cada dia. Foca em se aprimorar, conhecer, trabalhar e criar.

@pearl

"Sou estudante de direito"

vai estudar
quando vc se formar vc pensa nisso ai

Amigo, os advogados recebem uma formação péssima quanto a isso durante o curso. Talvez aconteça porque a grande maioria dos alunos hj ingressem na graduação pensando em concurso público e a faculdade acaba muitas vezes virando um cursinho preparatório.
Como eu sempre desejei advogar, senti muita dificuldade nessa parte. Via os alunos de medicina com mais noções sobre o valor de consultas e plantões do que os recém formados em direito que escolheram a advocacia.
Recentemente comprei um livro chamado “governança estratégica pra escritórios de advocacia” de José Paulo Graciotti. Talvez te ajude.

Mas o principal conselho que te dou no momento é: faça estágio em escritórios de advocacia e não se preocupe com a remuneração (se puder). Invista na sua firmação enquanto advogado. Nada será mais importante nesse período.
Essa experiência sobre atendimento, honorários etc vc dificilmente receberá na faculdade.
Boa sorte! 

Estuda + estágio em algum escritório

Finanças do escritório: no começo tu vai ter tão pouco processo que não vai precisar de uma equipe kkkkk

Cara, o que eu vou falar serve pra quase todas as profissões liberais.

Formou, vai trabalhar em alguma empresa/escritório/firma ou junto a outro profissional já reconhecidos no mercado, pra pegar experiência, fazer nome, fazer contatos e, surpresa, aprender quanto se deve cobrar por seu serviço.

Essa sua dúvida, da forma que você postou, é um pouco sem sentido.

Ora, se você não sabe quanto cobrar pelo serviço, obviamente você não sabe nada do mercado, não tem a mais elementar idéia, e não deveria entrar nele "sozinho". Procura um lugar pra começar sua vida profissional, lá você vai aprender essas coisas, e não se preocupe tanto com remuneração nos primeiros 5, 6 anos, pelo menos.

Entrar num mercado oferecendo seus serviços sem saber quanto cobrar denota desconhecimento e inexperiência, não tem bobo lá fora, é cobra comendo cobra, todos percebem isso, de colegas a clientes. Entrar na frigideira assim é pedir pra se queimar.

Queria que tivessem me falado isso nos meus 20 e poucos.

A internet bombando.... E ainda se pensa em escritório físico? Não é uma crítica, não sou da área, mas a palavra escritório daqui uns anos (ou agora) vai ser tão usada quanto enviar uma epístola pelos telégrafos. 

Estude direito. Seja o melhor no direito. Seja a referência na sua área.

Aí contrate um administrador pra cuidar da sua empresa.

@rleiria, amigo penso que não basta a tecnologia permitir, é necessário saber se a humanidade ou parte dela se interessa pela substituição de determinados hábitos.
As ferramentas utilizadas atualmente pra o homeoffice já existiam antes da pandemia e nem por isso deixaram de existir os grandes e modernos escritórios físicos de advocacia.
Eu venho trabalhando de casa e poderia continuar assim qdo isso acabar, mas simplesmente não quero. Gosto de ir até meu escritório, sentar na minha mesa, tomar o café horrível que meu sONcio insiste em dizer que é ótimo, estar com meus colegas de trabalho e voltar para casa no fim do dia. 
Ninguém pode ter certeza do que acontecerá, o ser humano é complexo, após milênios ainda usamos roupa de tecido, bancos de madeira, etc, etc.
Após o COVID a vida pode ser outra ou simplesmente muito parecida com a atual. A extinção dos escritórios físicos me parece difícil de apostar.

Aos colegas advogados:

- É usual escritórios de advocacia terceirizarem a elaboração do "serviço braçal" (minutas de peças)?

Pensando em minha futura aposentadoria no serviço público ( já sou bacharel e aprovado no exame da ordem, porem sem registro, ante o impedimento legal ) ponderei a possibilidade de me oferecer para fazer esses serviços "de graça" a escritórios de conhecidos visando apenas o aprendizado e ter a possibilidade de vivenciar, nem que de maneira marginal, a rotina de um escritório, verificando como é feita a sua gestão, como ele capta clientes, como cobra pelos serviços e como atua em seu respectivo nicho.

Obviamente pensei apenas em fazer minutas, o que poderia fazer durante as minhas folgas, sem assinar qualquer documento ou realizar outra atividade típica de advogado.

Obrigado

@Steve_Rogers provavelmente isso será possível em escritórios pequenos e de pessoas próximas, com temas que são assuntos repetitivos. Quem trabalha com demandas estratégicas ou de grandes clientes dificilmente vai delegar a elaboração das minutas de peças (as mais importantes, inicial, contestação, recursos, etc) e costuma ser bem mais rigoroso com quem trabalha no local, porque lida com muitas informações confidenciais dos clientes (normalmente grandes empresas).
Então: se vc quer saber o básico, a rotina de um adv de escritório pequeno, com casos mais simples ou demandas repetitivas, é possível que vc encontre alguém disposto a isso. Mas eu tomaria muito cuidado (ou nem faria isso), tendo em vista o risco de conflito de interesses vir a prejudicar seu cargo público, caso sua atuação (ainda que informal) seja descoberta pelo órgão em que trabalha.

Obrigado @Minnie

Sim, eu tenho essa preocupação em relação ao impedimento.

Eu já trabalhei no operacional da minha Instituição. Hoje chefio um departamento que cuida dos assuntos jurídicos do órgão, mas nem de longe o trabalho se assemelha com advocacia, bem como se trata de uma área muito específica do direito, algo em que jamais pensaria em advogar estando em atividade, já que, além do impedimento, haveria claro conflito de interesse, inclusive com possibilidade de responsabilização na esfera penal.

O que eu queria mesmo é apenas ter o aprendizado de questões cotidianas, de coisas que não estão nos livros, sem ter que esperar me aposentar para só então ir atrás disso...o interessante seria ter contato com quem está atuando.

Iniciar de baixo, estagiando em um escritório grande, é de fato o melhor caminho para o aspirante a advocacia. Infelizmente, não tive como fazer estágio porque já atuava no órgão público.

O serviço público, por vezes, se torna uma bola de ferro nós nossos pés, pois ele não te permite crescer em outras áreas, em virtude dos impedimentos.