Boa noite, pessoal!
Sou novo aqui no fórum, um pouco menos burro a cada dia, mas ainda muito burro.

Gostaria de compartilhar uma experiência relativa a uma decisão que tomei priorizando a #PAS, fruto de muita leitura nesse site.
Ah, se tivesse conhecido esta mentalidade anos atrás: estaria livre de tanta asneira, inclusive desta que venho aqui vos pedir uma voad... digo, relatar os acontecimentos!
Enfim, vamos ao pepino: fechei a compra de um apartamento na planta anos atrás, tinha a intenção de vendê-lo no final da construção ou alugá-lo quando pronto. Paguei o valor da entrada durante a construção, dividido sem juros, e o restante seria na entrega do imóvel (à vista ou financiado)
Ocorreu que a entrega atrasou alguns [vários] meses e, por intervenção divina na minha miserável mente de sardinha, percebi que estava fazendo um negócio mais miserável ainda. Resolvi pedir o distrato do imóvel por descumprimento do contrato por parte da construtora. Com isso, eles deveriam devolver o valor pago e mais uma multinha... miserável também, quase nada.
Acontece que nem isso a construtora quis fazer (e é uma grande construtora). Queriam ficar com um balaio de dinheiro, como se eu quem tivesse descumprido o contrato. Acabei ajuizando uma ação, solicitando a devolução e pedindo danos. Em 2014. 2-0-1-4. DOIS MIL E CATORZE. Sete anos atrás! Uma demora incrível para a decisão, e hoje o processo encontra-se suspenso junto com sei lá quantos outros do mesmo tema, aguardando uma decisão do STJ para criar uma súmula que direcione todos.
Depois de bastante tempo com processo praticamente parado, o advogado que está me representando falou comigo que esta semana houve uma proposta de acordo por parte da construtora, proposta esta que resulta pra mim em 139% do valor de tudo que eu paguei, isso já líquido dos honorários do escritório.
A expectativa de casos parecidos já encerrados é de retorno de 142% dos valores pagos (já descontado honorários) mais danos no valor equivalente ao aluguel do imóvel multiplicado pelos meses que o juiz determinar (uma variável sem nenhum controle...).
Mesmo com a possibilidade de receber sei lá quantos meses de aluguel, decidi adotar a mentalidade de sair logo de investimentos ruins e receber o que der, desde já o quanto antes.
Preferi ficar com 39% de "rendimentos" em mais 7 anos e receber isso em parcela única daqui 30 dias do que ficar à mercê de decisão judicial que pode dar desde a mesma coisa até um valor bem maior, porém sem data e sem #PAS. Ou dar em coisa pior, vá saber!
Resisti à tentação de tentar "ganhar mais". Sinto-me um infinitésimo menos burro e muito mais tranquilo após esta decisão, mesmo que isso tenha significado "deixar de ganhar" alguns aluguéis.
Obrigado a todos que contribuíram nesta minha decisão e nem sabem que o fizeram!
Saudações pedalísticas!