Qual a melhor maneira de educar "financeiramente" os filhos?
comentada em 06/08/2020 16:13

Ensine valores aos filhos, ensine eles a serem pessoas virtuosas. A parte de noção financeira é muito simples, com o tempo você vai passando e eles assimilam, mas se preocupe em mostrar, através do exemplo, que nem de longe essa é a parte mais importante da vida, que assim as chances de eles se tornarem adultos que pensem sobre os recursos que ficarão após a morte dos pais é menor!

Se um filho tá mais preocupado com a herança do que com o bem-estar dos pais na velhice, o problema não foi educação financeira e sim outro tipo de educação.

Acredito que você esteja tratando de dois pontos diferentes:

 

1)Educar os filhos de maneira que eles façam boas decisões financeiras (evitar dívidas, ter reserva de emergência, acumular patrimônio, etc.). Embora sua origem financeira possa ser diferente da dos seus filhos, não acredito que isso interfira na maneira como devemos passar para eles essas questões. Acho que o grande ponto que vai diferenciar a sua criação da criação deles é justamente essa percepção do que é a falta de dinheiro,




2)A questão ética. A maneira como cuidamos de nossa família e das pessoas mais velhas. Acredito que esse ponto vai muito além da educação financeira. Isso vai estar estabelecido nos valores que os filhos desenvolvem ao longo da vida. 

@zehguleba eu concordo em grande parte, mas vejo muitas pessoas em situações conflitantes nesse sentido. Gostam e se preocupam mas não deixam de falar sobre.

 

Bem. Na verdade isso pode até ser uma preocupação estúpida da minha parte. A sensação é exatamente essa. Se preocupar em ter filhos virtuosos. Mas é como foi dito ali em cima. O caminho é criar pelo exemplo. 

O livro "O Milionário mora ao lado" tem um capítulo bem interessante sobre essa relação entre pais ricos e filhos (in)dependentes. Recomendo a leitura!

Tempos atrás li um post sobre um pai que pagava tantos reais ao filho a cada livro lido, o filho ficava feliz pelos trocados. 

Acredito que seja um grande diferencial o incentivo pela busca de conhecimento nos filhos.

@Zaphod_Beeblebrox Na xucra maneira do meu pai, ele sempre disse "a única herança que deixarei pra ti será a educação. Todo dinheiro que tiver, SE tiver, vou torrar antes de morrer." Antes que alguém critique, é claro que era só retórica. Mas acho q de certa forma sempre me ajudou a ser independente.

vou falar de como fui criado (nao quer dizer que foi bom nem ruim, só pra efeitos de voce ter meios comparativos)..

Desde cedo meus pais me deram mesada, o valor na epoca era quase nada tipo 30 reais no mês e sempre que eu queria comprar algo eu pedia e eles falavam pra eu juntar e comprar (obviamente cabe o bom senso), com o tempo peguei gosto por juntar meu dinheiro porém sempre tive guardado uma quantia diferenciada pra idade que eu tinha..

A cada bons resultados seja na escola, curso de ingles, etc. eu ganhava uma premiação em dinheiro (valor também nada demais 1/2 mesada) e quando nao obtinha bons resultados eu nao ganhav nada... por isso sempre busquei bons resultados...

quando fiquei mais velho meu pai passou a me pagar um salário mensal (unico dinheiro que entrava extra era de livros que ele comprava e me enviava) em uma conta no banco e falava que eu pra eu controlar esse dinheiro sozinho, o valor desse "salario" na realidade era o que ele ja me dava mais uns 50 reais, já incluso dinheiro pra sair no fds, etc etc.. cabia a mim nao gastar de uma vez, se eu quisesse podia juntar... porém era o dinheiro que eu tinha pra passar o mes, sem direito a pedir auxilio kkkkkk

quando fui pra faculdade esse valor aumentou um pouco, porém no mesmo esquema se eu quisesse gastar tudo numa festa OK porém ia passar fome o resto do mes, entao fui controlando os gastos... enfim eu acho que tenho uma relação com dinheiro saudavel, eu quero ganhar cada vez mais porém sei que o dinheiro serve pra comprar conforto e experiencias, seja em viagem, restaurantes, coisa pra uso proprio (roupa, celular, etc..), aprendi desde cedo o beneficio de poupar e os maleficios de nao poupar...

Enfim essa foi a minha experiencia, hoje ainda sou novo (24 anos) porém já tenho minha RE, meus investimentos diversificados... 

acho que o segredo é nao estabelecer uma relação de punição e deixar a pessoa aprender com os erros, porque antes aprender desde novo algumas noções basicas do que chegar em uma idade mais avançada sem saber a necessidade de poupar e achar que ganhar X e gastar X ta OK....

Com certeza é algo complexo. Até porque vai muito da personalidade de cada um.

O que eu tento fazer é passar a eles sempre a noção de que devem ser independentes e tentar caminhar com as próprias pernas. Nunca esperar nada, principalmente de herança, se vier, bem, senão, cuidar da própria vida.
Outro ponto que considero é que não acho saudável que os filhos tenham preocupações em cuidar dos pais na velhice. Isso cabe aos próprios pais, a não ser que não consigam por questões graves de saúde.
Aos filhos cabe cuidar de si e de seus próprios filhos, até estes se tornarem adultos.

Fazendo um adendo aqui.
Eu penso que até antes de se tornarem adultos o ideal é focar no genérico, tipo, não ganhar mais do que gasta, não fazer dívidas, se esforçar, etc. E sempre dando o exemplo, que conta muito mais que palavras.
Depois que foram adultos jovens ai pode-se entrar mais nos detalhes, apresentar o site aqui, etc.
Caso contrário, pode deixar filhos adolescentes muito preocupados com isso, dependendo da personalidade deles ,quando o ideal, até pela idade e responsabilidades, seria que estivessem mais preocupados com outros assuntos.

Tenho 36 anos, nunca ganhei mesada pois meu pai e minha mãe não tinham condições de dar mesada para os três filhos; estudamos sempre em escola pública; minha irmã e irmão se formaram em universidade federal. A única herança que meu pai deixou foi o apartamento que morávamos, zero dinheiro e zero dívidas. 

O que quero dizer é que isso não tem a ver com 'educação financeira'. Nem educação em casa... acho que vai dos próprios valores que os filhos constroem durante suas vidas... no título do post tu até colocou "financeiramente" entre aspas, por que, no fundo, tu sabe que não vai ser nos livros que eles vão aprender sobre se interessar no bem estar dos pais e não no patrimônio que ficará de herança.

Na realidade em que eu e todos meus amigos e conhecidos fomos criados, mesada era coisa que só existia na televisão. 

Os pais tem muito menos influência na personalidade e no ORUTUF dos filhos do que gostaríamos de acreditar. É o que mostram pesquisas em psicologia aplicada e também observação empírica através da história. Quando você diz “fazer um filho ser mais do tipo [...] “ é uma ilusão; não há como “fazer” um filho ser mais isso ou aquilo. São outras pessoas. Dar um bom exemplo e educação dentro dos seus valores você pode fazer. Pode também curtir a infância deles, de forma que eles tenham boas memórias dela e tenham a certeza de terem sido amados pelos pais.

Olha, os filhos que conheço que são assim e ficam pensando em herança, na maioria das vezes, tiveram pais que só falam em dinheiro e ficam fazendo propaganda que venceram na vida e conquistaram tudo somente pelos filhos.
Acho que muitos fazem isso pra compensar certa ausência na criação e querem admiração. Oferecem tudo do bom e do melhor e "perdem" algumas chances de falar não. O filho vai ouvindo isso desde criança, vai crescendo e fica com essa visão distorcida do dinheiro do pai.
Claro que tem o outro lado do caráter dos filhos, mas tem pai que não ajuda. Enfim, cada caso é um caso. Creio que o exemplo é sempre a melhor forma de educar.

Ensine a eles a nao se endividarem.

Educação de filhos -> começa com o nascimento e termina quando saem de casa ou, nunca termina (vou explicar)

- Ao nascer = 100% dependente
- Quando sai de casa = 100% independente

- Nos extremos é muito fácil -> ou vc faz tudo por eles ou não precisa fazer mais nada.

- O difícil está justamente no meio desse caminho. E aí vc vai dosar entre duas coisas: cuidado e desenvolvimento.

Se algum método funcionasse, ninguém tava aqui (:

Roteiro do inciante.

@bastter cadê o bastter 4 kidz?

@Camisa5 É simples isso, mas também muito verdadeiro! Os exemplos pessoais que me refiro quase sempre são pessoas com duas características: ressentidas com os pais, extremamente mal resolvidas financeiramente. Não se endividar ajuda nesses dois pontos.

Posso dizer sobre minha criação ,  meu pai nunca me deu uma mesada e me fez trabalhar meio período a tarde depois da escola com 14 anos de idade,   eu ia de ônibus e voltava as 18:00 de ônibus também. já  na faculdade , trabalhava o dia inteiro e estudava a noite ,  meu pai me deu um carro velho ao entrar na faculdade,  depois de formado meu pai me ensinou sobre negócios, coisas o que não se aprende na escola.
acho que o caminho é esse para não criar filhos mimados,  o trabalho.

eu acho assim
enquanto for criança deixa aproveitar a infnacia
quando começar a ficar adolescente o q mais educa eh o exemplo

Acho que quando criança é mostrar a desigualdade que existe no mundo e o quanto ele a criança é privilegiada em relação a maior parte da população brasileira (ao ter carro, casa, comida etc). Noções básicas que influênciam na economia doméstica como: as despesas não podem ser maiores que as receitas, consumo exagerado, nao parametrizar o padrão de vida que te faz feliz em função do que os outros pensam (essa na minha opinião é a causa raiz da maioria dos problemas que as pessoas tem), patrimonio é fruto do trabalho, tempo e aporte constante etc.

Quando adolescente/inicio da fase adulta é verificar se os conceitos da fase criança estão sólidos pelo comportamento dele/dela.

Referencia em educacão financeira dos filhos:

Na época que Pokémon era febre no GameBoy eu recebia uns R$ 30 de mesada. Queria porque queria um GameBoy com Pokémon Gold. Era R$300 mas eu tinha uns R$100. Meu pai propôs pagar os R$ 200 que faltava bastando eu ficar sem mesada por 8 meses (1ª lição prática do conceito de juros). No 2º mês sem mesada eu já tinha me arrependido e aprendi como é ruim fazer dívida...

Acho que além do que muitos aí já falaram sobre o ensinamento dos valores importantes para uma vida justa e digna (infelizmente MUITOS pais vêm achando que isso pode ser terceirizado) as lições financeiras práticas são bastante importantes.

Leia Pai Rico Pai Pobre. Criança aprende pelo exemplo.

Acho que o conceito de gratificação adiada e algo de grande valor na criação dos filhos.
Uma pesquisa antiga, na qual era entregue um doce a uma criança com a oportunidade de comer ou aguardar e ganhar mais um, verificou que as crianças que conseguiram esperar tiveram um ORUTUF melhor sucedido do que os que comiam sem esperar.
A questão é que se tratava de crianças de 4 ou 5 anos.
Ou seja, o treino ou educação começa muito cedo, desde o nascimento. 
Recomendo á leitura do livro crianças francesas não fazem manhã e educação valente. Os dois abordam esse tema de perspectivas bem diferentes.

Livro Educação Financeira para Adolescentes - 2020

comecei a ler.... daqui do site...

algumas coisas eu já sabia, mas mesmo assim, sigo desemburrecendo....

@RoMessias pelo contra-exemplo também.

Os meus deram sorte, nesse quesito tenho farto material..

Esse negócio de criança/adolescente aprender pelo exemplo é meio sei lá também, não sei até que ponto é fato ou mito.

Como a @Alice.V bem disse: "temos muito menos influência na personalidade e no ORUTUF dos filhos do que gostaríamos de acreditar".

Aqui mesmo não faltam relatos de usuários com pais perdulários que se tornaram adultos controlados justamente por terem convivido com os perrengues dos pais a vida toda.

Eu penso que a educação financeira deve ser iniciada a partir da adolescência como os judeus fazem ( Bar-Mitzvá), mas o resultado dependerá de como foi a educação na infância. Recomendo fortemente a leitura de Educar na Curiosidade e Educar na Realidade, ambos de Catherine L`Ecuyer. 

@prmd

Às vezes funciona. Quando comecei a caminhada ao milhão, quase chegando no sabugão, falei com minha filha, de então 12 anos, sobre investir, abri uma conta pra ela num banquinho e a incentivei a colocar num CDB travado para sabe-se lá quando.

Ela aprendeu 3 coisas: fuja de banquinho, não se meta com CDB e dica, nem de pai.